A Estranha Vida De Beggy escrita por Ana


Capítulo 5
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

Então eu demorei pq meu computador quebrou (o note dos infernos viu). Ficou umas duas semanas em conserto. E eu voltei a estudar e como alguns devem saber eu faço ensino medio e tecnico juntos. E bom este é o ultimo ano o/ e eu consegui estagio e minha vida tá corrida, e ainda tem preojeto final de curso, cursinho para enem, mas eu vou tentar escrever e postar na medida do possivel ;*



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O restaurante era magnífico. Toda fachada era de vidro. Muitíssimo refinado. Manobristas, metre e o dono na recepção. Camus estava lá. Bom não era a primeira vez que o via, ele costumava ir com bastante frequência onde eu trabalhava. Ele gostava de diminuir o ritmo de trabalho, segundo ele os 32 anos pesavam e a aposentadoria das passarelas era eminente. Bom o mundo ia perder um modelo francês muito gostoso.

- Shaka achei que nunca viria ao meu restaurante. - Camus era polido, gentil e um tanto distante. Em outras palavras um Shaka francês, será que ele também era gay? Bom isso não era da minha conta.

- Estava apenas esperando a companhia certa para apreciar o restaurante de meu amigo. - Ok, por essa eu não tinha esperado. Corei até os fios do cabelo e o francês pareceu me fitar melhor. Agora sim eu estava duas vezes mais vermelha. Deus que homens!

- Uma divindade deve dizer senhorita... - Aquele homem me deixou encabulada.

- Begônia Lier, muito prazer. - Bom eu tinha terminado de afirmar minha presença. Camus fez questão de nos acompanhar até a mesa e não pode deixar de constranger Shaka.

- Não a ponha no seu jardim como uma flor qualquer, ela parece merecer muito. - E após disso nos deixou.

- Bom já que vamos ter um filho juntos acho melhor nos conhecermos mais profundamente. Vamos fingir que aquela conversa na minha casa não existiu. Nossos emocionais estavam muitos abalados. - Ele deixou as intenções dele bem claras quanto aos motivos que nos levaram ao restaurante.

- Ok. Eu começo, meus pais são separados. Eu tenho uma irmã mais velha que eu espero que ainda esteja no seu quinto casamento. Minha mãe é cantora de teatro e me pai é historiador. - Respirei fundo após dizer tudo.

- Bem complicado. Eu sou órfão de pai e mãe. Fui criado em um mosteiro, até conseguir um tutor. - Shaka parecia refletir sobre o que revelar. - Eu só contei isso ao Mu, o que vou te contar a seguir, eu só contei ao Mu. - Ele ia me contar e eu não sabia se queria ouvir lá vinha segredo cabeludo. O garçom chegou e Shaka fez nossos pedidos. - Consegui um tutor aos 14, ele dizia que eu era muito bonito. Bom eu sempre fui muito sereno, quieto na minha, então não me socializava muito, falar com garotas era muito raro, somente o necessário. Meu tutor perceber isso. Ele entendeu isso de modo errado e aos 16 nós começamos um relacionamento estranho. Ficamos juntos durante sete anos, quando eu já era um pouco mais esclarecido e achei esse relacionamento sufocante e incomum, eu estava certo, terminei tudo e tentei desesperadamente me relacionar com outras pessoas. Tive algumas mulheres, mas apenas serviram para me reafirmar como gay. Os homens eram muito mais superficiais, mas pelo menos eram sinceros, nada passava de casos sem importância. - Bom eu estava surpresa e sem palavras. - No dia da festa eu estava fora de mim. Após seis anos tinha reencontrado meu tutor, ele acabou com meu dia e Mu praticamente tinha me arrastado a festa. E eu resolvi seguir meu corpo e beber. Você não tinha ideia de quão tentadora estava. Senti uma estranha energia entre nós e tudo aconteceu. Você desperta coisas em mim e eu não sei o que é. - Ele finalizava tomando seu vinho que tinha chegado enquanto eu tentava não concentrar no cheiro do meu suco de laranja.

- E eu achando minha vida complicada. Seu tutor te molestou. - Eu não tinha perguntado, mas Shaka firmou e engoli seco. - O bom é que agora você esta descobrindo novos prazeres. Eu acho que debaixo de todo álcool uma parte minha também reagiu a você.

