Amor E Inocência escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 23
Capítulo 23 - Consequências Do Fruto Do Nosso Amor


Notas iniciais do capítulo

Yo, Minna!! Aqui está o penúltimo capítulo de Amor e Inocência...Vou logo avisando, novamente, temos cena hentai, criada pela Allyne(Aelita) se não gostarem, a culpa não é minha u.u. Allyne-Nee-chan, arigato!! *0*



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Eu e minhas amigas estávamos no meu quarto, pondo os papos em dias enquanto eu estava sentada de frente ao espelho da penteadeira, pondo um conjunto de rubis que eu havia ganhado de Tadase no nosso aniversário de casamento do ano passado.

As outras duas terminavam de se arrumar. Rima com o seu barrigão, grávida do seu primeiro filho com Nagihiko, usava um longo vestido de cor bege, com detalhes de flores em tons vermelhos, cabelos loiros soltos e com a sua costumeira tiara no topo; Yaya trajava um vestido de seda rosa com alguns detalhes dourados, cabelos ruivos e curtos com uma pena branca de enfeite.

Uma batida de leve na porta fez com que a gente se calasse por um breve momento, esperando quem que seja, abrisse a porta de carvalho e se apresentasse. Assim que o fez, logo damos de cara com a visita de Utau. A mesma fechou a porta atrás de si e aproximou-se.

Desde que deixei o irmão mais velho da loira para salvar os seus pais do plano mirabolante da Senhora Miller, e a partir do momento que insisti em cuidar de todas as despensas da família Tsukiyomi, eu me aproximei muito da Utau, e com o passar do tempo, nos tornamos amigas desde então.

— Uau! Que vestido lindo!- Exclamou a loira deslumbrada que até seus olhos violetas brilharam.

— Gostou? Aika que escolheu. - Sorri ao responder. - Ela disse que eu deveria ir de Rainha da Floresta e ela de princesa.

Vir-me-ei para elas enquanto riamos sobre a escolha das fantasias escolhidas por minha querida filhinha. Era a cara dela escolher estes tipos de personagens.

— E onde ela está? - Perguntou Utau. - Quero dar um abraço bem apertado!

— Deve esta lendo, ou brincando na Floresta Proibida. – Respondi me virando novamente para o espelho. – Logo mais irei procurá-la.

Arrumei um pouco mais meus cabelos presos, deixando algumas mexas solta e novamente me examinei. As jóias combinavam elegantemente com o meu vestido de seda esbelto na tonalidade vermelho vinho com detalhes em dourados. 

— Já estou pronta. - Eu disse  levantando-me - Vamos? O baile já começou!

Coloquei a minha máscara dourada, e em seguida, as garotas também fizeram o mesmo. As máscaras de cada uma caiam perfeitamente bem com seus vestidos de gala.

Descemos as escadas com graça e elegância. Observei o enorme salão e vi que o local estava cheio. Assim que chegamos ao final dos degraus, eu e as meninas nos separamos para encontramos outros conhecidos. Cumprimentei alguns dos convidados, e entre eles avistei o meu marido.

Envolvi uma de minhas mãos em seu braço esquerdo, o pegando de surpresa. Sorri ao cumprimentar os senhores que estavam conversando com Tadase, e os mesmo me retribuíram com um pequeno aceno de cabeça. Esperei com que eles terminassem de falar sobre negociações, até que ambos saíram, nos deixando a sós. Voltei meu olhar para os do loiro ao meu lado, e dei um rápido selinho, fazendo-o sorrir com a minha ousadia. Porém, percebi que algo lhe perturbava.

— Parece que nossas roupas combinam. – Comentei.

— Você está linda. – Elogiou-me assim que deu uma boa olhada no meu vestido. Sorri.

— Você viu a Aika? - perguntei olhando para os lados.

— Não. Não a vi. Talvez ela esteja no jardim dos fundos brincando.

— Tudo bem. Irei ver. – Eu disse soltando o seu braço. Tadase confirma com a cabeça.

Pude ouvi-lo suspirar pesadamente assim que me afastei. Era até estranho este tipo de comportamento vindo dele, ele parecia muito bem até a hora do almoço.

Sai da mansão, para que eu assim pudesse procurar a aniversariante pelas as proximidades e não tive muito sucesso, e como ultima opção, fui para o jardim dos fundos, no qual ficava de frente da porta que dava para a cozinha. Olhei em volta e não vi a minha filha e nenhuma outra criança por perto. Suspirei. Ela tem a mesma mania de quando eu era criança, sempre sumir em datas importantes...

