Demigoddess escrita por Pacheca


Capítulo 30
The Half-Blood Camp's Problem


Notas iniciais do capítulo

Gente, mil desculpas pela demora! Até em hiatus eu tive que colocar, mas eu realmente não estava conseguindo fazer isso.
Vou voltar com tudo agora ^^
Boa leitura!
P.S. O POV Chad fica legal com Everything Has Changed, da Taylor com o Ed ^^



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POV Elgin

Argos dirigia calmamente até o acampamento. Abri a janela o máximo que pude, sentindo o vento frio. Quando Scirus foi nos buscar ele não disse o que Quíron queria. E aquilo só piorou a ansiedade que eu já estava sentindo.

Chad pegou minha mão, tentando me acalmar. Não funcionava muito, mas ainda assim era bom. Peguei a corrente que eu estava usando meu pescoço. O anel que Chad tinha me dado pouco antes de Scirus chegar com Argos estava pendurado nela.

Era um anel muito lindo, com uma pedra polida. Mas o mais fascinante era que ele refletia uma paisagem, que mudava com meu humor. Não sei onde ele conseguiu o anel mágico, mas não perguntei. Não precisava da resposta.

– Isso é bom ou ruim? – Ele indicou o anel dependurado. Era a imagem de um vale, com um extenso rio e uma floresta do lado. Parecia ser um lugar sereno, mas o rio parecia muito movimentado.

– Acho que o rio é ansiedade. Mas eu estou feliz, apesar de tudo? – Ele considerou o que eu disse por um instante.

– Acho que é bom, então. – Dante suspirou ao lado dele, virando o rosto para a janela. Tenho certeza de que ele revirava os olhos. Ignorei, sorrindo para Chad.

– Ei, alguém gosta de enchilhadas? – Scirus se virou no banco da frente, parecendo ansioso.

– Por que a pergunta repentina? – Ele continuou me olhando antes de responder.

– Tem um lugar aqui por perto vendendo enchilhadas, vocês querem? – Negamos com a cabeça, fazendo ele ficar meio triste. Mas ele acabou fazendo Argos parar do mesmo jeito para comprar pra ele.

Assim que chegamos ao acampamento, a imagem no meu anel mudou. Agora era um campo queimado, cinzento e deprimente. Aquele lugar estava diferente, mais triste, mais fraco.

Desci a colina meio correndo atrás de Scirus. Me senti mal passando ao lado do pinheiro de Thalia. Estava morrendo, lentamente. Luke tinha feito aquilo, com alguém que antes ele defendera?

Quíron nos esperava lá embaixo, com uma expressão cansada e abatida. Dante olhou ao redor, tentando assimilar tudo. Ele não tinha estado ali antes.

– Elgin, Chad, Dante e Scirus. Olá para todos. – Ele passou o olhar rapidamente sobre cada um de nós.

– O que houve? – Perguntei, colocando as mãos no bolso.

– O pinheiro de Thalia. Ele defendia o acampamento, lembra? Agora que foi envenenado, as defesas se foram. Fomos atacados há pouco tempo.

– Fiquei fora mais tempo do que pretendia. – Eu estava sem reação.

– Elgin, preciso falar com você. Scirus, leve Dante para o 11.

– 11? – Dante perguntou erguendo uma sobrancelha. Chad também estava atordoado.

– É, o chalé de Hermes. Os não reclamados esperam a resposta de seus pais lá.

– Mas... – Todos sabíamos que Dante era filho de Apolo, por que ele iria para o 11?

– Só porque você sabe não quer dizer que foi reclamado. – Scirus respondeu por Quíron.

– Então, Dante vai ter que brilhar até poder ir pro 7? – Perguntei, franzindo o cenho e lembrando de Chad com a aura amarela.

– Exatamente. Agora vá, Scirus. – Scirus saiu, seguido de Dante e Chad. Quíron parecia ainda mais tenso quando ficamos sozinhos.

– O que houve?

– Scirus me disse algo interessante. Sobre Hades. – Respirei fundo. Fechei os punhos, começando a tremer. – Não fique brava com ele, Scirus não queria, mas Sr. D insistiu.

– Não vai mudar nada, eu não fui reclamada.

– Não seria a melhor opção, afinal, você não deveria ter nascido. Hades fazia parte do acordo, dos Três Grandes não terem filhos. Só queria deixar claro que eu não vou contar para ninguém.

– O que vocês estão fazendo, para salvar o pinheiro?

– Clarisse foi atrás do Velocino de Ouro. Se tivesse chegado dois dias mais cedo poderia encontrá-los.

– Encontrá-los? Ela e mais quem?

– Percy e seus amigos foram escondidos. Problemas, claro. Mas espero que eles consigam.

– Claro, claro. Eu devia ter imaginado.

– Quanto aos ataques, estamos patrulhando o perímetro.

– Ok. Vão nos incluir na patrulha, certo? – Ele concordou.

– Vá agora, os Stoll estão sentindo sua falta. – Dei uma risada fraca antes de ir para os chalés.

