A Sociedade Da Investigação Dos Pinguins escrita por Ghefrentte


Capítulo 16
Capítulo 16 - Piscar


Notas iniciais do capítulo

O capítulo anterior foi curto, é verdade. Mas pra compensar, esse é BEM longo.



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Olá, meu nome é Bampede. Eu sei, vocês nunca tiveram um capítulo narrado por mim. Na verdade, sou péssima em narrar coisas. Mas tentarei falar com vocês à respeito de algumas peculiaridades que andam acontecendo comigo...

Sou uma pinguim jovem. Eu tinha uma amiga, Bibi. Nós costumávamos a caminhar e explorar casas abandonadas na Área Desabitada do Club Penguin. Um dia, entramos num casarão estranho, que, em seu jardim, tinha várias estátuas de anjos de pedra cobrindo os olhos... eram assustadoras.

Era um sobrado. Bibi foi checar o andar de baixo, e eu o de cima. Curiosamente, em uma das paredes, o papel de parede estava descolando. E na parte aonde estava ligeiramente descolada, dava pra ler meu nome, “Bampede”. Na hora, estranhei. Cheguei lá e tirei mais um pedaço do papel. Agora eu podia ver mais um pedaço da mensagem. Era “Bampede, não pisque!”. Estranhei muito, mas retirei o resto do papel pra ver se tinha coisa, e a mensagem agora era: “Bampede, não pisque! – Ghe, 1975”.

Aquilo me deixou MUITO assustada. Quem seria esse tal Ghe? Como ele me conhecia? Sabia meu nome ou que eu estaria na casa? E o que ele quis dizer com “não pisque”? Decidi descer e falar com Bibi à respeito.

“Bibi!”, gritei, chamando-a.

“Oi?”, disse ela. Ouvi sua voz vindo do fundo de um corredor.

A campainha da casa tocou.

“Devo atender?”, perguntei.

“Não!”, disse a voz de Bibi, do fundo do corredor. “Nós nem moramos aqui! É uma casa abandonada! Deve ser um ladrão!”.

“Ladrões não tocam a campainha.”, falei, e fui atender a porta.

Um pinguim, mais ou menos da minha idade, cumprimentou-me. Ele tinha umas cartas na mão.

“Olá... a senhora seria Bampede?”, perguntou.

“Sim... como sabe meu nome?”, questionei.

“Olha, sra. Bampede, eu sei que o que sei o que direi agora será BEM difícil de acreditar, mas... eu sou neto de sua antiga amiga, Bibi.”, disse o pinguim.

“O que? Isso é impossível! Ela não tem nem idade pra ter um filho. Olha, se for mais um engraçadinho fazendo uma brincadeira de mal gosto, deixe-me chamar a Bibi aqui e...”, falei.

“NÃO! Espere! Ela pediu pra eu vir aqui nesse exato momento, nesse exato dia. Quando ela desapareceu.”, disse ele, entregando-me a carta.

Abri o envelope e li:

“Cara Bampede,

Tudo mudou naquele dia em que visitamos a casa. De algum jeito que não consigo muito bem explicar, eu acabei voltando no tempo para 1975 após a campainha tocar. Eu não lembro de nada que me levou a voltar no tempo. Estava num galpão cheio de estátuas nos fundos da casa, e, num piscar de olhos, eu estava no Club Penguin dos Anos 60. Acabei conhecendo um pinguim muito gentil, que me ajudou no momento de confusão. Com ele casei, e tive um filho, que mais tarde, casou-se e teve outro filho, meu neto. E é por ele que estou mandando essa mensagem hoje, no dia em que tudo aconteceu. Espero que chegue a tempo. Depois venha me visitar. Apesar de já estar meio velha, ainda moro no mesmo iglu.

Bibi.”

E ainda no papel da carta, haviam várias fotos. Dela e do tal pinguim que ela encontrou, do filho, e algumas fotos do tal neto, que havia me entregado a carta. Agradeci a ele e fui correndo para chegar no iglu de Bibi, mas acabei esbarrando com Degobbi, um outro amigo meu que estava no caminho.

“Que droga, Degobbi!”, reclamei.

“Porque a pressa?”, perguntou ele.

“Preciso visitar uma amiga minha, urgente... mas, e você, como anda?”, perguntei, pra não parecer mal-educada.

“Ainda trabalho na locadora de filmes”, respondeu Degobbi. “Recentemente descobri uma coisa MUITO maluca. Em alguns DVD’s, há algumas mensagens escondidas em comum de um cara falando. Não se sabe ao certo o verdadeiro nome dele. Mas pesquisei em alguns fóruns na internet, e alguns dizem que o nome dele é Ghe.”.

Meu sangue gelou.

“Ghe?”, perguntei.

