A Sociedade Da Investigação Dos Pinguins escrita por Ghefrentte


Capítulo 9
Capítulo 9 - Tom, Bert e Will


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior o planeta eclode após desaventuras num bar espacial. E o grupo acaba parando numa situação nada agradável a mercê de 3 ursos polares...



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“Olhe só o que temos aqui...”, disse um dos ursos.

Eram três. Bem grandes. Estávamos em maior quantidade, mas nossa desvantagem era a força e o tamanho deles.

“O que são esses bichos, Bert?”, perguntou um dos ursos para o outro.

“Não sei, Will.”, respondeu Bert. “Ei, o que são vocês?”.

“Somos Senhores do Temp...inguins! Somos pinguins!”, respondeu Ghe.

“Senhores do Tempinguins? Não conheço! Tem muitos por aqui?”, disse o terceiro Urso.

“Também nunca vi um, Tom.”, disse Will.

“Ué, mas nós moramos logo ali daqui a alguns quilômetros! Naquela outra ilha! Vocês nunca ouviram falar? Tem um de vocês lá conosco, o Herbert!”, falou Lila.

“Herbert? Ah é, eu lembro dele. Aquele nerd. Sumiu alguns anos atrás.”, disse Bert.

“Mas até que ele se deu bem nessa, Bert!”, disse Tom.

“Porque?”, perguntaram Tom e Will.

“Ele foi pra essa tal ilha dos Senhores do Tempinguins! E não deve estar passando fome, pois eles parecem ser deliciosos!”, respondeu Bert.

“Realmente...”, disse Will. “AGORA!”, gritou.

Então, os três ursos pularam em cima de nós. Quando acordei, vi que estávamos dentro de uma cabana. Eu estava amarrado junto com Azul numa estaca de madeira, que estava sendo girada por um dos ursos sobre uma fogueira. Os outros estavam amarrados e presos no chão. Parece que eu e Azul tínhamos dado o azar de sermos logo os primeiros.

“Porque o Bert tem que ser o cozinheiro do nosso grupo?”, reclamava um deles. “Tudo o que ele cozinha fica com gosto de frango! Menos o frango! Fica com gosto de peixe!”.

“Um pouco de reconhecimento seria bom...”, reclamou Bert, girando a estaca aonde eu e azul estávamos amarrados. “Obrigado, Bert. Sem você nos morreríamos de fome, Bert. Coisas assim.”.

Olhei para os outros. Todos pareciam preocupados. Alguns estavam chorando. Mas Ghe parecia estar pensativo. Então, ele fez uma expressão facial que indicava que ele havia tido uma ideia.

“Espere, vocês estão fazendo errado!”, falou Ghe.

“O que?”, perguntou Bert.

“Não é assim que se cozinha um Senhor do Tempinguim!”, respondeu Ghe.

“Então como é?”, perguntou Bert.

“Tem que tirar a pele e as penas antes!”, respondeu Ghe.

“TRAIDOR!!!”, gritou Aamelo.

“TRAIDOR!!! TRAIDOR!!! TRAIDOR!!!”, gritavam os outros.

“CALEM A BOCA!”, gritou Will. “Deixem o Senhor do Tempinguim falar.”.

“E vocês estão usando o tempero errado também.”, completou Ghe.

“Porque? Não se deve cozinhar vocês com sal?”, perguntou Tom.

“Acho que o ideal seria... canela.”, respondeu Ghe.

Enquanto os outros continuavam gritando “TRAIDOR!!!” e xingando Ghe, ele sinalizou para o Doutor, que jogou sua chave de fenda sônica para Ghe.

“O que é isso?”, perguntou Will.

“Ah, isso? É uma chave de fenda sônica.”, respondeu Ghe. “Fiquem tranquilos. Não é letal, não atira nem nada. Mas é muito boa para abrir... portas.”.

Assim que ele terminou de falar, apertou um botão na chave de fenda sônica e as paredes explodiram. Quando vimos, estávamos cercados de puffles pretos com aparelhos de elite da EPF. Os ursos polares, bom, saíram correndo.

Depois, com os puffles nos ajudando a ser desamarrados, Aamelo perguntou:

“Ghe, você queria mesmo que fossemos cozidos sem pele e com canela?”.