Assim que eu estava pronta para voltar para dentro, fui abordada por uma empregada.

— Senhora, - chamou-me enquanto se aproximava. - As crianças já estão reunidas. Já podemos servi-las?

— Claro. - Respondi sorrindo.

A empregada com um leve curvar de cabeça confirmou e saiu. Novamente me virei, assim que ao longe, uma voz infantil gritava por minha atenção. Olhando para trás pude ver uma garotinha correndo em minha direção com seus pequenos bracinhos abertos, em sua face ela esbanjava um doce sorriso. Abaixei-me e sorri ao vela, logo abri meus braços para que eu pudesse recebê-la. Assim que finalmente ela chegou até mim, pude envolvê-la em um carinhoso abraço.

— Mamãe!

— Olá, meu amorzinho. - Sorri e ela retribui.

A cumprimentei levantando-me com ela em meus braços, ela entrelaça seus bracinhos em volta do meu pescoço, retribuindo o abraço. Pôs o seu rosto perto do meu, encostando nossos narizes um no outro, fazendo com que nós duas esfregássemos as pontinhas deles, depois sei um beijo demorado em suas bochechas rosadinhas.

— Novamente na floresta? – Perguntei retirando um lenço de um bolso escondido do vestido, passando na sujeirinha que tinha em seu rosto branco e macio.

 - Mamãe! Mamãe! Fiz um amigo novo. Olhe!

Falava animadamente, virando-se e apontando o dedo indicador para a floresta. Fazendo com que eu erguesse a cabeça para a direção que ela mostrava. Por algum motivo, senti meu coração falhar uma pequena batida.

 - Amigo? – Encarei a entrada da floresta distante não encontrando ninguém. - Onde?

— Ele estava comigo quase agora... - Comentou com uma voz tristonha. Decepcionada, apóia sua cabecinha em um dos meus ombros.

— Não fique assim. Ele deve ser um dos convidados, certo? Assim que você encontrá-lo no baile, você me apresenta. – Eu disse gentilmente. – E você mocinha, tem que terminar que se arrumar. Uma verdadeira princesa não pode ficar sem a sua coroa e sem a sua máscara.

— Sim! E você esqueceu-se da sua também! - ela sorrir. 

Voltei para a direção da entrada principal, porém logo fui parada por dois homens, nos quais estavam a minha frente. Trajavam roupas apropriadas para o evento que ocorria na mansão; O senhor de cabelos castanhos tinha o seu rosto coberto por uma máscara preta; e o outro de cabelos negros usava uma parecida do seu amigo, porém, na cor branca. Ambos sorriram enquanto retiravam os acessórios que ocultavam seus rostos.

Meus olhos se abriram um pouco mais, mostrando a minha surpresa diante dos convidados.

— Henry! Castiel! – Meu tom saia com irritação.

— Milady. - Falaram juntos fazendo um referencia.

— Quanto tempo, Amu. – Falava Henry informalmente, voltando com a sua postura. - Então, ela é a Criança De Sangue Sujo, que algumas pessoas vivem comentando? Ela é tão bonita quanto você é adorável. Parece com muito você, a não ser, a cor dos olhos do pai.

Henry leva uma de suas mãos até a cabeça da minha filha, mexendo levemente nos fios róseos dela. Fazendo com que eu me irritasse com a sua presença, fez com que eu retirasse a sua mão ousada que estava próxima, me afastei um passo o encarando friamente.

— Não a toque! - exclamei no tom de ordem. - O que trazem vocês aqui?

— Oras! Que pergunta. – Disse me olhando para como se estivesse ofendido. - Viemos para a festa da garotinha. Afinal, ela faz parte da nossa família também. Não é Castiel? - Henry disse o obvio olhando para o homem ao seu lado, e o mesmo confirma sorrindo.

— Mamãe, vamos! - Chamou-me Aika.

— Iremos já, minha querida.

— Já estamos de saída também. Temos assuntos a tratar com alguns homens de negócios. - Disse Castiel.

— Agora somos senhores importantes. Tudo isso graças a sua tia.

Falava Henry passando seus dedos em meu rosto, provocando um formigamento desconfortável e me deixando enjoada com seus toques. Virei meu rosto bruscamente, evitando qualquer outro toque de suas mãos sujas.

Ambos os homens, fizeram uma curta referencia em educação antes de se retirarem e sumirem do meu campo de visão.

