A Sociedade Da Investigação Dos Pinguins escrita por Ghefrentte


Capítulo 10
Capítulo 10 - Um Estudo em Vermelho


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior, Ghe e o Doutor somem misteriosamente. E aqui, veremos o que eles andam investigando...



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Sim, sou eu.

Isso vai pro site, né?

É, vai.

Hm. Interessante. Bem, ok, vamos começar. Eu sou o Doutor. Vocês me conhecem dos capítulos anteriores, né? Não sou daqui. Sou um Senhor do Tempo. Eu caminho pela eternidade. Bom, acho que chegou minha hora de narrar essa parte da história. E de como parti em aventuras inusitadas com meu amigo Ghe, que é outro Senhor do Tempo. E somos os últimos.

Enfim... Ghe, aonde o Rodrigo parou de contar a história, mesmo?

Nós sumimos para investigar.

Ah, é mesmo! Sim, de fato. Bom, depois que cada um foi ver se seu iglu estava bem, fui com o Ghe para a Taverna, para pegar minha Tardis.

“Ei, não vá ainda!”, disse Ghe. “Tem uma coisa aqui que eu acho que você gostaria de ver.”

“O que?”, perguntei.

“Olhe só isso.”, falou Ghe. Ele imprimiu umas coisas numa folha e a passou para mim. Eram 3 fotos de pinguins caídos no chão.

“3 pinguins mortos encontrados nesse meio tempo em que estivemos fora, sem nenhum sinal, marca de balas, facas, ou semelhantes. Mas ao mesmo tempo, todos foram encontrados com uma expressão de horror em suas faces.”, comentou Ghe.

“Ataque cardíaco?”, perguntei.

“Acho pouco provável”, respondeu Ghe.  “Parece uma nova tática de homicídio.”.

“E o que pretende fazer?”, perguntei.

“Investigar”, falou Ghe. “Você vem?”.

“Acho que sim. Estou entediado.”, respondi.

Fomos para o Plaza, aonde, de acordo com o Ghe, estava o pinguim da primeira foto. Pelo visto na foto, ele era um pinguim verde, de óculos escuros de armação vermelha, boné de hélice e camisa florida.

“Espere um minuto...”, raciocinei, no caminho para o Plaza. “Rookie.”.

“Exato.”, respondeu Ghe.

Pedi para Ghe a folha impressa. Então, vi os pinguins de novo. Não tinha prestado muita atenção da primeira vez. Eram Rookie, Dot e o Cara do Foguete, agentes da EPF.

“Seria muita coincidência caso 3 importantes agentes da EPF morressem de ‘ataque cardíaco’, não?”, perguntou Ghe.

De fato, concordei.

Havíamos chegado no Plaza. Rookie não estava mais lá, mas haviam faixas de restrição da EPF e a marca de giz desenhada no formato do corpo de Rookie. Ele havia morrido em cima da calçada em frente ao Palco, então dava pra ver a marca de giz nitidamente desenhada.

“Bem, acho que não podemos mexer.”, falei.

“Discordo.”, falou Ghe, passando por baixo da faixa da EPF e analisando o desenho de giz.

“M-mas... quem deu permissão pra fazermos isso? Podem prender a gente, e nem somos desse planeta!”, falei.

“Ora, Doutor, você sumiu por um bom tempo. Eu construí minha vida nesse planeta, e arranjei um emprego.”, respondeu Ghe.

“E qual é o seu emprego?”, perguntei.

“Sou detetive consultor. É uma profissão bem peculiar, só existem dois de nós no mundo.”, respondeu Ghe.

“E quem são?”, perguntei.

“Eu e Sherlock Holmes, sendo que este é um personagem fictício.”, respondeu Ghe. “Mas bem, isso não vem ao caso. Tenho autorização da EPF pra investigar coisas desse tipo.”.

“Eles não contratam amadores.”, falei.

Ghe tirou de sua mochila um radar / scanner. Eu reconheci ele. Tinham muitos em Gallifrey, nosso planeta natal.

“Tem razão, eles não contratam amadores.”, falou Ghe, analisando com o scanner a área marcada pelo giz. “Ah, como é uma beleza a tecnologia Gallifreyana. Não sei como esse planeta consegue viver tão atrasado.”.

Uma bobina de papel foi impressa do Scanner, e Ghe guardou ambos na mochila, da qual tirou uma lupa.

“Ahá, achei!”, disse Ghe. “Duas gotas secas do sangue de Rookie. Perto da boca, então provavelmente ele cuspiu antes de morrer.”, dito isso, tirou de novo scanner da mochila e analisou o sangue. Imprimiu uma bobina e guardou de volta na mochila.

“Vamos ver a Dot agora.”, disse ele.

E fomos. Dot estava no Dance Club quando morreu. Lá estavam as faixas do EPF e o desenho de giz.  Ghe analisou o corpo com o scanner e acho duas gotas secas de sangue, como as vistas aonde Rookie morreu. Imprimiu uma bobina e pôs o scanner de volta na mochila.

“Bem, já estamos quase acabando. Falta apenas o Cara do Foguete.”, falou Ghe.

