Amor E Inocência escrita por Thalia Tsukiyomi
Notas iniciais do capítulo
Vi que teve pessoas que não gostaram do capítulo anterior... T^T
Mas, tudo bem. Vamos ver se pelo menos vocês gostam deste.
Já havia se passado quase mais de um mês que não o vejo. Sempre era a mesma coisa: Eu ia para trás da mansão me aproximava da floresta, mas não entrava. Quando você gosta e se sente confortável na companhia de uma pessoa, você sente necessidade de vê-la novamente.
E cá estou, parada e olhando essa floresta. Abaixei a cabeça e suspirei, estava pronta para voltar para minha casa, já que iríamos receber visitas novamente.
As visitas da Milady Temari e seu querido sobrinho eram constante. Eu e ele nos aproximamos muito ultimamente. Fico feliz por conhecê-lo melhor e saber que ele não era tão “pamonha” como imaginava
Caminhei calmamente até que eu vejo a silhueta de um garoto em roupas elegantes que logo sorriu em me ver. Aproximei-me do mesmo. Tadase reparou minha expressão de tristeza e pude ver que ele ficou preocupado, mas forcei um sorriso não muito convincente.
— Está tudo bem Amu? – Perguntou-me
— Sim, está. – Menti.
— A sua tia, a Senhora Miller, deixou que eu a levasse em um passeio. – Ele estendeu a mão. – Me acompanha?
— Claro. – Sorri.
Formos para a vila que era perto da casa onde eu morava. Era bem movimentada e cheia de cores vivas. Havia bastantes pessoas andando por lá. Tinha barracas de flores, frutas e outras utilidades. Ficamos caminhando pelos os arredores, me mostrando o lugar que eu não conhecia por completo. Ele parou e pediu para que eu o esperasse por um momento. Concordei me virando, assim vi um rapaz de costa, cabelos escuros, automaticamente eu me aproximei e toquei em seu braço, fazendo com que o rapaz se virasse para me olhar, não era o Ikuto... Rapidamente me desculpei com o engano.
Eu então comecei a observar os lugares próximos de onde eu estava. Perto de uma barraca de frutas estava havendo uma confusão, um guarda segurava o braço de uma criança.
— Levarei para a prisão! – Falou o guarda.
Eu me aproximei da confusão.
— Senhor Guarda, solte este menino. – Pedi.
— Porque faria isso? Ele foi pego roubando alimento. Lugar de ladrão é na prisão! – Falou um tanto ignorante. O garotinho mordeu a mão do homem, que o mesmo gemeu de dor, e logo lhe deu uma bofetada fazendo com que a criança caísse no chão. – Seu verme!
— Você está bem? – Perguntei preocupada, rapidamente me abaixei ao lado do garoto.
— Ele vai ficar bem quando ele estiver no seu devido lugar! – Respondeu o guarda pegando a criança novamente.
— Por favor, Senhor Guarda! Solte esta criança. – Pedi novamente segurando a mão dele. – Quando se está com fome, cometemos erros...
— Ela tem razão. – Falou Tadase se aproximando. – Eu ordeno que solte este garoto!
— Quem você é para me dar ordens? – Perguntou o homem arqueando uma sobrancelha.
— Sou o sobrinho da Lady Temari, o próximo Conde, Tadase Hotori. – Falou o loiro.
— Humf! Tudo bem. Você está livre garoto. Se eu lhe pegar roubando novamente, não serei bondoso. – Falou o homem se retirando.
Aproximei-me do garoto novamente, me abaixei para ter a mesma altura que ele. E sorri carinhosamente. Retirei um lenço e limpei o rosto dele. E foi quando percebi, ele tinha a mesma aparência de Ikuto, só mudava a cor dos olhos.
— Está com fome? – Perguntei. Ele fez que “sim” com a cabeça. Peguei na mão dele e o levei para alguma barraca que vendia alimento. – Pegue o que quiser.
Tadase apenas me observava.
— Qual é seu nome? – Perguntei. Não obtive resposta. – Tudo bem, não precisa dizer agora... Senhora pode me fazer três sanduíches?
— Claro senhorita.
Em alguns minutos a mulher me deu os lanches que pedir. Paguei o que comprei, peguei na mão do garoto e fui ate uma praça que tinha, claro com a companhia de Tadase. Sentamos nós três em um banco. O garoto sentou entre eu e Tadase. Dei os sanduíches para cada um. O garotinho de cabelos escuros e um pouco bagunçados deu uma bela de uma mordida no seu alimento. Ele abaixa a cabeça.
— Meu... Meu nome é Yoru. – Respondeu.
— Que nome bonito. – Digo limpando a boca dele. – Muito prazer, sou Amu e aquele rapaz é o meu amigo, Tadase.
Enquanto comemos conversamos um pouco, sempre com pequenas respostas. Assim que terminamos ele logo quis ir para a casa, eu o loiro fizemos uma pequena compra e o demos, o garotinho nos sorriu e nos agradeceu.
— Cada dia uma surpresa. – Falou Tadase. – Você é uma garota de ouro, sabia?
— Obrigada. – Falei com as bochechas vermelhas. – Sei que ele não queria fazer isso...
— Sim. Ah, é. Lembrei. – Ele tira uma flor sabe se lá onde. – Aqui, comprei pra você.
— Que linda! Obrigada. – Peguei.
— Sabe Amu. Você estava perto da floresta, não é?
— Sim... – Abaixei a cabeça.
— Tem algo importante lá pra você? – Ele me olha.
— Acho que sim... – Falei quase no sussurro.
— Entendo. – Ele se levanta e estende a mão. – Bom, vamos voltar?
— Claro. – Segurei a mão dele e me levantei.
Enquanto caminhávamos, parecia que assunto não faltava entre nós e quase nunca ficamos em um clima constrangedor. Um vento forte fez presença na vila, fazendo com que eu e as mulheres segurássemos as saias dos vestidos e os homens seus chapéus, fazendo assim o meu lencinho voar alto. Rapidamente pedi para que Tadase esperasse, para eu pudesse ir atrás do lenço, ele era muito importante pra mim, o mesmo tinha as letras iniciais bordadas da minha mãe. Assim que o alcancei, me abaixei para pegar, peguei-o e levantei-me, assim que eu faço essa ação, como reação eu bato em alguém, abro os olhos e vejo ele me encarando.
— I-Ikuto... – murmurei.
— Não imaginava vê-la por aqui. – Diz ele sarcasticamente.
— Digo o mesmo! – Falei cruzando os braços fingindo não me importar com a sua presença.
— Estou ocupado, então não vai dá pra me "brincar" com crianças. Veremos-nos outro dia, pirralha. – Ele passa a mão na minha cabeça bagunçando um pouco meu cabelo e o perco entre a multidão.
Não mentiria para mim mesma, e confesso que fiquei muito feliz em vê-lo.
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E então? Agora gostaram ou não??