Amor E Inocência escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 21
Capítulo 21 - Eu Aceito




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/309670/chapter/21

Depois daquela inesperada e nada agradável visita, Toni voltou para poder comer o bolo no qual me ajudou a fazer. Aproveitei a oportunidade para pedir um favor: manter segredo sobre a mulher. E como um bom garotinho, ele fez juradinho de dedinho mindinho comigo. E o agradeci com um sorriso e com outro pedaço.

Preparei a janta durante o tempo que esperava Ikuto chegar de um de seus trabalhos que o mesmo tinha na cidade próxima a vila. Não demorou muito para isso acontecer. Abriu a porta e se aproximou de onde eu estava, beijou o topo da minha cabeça e forcei um sorriso. Depois que ele guardou as coisas que comprou para mim em nosso quarto, ele voltou e sentou-se a mesa comigo.

Eu estava presa em meus pensamentos. A conversa e a voz de Tia Miller se repetiam várias e várias vezes.

Estava tão distraída que nem sequer eu me lembrei de comer. Apenas fiquei remexendo o alimento em meu prato, enquanto o encarava fixamente, sem realmente enxergá-lo. Ao fundo do meu subconsciente, pude ouvir Ikuto abaixar os talheres.

— Amu, você está bem? - Perguntou-me calmamente e preocupado.

— Ahn... Sim... – Pesquei os olhos freneticamente, como se eu tivesse acordado de um transe. Levantei a cabeça para podê-lo ver e o mesmo me olhava um tanto preocupado.

— Está muito quieta. – Suspirou, pôs os cotovelos em cima da mesa e entrelaçou seus dedos. - Aconteceu algo? Você estar se sentindo mal?

— Não! Não é isso... É que... – Desviei o olhar por alguns pequenos segundos. - Não é nada. Já terminei. Se me dê licença... - me levanto. - Vou tomar banho.

Abaixei a cabeça, não queria ver a sua face preocupada. E a passos largos e rápidos, sai da cozinha, o deixando para trás. Fui para os fundos, onde tinha uma pequena “cabaninha” que na verdade era o nosso banheiro, assim que o abri, sorrir minimamente assim que vi a pequena banheira, o motivo dele ter ficado um pouco irritado ao concluir seu trabalho. Também tinha uma pequena pia com um espelho. No outro lado havia uma manguei pendurada em uns pregos, no qual podíamos utilizar como chuveiro.

Com a mesma mangueira que tinha no banheiro, a coloquei para encher a banheira enquanto eu retirava o meu vestido. Arrepiei-me ao sentir o vento passar pelas as pequenas aberturas que tinha. Assim que a banheira estava com água suficiente, adentrei e gemi baixo ao sentir a água um pouco gélida. Juntei as pernas e as abracei, afundando o meu rosto nos meus braços.

Chorar.

Era o que eu queria fazer. Por tudo para fora naquele momento tão frágil... Teria que partir e deixar Ikuto. Deixar os momentos que passamos juntos. Principalmente deixara minha vida para trás.

Novamente eu estava nas mãos da Senhora Miller.

Eu odeio esta sociedade onde fazem moças a se casarem por dinheiro, como uma mercadoria. Como se todas as moças que foram obrigadas – ou teve o marido escolhido pelo status – a se casarem, não tivessem sentimentos. Nós não tínhamos voz.

E Miller iria se aproveitar. Iria ganhar muito me casando com o tão adorado sobrinho da Condessa Hotori. E eu apenas iria perder...

Senti umas lágrimas solitárias e quentes escorrerem dos meus olhos dourados. Levei minha mão até elas. Estava chorando. Meus pensamentos ficaram quietos ao ouvir batidas na porta.

— Amu, você está bem mesmo? - Perguntou a voz por trás da porta.

— Estou! Já vou sair. Tudo bem? - eu disse.

Ouvi um suspiro pesados e logo depois os passos de Ikuto se distanciando. Terminei o banho e sai da banheira. Olhei-me no espelho por alguns minutos, observei todas as partes do meu corpo. Não era coisa da minha cabeça, ele estava mudado. Tinha mais curvas e estava um tanto cheio. Eu tinha engordado?

