Demigoddess escrita por Pacheca


Capítulo 50
Some Apologies


Notas iniciais do capítulo

Gentem, último capítulo dessa fic nessas férias :s Vamos ver se dá pra manter o ritmo durante as aulas, né? .q Mas enfim, aproveitem ^~^



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POV Yamamoto

Fiquei olhando Elgin e o garoto de longe. Chad. O namoradinho. Ou pelo menos ele costumava ser. Não me dizia respeito, mas ainda assim, tive a curiosidade de saber o que conversavam.

E mesmo sem ouvi-los, só de ficar observando o casalzinho, eu já meio que podia prever o fim de relacionamento ali. O que, de verdade, era ótimo pra mim. Infelizmente, para Dante também era bom.

Falando em Dante, a cara chateada de Elgin me parecia ser feito dele. Deixei o U de chalés e fui para a praia. Ela tinha vindo de lá, talvez ele ainda estivesse no local também.

Acertei. Parei ao seu lado, sorrindo. Adorava provocar aquele garoto. Ele me olhou de soslaio, como se esperasse que eu explicasse minha presença ali.

– Como vai, Dante?

– Cai fora. – Ele falou, sem sequer virar o rosto.

– Sério agora, qual seu problema?

– Nesse instante, você sendo chato.

– Eu estou falando do que você fez com Elgin? Ela estava bem chateada.

– Você deve ter adorado consolá-la, não? – Ele estava com ciúmes. Que ridículo.

– Bem, infelizmente, seu irmão conseguiu chegar antes de mim. – Falei, dando de ombros. – O que você fez?

– Por que não pergunta ela? – Eu já estava prevendo o garoto pulando no meu pescoço, mas para a insatisfação dele, não ia ser uma boa luta. Primeiro porque ele tinha enfraquecido pelos ossos quebrados. Segundo porque eu era maior que ele.

– Eu devia. Quer dizer, agora você não vai mais dormir no 11. Seu lar agora é...7? Creio que sim.

– Qual é a tua, cara? Me larga em paz.

– Você devia ver quão patético você fica com ciúmes. – Agora era sério, sem provocações. Ao menos, não intencionais.

– Ei, Japa. – Senti uma pontada de desprezo. Normal. – Não é nada da sua conta.

– Elgin? Ela é. – Dei de ombros. Ele já estava com ciúmes mesmo, que diferença faria? – E tratá-la mal não te ajuda muito.

– Eu vou TE tratar mal. – Ele ia me dar um soco. Ou tentar. Ia me esquivar, mas não precisei.

– O que estão fazendo? – Elgin, ainda de fones parou entre nós, com cara de quem olha pra dois retardados.

– Não te falei pra vazar? – Dante falou com ela, irritado.

– Desculpa, não me lembro da praia ser só sua. – Ok, aquela acidez toda era muito sexy. – Vem, Japa, larga ele ai.

Sorri, vitorioso, passando por ele. Claro que não significava nada, mas ainda assim, ver o olhar assassino de Dante me fez sorrir mais ainda.

– Idiota. – Elgin murmurava para si mesma, se afastando pela orla. Fui atrás dela, sem olhar mais pra trás. – Quero dizer, o que foi que eu fiz?

– Acendeu a fagulha de ciúmes no coração dele, minha cara. – Falei, um sorriso torto.

– Incrível como você é igualzinho ele, mas diferente. – Ela deu de ombros. – Então, não posso falar com ninguém além dele?

– Pode, desde que seja uma menina ou Chad. – Dei de ombros. – O que vê nele?

– Como assim?

– Você sabe, o que gosta nele?

– Ele me salvou uma vez. – Ela respondeu, como se lembrasse de algo muito no passado. – Devia perguntar sobre você, não?

– Ok, e em mim?

– Sinceridade. Honestidade, as vezes até demais. – Ela deu de ombros, parando de andar. – E você tem lá sua beleza.

– Lisonjeado. – Respondi, rindo. Ela revirou os olhos, voltando a andar.

Continuamos a andar, simplesmente aproveitando a brisa vinda do mar.

POV Dante

Elgin sempre escondia aquele maldito na sombra dela. A vontade de socá-lo ainda não tinha passado. Na verdade, crescia a medida que eu os via se distanciando, rindo casualmente.

Como ela gostava dele? Mais do que de mim? Ou até mesmo que de Chad?

Por um lado, o asiático enviado das profundezas tinha certa razão. Tratá-la mal nunca foi o jeito de conquistar Elgin. Ser sarcástico, irônico, até mesmo inconveniente, tudo isso ok. Mas aquela pose de bad boy que não liga pra ninguém, ela simplesmente não suportava aquilo.

Suspirei, me sentando na areia. Já estava escurecendo. Eu realmente deveria estar patético. Mas eu também tinha a certeza de que estava sendo consumido de ciúmes.

E nem era meu único problema. Apolo me reclamara. E ai? O que acontece agora?

