Harry Potter Por Olhos Negros escrita por CY


Capítulo 25
Ordem da Fênix - 10


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo segue o FILME:
Harry Potter e a Ordem da Fênix - (Parte 10)



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– Harry, você tem certeza?

– Eu vi Hermione – Harry, subia as escadas do castelo que se moviam - Foi como com o Sr. Weasley...Eu vi a porta com que sonho há meses, - Ellie seguia junto Harry, Rony e Hermione e prestava atenção a cada palavra de Harry – Eu só não lembrava onde a tinha visto! Sirius disse que Voldemort estava atrás de algo. Algo que não tinha conseguido antes...Está no Departamento de Mistérios.

– Harry ouça. – Hermione interrompia o raciocínio de Harry, que argumentava sem parar depois da visão de Sirius sendo atacado por Você-Sabe-Quem - E se Voldemort manipulou sua visão? E se ele só lhe usou porque quer pegar você?

– Hermione tem razão, Harry! – Ellie também estava desesperada, mas lhe veio uma luz com o que a amiga dissera.

– Ellie, você disse que sentiu um pressentimento ruim vindo de Sirius na última vez que o viu. E se for verdade? – Harry estava afobado, tanto pelo pensamento, quanto por subir as escadas depressa - Eu deveria deixá-lo morrer?

Um arrepio percorreu a espinha de Ellie ao ouvir a possibilidade.

– Ele está certo!

– Mione, - Harry parara um pouco e fitara a amiga – Ele é a única família que Ellie e eu temos.

Os quatro se olharam seriamente por poucos segundo, e Rony se aprontara:

– Para onde vamos primeiro?

– Para a sala da Umbrigde, lá tem uma Rede de Flu. – Hermione se lembrara.

– Ellie... - De repente Harry parara de andar pelo corredor e a parara – Você não pode ir.

– Como não Harry! É do meu pai que estamos falando!

– Ele tem razão Ellie, - Hermione também sabia o porquê – Se acontecer algo errado, Lúcio vai descobrir tudo!

Ellie sempre pensava nas consequências, mas o desespero de querer salvar seu pai cegara Ellie pela primeira vez.

– Tem razão... – Ellie se encheu de raiva – DROGA! Eu vou avisar a Ordem então. – Ellie olhou desesperada para eles, que logo seguiriam para a sala de Dolores. Ela saiu andando olhando para trás de segundo em segundo esperando que tudo desse certo.

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– Professor... – Ellie entrou desesperada na sala de Snape.

– Quer uma poção pra se matar Srta. Black? Teria o maior prazer...

– Snape, é sério isso! Harry teve uma visão e...

– Uma visão? – Snape era frio e calmo como sempre.

– Ele viu Voldemort...

– Professor Snape... – Pansy entrara na sala assim que Ellie começou a se explicar. Pansy estranhou a presença de Ellie ali na sala e logo voltou a encara Severo – A Prof. Umbridge está lhe chamando na sala dela.

– Primeiro Srta. Parkinson, bata antes de entrar. E segundo, o que ela quer? – Snape odiava Dolores.

– Desculpe, - Pansy abaixara a crista – Ela encontrou Potter, Weasley e a Granger tentando usar a Rede de Flu.

Snape olhou para Ellie e percebeu que isso tinha algo a ver com a visão de Harry que Ellie tentava lhe contar. Sem dizer nada os três seguiram para a sala de Dolores. Ellie tentava falar algo para Snape, mas Pansy estava sempre de marcação com os ouvidos atentos. A vida de seu pai corria perigo e Ellie não podia fazer nada ali.

Eles entraram na sala de Umbridge e Ellie dera de cara com Harry sentado na cadeira de frente para Dolores que permanecia em pé lhe apontando a varinha. Em meio à sala rosa, cada aluno da Sonserina que pertencia a Brigada Inquisitorial estava segurando um aluno da Aramada de Dumbledore. Ellie reparou em Draco segurando Cho, mas era óbvio em seu rosto que Dolores havia pedido para ele segurá-la. Ele não estava confortável ali...Não mais.

– Obrigada, Pansy. – Dolores fitara Snape – Severo. Já sabe...

– Se a senhora está sedenta por Veritasserum, creio que sabe que já acabou meu estoque. A senhora usou em todos os alunos semanas atrás. O último foi na Srta. Chang.

– Ele pegou o Almofadinhas! – Harry não se aguentara. Olhou para os olhos desesperados de Ellie e tinha que salvar Sirius.