“Exato. Estranho, não?”, perguntou Degobbi.

“Dego, você tem que me mostrar essa tal mensagem.”, disse, séria.

“Ok... vamos na locadora.”, disse ele. E fomos.

Era simplesmente inacreditável. Um monte de coisas que pareciam impossíveis acontecendo no mesmo dia, todas parecendo estar conectadas, e eu aceitando tudo como a verdade absoluta.

Chegamos na locadora aonde Dego trabalhava. Ele subiu e foi buscar um dos DVD’s que continha a mensagem. Enquanto isso, fiquei lá em baixo vendo o que passava na TVzinha. Tinha um pinguim, falando coisas estranhas, como:

“As pessoas assumem que o tempo é um progresso definido de causa para efeito, mas na verdade, de um ponto não-linear, não subjetivo, é mais como uma grande bola de... wibbly wobbly... timey wimey.”.

Aquilo era, com certeza, um dos filmes mais estranhos que eu já havia visto.

“É... bem estranho, vindo de mim.”, disse o pinguim, após alguns segundos de silêncio.

Dego desceu, e disse:

“Meu chefe disse que já tenho que fechar a locadora, mas se quiser, te mostro amanhã. Eu levo o meu notebook. Só temos que marcar um local.”.

“Ok, então... pode ser naquele grande casarão, que fica no começo da Área Desabitada?”, perguntei. “Aquela que tem as estátuas de anjo chorando no jardim.”.

“Ok, pode ser...”, disse Dego.

Nos despedimos. Já estava meio tarde, então não pude visitar Bibi naquele dia. Voltei pro meu iglu e dormi, e no dia seguinte fui pro casarão no horário marcado. As estátuas de anjo ainda estavam lá, mas algumas pareciam ter mudado de lugar. Eu estranhava o porquê de fazerem estátuas de anjo escondendo seus olhos com as nadadeiras, como se estivessem chorando.

Eu havia chegado um pouco antes de Degobbi, então esperei um pouco lá dentro. Depois de um tempo, a campainha tocou e eu atendi.

“Você mora na casa do Scooby Doo”, disse Dego, entrando.

“Eu não moro aqui!”, falei.

Ele estava com um notebook, um DVD e uma pasta com algumas folhas de anotações. Ele colocou o notebook numa mesinha, inseriu o DVD e disse:

“Essa mesma mensagem foi gravada em torno de 30 DVD’s, todos lançados em 2007, e ninguém sabe o porquê! Tanto eu quanto o pessoal que descobriu isso dos fóruns online já tentaram falar com a distribuidora dos DVD’s, mas ninguém sabe de nada! Esse DVD aqui é um dos que eu tenho cuja a qualidade de imagem e som é melhorzinha. Pronta pra ver?”.

“Pronta.”, respondi.

Um pinguim apareceu, num cenário bege. Ele estava olhando diretamente para a câmera.

“O Ghe.”, disse Dego.

“Quem é o Ghe?”, perguntei.

“Ele é o Ghe.”, respondeu Dego, apontando para o pinguim na tela.

“Sim, sou eu.”, disse o Ghe.

“Ok... isso foi bem assustador.”, falei.

“Não, parece que ele está respondendo, mas ele sempre diz isso.”, disse Dego.

“Sim, eu falo.”, falou Ghe.

“Caramba, ele pode nos ouvir! Ele realmente pode nos ouvir!”, falei.

“É claro que ele não pode nos ouvir. Eu tenho tudo o que ele diz no vídeo escrito aqui, olhe.”, disse Dego, e mostrando as anotações que ele tinha nos papéis. “Tudo o que ele diz. ‘Sim, sou eu’, ‘Sim, eu falo’, e a seguir vem...”

“Você vai ler a coisa toda?”, disseram Ghe e Dego, juntos.

“Desculpe...”, falou Dego.

“Quem é você?”, perguntei pra Ghe, curiosa.

“Eu sou um viajante do tempo.”, respondeu Ghe. “Ou, eu era. Eu estou preso em 1975.”.

“Nós estamos presos!”, disse outro pinguim, que apareceu no vídeo, do lado de Ghe. “Todo o espaço e tempo que ele me prometeu, e agora eu trabalho numa loja pra sustenta-lo!”.

“Rodrigo!”, disse Ghe.

O outro pinguim, o tal ‘Rodrigo’, saiu do ponto de vista da câmera, deixando Ghe sozinho novamente.

“Isso é impossível!”, falei.

“É bem possível.”, disse Ghe.

“1975, você disse?”, perguntei

“Eu acho que sim.”, respondeu Ghe.

“Mas você está me respondendo! Como pode saber o que vou dizer 40 anos antes que eu diga?”, perguntei.

“38.”, respondeu Ghe.