Enxuguei com uma toalha e coloquei outro vestido simples, e com a ajuda do corpete, o Tsukiyomi não percebera a mudança do meu corpo. Sai do banheiro e fui para o quarto enquanto tentava pensar em algo. E lá estava ele, deitado em nossa cama, assim que eu apareci, rapidamente sentou-se para me encarar com o seu par de safiras preocupantes.

— Queria que conversasse comigo. Fala o que estar acontecendo – Disse ele primeiro, antes mesmo que eu abrisse a boca.

— Eu queria poder sair um pouco mais... – Hesitei no começo, abaixando a cabeça, enquanto mexia os dedos. – Visitar a Rima, por exemplo.

— Eu entendo que você sente saudades da sua amiga, mas não podemos nos arriscar e sua tia nos achar!

Explicou-me calmo, fazendo com que eu sentisse uma pontada de culpa em meu peito. Porém, eu tinha que fazer uma briga entre nós acontecesse. Isso doía demais...

— Eu não posso viver me escondendo da Senhora Miller! - retruquei agora o olhando. Fazendo alguns gestos com as mãos. - Só você que sai. Todos os dias você vai à cidade. E eu? Fico aqui esta casa. É como se eu ainda continuasse na mansão da tia Miller, só que em uma miniatura!

— O que você quer dizer com isso? - Sua expressão de preocupado fora mudada por indignado pelas minhas palavras

— Eu continuo presa, Ikuto! É isso. Dia após dia faço as mesmas coisas. Cozinho, lavo e fico com as crianças. E você, sempre está na cidade. O dia todo! – Alterei um pouco de voz, para tentar ser convincente.

— Amu, as coisas não são fáceis como você pensa... - ele suspira cansado, passou as mãos em seu rosto e logo abaixou a cabeça.

— E eu não sei?

— Então porque você está fazendo birra? - Ele levanta a cabeça me encarando. - Esta parecendo uma criança mimada!

— Mima? Eu? – Eu dou o sorriso mais sínico, assim parecendo que estava ofendida. – Não seja ridículo, não sou eu que fico brigando com uma criancinha de seis anos por ciúmes.

— Claro! Se eu chego em casa tarde é porque estou tentando conquistar dinheiro dignamente, como você me pediu! – Ele fica de pé, próximo a mim. – Nem para me agradecer, com as minhas necessidades você quer. Fazem mais de duas semanas que você me evita. Gasta seu tempo todo com um bando de crianças.

— Você não é mulher para entender... – Murmurei. Ele sorrir pelo nariz.

— Ôh senhora, desculpe-me por não entendê-la! – Falava ele ironicamente.

— Você estar sendo irônico comigo? - arqueio uma sobrancelha.

— Eu? Não. - disse completamente sarcástico.

— Ahhh!! Você me irrita. Vou sair, e aí de você se me seguir!

— Você é uma idiota mesmo! Vai lá! - bufou se jogando na cama.

Eu sentia todo o meu corpo tremer, nunca me imaginei discutindo com Ikuto. Não mesmo.

Assim que sai da casa, avistei Toni com algumas ervas em mãos, pronto para entrar na casa de sua avó. Rapidamente o chamei, pedi que ele pegasse um dos cavalos de seu avô para mim. Respondi sua pergunta com um sorriso no rosto que tinha algo muito importante para fazer. Rapidamente o garotinho concordou, e trouxe-me o seu cavalo, para que o vovô Chico não reclamasse. Agradeci com um beijo em sua testa e montei no animal, fazendo um sinal com os pés para que o cavalo começasse a caminhada, como Ikuto havia me ensinado.

Bati meus calcanhares ao lado do cavalo, fazendo-o cavalgar mais rápido. Era noite e de vento gelado. Foi então que percebi que sai sem nenhuma manta, apenas com a roupa que estava.

Queria chegar o mais rápido possível a mansão Suarck. Acabar com aquilo de uma vez por toda. Não iria deixar os pais de Ikuto, pessoas tão boas, pagarem por algo que não cometeram. E ainda mais, sabendo que eu seria a culpada por isso.