– Do que ele está falando? – Dolores olhava de Harry para Snape e de Snape para Harry

– Eu não faço ideia. – Snape fazia sim. Cansara de ver os Marotos de apelidando entre si quando jovem. Sabia que Almofadinhas era Sirius, e que “ele” era Voldemort.

Ellie sorriu para Harry e saiu da sala acompanhando Snape. No corredor, Ellie não deixava Severo em paz.

– O senhor promete?

– Srta. Black, você quer morrer antes que seu pai ou vai calar a boca antes disso?

– Severo! É do meu pai que estamos falando. Avise a Ordem por favor. Avise Lupin, Dumbledore, não sei...

– Ellie! – Severo parara de andar – Faça o seu trabalho...Que eu farei o meu.

Ellie parou seus passos, enquanto Severo continuou andando. Claro que iria avisar a Ordem, e Ellie sabia disso, mas seu coração continuava apertado ao pensar em seu pai. Enquanto isso Hermione tivera a ideia de mostra uma falsa arma secreta de Dumbledore para Umbridge, salvando Harry das garras de sua varinha e de uma possível maldição. Eles foram para a Floresta Proibida e lhe mostraram Grope, o meio-irmão de Hagrid, mas isso era somente para ganharem tempo. Ao perderem Dolores para os centauros que não a suportavam mais invadindo as decisões de Dumbledore, Harry e Hermione voltaram para o castelo.


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Rony estava com Gina, Neville e Luna e eles seguiam para encontrar Harry e Hemrione na Floresta Proibida.

– Ellie... – Rony a encontrara no corredor em que Snape lhe deixara. Ela estava sentada em uma das muretas que rondavam o pátio e os olhos estavam vermelhos.

– Oi... – Ellie se levantou, limpando os olhos com as mãos. – Como escaparam de Umbrigde? – Ellie tentou, mas não conseguira disfarçar a preocupação com Sirius. Tentou desviar o assunto mas todos perceberam.

– Ellie – Era a primeira vez que Gina falava com um tom que não fosse de raiva. – Nós vamos achá-lo... Não é? – Gina olhou para Nevile e Luna que mesmo não sabendo que Sirius era pai de Ellie, concordaram. Mesmo não gostando de Ellie, Gina sabia como era ter o pai em perigo, já que o Sr. Weasey também fora atacado. Bateu-lhe uma compaixão por ela.

– Vamos... – Rony apressara todos – Não podemos perder tempo. Temos que achar os dois.

Ellie se ergueu. Precisava ser forte e seguiu todos ao encontro de Hermione e Harry. Na sua cabeça só passavam as imagens de seu pai sendo atacado. Quando chegaram na ponte que levava à Floresta Proibida. Viram a dupla vindo de encontro a eles. Rony lhe explicou que fugiram de Dolores usando Vomitilhas nos alunos da Brigada enquanto Dolores fora avisar o Ministério sobre a tentativa deles de usar a Rede de Flu. Hermione o acho brilhante.

– Obrigado gente... – Harry se aprontara, e lhe apertava o coração ver Ellie naquele estado – Mas daqui pra frente eu sigo sozinho.

– A Armada de Dumbledore foi criada por uma razão. – Neville como os outros, não queria deixar Harry ir sozinho nessa - Ou eram só palavras para você?

Com essa, Neville convencera Harry. Tinha feito tudo aquilo por uma razão. Tinha ensinado a eles por alguma razão. A hora chegara. Harry assentiu olhando para Neville e os outros que sabia o que iam enfrentar junto ao amigo.

– Harry... - Ellie se aproximou de Harry. Gina podia ter revirado os olhos, mas sabia o que Ellie estava passando.

– Eu não vou deixar nada acontecer a ele Ellie!

– Harry... – Ellie começava algumas lágrimas, o que deixava Harry mais determinado – Só...só fique seguro, por favor.

Ela queria pedir que Harry trouxesse seu pai vivo, ou pelo menos, acreditar na promessa de Harry que ele não deixaria nada acontecer a Sirius. Mas ela não conseguia. Não conseguia pensar em algo bom. Não depois do abraço que recebera de seu pai semanas atrás. Não depois de ver nos olhos de Sirius que ele também pressentia algo de ruim. A única coisa que ela podia temer além de perder seu pai, era perder Harry também. Aquilo mexeu com ela naquele instante. E se ficasse sozinha? E se perdesse os dois? Não podia! Isso não podia acontecer!

