Caminhos De Sangue. escrita por Wallas Reis


Capítulo 3
Esses cortes, nunca foram motivos de troféu.


Notas iniciais do capítulo

Feliz ano novo, adeus ano velho...(♪)
Hehehe. Booa Leitura!



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– Ah meu filho essa é a Laura – disse o seu pai quando ele se sentou – lembra aquela que lhe falei.

– Já nos conhecemos lá em cima- ele me olhou – não é Laura?

– Sim – foi à única coisa que conseguir responder.

– Podem se servir – falou Daiane com um sorriso de ponta a ponta – me de o seu prato Laura, deixe que eu lhe sirva.

– Muito obrigado.

– Mãe é melhor a senhora encher bem o prato – Miguel tinha começado com o seu jogo de intimidação – dessa favelada.

– Miguel meu filho o que foi isso? – perguntou Rafael.

– Oh é mesmo tinha me esquecido, foi mal – disse ele com um meio sorriso no canto da boca – depois que sair daqui vai se cortar, não é, pra depois mostrar aos amiguinhos, para eles terem pena de você.

Não podia ficar ouvindo aquilo calada, essa não era eu.

– Esses cortes, eles nunca foram nenhum motivo de troféu, ou qualquer outra besteira – mostrei o meu braço enquanto falava – eu... Eu tenho meus motivos pra fazer. Não brinque com isso, já que não entende simplesmente se cale, vai ser bem melhor.

Eu nem tinha acreditado o que tinha dito naquela hora, dava pra perceber a cara de supressos nos dois adultos que estavam naquela mesa, quanto a ele me olhava como fosse me comer com os olhos, mas pelo menos eu o calei e ao invés de ser humilhada naquela hora eu que o humilhei, mas estaria mentido se não falasse que cada palavra que ele disse me doeu muito, enfim todos terminaram a Daiane começou a retirar a mesa e o Rafael lhe ajudou, perguntei a ela se queria ajuda na hora de lavar a louça ela disse que não precisava fiquei ali na mesa sentada e na minha frente estava ele ainda a me olhar.

– Me diz, quem você pensa que é garota?

– Eu sou a Laura, prazer. – disse sendo um pouco irônica.

– Hahaha, como você é hilária, só que não – ele parecia está furioso – se você esta pensado que chegando de mansinho vai conseguir roubar eles de mim, pode esquecer porque você tá enganada.

– Garoto se toca pra que eu você querer seus pais? – perguntei tentando achar uma logica para aquilo – e ter que te aturar, não, não queria nem em sonho.

– Que bom que estamos entendidos então, a serventia é a porta da casa.

Nem acreditei no que aquele moleque mal educado tinha me dito, ai que raiva e vontade de voar no pescoço dele e esganar, mais preferir ir pra minha casa. E quando estava saindo o doutor me viu e me chamou.

– Laura, espere um pouco que lhe levo, está tarde e não é bom você ir sozinha.

– Não, não precisa eu sei me cuidar.

– Eu faço questão – disse ele – e se não aceitar vou me sentir mal.

– Está bem – falei – pelo senhor eu aturo mais um pouco esse lobo no corpo de cordeiro – falei olhando e dando um singelo sorriso para o Miguel.

– Vou subir não gosto de ficar do lado de pessoas doentes.

Só não mandei ele pra “puta que pariu” em respeito à Daiane, mas pelo menos o dedo do meio o mostrei, ele subiu não muito satisfeito com o presente. E não demorou muito e logo o Rafael voltou com as chaves do carro em suas mãos.

– Vamos?

– Sim –lhe respondi.

– Até que fim – Miguel gritou do seu quarto.

– Me desculpe Laura, mais não sei o que aconteceu com esse garoto – o doutor tentou se explicar – ele nunca foi assim com as visitas.

– Sem problemas – lhe disse com um sorriso.

Seguimos até o carro, ele desligou o alarme e então entramos ele girou a chave deu a partida e ligou o farol e então começou a dirigir me levando até em casa.

~*~ ~*~ ~*~ ~*~

Ponto de Vista do Miguel.

