Contos Da Madrugada escrita por Emily Collins


Capítulo 5
Sem alma


Notas iniciais do capítulo

Mais um texto.



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Novamente, cá estou eu. Meia noite e trinta e seis. Comecei uma hora mais cedo que ontem. Quero deitar cedo. Sei lá...

Não recebi comentários do último texto. Isso me deixou um pouco triste, digamos. Por favor, não se esqueçam de mim nesse texto. Só um comentário legal basta. Mas não vale mandar só “Gostei” ou “Continua”, hein! Quero uma frase. Uma frase do tipo “Seus textos estão legais, continua”. Aceito criticas numa boa, desde que vocês saibam como as formular. Nada de xingamentos pra cima de mim. Sou humana!

Mesmo assim, ontem não foi horrível. Infelizmente, fui dormir com duas angústias. A primeira foi dormir pensando em um dos meus ídolos... E na esposa e filha dele. É ruim pensar que ele é um homem de família, sabem? Não ruim, mas estranho... É o meu ídolo. Aquele maluco que sai pulando pelo palco em shows. Vejo fãs de diversos cantores que tem vinte anos reclamando quando eles começam a namorar. Seis de dez ídolos meus tem filhos. É bem pior do que namoro. Saber que um dia eles podem parar a carreira deles pra cuidar de suas crianças, e saber, com seu instinto familiar, que eles não estarão errados em fazer isso.

Dói pensar nisso. Mais do que qualquer problema meu. É engraçado e estranho ao mesmo tempo lembrar que eles têm uma vida pessoal. Todos têm. Mas eu não consigo imaginar isso. Angustiante.

A outra angústia foi que, quando finalmente estava parando de pensar sobre isso, ouvi o barulho de um carro e alguém batendo uma porta. Eu senti como se fossem invadir aqui em casa e matar todo mundo. Eu tentei dormir, mas comecei a pensar no caso deles me matarem no sono. Por fim, consegui dormir, e hoje estou aqui, escrevendo isso.

Sim, eu tenho pensamentos muito negativos. Eu tenho a impressão de que alguém vai me matar a qualquer instante. Tenho medo de ficar no meu próprio quarto e levar uma bala perdida. Uma vez, lá pra novembro, eu acordei com a impressão de que eu iria morrer. Saí de casa e quando olhei para o céu nublado, pensei nessa possibilidade assustadora. Fiquei o dia todo assim. Quando contei para minha mãe, ela ficou com medo também. Mandou eu não falar besteira e parar de falar sobre a morte, mas ela sabia que premonições não são coisas boas... Sei lá. Fiquei feliz ao acordar no dia seguinte.

Tenho medo de tudo. De raios (principalmente nessa época do ano; está chovendo muito aqui), de balas perdidas, de degolações, de infecções e de facadas. Mais o maior de tudo: tenho muito medo de atropelamentos. Quase fui atropelada, duas vezes. Uma por um carro, quando tinha cerca de oito, nove anos, e a outra esse ano, por uma moto.

Enfim... Hoje a inspiração não tá muito grande. Só digo que já deu uma da manhã e eu não sei mais o que escrever. A chuva está caindo fortemente e posso ouvir tudo daqui. O ventilador continua ligado. Bendita seja São Paulo, terra da bipolaridade metereológica... Cidade da garoa, mas que faz um dilúvio cair.

Dilúvios e chuvas me lembram “Perfect”, do Simple Plan. Como vocês sabem, Simple Plan é minha banda favorita. “Perfect” não chega a ser minha música favorita deles, mas é uma das minhas favoritas. Já assistiram o clipe? Se a resposta for “não”, corram até o Youtube. Joguem o nome da música. É um dos meus clipes favoritos. Extremamente legal.

Hoje estive ouvindo essa música, ironicamente. Andei ouvindo algumas do Coldplay também. Minhas duas bandas favoritas... Como as amo.

Uma das músicas que mais gosto nessa vida é “We Never Change”. É do Coldplay. Minha favorita deles. Não foi lançada como single e eles nunca tocaram ao vivo. É praticamente uma música desconhecida, na qual só os que têm o CD “Parachutes” conhecem.

A música é simples, acústica e tem uma letra que me faz parar e pensar se estou fazendo tudo isso certo. Sempre. Existe um trecho, nessa música, que sempre me faz parar pra pensar em tudo.

Oh, e eu não tenho uma alma para ser salva.

Sim, e eu peco todos os dias.

É engraçado. É estranho. É... Sei lá. Deixei de tentar entender o que é.

Só sei que eu queria viver numa casa de madeira, assim como quem escreveu essa canção. Fazer amigos seria mais fácil. Eu queria viver... Onde o sol surge.

Quem sabe lá eu não morreria.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar. Até mais.



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