– Eu prometo... – Harry lhe deu um último abraço apertado, pois um beijo parecia demais para Ellie naquele estado.

Se afastando dela, Harry seguiu com os outros para a Floresta Proibida novamente, onde iriam com os Testrálios para Londres, até chegar no Ministério. Ellie viu Harry desaparecer na ponte, ainda olhando para trás, com o coração na mão, por deixar Ellie sozinha ali. Ela não podia ir, mas ele também não podia ficar.


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Enquanto Harry estava no Ministério, e ia em busca da Profecia que a Prof. Trelawney fizera antes de Harry nascer, a mesma que Voldemort procurava, Ellie ficava no castelo sem saber de nenhuma notícia. Foram as piores horas que já passara na vida. A Armada de Dumbledore lutava contra os Comensais que lhe perseguiam, e Lúcio enfrentara Harry. A Ordem havia chegado, como Snape alertara e Sirius estava ali, são e salvo. Hermione tinha razão: Voldemort manipulara a visão de Harry. Sirius lutava contra Lúcio, e Ellie nem imaginava a luta entre seus dois pais que acontecia longe de seus olhos. Cada comensal havia pegado um membro da Armada, mas logo que a Ordem da Fenix chegara, a batalha começou. Lúcio lutava com Sirius e parecia nunca ter fim, mas Bellatrix não deixou por menos. Se envolvendo no duelo dos dois, apontou para Sirius e sibilou uma só maldição, que emergiu a luz verde tão conhecida por Harry. Harry viu a luz deixar os olhos de seu padrinho, e Sirius finalmente se fora. Estava morto, e nada mudaria isso...

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– Pode ir Severo. – Dumbledore estava em sua sala e havia pedido para Snape trazer Ellie para ele. Ele saiu da sala deixando Ellie a sós com o diretor.

– E então...? – Ellie ainda estava com os olhos vermelhos quando o diretor olhou diretamente para eles. Ela estava aflita e isso era nítido.

– Acho que você já sabe a resposta Ell... – Dumbledore se aproximou dela tentando ser o mais cuidadoso possível.

Ellie fechou os olhos e sentiu um frio na barriga. Não era o frio que sentia quando abraçava Harry, ou quando estava com medo de altura. Era somente medo. Sabia o que Dumbledore queria dizer com aquilo. Seu pai se fora e ela não podia fazer nada. Dessa vez, a decisão não estava em suas mãos. Não havia nada a decidir. Ellie segurou o choro, mas não o conteve. As lágrimas saiam separar, e seus olhos procuravam uma resposta olhando para o teto. Como ficaria sem seu pai agora? Passara a vida toda sem ele, e finalmente podia ter esperanças de refazer uma família. Mas Sirius não voltaria...

Dumbledore a segurou pelos braços e pensou em dizer algo, mas não há muito o que se dizer nessas horas. Ellie olhou para Fawkes. Era tão linda. Será que seu pai estaria num lugar onde elas existem aos montes? Tentou pensar em tudo, menos em Sirius, mas não conseguira. Seus olhos encararam novamente o diretor e Dumbledore finalmente dera uma palavra.

– Eu sinto muito...

– Não sinta. – Ellie era direta. Mais algumas palavras e ela desabaria.

– Ellie, - Dumbledore se abaixou ficando na altura de Ellie e lhe encarando – Se quiser desistir de tudo... Eu vou entender.

– Voldemort está a solta. – Ellie respirara fundo engolindo um novo choro que vinha.

– Eu sei... – Dumbledore era cauteloso – Mas eu não posso obrigá-la a isso. Não agora...

– Se isso me tirou meu pai... – Ellie olhara para Fawkes e voltara para Dumbledore – Não vou deixar que faça isso com outros. Meu lugar e com os Malfoy, e de lá eu não saio.

– Mas a partir de agora, as coisas ficam mais sérias. Você entende isso Ellie? – Dumbledore a segurava pelos braços com uma expressão séria - Voldemort vai procurar Lúcio cada vez mais, e se descobrir o que a filha adotiva está fazendo em sua casa....

– Eu não tenho medo! – Ellie encarou Dumbledore como nunca fizera. – Eu só tenho Harry agora, se preciso correr o risco de continuar naquela casa. Eu irei. Não tenho nada a perder agora.


