Harry Potter Por Olhos Negros escrita por CY


Capítulo 24
Ordem da Fênix - 09


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo segue o FILME:
Harry Potter e a Ordem da Fênix - (Parte 09)



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Hagrid contara a Harry, Hermione, Rony e Ellie sobre Grope, seu maio-irmão gigante. Ele era grande, mas não muito assustador, e tendo uma leve feição por Hermione. Após sair a cabana de Hagrid, Harry teria mais uma aula com Snape, e já havia tido algumas que o ajudavam a bloquear certas coisas, mas ainda precisava de mais. Naquela aula em específico, Snape desistiu de ajudar Harry. Ao se alegar cansado, Snape disse que o garoto era tão fraco quanto seu pai, o que fez Harry, sem querer num impulso, utilizar Legilimência contra Snape. Ao ver cenas do professor sendo caçoado por Thiago e Sirius quando jovens, Snape o expulsou de sua sala na hora. Suas aulas de Oclumência haviam terminado ali. Ao sair da sala do professor, Ellie estava mais uma vez ali lhe esperando.

– Escutei o que aconteceu... – Ellie vira a cara de Harry – Não devia ter feito aquilo. Você precisa...

– Eu não tive a intenção.

– Eu sei – Ellie começara a descer as escadas com Harry – Snape tem os problemas dele, mas ele realmente queria te ajudar...

– Duvido muito. – Harry estava longe. Atordoado pela má lembrança de Snape.

– Harry... – Ellie pensou em dizer mais alguma coisa mas isso remeteria que Snape era tão fiel a Dumbledore quanto ela. E isso era mais um segredo que Ellie prometeu guardar. – Você tem que ficar calmo, ainda para Oclumência.

– Eu sei. Só que é difícil com o Snape por perto...

– Eu entendo... – Ellie olhara para o lado e pensara em algo – Acho que tive uma ideia.

– Qual?

– Tenho que falar com Dumbledore primeiro, mas eu te aviso assim que der!

– Você e sua ideias...

Harry ia fazer um piada mas uma cena lhe tirara a atenção. Ali no pátio, onde chegara com Ellie, Harry viu Fred e Jorge com um aluno do primeiro ano. O aluno estava chorando, e só ao escutar a conversa de perto, Harry entendera o porquê.

– Depois de um tempo você não sente mais nada... – Fred tentava alegrar o menino.

– Você logo se acostuma. – Jorge também tentava.

– O que aconteceu? – Ellie chegou ajoelhou-se perto deles e viu as mãos do garoto. Aquelas cicatrizes só podiam ser obra de Dolores Umbridge. Ela havia dado castigo a todos que pertenciam a Armada de Dumbledore e àqueles que sabiam desse segredo.

– Temos que fazer alguma coisa... – Harry já estava se mordendo por dentro quando Dolores apareceu entre duas colunas.

– Como eu já lhe disse, Sr. Potter – Era insuportável – Crianças travessas merecem ser punidas. – Virou-se deixando Ellie, Harry e os gêmeos querendo voar em seu pescoço.

– Sabe Jorge, nunca achei que nosso futuro estava dentro do mundo acadêmico.

– Fred, eu tenho pensado a mesma coisa...

Ali, os gêmeos tinham acabado de decidir seu não futuro estudantil.

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As duas semanas dos NOMs chegara e a maioria dos alunos não pregara o olho nem um só dia. Nem Ellie ou Hermione estavam preocupadas, mas Rony e Harry não pensavam em outra coisa. Além de se preocupar com tudo o que o Ministério estava fazendo contra Dumbledore, contra Hogwarts e contra ele mesmo, Harry ainda tinha a prova que decidiria parte do seu futuro. Os quatro estavam indo para o salão onde seria aplicada a prova de Umbridge.

– Hermione, qual é! Eu já peguei com os gêmeos... – Rony tentava convencer a amiga de passar as respostas para ele. Eram dois papeizinhos, um ficaria com ele e o outro com ela. O que ela escrevesse nele, iria automaticamente sair escrito no papel de Rony.

– Não! – Mione já estava irritada – Você deveria estudar e não ficar treinando Quadribol.

– Ellie! – Rony desistiu de Hermione e deu alguns passos para trás onde ela caminhava com Harry, que ria ao seu lado. – Você não tem problema em quebrar regras...Podia me ajudar!

– Rony, - Ellie ria também – Eu adoraria te ajudar, mas você acha que aquela louca da Dolores não pensou nisso?

– Mas os gêmeos prometeram...