O Cara do Foguete tinha morrido no topo do farol, aonde geralmente as pessoas vão para jogar Aventura a Jato. As duas gotas de sangue também estavam lá.

“Não é possível...”, disse Ghe, após analisar tudo com o scanner.

“O que é?”, perguntei.

“Todas as gotas de sangue, eu disse TODAS, são compatíveis com um certo alguém registrado nos arquivos da EPF.”, respondeu ele.

“Quem?”, perguntei.

“Herbert.”, respondeu Ghe.

“Ele não tinha sido preso?”, perguntei.

“Pelo jeito, fugiu?”, respondeu Ghe, guardando o scanner na mochila.

“E agora, como o achamos?”, perguntei.

“Meu caro Doutor, se tem uma coisa que aprendi depois de tantos anos estudando sobre Herbert, aprendi que é muito fácil acha-lo. É só seguir os caranguejos.”, concluiu Ghe.

Assim, fizemos. Descemos até a praia. Cada caranguejo que achávamos a partir desse ponto, seguíamos. Fomos acabando parar numa área abandonada do Club Penguin, aonde quase tudo o que havia era grama alta e iglus velhos abandonados. Acabamos seguindo um caranguejo que entrou num velho casarão abandonado que continha o número “13” na porta. Entramos lá e o Caranguejo sumiu.

“Vamos começar a investigação...”, sussurrou Ghe.

Andamos devagar e cuidadosamente pelo casarão. Ele era imenso, e cheio de corredores. Ocasionalmente víamos alguns caranguejos circulando. Depois de um tempo, olhei para uma porta entreaberta. Ghe a ignorou e prosseguiu, mas eu parei para olhar o que havia dentro. Lila, Aamelo, Azul, Rodrigo, Pinguito e Justin estavam amarrados em cadeiras. Azul olhou pra mim com expressão de medo. Ele falou algo bem baixo. Por leitura labial, entendi como “Doutor, cuidad...”. Desmaiei.

Quando acordei, estava amarrado à uma cadeira, do lado deles. Herbert sorria ao nosso lado. Ghe não estava lá.

“Ora, ora, parece que você deu azar! Seu amigo foi esperto e conseguiu fugir...”, falou Herbert.

“Pessoal, como vocês chegaram aqui?!”, perguntei.

“Eu estava andando por aí quando fui nocauteada e acordei aqui!”, falou Lila.

“O mesmo comigo.”, afirmou Pipoca.

“E comigo.”, afirmou Rodrigo, assim como todos os outros.

“Calma, meus caros pinguins descerebrados! Eu explico pra vocês! Meus caranguejos, que fazem ronda na ilha, me informaram que haviam dois bisbilhoteiros investigando meus crimes! Então tratei de capturar seus amigos para atraí-los para cá!”, disse Herbert.

“Mas nós nem sabíamos que eles estavam aqui!”, falei.

“Não?”, perguntou Herbert.

“Não.”, confirmei.

“Bah, que se dane. Agora que já estão todos aqui, vou matar todos mesmo.”, falou Herbert.

“Qual é a tática que você anda usando para matar sem deixar vestígios?”, perguntei.

“Você está mesmo interessado?”, perguntou Herbert.

“Sim... claro.”, falei.

“Meus caranguejos andam envenenando comida e objetos pessoais dos meus alvos. O veneno é digerido em cerca de uma hora, e então, o alvo vai pra terra dos pés juntos.”, disse Herbert. “Mas não se animem não! Vocês vão morrer do modo tradicional mesmo.”.

“E depois?”, perguntou Aamelo.

“Depois?”, perguntou Herbert.

“É, depois. O que vem depois disso?”, perguntou Aamelo.

“Bem, estou pensando em voltar para a Ilha dos Ursos Polares, chamar uns amigos meus e voltar pra cá, e então começar uma guerra.”, explicou Herbert.

“Então porque não faz isso agora? Todos vamos morrer do mesmo jeito...”, falou Pinguito.

“É, é uma boa ideia... volto já!”, disse Herbert, e saiu correndo pela porta.

“Ficou maluco?!”,  perguntou Justin.

“Calma. Assim tem mais chances de nós escaparmos!”, falou Pinguito.

“Realmente...”, concordei.

Ficamos lá parados por mais um tempo. Parecia ser uma eternidade. Finalmente, depois de um tempo, Ghe nos achou e nos soltou.

“Vamos embora daqui!”, falou ele.

E fomos. Quando voltamos para a área urbana do Club Penguin, vimos a guerra acontecendo. Ursos Polares contra pinguins, e os pinguins estavam perdendo.

Cada um pegou uma arma dos defuntos no chão e se virou como podia. Muitos de nós foram sumindo. Vi Justin, e então fugimos para a Taverna. Entramos na Tardis e fugimos. Mas não vou contar essa história. É outro assunto, para outra história. Apenas digamos que a guerra durou mais alguns dias. E teve consequências críticas para alguns de nós...


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Notas finais do capítulo

Referências usadas no texto:
"Um Estudo em Vermelho", o título do capítulo, é uma referência ao primeiro livro que narra as aventuras de Sherlock Holmes, que tem o mesmo nome.



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