Em uma precisão, o choro de Ellie se fora. Ela não soluçara nem se escandalizara. Somente lágrimas haviam lhe ocorrido junto à tristeza. Mas o desespero...Isso Ellie ainda guardava. Dumbledore a soltou, desistindo e ao mesmo agradecendo Ellie permanecer na missão. Agora ela seria cada vez mais útil. Tentou alertara, mas sabia que ela era forte o suficiente pra erguer a cabeça e decidir por si só. Dumbledore andou até sua mesa e se encostou perto de Fawkes.

– Professor?

– Sim Ellie...

– Eu preciso de algo. – O choro definitivamente sumira.

– Vou entender se quiser ir para casa... E ficar sozinha. Digo a Narcisa que você não está passando bem e...

– Preciso se um nome.

– Um nome? – Dumbledore abandonara a fênix e fitara Ellie. Nunca a vira tão séria. Podia jurar que havia ódio em seus olhos. – Que nome?

– O nome de quem matou meu pai...



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Harry tinha acabado de sair da enfermaria. Ver a luta de Dumbledore e Voldemort em pleno Ministério, havia lhe causado sérios problemas físicos e mentais. Voldemort o enganara com a visão de Sirius sendo torturado, mas o padrinho realmente morrera na mão dos comensais. Quando chegou ao castelo, a primeira coisa que queria era ele mesmo contar a Ellie, mas Dumbledore mandou Madame Pomfrey sedá-lo. Ao sair da enfermaria fora direto falar com Dumbledore e descobrira o que menos queria.

– E então? – Hermione o esperava no corredor junto a Rony.

– Dumbledore disse que a Profecia estava certa... – Harry tinha o olhar mais triste – Quando chegar a hora, um de nós vai ter que matar o outro.

– E quanto a Ellie? - Rony tentou quebrar o clima tenso que se criara ao ouvir a Profecia.

– Ela foi pra casa... Dumbledore achou melhor assim...DROGA! – Harry não se aguentara – Eu queria ter contado a ela!

– Calma Harry... – Hermione tentava acalmá-lo

– Calma? Calma? Sirius está morto. Eu prometi a ela Mione... – A voz abaixara – Eu prometi a ela...

– Ela não vai culpá-lo Harry! – Rony tentava ajudar.

– Eu sei! É só que... – Harry olhava para os lados agitado procurando palavras – E agora? Sem Sirius...Eu não sei...Tudo é diferente entende?

– Como assim?

– Ellie é a única família que me sobrou Hermione.

– E do que você está reclamando? – Rony olhou para Hermione procurando uma resposta que não veio. - Você está com ela, não está?

– Vocês não entendem...

Era óbvio o que Harry estava pensando. Tudo seria diferente. Ellie podia terminar com ele porque ele falhara, mas era a única pessoa que ele tinha. Era a afilhada de seu pai, o único elo que ainda lhe restava com seus pais. A cabeça de Harry fervia. E agora? Não podia nem ao menos conversar com ela, pois Ellie já estava na Mansão Malfoy. Pensou em mandar uma coruja, mas e não podia conversar algo assim por uma carta. Narcisa podia descobrir também. Uma hipótese bem idiota, mas não impossível. Podia pedir a Dumbledore, mas sabia que ele tinha coisas mais importantes pra se pensar, ainda mais com o retorno de Voldemort. Mas era importante... Não tinha escolha. Teria que esperar as férias inteiras. Estava triste por causa de Sirius, atordoado com sua situação com Ellie e ainda esperaria os resultados dos N.O.Ms chegarem. Fora descobrir que Ellie voltara para os Malfoy mesmo tendo a possibilidade de desistir da missão. E ainda tinha a volta para os Dursley... Definitivamente, seriam as piores férias de Harry.

Do outro lado, já na Mansão Malfoy, Narcisa acreditara na versão de Dumbledore que Ellie passara mal com uma das comidas do castelo. Ficar brava com a humilde comida que Hogwarts servia era melhor que saber que o verdadeiro pai de Ellie havia morrido e por isso ela tinha se afastado da escola mais cedo naquele ano. Já para Ellie, que estava com a cabeça estourando em pensamentos, esquecera de desabafar a tristeza, e era tomada pela raiva e sede de vingança. Somente um nome passava pela cabeça de Ellie, e não era o de Harry.

“Bellatrix Lestrange...Bellatrix...foi ela...”


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Notas finais do capítulo

Capítulo 26 (Enigma do Príncipe) em breve!