Rony olhara para a parede ao lado da porta de entrada do salão. Havia uma plaquinha que Dolores colocara respondendo qualquer dúvida de Rony.

*Qualquer Tentativa De Obter Respostas, Sejam Elas Vindas Sobre Magia Ou De Algum Colega, Será Tida Como Total Responsabilidade Do Aluno E Terminada Em Um Castigo Severo. Tendo A Anulação Da Classificação Para Os N.O.Ms*

– Sinto muito Ron... – Harry sorria ao ver o desespero estampado na cara do amigo. Passou por ele e cada um se arrumou em um dos lugares no salão que disponibilizava o número exato para os quintanistas das quatro casas. Ellie sem perceber sentou-se na frente de Draco, e pra sua surpresa, ele realmente não falou com ela. Nem para provocá-la.

Dolores analisou cada rosto sentado e fez um gesto com a varinha para uma pilha de papel ao seu lado. Os papéis voaram sozinhos indo cada um para uma mesa de um aluno. A nova diretora desceu alguns degraus que centralizavam sua mesa no salão e disse andando.

– Boa sorte... – Umbridge olhou para Harry com aquele olhar nojento – para os que merecem, é claro.

Ellie esperou Draco dar aquela risada de quando ouvia Harry se dar mal, mas nada. Nada ele fez. Nem olhar para Crabbe ou Goyle. A prova começou e enquanto os alunos se descabelavam, Dolores tomava seu chá calmamente, na xícara branca com flores rosas. As horas iam se passando e de repente estalos foram ouvidos quebrando o silêncio. Os gêmeos invadiram o salão voando de vassoura soltando fogos de artifício e ventos que levantaram as provas das mesas. Os alunos sorriam e davam gargalhadas enquanto Umbridge se enchia de fúrias e corria atrás deles.

Todos seguiram os gêmeos para o pátio, que faziam acrobacias e magias no ar, declarando guerra a Dolores e sua saída de Hogwarts. Os alunos gritavam animados, menos os da Sonserina que celebravam em silêncio. É claro que as provas seriam remarcadas, mas naquele momento, os alunos estavam em festa. Menos Harry. Na agitação ele não teve tempo de pensar muito. Ao seguir os gêmeos no céu, seus olhos se escureceram, dando a eles outra visão. Voldemort penetrara de novo em sua cabeça lhe mostrando um ataque, mas não um ataque qualquer. Era Sirius. Harry tentou chamar por alguém, mas caíra de imediato. Ellie e Hermione viram Harry adoecer, e entraram em desespero. Levantaram Harry, que continuava a ver flashes de Sirius sendo atacado por Voldemort.

– Harry! Harry! – Ellie tentava lhe chamar de volta.

– Sirius... – Harry não tinha forças para dizer mais nada.

Ele só teve tempo de dizer o nome do padrinho deixando Ellie entrar em pânico. Ela tentou ajudar Harry, mas deixou que Hermione o fizesse.

–Ellie? Ellie! – Hermione a chamava e Harry já se recompunha, mas quem estava em transe agora era ela. O olhar de Ellie foi longe, muito longe, e só uma lembrança lhe veio a memória. Dois dias atrás Ellie encontrara Sirius e, em um mal pressentimento, teve certeza de que o que Harry vira fora uma certeza. Seu pai definitivamente corria perigo.


Dois dias atrás...

Ellie apertou uma espécie de botão que ficava num lugar específico do Salgueiro Lutador. Entrou pelo buraco entre as raízes e seguiu pela passagem até a Casa dos Gritos. Abriu uma das portas, seguiu pelo corredor escuro e virou para uma sala vazia, em que pelas madeiras antigas que formavam a parede, entravam feixes de luz iluminando a um pouco. Um cachorro preto, da raça Irish Wolfhound com os pelos bagunçados estava sentado ao lado de uma cadeira antiga. No piso de madeira, patinha de cachorro desenhadas no pó acumulado indicavam por onde o cão havia pisado.

– Você podia ficar assim dessa vez... – Ellie se aproximara do cachorro passando a mão na cabeça de seu pai, em forma de cão. – É mais fácil desabafar com um cachorro do que com gente às vezes. – Ellie sentara na cadeira e o cão se transformou em Sirius, um homem alto, sedutor com seu velho sobretudo.

– Está tão difícil assim? – Sirius sentou na cadeira ao lado da de Ellie.

– Você acredita... – Ellie estava sorrindo nervosa – Ah! Esquece.

– Anda... – Sirius batia a mão na perna de Ellie incentivando a falar – Conte ao seu velho pai o que está nessa cabecinha...