...

O resto do jantar ocorreu tranquilo. Nós evitamos a todo custo relembrar o assunto. Conversamos amenidades, bobeiras e até preferências pessoais. Era estranho saber que Shaka odiava dormir com os pés cobertos' o ventilador deveria sempre estar ligado (ele não suportava ar condicionado, ele dizia que gerava uma sensação claustrofóbica), as janelas do quarto deveria ter o veda luz mais forte possível.

Foi um jantarzinho clichê, tirando o fato de que nós não éramos pessoas normais o bastante. No fim eu tive que interromper o doce clima que Shaka havia instaurado. Eu tive que estragar o clima no carro. Camus tinha sido muito gentil conosco e na saída tínhamos encontrado outro amigo de Shaka que pela pressa que ele me puxou não pude ver nem cumprimentar. Shaka parecia o diabo fugindo da cruz.

- Sem querer ser insensível, mas sendo você não tem pais, mas eu ainda tenho. E estou grávida, preciso dar a noticia a eles. Eu morri com a frase ali parecia que minha língua tinha congelado, ou mais que isso, meu cérebro tinha congelado.

- Você quer que eu vá junto? Como ele podia ter esse sangue de barata e perguntar tão calmamente.

- Olha minha mãe é uma velha psicótica, alpinista social que se acha uma garotinha, meu pai é um ex-marinheiro que adotou o mar como sua segunda casa, então é possível irmos lá e não encontramos em terra firme, por fim minha irmã é uma destemperada que está no seu quinto casamento por enquanto. Tem certeza que quer ir? Eu não ia pedir para ele ir na verdade só pedir para ele o direito de contar quem era o pai do meu filho.

- Depois do que me disse eu realmente preciso refletir em que furada me meti, mas você foi sincera comigo. Que olhasse nosso dialogo de fora achava que estávamos trocando juras de amor.

- Vou entender se não quiser nenhum contado, afinal ninguém quer participar de um circo como a minha família. Eu entenderia realmente, de verdade, do fundo do meu coração.

- Não eu vou com você, vai ser divertido. Isso deve ser o mínimo, preciso conhecer a família do meu filho, ou filha. Ele sorriu sem sorrir. Talvez a ideia da criança ainda não estive madura na sua mente, talvez ele visse o quão ruim eu era para ser a mãe do seu filho, talvez eu acordasse do meu sonhodelo (sonho+pesadelo) agora. Alem disso ninguém escolhe a família que nasce e pelo menos você tem uma família. Quando quer ir? Ele era louco, indecifrável ou a maluca era eu?

- Hã, bem estou querendo marcar uma ultrassonografia e depois ir, tenho que resolver coisas no meu trabalho, tenho que terminar de me resolver com você. Ok, a ultima parte seria muito interessante.

- Acha que estamos mal resolvidos? Na putaria que eu não gostaria de ficar. Nós éramos amigos coloridos? Não, eu não conhecia tão bem o para isso. Éramos colegas de sexo casual? Não, ele não era tão bem resolvido sobre sua opção. Nós éramos incomuns.

- Mal resolvidos ou não, o clima esta pesado neste carro, odeio isso. Você não sente vontade de pirar de vez em quando, não? Tipo surtar do nada. Shaka tinha parado o carro em frente ao meu prédio e eu fiz o que toda grávida cheia de hormônio faria. Eu praticamente atraquei minha boca na dele e nos curtimos um amasso daqueles de tirar o fôlego.

Shaka não disse nada. Ligou o carro e seguiu para sua casa, enquanto eu buscava um pouco de ar e abri uns dois botões do meu vestido. Miho e Eiri tinham razão a noite prometia. Nós subimos os andares ate a cobertura nos agarrando no elevador.

Foi difícil encaixar a chave na porta. Uma vez La dentro nós nos esquecemos da vida do lado de fora. Não éramos Begônia, Shaka e um bebê, éramos uma só alma, éramos luz. Não foi bem o que eu tinha imaginado, cada vez era diferente e aos tarados de plantão nós não usamos o sofá, não desta vez. Um dia eu ainda realizava aquela perversão sexual.

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Notas finais do capítulo

Espero que perdoem a demora, assim que eu me organizar e pegar o ritmo, volto com tudo.
Gostaram? Não vejo a hora de ver meus reviews *-*



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