Bonjour, Paris! escrita por Baby S


Capítulo 5
Capítulo 5 Um pouco de romance


Notas iniciais do capítulo

Como diz o título, aqui vai um pouco de romance pra voces! Espero que gostem e boa leitura! :) Desculpem qualquer erro



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Estávamos descendo a rua estreita do meu apartamento alugado, quando eu disse, apontado com o dedo indicador :

– Eu fico aqui.

– Que coincidência ! Eu também. É que minha mãe pediu pra eu levar minha prima e as amigas dela pra jantar. Elas estão aqui de férias e não conhecem nada.

O-oh, eu pensei. Foi naquele momento que eu percebi : aquele era o primo da Mari ! Puta que o pariu, eu tinha uma queda pelo primo da Mari ! Ela iria me matar, simplesmente isso. Até que daria uma morte legal, quero dizer, em Paris. E comecei a pensar em algumas mortes dramáticas nessa cidade:

Ser jogada do terceiro andar da Torre Eiffel . Ser jogada do Arco do Triunfo, cair na avenida e os carros atropelarem meu cadáver gelado e ensanguentado. Ser jogada no Rio Sena, com pedras amarradas em voltas dos pulsos, como faziam com as bruxas nos tempo antigos.

Mas, para a minha sorte, a Mari não tem uma mente tão fértil para pensar nessas coisas.

Ela provavelmente iria me matar em um beco escuro e eu apareceria nos jornais e ficaria famosa após a morte, com a manchete :

‘’ Ladra de primos é morta pela amiga em rua estreita’’

A estudante de moda brasileira veio para Paris em férias e logo em seu primeiro dia de viagem, já arrasou corações. Teve uma queda pelo primo da amiga, e após eles viverem um romance de verão, sua amiga assassinou-a em uma rua estreita e escura.

Meu Deus, eu estava ferrada. A Mari iria fazer questão de mandar escrever na minha lápide : Bianca F., assediadora física e moral, destruidora de lares.

– Bia ? – ouvi aquele sotaque lindo francês dizer, me trazendo de volta para a realidade, com uma cara assustada só de pensar no meu triste futuro.

– Oi ! – disse, ainda em choque.

– Chegamos. – Pierre avisou.

– Ah, claro. – eu disse, sorrindo como se nada estivesse acontecendo.

Pierre pronunciou algumas palavras com o porteiro que eu interpretei como : hasha hasha oui oui, sava, akjfuef, ireuajs, pqofer. Para você ver o meu nível de francês. Então, o porteiro abriu a porta e eu subi as escadas correndo, com as malas batendo e arranhando nos degraus, e percebi os passos de Pierre logo atrás de mim.

– Cadê elas? – Pierre perguntou, quando alcançamos o topo da escada. O andar era pequeno, eu olhei para todos os lados e nada delas. Ótimo, agora eu tinha 3 amigas desaparecidas.

– Elas foram embora! Mas, elas falaram que iam ficar! Nem as malas delas tão aqui! – eu disse, desesperada.

– Calma, vai ficar tudo bem. – Pierre, fofo, tentou me acalmar mas eu estava desolada.

– Que merda, agora eu estou sozinha em uma cidade totalmente desconhecida. – eu disse, sentando-me na frente da porta pintada de branco.

– Eu não sei se conta muito, mas eu estou aqui... – Pierre disse, jogando os cachos de seu cabelo para trás (eu adorava quando ele o fazia) e abrindo um sorriso lindo que me fez sorrir também. Eu não sei se eu deveria ter feito isso, mas no momento pareceu o certo. Eu levantei do chão, e abracei-o. Seus braços eram acolhedores, e eu me senti segura por um momento. Como se nada mais importasse, se nós estivessemos juntos ficaria tudo bem. Ele respondeu ao abraço, me apertando ainda mais forte, e eu pude sentir seu cheiro. Eu nunca esquecerei aquele cheiro, era do meu perfume masculino favorito YSL. Estávamos na frente da escada, e eu pude ver as pessoas tentando passar e tendo que deviar de nós, eu não queria me mover e nem ele, pois era como se o mundo à nossa volta estivesse congelado e a única coisa que eu podia perceber era seu toque.

Eu me lembro muito bem que eu nunca tinha me sentido daquela maneira antes, e era a melhor sensação que eu já tinha tido. Vocês acreditam em amor a primeira vista? Até aquele dia eu não acreditava. Nem em amor à primeira vista, nem em destino, nem em alma gêmea. Pierre me fez mudar esse ponto de vista, e eu gostei desse novo lado na vida.

Foi quando nos separamos do abraço que eu disse a mim mesma: não, Bianca. Para com isso. Isso é errado, ele é o primo da sua amiga e ela vai querer te matar quando descobrir.

– E agora, o que a gente faz? – perguntei, tentando apagar da minha mente o que tinha acabado de acontecer, mesmo sendo impossível para o meu coração.

– Ah, eu quase me esqueci... – ele começou, mexendo nos bolsos da calça. – Minha mãe ficou desesperada quando percebeu que tinha esquecido de entregar a chave pra vocês. – disse, tirando do bolso e entregando-me uma chave prateada pequena.

– Ah, brigada. – eu disse, pegando a chave e mexendo nela com os dedos. Essa maldita chave! Se a gente tivesse lembrado de pegá-la algumas horas antes nada disso teria acontecido. – Então, eu acho que vou entrar. – eu disse virando a chave na fechadura.

– Espera. – ele disse, me puxando pelo braço e me beijando.

Normalmente, eu acharia aquilo tudo muito estranho, mas não naquele dia. Eu sentia algo especial por ele e não deixaria isso escapar, mesmo que nós nos conhecêssemos apenas por algumas horas. Seus lábios eram doces como mel, e eu queria mais. Eu já havia beijado muitos caras na vida, mas nada que se comparasse a isso. Embora eu quisesse mais, eu não sei como, uma voz veio em minha cabeça dizendo ‘’Pare’’ e eu arranjei forças para me separar de seus lábios.

E a boa notícia é que ele não era gay!!!

– Desculpe. – ele disse.

‘’Não!!’’ eu queria dizer, ‘’Não tem por quê pedir desculpas! Esse foi o melhor ‘’selinho’’ da minha vida!’’. Mas ao invés disso, eu disse:

– Boa noite, Pierre.

Sim, eu tinha encontrado forças para parar o beijo, mas não para dizer algo mais inteligente do que isso. Então, eu entrei com as malas, tranquei a porta, apoiei as costas nela e abri um sorriso, mordendo os lábios.


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Notas finais do capítulo

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