Além Da Amizade escrita por Renan


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Eu nunca encontrei fanfics nesse site enfocando Seiya e Minu. E como eu torço para esse casal, resolvi publicar esta fanfic, espero que gostem.
Este primeiro capítulo se passa uma semana após a Batalha das 12 casas.



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FLASHBACK ON

Debaixo da árvore que fica em frente ao orfanato, Seiya apoiou suas mãos nos ombros da garota à sua frente.

— Eu sinto muito que você não concorde. Devo dizer que tenho outra missão importante, Minu. Preciso encontrar minha irmã e tenho que fazer isso antes de qualquer outra coisa, depois eu prometo que voltarei.

Minu deixou cada olho pingar uma lágrima.

— Prometa, por favor! Fico preocupada! – disse ela, olhando para baixo com olhar choroso. – Tenha cuidado!

— Não chore. Minu, eu prometo que voltarei pra gente ficar junto. Eu juro.

Seiya limpou as lágrimas dela com suas mãos. Minu levantou o rosto e o olhou carinhosamente, com um sorriso no rosto, ele fez o mesmo. Passaram alguns segundos se olhando ternamente, com seus rostos começando a se aproximar. Quando de repente, três meninos do orfanato caíram de cima da árvore. Seiya e Minu tiveram que interromper seu momento para dar uma bronca neles.

FLASHBACK OFF

***

Minu estava sentada em sua cama quando se lembrou daquele momento, que frequentemente era reprisado em sua mente nos últimos dias. Já fazia uma semana desde que Seiya havia se despedido dela e ido para o Santuário. Seus cinco sentidos haviam se recuperado quase completamente, devido aos poderes de Atena. Mas ele e os outros cavaleiros ficaram a semana inteira no hospital, descansando devido ao cansaço e aos ferimentos. Minu quis ir cuidar dele no hospital, como costumava fazer, mas Saori alertou aos médicos para não deixar ninguém visitá-los. Havia ligado para uma floricultura e mandado entregar um ramo de flores para o quarto do Seiya no hospital.

Saiu de seu quarto indo em direção ao refeitório. No caminho, se deparou com um quadro recém-pintado de Saori com seu báculo. O quadro se chamava “A Reencarnação de Athena” e havia sido posto lá naquela manhã mesmo. Olhou para a garota do quadro. Maquiada, de vestido e luvas brancas, parecia membro da realeza, uma mulher da alta sociedade. Em seguida olhou para baixo, se deparando com seu simples avental por cima de uma roupa mais simples ainda. Concluiu que seria muito mais fácil o Seiya se apaixonar pela Saori do que por ela. Com um rosto não muito animado, continuou andando em direção ao refeitório.

Pegou sua comida e se sentou junto às outras crianças.

— Muito bem crianças, mastiguem com cuidado hein! – disse ela, com seu sorriso carismático que fazia com que fosse respeitada pela maioria das crianças.

— Sim, Tia Minu! – disseram as crianças, em coro.

— Ei, olhem! O Seiya voltou! – disse alguém da mesa.

Minu imediatamente virou para o lado, procurando desesperadamente o rapaz com seus olhos. Mas ouviu o dono do alarme falso dar risada. Fechou dois punhos com suas mãos delicadas.

— Pare de brincar, Makoto!! – ralhou, com as bochechas coradas.

Com esse sermão, deu o assunto por encerrado. Foi comendo enquanto pensava em Seiya. Estava certa de que ele voltaria, pois havia prometido sobreviver e voltar por ela. Mas ainda assim estava insegura, pois ele poderia voltar com algum dos cinco sentidos prejudicado. Lembrou-se mais uma vez da despedida, dos bons momentos que passaram na infância, e se ele recebeu as flores que havia mandado entregar para ele. Perto do fim da refeição, tomou um longo gole do seu suco e olhou para um restinho que havia dentro do copo, criando a ilusão do rosto de Seiya nele.