– Um pouco atrasado, Velho. – Falou pro sol que se punha, sem esperar muito. No entanto, a presença dele era quase impossível de ser ignorada.

– Vacilo, não? Brigar com Elgin?

– Achei que estivesse falando de você ter me esquecido. Obrigado por isso. – O sorriso frio de costume.

– Quem te disse que eu te esqueci? – Apolo falou, os dentes brancos brilhando quase tanto quanto seu cabelo. – Só queria te deixar com Elgin mais tempo. Pra ver se mandava uma luz praquela garota.

– Luz?

– Isso é bom pra eu aprender a não tentar fazer o serviço dos outros. Eu devia ter falado com Afrodite desde o início, mas não “deixem comigo, eu consigo.” – Ele falava sozinho, enquanto olhava o mar.

– O que?

– Elgin e você, torço por você nesse triângulo, garoto. – Ele deu de ombros. – Quero dizer, está ficando difícil não prever a derrota, não. Você a deixa no colo do japonês.

– Ah, e o que meu adorado conselheiro me oferece? – Sarcasmo até o limite.

– Peça desculpa. Antes de trocar de chalé. – Ele deu de ombros. – Achei que conseguisse pensar nisso sozinho.

Já tinha pensado, mas o orgulho estava parando-o. Suspirou, vendo o homem ficar de pé. Astro de cinema, era o que pensava da aparência dele. Parecia muito com o pai, percebeu.

– Dante, precisa se controlar mais. – Ele deu de ombros. – E eu preciso terminar meu turno se não quiser ouvir palestra da sua tia. Diga à minha garota favorita que mandei oi.

Ele então sumiu, me deixando ali de novo. Conseguia reconhecer a verdade no que ele dizia. Auto controle não era meu forte. Fiquei de pé, limpando a parte de trás da calça.

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Consegui encontrar Elgin antes de irmos jantar, quando a maior parte dos campistas já seguiam para o pavilhão. Eu arrumava minhas coisas quando ela entrou no chalé.

– El. – Pulei na frente dela, bloqueando a porta. Ela olhava para todo lado, menos meu rosto. – Olha, desculpa. Fui um babaca mais cedo.

– Bem, você reconhece, que maravilha. – Ela não acreditou nas minhas desculpas. – Licença.

– Não saio até você me levar a sério. Foi mal, de verdade. – Ela finalmente olhou nos meus olhos, considerando o que eu acabara de dizer.

– Ok. – Ela falou, voltando a olhar pro chão. – Posso ir agora?

– Realmente me perdoou? – Falei, abaixando até que meu rosto ficasse na altura do dela. Ela concordou, olhando para meus olhos. Sorri. – Apolo disse oi.

– Oh. Isso explicação o anel começar a queimar. – Ela levou a mão instintivamente à pedra azul presa ao, que agora sabíamos ser ferro estígio, metal escuro.

– Bem, é. Como foi seu dia hoje? – Perguntei, sem querer deixá-la passar. Acho que ela percebeu que eu só estava inventando desculpa para ficar com ela ali.

– Já tive melhores. Posso ir jantar?

– Elgin. – Cruzei os braços, respirando. – Você acha que eu mudei?

– Isso saiu do nada. – Ela piscou, pensando. – Acho que um pouco. Mas não foi necessariamente pra pior. Não tenho mais medo de ficar com você sozinha.

– Devia. – Descruzei os braços, empurrando-a pra dentro do chalé enquanto dava um beijo em sua boca.

Se ela me empurrou? Não. Na verdade, ela começou a chorar. Só por alguns instantes. Umas três lágrimas apenas desceram pelo seu rosto. Me distanciei, preocupado.

– El, eu n-não queria... – Mal conseguia falar, enquanto ela respirava fundo.

– Não, acho que tem algo a ver com o bloqueio. – Aquele “dom” dela de bloquear dores, a não ser quando ela perdia controle do seu corpo, ou ficava inconsciente. – Eu, me distrai, por um instante.

– Então, tudo bem? – Perguntei, tentando sorrir.

– Não, na verdade, não. – Ela olhava pro chão de novo. – Sabe, é que eu me lembrei de você ter falado com Tri e...

– Oh. – Então eu a beijo e ela lembra da melhor amiga. Legal. Mas aquilo não era hora praquilo. – Sabe, agora que você comentou...Ela tinha as duas mãos. No submundo.

– Ela já tinha se acostumado. – Uma risada triste. – A só ter uma.

– Vamos jantar, sim? – Falei, sentindo um bolo na minha própria garganta. Eu não tinha a amizade tão forte assim com Tri, mas perdê-la foi um choque.

Segui atrás de Elgin, o Pavilhão já cheio de campistas. Elgin foi falar com Quintus, antes de ir se sentar na mesa do 11. Solace me puxou para a mesa 7. Não me habituaria àquilo tão facilmente.


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Notas finais do capítulo

Pra certas pessoas loucas com o Dante, o POV dele pra vcs :3



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