POV Dante

Era um chalé pequeno e abarrotado. Mal havia espaço pra cada um ali. Aquilo me deu uma certa raiva. Pelo que ouvi, Chad já tinha virado um holofote na frente dos outros e tinha uma cama, num lugar menos cheio.

Algumas pessoas me cumprimentaram quando entrei, outros nem se viravam. Algumas garotas me olhavam, parecendo me avaliar. Sorri pra elas, como Ian sei-lá-das-quantas que fazia um vampirinho de série pão com ovo. Elas desviaram o olhar, envergonhadas.

Scirus tinha me dito pra ficar de olho nos gêmeos, Stoll. Os dois não demoraram para me darem as boas vindas. Se eles realmente fizessem metade do que a reputação deles dizia, seríamos bons amigos.

– Mais um, hein? Bem vindo. – Um deles falou, e o outro completou. – Não se preocupe, não vamos fazer nada com você, ainda!

Eu ainda estava com raiva, por ter que ficar naquele lugar, sendo que o chalé 7 era meu lugar. Mas tudo tinha seu lado bom. Aqueles dois pareciam legais.

– Hey, eu sou Connor, este é Travis. – O primeiro que tinha falado disse. Murmurei Dante em resposta. – E nossa queridíssima heroína...

Me virei pra porta, Elgin entrando segurando o cabelo sobre o ombro. Era mais uma coisa boa no 11, eu acho. Elgin teria que ficar comigo. Eu poderia irritá-la.

– Aonde Connor? – Ela soltou o cabelo, colocando as mãos na cintura. Connor riu.

– Ora, bem onde você está.

– Ok, falou. – Ela voltou a mexer com o cabelo, sorrindo fraco. – Então, nenhuma pegadinha como boas vindas?

– Não faríamos isso, não com alguém tão maravilhosa.

– Por que eu sou tão maravilhosa? Alguma razão em especial?

– Só um grande potencial para namorada. – Ela riu do nada.

– Chad que o diga. – Respondi mais para mim mesmo do que para eles, mas eles pararam de rir e ficaram olhando pra ela.

– Pois é. Durante a missão.

– Diz pra ele abrir o olho. Dois contra um.

Não seria tão horrível ficar ali. Aqueles caras provavelmente também ficavam irritando Elgin. Talvez eles estivessem brincando sobre a coisa de namoro, mas ainda assim, seria divertido.

POV Chad

Fiquei com uma certa dó de Dante. Eu sei quão ressentido com Apolo ele era, e que não ser reclamado só pioraria essa raiva. Mas ao mesmo tempo eu sabia que ele ficaria bem com Elgin.

Não fiquei muito tempo no chalé. Era um pouco desconfortável ficar ali, com aquele clima depressivo. Todos estavam preocupados com o pinheiro. Eu também estava, mas ficar ali não era uma solução para mim.

Peguei um dos arcos e parei em frente ao alvo, mirando. Mas eu não via as marcas pintadas no boneco de palha, eu via o rosto de Luke. Aquele maldito destruiu aquilo tudo, o acampamento.

Tudo que eu podia sentir dele era raiva. Não por ter envenenado o pinheiro, não por estar com Cronos, por nada disso. Mas por ter traído Elgin. Eu sei que ela gostou dele, confiou nele. E ele simplesmente jogou tudo fora, por nada.

Fiquei ali, alguns minutos, quase uma hora. Dali a pouco eu iria jantar, tendo que suportar Solace, falando que ele já sabia que eu era afim de Elgin. Ele provavelmente seria pior que Scirus.

– Existe algo pior que Scirus? – Me virei, assustado. Naquele horário não tinha ninguém ali. Elgin, com as mãos nos bolsos e com a blusa laranja do acampamento.

– Solace. Mas eu vou ter que suportar. – Ela deu uma risada. Ri junto, automaticamente. Ela era tão...linda. Era pouco para descrevê-la, mas era a única palavra que eu podia pensar.

– Você sabe que por mim eu ficava do seu lado, mas...

– Melhor não. Por mais que eles digam que não afeta tanto, se você fosse minha irmã seria estranho.

– Verdade. – Ela parou, encarando o alvo por um segundo. – Ei, hoje, no jantar, me segue, ok? – Concordei, franzindo o cenho.

Assim que o jantar chegou, ainda naquele clima deprimente, Quíron falou alguma coisa rápido. Jogamos algo no fogo e nos sentamos de novo. Em 15 minutos, quase sem que eu percebesse, Elgin se levantou, saindo.

Fui atrás dela, depois de falar com Solace uma desculpa qualquer. Ela entrou na floresta, e eu a seguia. O que ela estava fazendo? E de repente parou, se recostando num tronco.

– O que houve?

– O jantar, juntos. – Ela tirou uma trouxinha de dentro da bolsa. – Não tem muito, mas vale.

Sorri pra ela, vendo o anel na corrente. Era uma campina, verde, alegre. Aquele seria o melhor jantar de todos.


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Notas finais do capítulo

Desculpe, de novo. E deixem seus reviews *_*



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