Alisei a cabeça da minha filha e voltei para dentro da mansão. Ainda com ela em meus braços, a levei para o seu quarto para que eu pudesse terminar de arrumá-la apropriadamente para a sua festa.

Passei um lenço úmido em seu rosto para limpá-lo melhor e coloquei os últimos acessórios que faltavam. Uma coroa de flores coloridas e uma máscara fina a ouro com algumas pedras de brilhantes brancas. Assim que terminei de arrumá-la, descemos para o salão do evento e deixei que ela fosse cumprimentar alguns de seus coleguinhas. Não demorou muito para que ela também fosse ver a mesa que oferecia todos os tipos de doces para crianças.

Fui até Tadase, ficando ao seu lado para receber os últimos convidados. No momento que ficamos a sós, lhe perguntei se o mesmo conhecia Castiel ou Henry, e a resposta do Conde foi que só os conheciam de vista, principalmente o Henry, já que este foi o meu padrinho no dia do casamento. Disse-me que ambos vieram acompanhados de algumas moças que conhecíamos e que eram convidadas por nós.

Tia Miller havia os ajudados financeiramente e arrumado companheiras da sociedade com recompensa por me encontrarem. Tudo fazia sentido agora.

Alguns curtos minutos se passaram, então eu e meu marido decidimos voltarmos para o salão. Podíamos ver que finalmente a dança de inicio iria começar. Fazendo com que os rapazes convidassem as moças para uma valsa.

Os instrumentos da orquestra começaram a tocar, e logo uma música lenta foi ouvida por todo o salão. Os adultos e jovens se posicionaram.

Tadase em um ato de elegância, levou o seu  braço esquerdo para atrás de suas costas, e me estendeu sua mão direita com um sorriso em seus lábios. Retribui o sorriso aceitando com o seu pedido tão cavalheiresco. Pousei a minha mão esquerda por cima de sua direita, fazendo-o sorri cada vez mais, era tão encantador. Levou-me para o meio do salão.

 Os que não iriam participar, como as crianças, abriram um grande circulo. Olhei ao redor, e encontrei os olhinhos azuis brilhantes da minha filhinha. Essa era a sua parte favorita de um baile. Ao seu lado, um jovem rapaz de cabelos um pouco bagunçados e olhos dourados, seguravam-lhe a sua mão. Sorri para ambos e os mesmos me retribuíram.

As mulheres que iriam participar, ficaram uma do lado da outra, e os nossos cavaleiro ficaram a nossa frente. A música da dança começou a escoar pelo o espaço. Os nossos acompanhantes fizeram um referencia, e as moças segurando a barra dos vestidos, abaixamos um pouco os joelhos, como se estivéssemos aceitando novamente o convite para o inicio da dança.

Os homens estenderam uma de suas mãos, e nós as pousamos as nossas sob as dos nossos pares, começando a dança com um giro simples. A cada um minuto, as moças trocavam os seus par conforme a dança pediam e no ritmo da música. 

O meu terceiro parceiro era um homem alguns centímetros mais alto que Tadase, trajava roupas que lembrava piratas na tonalidade de um azul escuro. Ele sorriu assim que tocou em minhas mãos, em retribuição fiz o mesmo, porém sem mostrar os meus dentes. Seu toque provocou-me arrepios indo até a minha espinha.

— Se me permite dizer, és a dama mais bela do baile, Lady. - Elogiou-me o cavaleiro. Sua voz era grossa, porém aveludada.

— Obrigada. - Respondi enquanto ele me girava.

— Então você é a mulher que deu a luz a “Criança Suja”? – Perguntou ele me encarando com os seus olhos de cores profundas.

— Senhor, por favor, não a chame assim. – O repreendi com o olhar. – Não deveria dar ouvidos aos boatos.

— Perdoei-me. Estava apenas curioso em saber o porquê de chamá-la assim. Ela é tão adorável.

Explicou-me calmamente. Seus olhos tão hipnotizantes por nenhum momento desviaram-se dos meus. Fazendo-me ficar um pouco incomoda, tanto por ele me olhar tão intensamente como por não me soltar durante a troca de par.   Desviei meu olhar para algum ponto do salão.

— Milady, gostaria de falar com a senhora em particular.

— Assim que a dança acabar, poderemos conversar.

— Não! Gostaria que conviéssemos agora.

Disse ele sério, parando a dança e segurando o meu pulso de uma forma que eu não conseguisse me saltar. Puxou-me levemente para que eu pudesse dar os primeiros passos em direção pra onde quer que seja o local para onde ele me levava. Ele tinha pressa em cada passos que dava, eu mal conseguia acompanhá-lo na caminhada.