Ellie não se aguentou. Estava morrendo de raiva.

– Você acredita que foi o Draco quem manipulou a Cho? Eu...eu...não acredito que aquela peste fez isso!

– É um Malfoy...O que você esperava?

– Não sei... – Ellie estava agitada – Eu estou naquela casa há quase seis anos. Eu achava que Draco tinha saída... Sei lá!

– Você exige demais das pessoas Ell...

– Não exijo não!

– Você está há seis, e Lúcio está na vida dele desde sempre. O que você esperava?

– Não sei pai... Um milagre eu acho... – Ellie dera risada do que ela mesma falara.

– Ellie, - Sirius se aproximara da filha segurando a pelos braços – você não pode salvar todo mundo. Isso é lindo...Mas não é real. Concentre-se na sua missão, está bem?

– É que...Ninguém acredita, mas Draco tem seu lado bom.

– Acha isso mesmo?

– Acho!

– Então não desista dele. Sei dos problemas daquela família...Mas se você se apegou...Eu entendo. Mas não se machuque por causa disso e nem se desvie...Não vale a pena.

– Não vou...Sei que ainda coisas pra resolver.

Sirius conhecia a filha que tinha e sabia que ele acabaria se apegando ao Malfoy depois de anos ao lado deles. Sua sede por ajudar as pessoas iria um hora cair por alguém, e caíra por Draco. Seu maior medo era Ellie se machucar, mas ela já provara tantas vezes que sabia o que estava fazendo que ele tentou mudar de assunto.

– E quanto ao Harry, hã?

– Paaaai...

– Tá bom, tá bom...Não precisa falar nada. – Sirius sorrira, mas lembrara de algo importante - Mas, por favor... haja o que houver, não se afaste dele.

– Como assim?

– Eu sei de vocês dois... Você sabe.... – Sirius revirara os olhos e Ellie rira. – Mas vou falar a mesma coisa que disse a ele no Natal. – Agora Sirius tinha um tom sério no olhar – Caso aconteça alguma coisa...Uma briga, uma discussão que seja. Não deixe isso afastar vocês. Acho que você já percebeu que Harry não é só seu amigo...

– Pai...Aonde você quer chegar?

– Ele é o mais próximo de uma família que nós temos Ellie. Thiago era um irmão para mim. Eu prometi cuidar de Harry, e agora tenho você pra me ajudar com ele. E Harry só tem a nós também.

– Acho que entendi o seu ponto...Pode deixar... – Ellie começava a entender – Não vou deixar isso acontecer. Vou manter Harry por perto, mesmo que algo dê errado.

– Eu confio em você. – Sirius beijou a testa da filha – Sei que não vai fazer nenhuma loucura. Só não o deixe fazer o mesmo. - O olhar de Sirius era o mais doce e preocupado.

– Pai, o que raios você tem? – Ellie percebera o carinho de Sirius, mas ele não era sempre assim tão atencioso. Não era o seu jeito de ser.

– Não sei...Só quero você bem. Não quero você sozinha como eu fiquei todos esse anos. Quero você segura como eu nunca me senti. – Sirius agachara – Me prometa isso...por favor...

– Prometo sim... – Ellie sentia algo diferente em Sirius. Ela olhou para os olhos do pai e teve certeza. Algo não estava bem, e Sirius confirmou com a entonação de voz.

– Depois de todo esse tempo sem você... A sua mãe...Ah Ellie... – Sirius não tinha forças para falar. O choro começava a vir sem jeito – Você é a coisa mais bonita que já me aconteceu.

– Ah pai... – Ellie sorrira e quase começava a chorar também. Sirius a abraçou com força. Com tanta força como um abraço de despedida.

– Eu amo tanto você. Tenho tanto orgulho da mulher que você se tornou – Sirius falava ainda a abraçando – Você sabe disso não é?

– Também te amo muito, muito mesmo, pai. - Ellie se afastou um pouco e olhou triste para ele - Só queria mais tempo pra ficar com você.

– Olhe, - Sirius olhou para Ellie em tom de promessa - Quando tudo isso acabar... Vou levar você daqui...Você vai ver... - Sirius limpou os olhos ainda com vergonha do choro, abriu os braços novamente e sorriu - Agora venha cá...

Ellie abraçou seu pai com mais força, desejando que o dia em que ficaria com ele como uma família de verdade, chegasse o quanto antes. Mas esse dia nunca chegaria, pois ali era a última vez que Ellie veria seu pai.



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Notas finais do capítulo

Capítulo 25 (Última Parte da Ordem da Fênix) em breve!