May The Odds Be Ever In Your Favor escrita por Peetra


Capítulo 19
Entrevista com o Caesar/Parte 2- Liz Lumière D10


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas postei! Desculpa mesmo do fundo do meu coração, mas está tudo corrido. E me desculpem, mas acho que o capítulo ficou chato :c-Boa leitura!



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E então, na sequência, entra a tributo do 7, vestindo um vestido marrom escuro-que se destacava no pálido da sua pele-, com mangas de princesa, uma ankle boot bege e um colar dourado bem justo no pescoço. Seu cabelo... acho que alaranjado, está preso em dois coques do lado da cabeça e seus olhos verdes sem maquiagem, só com rímel.

–Thalita Grizzy!!!

–Oi!

–Como você se sente, estando aqui?

–Ninguém poderia ficar feliz, sabendo que vai morrer, mas estou mais ou menos.

–Sim. Você espera voltar?

–Claro que sim. Eu preciso voltar viva disso.

E então eles ficam enrrolando até dar o tempo.

–Richard!-Caesar chama!-Venha pro palco.

Richard entra no palco, tímido e com receio, como se Caesar fosse um monstro. Ele usa calça e paletó marrom escuro, camisa branca e gravata dourada. O sapato, dourado também. Ele olha ao redor e se solta. Começa a sorrir e cumprimentar a platéia com acenos.

–Uau! Que mudança!-Caesar riu.

–Sim sim. Adoro isso.

–Bem... Me conte. Que tipo de adiversário você é?

–Aquele que você não quer chegar perto.

–Você é violento?

–Às vezes. E nesse tempo, não queira chegar perto.

Papo vai, papo vem e ele sai.

Alana entra inocentemente no palco, como quem não quer nada, e se senta. Ela está chique, usando um vestido parecido com o de uma princesa. Ele é vermelho vivo, com muitos detalhers com pérolas. O cabelo preto na altura dos ombros está alisado e sedozo. Os olhos castanhos apenas com um delineador preto e a boca com um batom vermelho vibrante.

–Você está linda! Parece uma princesa!-Caesar elogia.

–Obrigada.-Ela responde com um belo sorriso.

–Você poderia me dar uma dica do que aconteceu na sua sessão individual?

–Só se você prometer manter o segredo.

–Será que nós sabemos guardar um segredo?-Caesar pergunta à multidão, que fica eufórica.-Acho que isso é um sim.

–Eu não posso contar.-Ela ri.-Mas eu garanto que dei o meu melhor.

–Sim, as notas deixaram isso bem claro.

Alana, meiga e engraçada faz o tempo voar, e em o que parecem 5 segundos, a estrevista acaba.

O garoto do Distrito 8, Rober Kanty, entra confiante. Com uma roupa de príncipe do mesmo jeito que o de Alana. Esses estilistas estão combinando muito as roupas dos tributos. Ele se senta ao lado de Caesar. Ele sorri, acena, fala, gargalha. É um tributo muito animado.

–Bom, você está com um humor ótimo!-Caesar comenta.

–Ah, tem que estar! Felicidade é a base de tudo.

–Você está feliz indo pra arena?

–Não. Mas tento não pensar nas possibilidades de eu morrer.

–Hm... e então, soube que você se voluntariou no lugar de alguém. Quem?

–Meu irmão.

–Mais novo?

–Não. O mais velho.

–Mas por que?

–Se acontecer algo, minha família tem alguém maduro para confiar. Acho que fiz uma boa escolha.

A entrevista passa, animada.

De vestido até o joelho branco, reto, com alguns arabescos dourados e sapato dourado alto. Cabelo castanho claro enrrolado solto e leviano, jóias douradas e com esmeraldas e um belo sorriso estampado no rosto, Marie Strings entra no palco. A maquiagem é dourado claro, branco e os olhos dela... Oh meu Deus! São transparentes? Ah não, são verdes. Tão claros que nos confundem.

–Boa noite!-Caesar recepciona.

–Boa noite.

–Sente-se, por favor.

Eles se sentam.

–Marie, você tem 14 anos certo?

–Sim.

–E vai fazer 15 amanhã? Bem no dia de entrar na arena.

–Sim. É muito azar.

–Não encare isso como azar. Vai que algum patrocinador resolve te dar presentes.

–Tomara.-Ela ri.

Sim, isso é muito azar. Eles ficam conversando, rindo e contando histórias de vida chatas. Até que, finalmente, “troca” o tributo.

Logo depois dele sou eu. Respira. Calma. É só uma entrevista.

O próximo tributo é KyuHyu Sho. Ele é meio estranho. O cabelo cor de vinho lhe cobre os olhos preto e inexpressíveis.

Ele se senta e observa a platéia, sem demonstrar emoção.

–Boa noite KyuHyu.

–Boa noite.

–Isso que você tem no pescoço é uma tatuagem?

–Sim. Um escorpião.

–Podemos ver?