“Eu vou escrever o que vocês estão conversando, vai que faz sentido”, disse Degobbi, anotando o que eu ia falando no papel das falas do Ghe.

“Como? Como isso é possível? Diga-me.”, falei.

“Não tão rápido!”, disse Degobbi, apressando-se para escrever minhas falas anteriores.

“É... as pessoas não entendem o tempo do jeito que ele é. É complicado.”, disse Ghe.

“Explique-me.”, falei.

“Muito complicado.”, disse Ghe.

“Eu sou esperta e estou ouvindo, pessoas estão sendo tiradas de seus tempos, e eu não estou nada feliz com isso, então, explique-me!”, falei.

“As pessoas assumem que o tempo é um progresso definido de causa para efeito, mas na verdade, de um ponto não-linear, não subjetivo, é mais como uma grande bola de... wibbly wobbly... timey wimey.”, explicou Ghe.

“Ah, eu já vi essa parte antes, na locadora. Você vai dizer que é bem estranho vindo de você.”, falei.

“É... bem estranho, vindo de mim.”, disse Ghe, como havia dito na locadora.

“Não parece tanto que você pode me ouvir agora.”, falei.

“Ué, mas eu posso ouvir você.”, disse Ghe.

“Isso é impossível!”, falei.

“Não, é brilhante!”, falou Degobbi, ainda anotando.

“Bom, não exatamente ouvi-la, mas eu sei tudo o que você vai dizer.”, justificou Ghe.

“Essa parte sempre me dá arrepios...”, disse Dego.

“Como você pode saber tudo o que vou dizer?”, perguntei.

“Olhe para a sua esquerda.”, respondeu Ghe.

Olhei. A minha esquerda estava Degobbi, anotando a conversa.

“O que significa ‘olhe para a sua esquerda’? Eu já li sobre isso em uns fóruns na internet, dizem que significa opinião política.”, falou Degobbi.

“Significa você!”, falei, dirigindo-me a Dego. “O que está fazendo?”.

“Estou anotando as partes em que você fala, assim vou ter a transcrição completa da conversa.”, explicou Degobbi. “Isso vai bombar nos fóruns da internet!”.

“Eu tenho uma cópia da transcrição finalizada comigo.”, disse Ghe.

“Como você tem uma transição completa de algo que ainda está sendo escrito?”, perguntei.

“Eu te disse, eu sou um viajante do tempo. Peguei no futuro.”, explicou Ghe.

“Ok, então deixe-me ver se entendi, você está lendo a transcrição de uma conversa que você ainda está tendo?”, perguntei.

“É, wibbly wobbly, timey wimmey...”, falou Ghe.

Uns segundos de silêncio.

“Então…”, perguntou Degobbi, querendo escrever.

“O que importa é que podemos nos comunicar, nós temos grandes problemas agora. Eles pegaram a cabine azul, não é? Os anjos tem a cabine telefônica?”, perguntou Ghe.

“ ‘Os anjos tem a cabine telefônica’, essa é a minha favorita, eu vou pôr isso numa camiseta.”, disse Degobbi.

“O que você quer dizer com ‘os anjos’? Você quer dizer, aquelas estátuas lá fora?”, perguntei.

“Criaturas de outro mundo.”, explicou Ghe.

“Mas são estátuas!”, falei.

“Só quando você olha.”, disse Ghe.

“O que isso significa?”, perguntei.

“Os Assassinos Solitários, eles costumavam a ser chamados.”, explicou Ghe. “Ninguém sabe exatamente de onde eles vieram, mas são tão antigos quanto o universo, ou quase isso, e só sobreviveram por tanto tempo pois possuem o sistema de camuflagem mais perfeito de todos. Eles são quantum-trancados. Eles não existem quando estão sendo observados. No momento em que são vistos por qualquer outra criatura viva, eles literalmente congelam-se em pedra. Não há escolha, é um fato na biologia deles. Na presença de qualquer outra criatura viva, eles literalmente congelam em pedra. E você não pode matar uma pedra. Claro, uma pedra também não pode te matar, mas ai você vira a cabeça... você pisca. E ai sim, ela pode te atacar.".

Olhei pra uma das estátuas dos anjos, que estava agora perto da janela.

“Não tire seus olhos daquilo.”, falei pra Dego.

“É por isso que eles cobrem os olhos.”, explicou Ghe. “Eles não estão lamentando, eles não podem se arriscar a olhar uns pros outros. Sua maior vantagem é sua maior maldição. Eles nunca podem ser vistos. As criaturas mais solitárias do universo... Eu sinto muito. Muito, muito mesmo, mas é com você agora.”.

“O que eu devo fazer?”, perguntei.