— Seiya... – sussurrou em tom de sussurro, entre os dentes.

— Olha só pessoal, o Seiya chegou! – disse Makoto, alegre, tirando Minu de seus pensamentos.

— Já disse pra parar com isso, Makoto! – ralhou, acompanhando com os olhos o menino correndo para uma direção.

— E aí campeão, como foi a batalha ?!

— Ha! Como sempre, eu dei um jeito! – respondeu Seiya, defendendo-se de um soco amigável que um garoto tentou dar em sua direção.

Minu estava surpresa. Seiya realmente havia voltado. Levantou e deu alguns passos à frente.

— Seiya! – disse ela.

— Minu!

Seiya correu alguns passos na direção dela.

— Tudo bem ?! Como você está ?!

— Estou ótima. Mas eu fiquei preocupada com você!

— Ah não tem com o que se preocupar, Minu. Eu estou de volta! – disse Seiya, tomando as mãos dela nas suas. Mas ao lembrar que havia dezenas de crianças olhando, recolheu as mãos, envergonhado.

***

Naquela tarde, Minu aproveitou um momento de folga e foi passear com Seiya na praia. Foram conversando enquanto andavam.

— Que bom que você voltou Seiya, eu cheguei a pensar que você não voltaria.

— Ah, o que é isso Minu! Eu prometi a você que voltaria. Acha que eu quebraria a promessa ?

— Ah, mas é claro que não.

— Ah, Minu... Eu recebi no hospital as flores que você mandou. Muito obrigado.

— Ah, fico feliz em saber disso. – respondeu, corando.

Os dois estavam agora em um canto meio isolado da praia, próximos de algumas rochas. Olhavam o mar.

— O dia está tão lindo. – comentou Minu.

— É mesmo. Sinto como se a vida fosse maravilhosa. – comentou, pondo sua mão no ombro da Minu.

— Sinto como se o mundo inteiro finalmente estivesse em paz, após tanta confusão.

— Sim. – houve um momento de silêncio. – Ah, e eu queria te dar uma coisa.

— Uma coisa ? O que é ?

— Bem... não é nada tão útil assim, mas é bem valioso.

Colocou a mão no bolso. Tirou de dentro um chifre dourado. Estendeu para Minu, que o pegou e observou curiosa.

— Esse chifre veio da armadura da constelação de Touro. Eu o arranquei na luta contra o cavaleiro Aldebaran de Touro. Eu sei que não parece grande coisa, mas espero que aceite.

— Ah, é claro que eu aceito, Seiya! É muito bonito!

— Sim, eu desconfiei que fosse gostar. Afinal, touro era o signo dos seus pais, não é mesmo ?

— Ahn ?! Como você sabe disso ?!

— Você me contou há muito tempo. O padre do orfanato havia dito que seus pais eram do signo de touro, lembra ?

— Mas isso faz quase sete anos!

— Ah, é que eu lembro de muita coisa que você já me disse! – respondeu. Colocando a mão atrás da cabeça, envergonhado.

Minu abraçou Seiya, para a surpresa do mesmo.

—Obrigada pelo presente, Seiya.

— De nada, Minu. – disse Seiya, abraçando-a de volta.

Desfizeram o abraço e ficaram se olhando por alguns segundos. Chegando a aproximar um pouco seus rostos.

— A... a... ATCHIM!!

Seiya e Minu se surpreenderam com o som de espirro. Olharam para as rochas.

— Ah, olha a hora que você foi escolher para espirrar! – disse um menino do orfanato, saindo de trás de uma das rochas.

— Desculpa! – disse outro, esfregando o nariz.

— Justo na melhor parte! – disse outro, saindo de trás de outra rocha.

Seiya e Minu ficaram um ao lado do outro, de braços cruzados, olhando para o trio de bagunceiros.

— Oh oh... – disseram os três meninos, ao mesmo tempo.


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