Sam dirigia á uma velocidade consideravelmente alta. Eu no banco de trás observava a paisagem por onde passavámos e  tive um pressentimento ruim,não que eu fosse acreditar neste tipo de coisa,mas me pertubava a ideia de estar indo atrás de Dean,eu deveria estar animada,eufórica até,mas agora eu sentia medo. Ele parecia ser uma assassino profissional sem dor nem piedade,estremeci.

 -Droga,foi uma armadilha. -Sam falava irado dando um murro no carro,também não queria acreditar,mas era isto perdemos o pneu do carro.Ele pegou o telefone e disse aos outros que eram para continuar a seguir o suspeito e nós esperaríamos por uma carona,quem sabe. Não estávamos tão longe da cidade,mas a pé gastaríamos umas 3horas ou mais,e a estrada era perigosa. Assim que ele desligou o celular,um carro começou a se apoximar e eu tive medo. Fiquei próxima de Sam e então o homem do carro abaixou o vidro e disse:

-Carona,amigos? -Deu um meio sorriso e eu não tinha certeza aquele homem não era uma boa pessoa,mas Sam me convenceu a entrar no carro. Entrei,e em inha mente já começava a fazer uma oração para que o pressentimento que estava tendo fosse errado. Eu estava no banco de trás e Sam no da frente e comecei a tremer,então procurei sua mão e aconcheguei minha cabeça no banco da frente e permaneci a segurar sua mão. Ele acariciava ela de um modo que me dava confiança de que tudo daria certo,tudo vai dar certo. Não foi bem assim.

-Ei,você não está indo para Detroit senhor. -Falou Sam com o senhor me despertando de um topor que eu criara pensando nele.

-E quem disse que vocês irão voltar para Detroit? -Soltou uma gargalhada. Sam começou a gritar com o senhor e tentou segurar no volante,foi então que ele pegou uma arma e a acertou na cabeça de Sam.

-Sammy. -Gritei já em prantos,eu sabia que ele não tinha disparado e que Sam ainda estava vivo,mas estava muito preocupada,agora estava sozinha com aquele velho fedorento,tudo bem ele não era tão velho assim. Assim que me levantei para ver como Sam estava ele apontou a arma para mim e eu obedeci quando ele mandou eu ficar queta no banco de trás. Pensei em acerta-lhe algo na cabeça,mas não tinha nada e quando pensei em fazer com minhas próprias mãos ele parou o carro e mandou que eu descesse. De início nada fiz,então ele apontou a arma para Sam e completou:

-Desci logo,antes que este seu namoradinho morra na sua frente. -Exibiu um sorrisinho amarelo e opa eu e Sam não somos namorados,ok não por falta de vontade. Logo em seguida desci do carro que estava em uma parte da estrada que eu desconhecia e que possivelmente não tinha muito movimento e ele disse apontando a arma para mim:- Tire a roupa. -Eu me desesperei,como assim ele vai abusar de mim? Não,eu não deixaria. Comecei a correr em direção a pista para que alguem me visse e quando estava próximo de chegar fui arrastada pelos cabelos por aquele homem bruto,cai violentamente no chão e comecei a gritar e foi quando ouvi um disparo,fiquei calada então. Já estavámos um pouco longe do carro no meio de um matagal e foi ai que ele rasgou toda minha blusa,fiquei com nojo quando vi aqueles olhos negros ,cegos de desejo. Não,eu não passei 2 anos enfrentando aquela guarda carrancuda pra acabar sendo estuprada num matagal de estrada,dei -lhe primeiro um chute carregado de ódio em sua partes e ele cambaleou para trás,disparei em uma corrida até o carro,mas fui surprendida por um tiro em minha coxa que me fez cair.

-Droga,Socorro. -Comecei a choramingar e gritar por um socorro que eu sabia ser em vão. Ele começou a se levantar e eu fui me arrastando com a perna ainda boa,mas todo meu corpo começava a queimar. O velho já estava sobre mim tentando me beijar,comecei a gritar desesperadamente e tentava me desvencilhar daquela boca imunda,eu já estava sem forças para me debater quando vi que ele perdia um pouco a força e muito sangue começara a jorrar de sua cabeça.

-Venha comigo,vou te tirar daqui. -Falou um homem que eu não conseguia ver direito o rosto,mais por conta do meu desespero do que da falta de luz,mas eu tinha certeza não era Sam. Enquanto ele me carregava para algum lugar que eu não sabia,pois com o tiro comecei a ficar zonza,mas consegui pronunciar.

-Pegue aquele carro. -Apontei sem forças. -Sam,precisa salvar Sam também. -Foi o que eu consegui dizer,antes de desmaiar. 

Acordei um pouco confusa e sentia como se tivesse um sino batendo forte dentro da minha cabeça,estava em um lugar até limpo para uma casa abandonada. E também estava com um curativo na coxa onde tinha levado o tiro,não me senti confortável em saber que o homem que tinha me salvo rasgara minha calça jeans preferida,mas estava agradecida por ter me salvo. Não conseguia ver Sam,onde ele estava?

 -Sam. -chamei quase num sussurro,estava sem forças. Então,consegui dizer mais alto: -Sam,cadê você? -De imediato obtive resposta.

-Jo? É você? -Ele falava com muita alegria em sua voz e no mesmo instante ao ouvi-lo chorei de alegria por ele estar vivo. A voz parecia vir de um cômodo ao lado,então tentei ficar de pé. Despenquei instantaneamente. E Sam gritou:-Jo? O que aconteceu?

-Não,tudo bem. Só tentei levantar. Digamos,que eu tinha levado um tiro do velho tarado. -consegui dizer me arrastando,fazendo força com a perna boa. Vi um vão onde presumi que naquele homem estivesse Sam. Acertei. -Sam. -Sorri e ele também o fez. Me arrastei com mais agilidade e lhe dei um abraço tão forte,mas tão forte e estava tão feliz que Sam disse por fim,quando parei de aperta-lo um pouco.

-A senhorita podia fazer a gentileza de me desamarrar? -Brincou e nós dois rimos.