“A caixa azul, é minha máquina do tempo.”, disse Ghe. “Tem um mundo de energia temporal lá dentro que eles poderiam usar pra sempre, mas os danos que eles causariam poderia apagar o sol! Você tem que envia-la de volta para mim.

“Como? COMO?!”, perguntei.

“Bem... é isso, eu acho.”, falou Ghe. “Não tem mais nada na transcrição, isso é tudo o que tem nela. Não sei porque paramos de falar nessa parte, mas já posso imaginar. Eles estão vindo. Os anjos estão vindo para você. Mas ouça, sua vida pode depender disso: Não pisque, não pisque, pisque e você morre! Não vire pra trás! Não desvie o seu olhar e NÃO PISQUE! Boa sorte.”.

A mensagem havia acabado.

Degobbi terminou de escrever e tirou o DVD do notebook.

“Você está olhando pra estátua, não?”, perguntei.

“Não, e você?”, respondi.

Ambos lentamente viramos a cabeça pra frente e vimos a estátua de um anjo, quase nos pegando.

“NÃO PISQUE, FIQUE DE OLHO NISSO. Eu vou procurar a tal cabine azul.”, falei, peguei o DVD da mão de Dego e saí correndo.

Procurei por vários corredores da casa, até que cheguei no quintal dos fundos. Lá estava a cabine azul, mas tinha um problema. Perto dela, haviam 3 estátuas de Anjos Lamentadores.

Dego apareceu caminhando, de costas.

“Ainda estou olhando.”, sussurrou ele. “Mas não sei por quanto tempo mais vou aguentar piscar só um olho de cada vez.”.

Fomos nos aproximando lentamente, e piscando apenas um olho de cada vez, da porta da cabine azul, Quando entramos, fechamos, batendo a porta forte.

Nos surpreendemos. A cabine era maior por dentro do que por fora. E tinha várias espécies de computadores, alavancas, geradores... era uma sala enorme.

Começamos a ouvir batidas frenéticas nas paredes.

“Melhor nos apressarmos...”, disse Dego.

Vimos o computador central, e lá havia uma espécie de entrada para CD’s e DVD’s. Tentamos inserir o DVD. Funcionou, e, de repente, a cabine começou a desaparecer. Mas nós não estávamos indo junto. Gritei:

“ESPERE! GHE, NÃO NOS DEIXE AQUI PRA MORRER E...”.

A cabine já havia desaparecido. Eu e Dego estávamos em pé, e rodeados por uma roda de quatro estátuas de anjo, uma olhando pra outra.

“O Ghe pensou em tudo...”, disse Dego. “Ele fez os anjos se olharem de modo que não possam se mover nunca mais.”.

“Brilhante.”, falei.

Dego concordou.

Acabou que ele me acompanhou quando fomos visitar Bibi. Ela já estava velinha, e vivia junto com o neto, que cuidava dela. Ela acabou contando tudo o que fez em sua vida depois que chegou em 1975.

“Acabei conhecendo o tal Ghe”, explicou ela. “Ele pediu pra eu gravar, com uma câmera precária, um vídeo com ele lendo um texto que ele tinha, dizendo que era pra você. Na época, não havia nada o que eu pudesse fazer com o vídeo, mas em 2007, quando eu arranjei um emprego numa distribuidora de DVD’s, eu decidi colocar como um aviso... nos DVD’s que eu lembrava que você tinha.”.

“Então foi você que colocou a mensagem do Ghe nos DVD’s?”, perguntei.

“Euzinha.”, confirmou Bibi.

“Bibi, você salvou nossas vidas.”.

Dego e eu ficamos lá por mais um tempo, mas depois fomos embora. Dego voltou pra casa, mas eu passando pela Rua Baker, que ficava perto do iglu de Bibi. Lá, surpreendentemente, vimos a cabine azul, e Ghe e o outro pinguim que aparecera no vídeo, Rodrigo, indo entrar nela. Claro que, na hora, fui agradecer.

“Você é o Ghe, não é?”, perguntei.

“Sim... sou.”, respondeu ele.

Vi que havia um tom de dúvida na sua voz, e então lembrei que ele era um viajante do tempo. Ele ainda não havia me conhecido. Ainda. Então, já soube o que eu devia fazer.

“Aqui, leve isso com você.”, falei, dando pra ele a pasta com as folhas aonde estava a transcrição da conversa.

“Obrigado, acho...”, disse Ghe.

“Por nada”, falei, e sai andando.

“Cara, isso é um grande paradoxo.”, pensei comigo mesma.


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Notas finais do capítulo

Referências usadas no texto:
Esse capítulo é uma GRANDE referência á "Blink", décimo episódio da terceira temporada da nova série de Doctor Who. Sério, é praticamente idêntico, foi uma homenagem minha a um dos meus episódios favoritos.



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