Ele nos afastava cada vez mais rápidos das pessoas e do salão. Passamos por um corredor um pouco iluminado e bastante calmo, estávamos longe o suficiente do barulho do baile e de qualquer outro convidado. Abriu a primeira porta que viu. Fez com que eu entrasse primeiro em um dos escritórios que havia na mansão, logo depois pude ouvir ele fechar a porta atrás de si, trancando-nos. Estávamos completamente sozinhos. Isso estava me apavorando pelo o ato impensado dele.

— O que você quer? – Perguntei rapidamente, recuando alguns passos e ele dava alguns em minha direção.

Ele nada respondeu, apenas se aproximava cada vez mais de mim. Fazendo com que andasse para trás, me deixando sem saída alguma. Esbarrei na mesa do escritório, e o senhor a minha frente prende-me entre seus braços.

— Assustada? - Perguntou calmante, parecia que se divertia com a situação que nos encontrávamos. Confirmei com a cabeça. – Desculpe-me, não era a minha intenção. Só queria conversar com você a sós. Nunca iria machucá-la, Amu... – Falava ele enquanto retirava a minha máscara.

A sua voz rouca e grossa ecoavam em minha cabeça, repetindo o meu nome várias vezes. Lentamente aproximei as minhas mãos até o seu rosto, retirando calmamente a sua máscara preta, revelando o seu rosto. Meus olhos logo se encheram de lágrimas, eu estava preste a chorar com a surpresa. Tampei a minha boca, sem acreditar no que via.

— Ikuto... – sussurrei entre a minha mão

Ele me envolveu em seus grandes braços, me abraçando fortemente, como nunca tinha me abraçado antes. O retribui do mesmo jeito, afegando o meu rosto em seu peitoral largo. Passamos alguns segundos assim, até eu me afastar.

— O que faz aqui? – Perguntei encarando.

— Por que você me deixou? - Perguntou ele me olhando com o semblante triste. - Pensei que você quisesse viver uma vida inteira comigo. Mas você voltou e casou-se com o Conde!

— Ikuto, eu...

— Amu, por favor, eu mereço uma explicação depois desse tempo todo.

— Eu realmente queria Ikuto. Juro que eu queria. – Eu disse, deixando as lágrimas, por fim, caírem. – Só que a Senhora Miller estava presente em todos os passos que eu dava. Na nossa separação, no casamento com o Tadase e até mesmo durante o nascimento da minha filha! Ela fez o inferno em minha vida, e pôs a Aika no meio dele. Os nomes ofensivos que a minha garotinha ganha, foi tudo por obra de Miller. Você não sabe o quanto isso me dói. Ela é tão inocente... Ela não merece isso. – Passei meus dedos, enxugando as lagrimas.

— Sinto muito por tudo isso.

— Ela esta pagando por todos os meus pecados. Principalmente por ser filha ilegítima... A única coisa que ainda me faz continuar é o sorriso que ela me dar todos os dias. 

— Filha ilegítima? O que você quer dizer com isso, Amu?

— Ela é sua filha Ikuto!

— Minha... Filha...? – Sua voz foi tão baixo que eu quase não pude ouvi-la.

— Eu... – Fiquei de costas para ele, tentando me acalmar. – Eu fiquei grávida durante o tempo que passamos juntos. Quando nos separamos, eu juro... Eu não sabia que carregava um filho em meu ventre. Porém, Tia Miller descobriu rapidamente. E desde então, ela transformou a minha vida em um tormento.

— E o Conde Hotori?

— Ele soube um tempo depois do casamento e durante o inicio da gravidez.

— Entendo... Se você tivesse descoberto mais cedo, poderíamos estar juntos até hoje.

— Não. – Neguei com a cabeça também. – A Senhora Miller armou algo contra a sua família. Juntou-se com Henry e Castiel e formaram um plano para nos separar. – Me virei para encará-lo. Sua expressão demonstrava frustração. – Não poderia deixar que seus pais e irmãos pagassem por algo que não cometeram. Não queria que eles sofressem por minha causa. Não me perdoaria. Então, por isso, te deixei e me casei com Tadase... Tia Miller sempre foi ambiciosa e egoísta, seria capaz de qualquer coisa para que conseguisse o que queria. Ela ficou uma fera quando soube que não era mais pura. – O olhei com dor. – Pensei que ela desistiria com a idéia do casamento, porém, não adiantou. Mesmo assim, ela  forçou-me a casar com o sobrinho da Lady Temari.