Ele levanta um pouco o cabelo e abaixa a gola da camisa, expondo a tatuagem.

O tempo se passa e é a minha vez de entrar no palco.

Meus estilista me mandou usar um vestido curto, roxo cintilante, cheio de babados e sapato roxo de camursa, jóias pratas. Minha equipe me fez uma maquiagem com sombra roxa clara, cinza e preto, batom roxo escuro e bastante rímel. Fiquei bonita. Entro no palco sem me preocupar. Caesar beija minha mão e nos sentamos. Fiquei meio tímida, mas tentei não parecer.

–Olá, Liz. Como vai?

–Bem.-respondo.

–Está nervosa?

–Não posso mentir. Estou sim.

–Hm. E pretende dar o seu melhor?

–Sim. Quero ficar até o fim. E vencer.

Por um tempo que parece interminável, ficamos ali conversando. E então, chega a hora de sair.

–Essa foi, Liz Lumière!

A platéia me aplaude. Respiro fundo quando estou fora do palco.

–Muito bem!-Diz minha mentora.

–Obrigada.-Respondo.

–Agora vamos ver como vai Tom.

Tom entra no palco, com terno roxo, como o meu vestido, e camisa preta. Os cabelos cor de avelã estão arrumados.

–Tom McGuire!

A platéia o recebe com euforia.

–Muito bem.-Diz Caesar. Quais são suas habilidades, Tom?

Após alguns segundos de silêncio, Caesar o chama.

–Tom?

–Oh, me desculpe. Estou meio tonto. Pode repetir?

–É claro. Perguntei quais são suas habilidades.

–Facas e armadilhas.

–Pelo jeito, fome é o que você não vai ter.-Caesar ri.

–Sim.

–Bem, a entrevista com Tom acabou!

Uma salva de palmas vem da platéia. E então entra a próxima tributo.

A garota do Distrito 11 deve ter uns 16 anos. É alta, tem o cabelo preto cheio de cachos e até a altura do ombro. É negra e tem olhos lindos cor de âmbar. Ela usa um vestidinho amarelo claro –que combina com sua pele- que vai até o joelho. É cheio de babados. Calça uma sapatilha dourada, combinando com seus brincos. A maquiagem é fraca, mas bonita.

Ela entra quase levitando no palco. Um boa adversária, pode nos surpreender.

–Olá Caesar.-Diz ela, com uma voz muito meiga.

–Olá Agnes. Poderia nos contar quantos anos tem?

–Uma princesa nunca deve contar sua idade.-Ri.-Mas pra você eu conto.

–Muito bem.

–Tenho 14.

–Só 14? Parece mais velha.

–É o que meus pais dizem.-Ela sorri, mas com o semblante triste. Provavelmente sente saudade dos mesmos.

–Sim. E continuarão a dizer.

Agnes recupera logo a expressão de “paisagem” e continua conversando. Até Buch Koleman entrar. O mesmo é negro como Agnes, mas os olhos são cinzentos. Os cabelos quase raspados estão cheios de gel. Os musculos estão salientes. Ele entra e se senta.

–Olá Buch.

–Oi Caesar.

–Está preparada pra entrar na arena amanhã?

–Eu estou muito preparado.-Ele enfatiza a palavra muito.

–E você acha que vai se sair bem?

–É claro.-Diz ele com tal convencimento que me deixa com nojo.

Depois de muita conversa, chega a tributo do 12. Só ela e mais o tributo masculino e está tudo encerrado.

Violet Young Lee, entra no palco vestindo preto. O vestido justo, tomara que caia, vai até o pé e é reto. Tem alguns detalhes em forma de estrela em cinza. Ela usa prata e um sapato preto e cinza muito bonito. Maquiagem preta e cabelos negros soltos.

–Com o que você é boa, Violet?

–Me escondo muito bem e sou ágil. E também sei atirar com arco e flecha.

–Legal.

–E quanto aos patrocinadores, acha que já tem um?

–Pelo menos um eu acho que tenho.

–Deve ter mesmo.

Eles conversam mais um pouco.

–Lindos olhos, que você tem.-Caesar elogia.

–Obrigada. São iguais aos de minha mãe.

E de fato, os olhos dela eram lindos. Um verde esmeralda perfeito.

E por fim, Colen Janson sobe. Ele traja terno com os mesmos detalhes da roupa de Violet.

–Bem, me conte, Colen.

–Sim...

–Deixou alguém especial no seu distrito?

–Sim Caesar, além da minha família, deixei minha namorada.-Ele diz, triste.

–Oh, mas então vá lá e ganhe.

–Sim Caesar, por ela.

Depois de um papo, finalmente tudo acaba e voltamos para nossos aposentos. Subo e tento não falar com ninguém. Vou direto para meu banheiro. Tomo um banho, tiro a maquiagem, visto meu pijama e deito. Tento dormir mas a tensão de ir para aquela droga de arena amanhã me faz revirar por horas na cama.


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