Contos Da Madrugada escrita por Emily Collins


Capítulo 9
Férias


Notas iniciais do capítulo

Novamente, outro texto que não foi escrito de madrugada. Sei que não estou fazendo jus ao título, gente... Mil desculpas. Ando ocupada com minha fanfic e tal. Vou TENTAR voltar a escrever normalmente amanhã.



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São Paulo, 30 de novembro de 2012


Hoje é o aniversário de uma colega minha. Ela chamou a classe toda para um rodízio de pizza, mas eu não fui. Provavelmente eles estão lá, rindo, se divertindo. Sem mim, é claro, porque eu não fiz muita questão de ir e eles não fariam questão de eu estar lá.

Eu entrei de férias ontem. Fiquei cerca de dez minutos repetindo para mim mesma que estou de férias para ver se a ficha caía, mas até agora eu sinto que ainda preciso voltar à escola. É uma sensação estranha, mas eu sei que estou livre das obrigações escolares até dia 28 de janeiro - ironicamente, um dia antes do meu aniversário. Depois, vai ser a mesma coisa de sempre: panelinhas, todos cuidando da vida de todos e eu muito, mas muito irritada e triste. Normal. No fim de 2013 eu provavelmente vou pensar que valeu a pena.

Aconteceu a mesma coisa com 2012. Briguei tantas vezes que perdi as contas, chorei litros com bobagens, gritei a ponto de quase ficar rouca e me entristeci tanto que poderia escrever um livro com minhas filosofias durante meu período de melancolia. Me tornaria mais famosa que Aristóteles e Platão, quem sabe.

Sempre eu e meus dramas. Mas se não fosse por um gordo, por um nerd ninja, por um péssimo motorista, por um careca chefe-cuca e por uma diva, acho que o ano estaria destruído. Mas eu sei que algo fez valer a pena. Ver eles a alguns metros de mim, sorrindo e fazendo caretas para um público de quase sete mil pessoas foi esse algo.

Briguei tantas vezes por causa do Simple Plan. Chorei tantas vezes por causa do Simple Plan. Gritei tantas vezes por causa do Simple Plan. Fiquei triste tantas vezes por causa do Simple Plan. Esse ano aconteceu por causa do Simple Plan, com base neles, esse ano foi deles. Na minha mente e no meu coração.

E se daqui um ano eu não estiver escrevendo todas essas coisas lindas em relação aos meus cinco canadenses favoritos (que serão meus favoritos para sempre), pelo menos eu sei que um dia eu disse isso e verdadeiramente. E só de poder saber que eu sei o que meus amigos sentiram ao ir no show de uma banda que são fãs já mostra que qualquer coisa que aconteceu nesse ano de ruim foi mera piada e que o que vale mesmo são as coisas boas. As vezes que eu saí dançando pelo quarto enquanto passava Crazy, Welcome To My Life, Shut Up, Addicted, Jet Lag, Astronaut ou Summer Paradise na televisão, as vezes que eu chorei ouvindo This Song Saved My Life (foram dez e ainda estou contando), as vezes que eu saí correndo pela rua ouvindo Perfect, Your Love Is a Lie ou When I'm Gone, as vezes que eu errei a letra das músicas dos meus meninos, as vezes que eu precisei lavar a louça para ganhar dinheiro e comprar o self-titled, as vezes que eu olhei para o céu, encontrei uma constelação e disse que aquelas cinco estrelas eram eles e que eu veria eles um dia, de perto. E eu vi, e eles são mais do que estrelas, são caras incríveis.

Eu nunca quero me esquecer de 2012, porque dos treze (quase catorze) anos que eu vivi, esse foi o melhor de todos. Eu finalmente realizei um grande sonho, e por mais que eu tenha sustentado-o por pouco tempo (cerca de 11 meses), não deixa de ser um grande sonho.

A intensidade de um sonho vale mais do que o tempo pelo qual você o sustentou. Existem sonhos grandes na qual você os realiza em uma semana e existem sonhos pequenos na qual você realiza em um ano. O tempo é só um fator que nunca afetará a intensidade do amor pelo qual você tem por esse desejo.

E, definitivamente, perucas rosas nunca mais serão as mesmas.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. PS: não deixem de dar uma passadinha nos contos do meu leitor FlyerKris, gente! http://fanfiction.com.br/historia/313046/O_Manual_Do_Kris



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