[...]

Ela havia chamado a costureira para ajustar e dar os últimos toques no meu vestido de noiva. Ela já tinha encomendado sob medidas de algum dos meus outros vestidos que deixei aqui,  bem antes de aparecer lá na vila.

Quando eu estava me aprontando para a cerimônia, ela chamou uma emprega para me ajudar a me vestir, e então, o vestido simplesmente não cabia em mim...

— Aperte mais! – Ordenou Miller entre os dentes. Estava irritada com a situação.

Rapidamente a criada obedeceu. Puxou ainda mais as cordinhas do espartilho que estavam em volta da minha cintura. Apertando-me cada vez mais. Deixando-me ofegante enquanto eu segurava a barra da minha cama.

— Senhora Miller, isso deve ser o suficiente, se continuarmos assim, ela não agüentará! - comentou a empregada preocupada.

— O casamento acontecerá hoje! Então, ela deve entrar neste vestido o quanto antes! - Miller afastou a empregada, tomando as cordas de suas mãos.

— Não, Senhora Miller... Mal consigo respirar... – Supliquei com dificuldades. - Não aguento mais...

— Calada! - Gritou a mulher puxando as cordas. - Madame, obrigada pelo seu tempo. Cintia leve-a até a porta!

A empregada se curvou e saiu guiando a costureira até a saída. Fiquei a sós com aquela mulher repugnante. Parecia que ela descontava toda a sua raiva no espartilho, o apertando cada vez mais. Deixando-me sem ar.

— O que aquele sujeitinho fez com você? Você não é de se engordar facilmente. - Minha tia pareceu me analisar severamente com o seu olhar arrogante. Suas mãos frias me viraram bruscamente, fazendo com que eu ficasse de frente para ela. -  Amu... Não me diga que não é mais pura. Você. Engravidou. De um bastardo que nem ele?!

Falava ela pausadamente, arqueando suas sobrancelhas finas. Fazendo meu corpo treme tanto por medo quanto pela a acusação.

— Senhora Miller, eu...

[...]

— Aquele foi o segundo tapa que levei dela. Acredite, doeu bem mais do que o primeiro. – Sorrir amargo lembrando-me. –Confesso que percebi meu corpo mudado logo no inicio, mas por nenhum momento pensei que fosse uma gravidez o motivo. – Suspirei. – Não queria te preocupar com o que eu pensava serem problemas de mulher. Como roupas não estavam mais cabendo em mim e que a gente iríamos precisar comprar vestidos novos. Você recebia pouco com os trabalhos que faziam na cidade. E eu realmente não queria que gastasse com roupas. Enfim, eu menti muito para você durante essas coisas aconteciam. Eu realmente até pensei que estava doente por não conseguir comer algo direito sem que eu sentisse enjoou. Médico seria um custo maior.

— Sua idiota. – Ele passou seus dedos em meu rosto, acariciando. Fechei os olhos para apreciar seu toque. – Você deveria ter dito. Não sabe o quanto me preocupou.

— Desculpa-me... - sussurrei 

— O que aconteceu quando o Conde soube?

[...]

Depois de alguns desmaios, falta de apetite e de outras coisas. Tadase chamou o médico da família para que pudesse me examinar... No inicio até que tentei evitar o encontro, só que o lorde estava ficando cada vez mais preocupado com a minha saúde, que foi impossível impedi-lo.

Estávamos no nosso quarto, eu estava sentada na cama com o loiro ao meu lado, segurando a minha mão com preocupação. Esperamos que o senhor guardasse os seus acessórios para que nos contassem o que havia acontecido, porém, eu já sabia o que o médico iria nos dizer. 

— Parabéns, vocês estão esperando um filho! – Deu a noticia sorridente. - O senhor é rápido, Milorde, quase um mês de casados!

— Ahn...Sim, obrigado. - Disse Tadase apertando a mão do doutor

Foi então que eu até tentei mentir, como a Senhora Miller me pediu. Antes da consulta, eu o embebedei e usei isso para a mentira. Lhe dizendo que no mesmo dia que ele estava bêbado, nós tínhamos feito algo. Porém, ele não era bobo e acredite, ele tem uma ótima memória, não importa o que ele faça, ele iria se lembrar.

Com toda a certeza, eu devia toda uma explicação a ele. Eu tinha obrigação de explicar. Afinal, a gente não tinha nos tocado na noite de núpcias e muito menos durante um mês de casados. E eu lhe expliquei tudo. E eu estava tão envergonhada por tentar mentir para ele...