Desde do momento em que vi aquela garota eu não sei o que me aconteceu me deu uma raiva tão grande, tão inexplicável, e ela teve sorte porque eu peguei leve na hora do jantar. Aquele tempo em que fiquei olhando ela enquanto estávamos sentados na mesa sozinhos comecei a perceber o quanto ela era linda, quero dizer insuportável, a quem eu estou querendo enganar ela é linda, aqueles olhos verdes combinava perfeitamente com aquela pele branca e cheias de sardas seu cabelo ruivo foi uma das coisas que também me encantou... Para Miguel o que tá acontecendo com você? E na boa, agora mais calmo procuro uma logica na qual eu a tratei tal mal assim. Eu teria que me redimi com ela, mas como? Só uma mulher pode entender outra, já sei...

– Seu viado, esqueceu de mim foi?

– Calma Marjore eu também te amo – disse tentando conter a fera.

– Me diga que milagre é esse me ligando? – ela perguntou sem entender – provavelmente tá precisando de ajuda, manda ai então.

– Poxa – falei nem acreditando no tanto que ela me conhecia – está bem eu vacilei feio com uma garota e...

– Primeiro, você tá fudido – disse ela me interrompendo – e segundo é que.... Não tem segundo e você tá fudido do mesmo jeito.

– Você não tá ajudando.

– Então vou desligar – disse me ameaçando.

Sei que a Marjore não era uma pessoa, digamos, normal ela podia ser estranha e quem a via sem conhecer pensava isso, claro o que iriam pensar de uma menina que tem a cor dos cabelos verdes? Mas ela era uma ótima conselheira e além de tudo uma amiga com quem eu sempre podia contar mesmo ela sendo um pouco...

– Oh vei se matou ai foi? – Perguntou ela me acordando dos meus pensamentos.

– Marjore! – a chamei tentando faze-la entender que era serio – tem como me ajudar ou tá difícil?

– Tá bom – disse ela – manda ai à merda que você fez dessa vez, que a titia aqui ajeita.

– Puts, vou te falar mais, por favor, fica calma e não me xinga – pedi para ela – é que meu pai trouxe uma menina aqui e eu a destratei, chamei ela de favelada e ainda brinquei com os problemas dela.

– Seu filho de uma... – ela fez uma pausa – de uma mãe.

– Poxa Marjore.

– Cala boca e me escuta agora, seu vacilão – disse ela furiosa – se eu tivesse ai ia te bater tanto, mais ok, a primeira coisa é pedir desculpa e a segunda é fazer de tudo pra ela te desculpar o que vai ser difícil, mas como te conheço bem e sei como é muito bom com as palavras vai conseguir.

– Isso eu já sabia – disse pra ela esperando algo filosófico – mas tudo bem do mesmo jeito valeu.

E então ela encerrou a ligação como sempre, típico dela.

~*~ ~*~ ~*~ ~*~

E enfim chegamos à minha casa e percebi o quando o doutor Rafael estava constrangido pelo o que aconteceu comigo e o seu filho, aquele idiota.

– Muito obrigado por ter ido jantar conosco Laura – falou quebrando aquele silencio – e me desculpe o que aconteceu com você e o Miguel sinceramente, não sei o que aconteceu.

– Que nada doutor, sem problemas e eu que agradeço pelo jantar – falei saindo do carro – tchau.

Ele buzinou e rastou o carro enquanto eu entrei dentro de casa, ao entrar na sala os meus pais nem ao menos me perguntaram ou reclamaram a minha demora em chegar em casa o que me deixou com mais raiva, entrei no meu quarto e como sempre despejei a minha raiva ali, quebrando e gritando o máximo que eu podia pra ver se ao menos aliviava aquela raiva que eu estava sentindo.



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Notas finais do capítulo

Essas aqui são a
Marjore: http://sphotos-d.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash3/560636_184682268342515_1837046810_n.jpg
e a
Laura: http://sphotos-f.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/484136_312983572135697_2067687620_n.jpg
Pra você terem uma ideia de como elas são.!
Gostaram?! Reviews? Ein Ein? *--*



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