“Claro que não, né!”, respondeu Ghe. “Eu precisava somente ganhar tempo. Moe conseguiu mandar um alerta para seus amigos puffles durante o tumulto, e demora um pouco pra vir da Ilha do Club Penguin até aqui. Então inventei a primeira desculpa que veio na cabeça pra distrai-los por um tempo.”.

“Genial.”, falou Azul.

Todos concordamos.

“Valeu, pessoal”, disse Moe para seus amigos puffles. “Como vocês vieram pra cá? Tem como dar uma caroninha?”.

“Depende, acho que se formos rápido, o iceberg pelo qual viemos tem espaço para todos.”, disse um dos puffles.

Assim, fomos. O iceberg ainda estava quase inteiro, e, apesar de ficar meio apertado, conseguimos voltar todos pro CP em segurança.

“Só por curiosidade, como vocês pegaram esses equipamentos da EPF?”, perguntou Justin.

“Quando aqueles bichos robóticos disseram que iam destruir o planeta, invadimos lá e pegamos no tumulto.”, respondeu um dos puffles.

“Hm, interessante...”, respondeu Pinguito. “E agora, o que fazemos?”.

“Bem, voltamos para nossos iglus pra ver se eles estão bem. Eu já sei que levei um prejuízo na Taverna.”, falou Ghe.

E assim, voltamos. Meu iglu esta muito bem, afinal. Meio bagunçado, mas bem. Infelizmente meu vizinho não teve a mesma sorte e seu iglu estava com 60% de suas paredes destruídas. E pegando fogo. E sendo invadido pelos sem-iglu.

Depois disso, fiquei um tempo sem ver Ghe. Ele meio que sumiu, ele e o Doutor. Não sei se saíram em mais aventuras avulsas com aquela caixa azul viajante, ou coisa do tipo. Mas continuo mantendo contato com os outros, que viraram grandes amigos meus. Continuamos nos encontrando no bar do Ghe. Ele não está lá, mas o estoque de coisas é bem abarrotado, então acho que ele não se importa caso peguemos um pouquinho.

Um dia estávamos lá quando vimos Moe andando por ai. Foi quando Lila perguntou:

“Ei, Moe, pra onde foram Ghe e o Doutor? Saíram com aquela caixa azul?”.

“Ah, não.”, respondeu Moe. “Saíram faz uns dias, com alguns papeis que eles imprimiram lá em baixo e alguns arquivos. Disseram que estavam investigando algo muito estranho que tem acontecido no Club Penguin esses dias. Bom, não sei do que se trata. Mas eles deixaram bastante comida, pra mim e pra vocês. Disse pra vocês não se preocuparem, que se tudo der certo, eles voltam em alguns dias.”.

“Como assim se ‘tudo’ der certo? O que seria esse ‘tudo’ que eles falam?”, perguntou Pipoca.

“Não sei...”, respondeu Moe. “Mas no Ghe, eu confio. Ele sempre volta.”.

“Será mesmo?”, perguntou Pinguito.

“Relaxem”, falei. “O Ghe é meu amigo a bastante tempo. Ele tem mesmo esse intuito de se meter aonde não é chamado, e geralmente acaba se metendo numas confusões avulsas, como essas nas quais o acompanhamos agora. E esse Doutor parece também ser farinha do mesmo saco. Mas o Ghe sempre volta. Só podemos esperar.”.

E assim, fizemos. Lanchamos lá, despreocupados. Mal sabíamos que mais cedo ou mais tarde voltaríamos a encontrar Ghe e o Doutor de uma maneira inusitada.


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Notas finais do capítulo

Referências usadas no texto:
A situação de estarem prestes a ser cozinhados por criaturas enormes chamadas Tom, Bert e Will são referências ao livro O Hobbit, mais especificamente ao capítulo "Carneiro Assado". Mas no livro, são usados Trolls ao invés de ursos polares.
Quando Ghe fala que as chaves de fendas sônicas são inofensivas mas boas para abrir portas, é uma referência ao último capítulo da segunda temporada da nova série de Doctor Who, aonde o Doutor diz palavras bem parecidas.



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