Foi um tormento viver aquela mentira, no qual todos acreditavam e nos parabenizam com o primeiro herdeiro do grande Conde Tadase Hotori e a tão “respeitosa” esposa.

Fingir afeto durante a presença da Tia dele e de quem fosse era agonizante. Principalmente por ver que ele tinha repulsa ao tocar em minha mão de frente ao publico. Quando estávamos a sós, palavras não eram ditas e nem troca de olhares.

Foi então que um dia ele decidiu sair para um clube com os amigos, ele tinha chego ao seu limite com aquela toda “vida perfeita” de fachada que vivíamos. No mesmo dia, fui dormir tarde, esperando por ele. Só que ele não veio... Durante a madrugada, senti o seu corpo deita-se ao meu lado e um forte cheiro de álcool invadiu minhas narinas. Então, conheci um lado diferente do amável lorde... Seus lábios possessíveis beijavam o meu pescoço.

— Tadase! – Eu disse assustada com o seu ato.

— Por que Amu? Por quê?! – Perguntava ele com a voz alterada. Ficou por cima de mim e prendeu as minhas mãos acima da minha cabeça contra a cama, apertando meus pulsos. - Esse filho... Esse filho deveria ser meu!

Eu me remexia por debaixo de suas pernas, enquanto sua boca devorava a minha; uma de suas mãos explorava o meu corpo com vontade.

[...]

— Não acredito que ele te forçou a fazer isso! – Bradou Ikuto dando um soco na mesa, mostrando a sua raiva.

— Eu não o culpo. Ele se sentiu traído. Tadase tinha todo o direito como marido... – Falei enquanto abaixava a cabeça. - Ele me pediu desculpas comprou-me jóias e outras coisas. E como esposa, o perdoei. Afinal, eu também era culpada...

— A Aika, sabe que o Conde não é o seu pai verdadeiro? – O moreno virou-se, dando as costas.

— Sim. – Suspirei. Minha cabeça latejava um pouco com tudo que estava acontecendo. – Tadase vez questão que eu colocasse o sobrenome da sua família na certidão de nascimento. Pediu para que eu não escondesse a verdade dela.

— Então, ela sabe que sou o pai dela? – Seus ombros relaxaram-se

— Certamente. Ela também conhece toda a sua família. Aika já me perguntou por você várias vezes. - Eu enxugo uma lágrima que queria escorrer. – Um tempo depois, ela parou de fazer perguntas e começou a freqüentar a floresta. Passando várias horas por lá. – Soltei um riso. – Conversa tudo com o seu melhor amigo, o suposto Espírito Da Floresta, ele que sabe de todos os segredos dela.

— E como sua tia aceitou tudo isso?

[...]

Duas semanas antes do nascimento da Aika, Senhora Miller me levou a  uma viagem durante o tempo que o Tadase estava fora do país.

Não sei o que deu nela que no dia do nascimento, Miller tomou a decisão de criar a minha filha o mais longe possível da Família Hotori. Afirmou que se alguém soubesse que a criança era filha ilegítima, traia decepção e condenação para a família e os nossos status sociais. Iríamos ser julgados e tudo mais.

— Está decidido! – Disse ela com o bebê recém nascido em seus braços.

— Você não pode tirar ela de mim! - Gritei chorando da cama. Mal conseguia me mexer depois do parto. - Ela precisa de uma mãe! Precisa de mim...

— Ela ficará sob meus cuidados. - Miller disse balançando o bebê. - Qual será o nome dela? Você pelo menos terá essa liberdade.

— Senhora Miller... Por favor... Não a tire de mim. - Implorei. - Tadase a aceitará!

— Mais não a sociedade! - Ela me olha fria. - Não só irá sujar o seu nome, como também o do lorde! Colocaremos um final agora. Diga o nome dela!

— Por favor... Eu lhe imploro, deixa a Aika comigo...

 -  Ela partirá comigo amanhã. E você voltará para sua casa.

Ela cumpriu com o que disse. Realmente ela teve a capacidade de separar a Aika de mim...

E logo a noticia percorreu por toda a cidade, “a criança faleceu durante o parto” dizia. Essa noticia não parava. Constantemente pessoas nos visitavam falando que sentia muito. E a cada dia que se passava, mais desanimada eu ficava e logo fui julgada com “depressão pós parto”   

Fiquei sem a minha filha por longos dois meses e meio. Era horrível a tristeza que eu sentia e a solidão que me consumia. Estava preste a ficar louca com tudo aquilo.

Tadase foi extremamente compreensivo. Deu todo o espaço que eu merecia e não tocava no assunto. Foi então, que um dia eu não agüentei mais aquilo tudo. Ficar longe da minha filha que estava viva e falar para todos que a mesma estava morta era perturbador pra mim.

— Tadase, não aguento mais! Estou com saudades da Aika... – Chorei em seus braços.

— Eu sei... – Disse ele me confortando, fazendo carinho na minha cabeça.

— A quero de volta. Tia Miller me separou dela - Solucei

— O que você disse? – O loiro afastou-se um pouco de mim, me encarando nos meus olhos.

— Tia Miller falou que uma filha fora do casamento acabaria com ambas as famílias!

[...]

Ikuto estava completamente irritado com toda a história, andava de um lado para o outro tentando se acalmar e absorver tudo aquilo.

— Sua tia não presta! – Falou fazendo gestos com as mãos. - E como você a conseguiu de volta?

— Ahn, bem, o Tadase foi atrás dela, explicou tudo a Senhora Miller e disse que iria criá-la como sua. - eu me apoio na mesa. - Quando ele voltou com Aika em seus braços, eu disse que daria qualquer coisa como agradecimento.

— tsk! E o que ele pediu? – Pude sentir irritação e ciúmes em seu tom de voz. Fazendo-me rir de leve.

Amor.— Sorrir ao lembrar das palavras. -  Tadase é um homem bastante romântico e paciente. Ele disse que me faria me apaixonar por ele, não importasse quanto tempo demorasse. Então, tentei enxergar os seus sentimentos até que cedi.

— É por isso que não usa mais o cordão que te dei? – Ikuto aproximou-se de mim, levando uma de suas mãos até o colar de rubis que eu usava. - E sim as deles?

— A Aika sempre carrega aquele cordão que você me deu pra tudo que é lugar... Eu disse que assim ela poderia sentir mais próxima do pai que ela não conhece.

— Você me apresentará como o pai biológico?

— Não sei qual será a reação dela, mas se ela quiser isso, eu o farei. - Eu o encaro.

— Não será muito estranha.  Conversei com ela na floresta. Realmente, é uma linda e doce criança...

— Aika, realmente não tem culpa de nada. - Eu abaixo a cabeça. - Tudo o que eu fiz, está sendo colocado nas costas dela. – Eu disse com tanta dor em minha voz. . 

Novamente senti as lágrimas grossas e quentes descerem em minhas bochechas. Passo a minha mão no rosto, enxugando-as. Vi seu corpo aproxima-se um pouco mais, seus braços novamente apóiam na mesa que tinha atrás de mim, me deixando presa entre ele.

 - Não se culpe tanto assim... - Sussurrou para mim. Levantando o meu o meu rosto pelo o queixo, fazendo com que eu o olhasse nos olhos.

Nossos olhares se cruzam, aos poucos, Ikuto  aproximou o seu rosto do meu, acabando com a distancia entre nós, selando nossos lábios. Dando-me um beijo ardentemente apaixonante. Nossos beijos tinham pressas, como se matasse toda a saudade contida em nosso interior. Paramos por um pouco, procurando o ar que nos faltavam.

— Sempre te amei. Nunca me esqueci de você!

Ikuto me envolveu novamente nos seus provocantes beijos. Tinha um toque de delicadeza e muito desejo envolvido.

Não queria me arrepender se nós não fizermos nada. Não queria me preocupar com o que aconteceria depois. Apenas queria sentir os beijos dele acender o fogo que me queimava por dentro. Queria sentir novamente os toques dele em minha pele e o seu amor em beijos.

Passo meus braços arredor de sua nuca, o permitindo continuar a fazer o que quisesse. Aprofundei o beijo e deixei minha língua ousada explorar a sua boca que tanto desejei por varias noites.

Senti suas mãos agora experientes desfazer os laços do meu vestido, o deixando frouxo. Logo senti as suas grandes mãos passarem sob a minha costa agora nua. Seus dedos quentes deslizaram em meus ombros, puxando o vestido para baixo, enquanto eu desabotoava sua blusa por debaixo da capa azul escuro. Nossas ações tinham um pouco de pressa e desespero, querendo sentir mais do toque um do outro.

Seus beijos desciam prazerosamente pelo o meu pescoço, fazendo jogar a cabeça para trás, dando mais espaço para ele explorar com seus lábios macios. Entre os beijos, Ikuto empurra alguns abjetos da mesa para o lado, depois me levanta, deitando-me sob ela. Eu estava ofegando e o moreno também. O observei retirar rapidamente o restante de suas roupas.

Ele debruçou-se sobre mim. Enquanto ele me beijava, o moreno retirava todo o meu vestido, deixando-me completamente nua como ele. Seus lábios logo desceram pelo o meu pescoço e colo, apreciando cada canto que tocava. Até que sua boca chegou em um dos meus seios, o chupando, com uma de suas mãos ele massageava o outro, brincando com o meu mamilo. Não conseguia me conter, e logo os gemidos começaram a sair da minha garganta, fazendo-me morder os lábios para tentar conte-los. Para me ajudar a abafar os barulhos provocados por minha excitação, Ikuto voltou a me beijar. Suas mãos logo voltaram à ativa, acariciando ambos meus seios.

Quantas noites eu me deitava na cama, desejando tê-lo ao meu lado novamente... Poder senti seus toques...

Sua língua fez uma trilha molhada até um pouco mais abaixo do meu umbigo. O vi se agachar um pouco, logo senti sua respiração ofegante entre minhas pernas. Dando uma chupada e uma pequena mordida em uma das minhas cochas. Sua língua ousada lambeu com precisão a minha feminilidade, fazendo com que eu erguesse um pouco mais o corpo e soltasse sons de prazer. Suas duas mãos me ajudaram a por minhas pernas sob seus ombros, dando-lhe uma visão perfeita e o deixando mais à vontade. Eu estava tão tomada pelo prazer, que mordi mais forte o meu lábio inferior, até que senti um pouco do gosto metálico do meu próprio sangue.

Ele levantou-se, segurou o seu membro e vagarosamente ele me penetra, segurou as minhas nádegas, puxando-me mais para perto. Entrelacei minhas pernas em volta de seu quadril, deixando-me mais astuta em suas medidas assim que começou a se movimentar.

Estávamos tão excitados um com o outro que eu até pude sentir o clímax se aproximando aos poucos. Como se o moreno pudesse ler os meus pensamentos, ele parou com a penetração, ergueu meu corpo, puxando-me para si. Carregou-me em seus braços, aproximando-se ao sofá que havia em um canto do escritório. Deitou o meu corpo novamente, carinhosamente ele fez uma trilha de beijo por toda a extensão da minha barriga até chegar a minha boca que se encontrava um pouco aberta, seus dentes puxaram meus lábios e logo me beijou. Suas mãos grandes acariciavam e apertavam com uma certa força as minhas coxas, mostrando o quanto ele me desejava.

— Ikuto..... - Eu o chamo com a voz rouca e em um sussurro.

— Queria estar com você todo esse tempo... - Disse ele me encarando com aqueles pares de safiras.

Passei os meus dedos em seus cabelos, puxando a sua nuca para mais um beijo intenso. Deslizei minhas mãos para as suas costas, sentindo todos os seus músculos. Com seus dedos largos, ele me penetrou, fazendo movimentos circulares, em resposta de que estava gostando, o mordi nos lábios. Depois de um tempo assim, ele sentou-se, entendendo o que ele queria, passei minhas pernas em volta do seu corpo, sentando-me sob seu membro ereto e pulsante.

Com as minhas unhas, sensualmente passei por todo o seu peitoral, fazendo-o sorrir com isso.

— A Milady é bem ousada, não?

Comentou ele segurando minhas nádegas com força, fazendo-me abrir a boca mais excitada com seus toques. Ele ajudou-me a me movimentar sob as suas pernas, deixando o ritmo mais rápido.

 Eu entrelacei meus braços em sua nuca, meus dedos tocam em seus cabelos escuros e macios. Sua respiração estava tão alterada e ofegante quanto a minha. Estávamos tão próximos ao clímax novamente. Gemidos descompassados saiam da minha boca, o chamando pelo nome. Ele se sentia descontrolado com as sensações prazerosas. Ikuto beijou-me ferozmente, ao sentimos que chegamos ao clímax juntos. Separamos os nossos lábios, encostei minha cabeça em seu ombro, tendo aclamar um pouco  mais a respiração. Depois que nos controlamos, levantei-me de seu colo, saindo de cima de seu membro. Ele deitou-se no sofá e carinhosamente me envolveu em seus braços aconchegantes. 


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Notas finais do capítulo

E então?? o que acharam??Próximo capítulo, não sei quando será postado, pois ainda não terminei de fazê-lo...Quero comentários! u.u



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