Eu, Amu Hinamori, uma garota que foi educada para ser uma dama. Ser certinha e fazer boas coisas. Ikuto Tsukiyomi, um ladrão e desordeiro que me mudou por completo, me fez mentir e enfrentar o que era errado aos olhos da sociedade. Era isso o que o amor fazia com você. Dar-te coragem.

Senti minhas lágrimas quentes rolarem em minhas bochechas vermelhas e frias. O vento brincava com os meus cabelos... O cavalo corria entre as matas. Iria enfrentar tudo de cabeça erguida e com a esperança de um dia que Ikuto me perdoasse por ser tão egoísta.

Fechei meus olhos por alguns estantes, e como se fosse um filme, vi bons momentos passarem em minha mente, logo foram destruídos com aquela briguinha ridícula e com a voz de Miller se repetindo. Eu amava tudo o que fazia. Eu o amava esperar... Tudo eu amava. Eu tinha conquistado minha liberdade.

Mesmo por tão pouco tempo.

Depois de algumas horas, tremendo de frio, desci do cavalo de frente ao portão de ferro. Fiz um carinho no animal como agradecimento. Um criado aproximou-se para abrir o portão, assim dei o primeiro passo, adentrando nas propriedades da Senhora Miller.

Segui Sr. Miguel por um tempo, depois o entreguei as rédeas do cavalo de Toni a ele. Pedi para que o homem cuidasse muitíssimo bem do cavalo, pois pertencia a uma pessoa que adorava. Sem mais delongas, respirei fundo, para que finalmente eu passar pela a porta, fui até a sala de visita e encontrei a mulher que tanto evitei.

— Você foi rápida. – Comentou ela sem desviar o seu olhar do bordado que fazia. - Eu te dei dois dias. Cansou de brincar de casinha?

— Apenas quero acabar com isso o mais rápido o possível! - Respondi. - E você, irá cumprir com a sua palavra, certo?

— Certamente! – sorriu, olhando finalmente para mim. – Mandarei uma nota para o seu noivo.

— Pra que? – Franzi as sobrancelhas irritada. - Eu irei vê-lo no altar daqui a três dias, não é?

— Ele tem todo o direito de saber que a amada noiva chegou bem de viagem. Afinal, ela foi visitar os túmulos dos seus queridos pais. – Miller explicava uma história que estava inventado para contar ao Tadase. Seu tom de voz era falsamente preocupado. - Você não sabe o quanto ele ficou preocupado.

— Você é uma pessoa repugnante! – Falei entre dentes, indo em direção do meu quarto. Passo direto por ela e subo as escadas indo direto por meu quarto..

[...]

Ikuto andava para lá e para cá. Já era quase meio dia e Amu ainda não havia voltado para casa desde da discussão que tiveram. Até foi na casa de algumas moças do vilarejo perguntar se a mesma tinha passado a noite por lá. Também pensou na hipótese no qual a sua esposa possa ter ido para a casa da sua amiga, Rima Mashiro.

Não, ela teria mandado algum tipo de mensagem na manha seguinte, mas ela não o fez. Então... Algo teria acontecido. E esse pensamento o consumiu, deixando-o com medo.

Seu coração batia rapidamente, seu corpo tremia. Saiu de casa e foi na casa dos anciões, bateu freneticamente a porta deles e uma senhora com o semblante preocupado o olhou.

— Hum... Vovó Lena, desculpe incomodá-la, o Toni está aí? – Perguntou ofegante e suado.

A senhora rapidamente notou que algo havia acontecido, nunca o vira assim antes. E rapidamente a mesma chamou o seu netinho. O garotinho apareceu, com as bochechas cheias, enquanto tentava engolir a comida que tinha em sua boca.

— Pirralho, você estava com a Amu ontem. Você sabe de algo que não sei? - Perguntou Ikuto olhando Toni.

— Humf! Porque te contaria? - retrucou ele cruzando os braços.

— Toni... - Ikuto suspira, abaixou-se na altura da criança. Colocou suas mãos nos ombros dele e o olhou nos olhos. - A Amu ainda não voltou e pode nunca mais voltar. E nós dois a queremos aqui. Certo? Então, por favor...

— A senhorita Amu... Não vai mais voltar? - Seus olhos começam encher de lágrimas.

— Se você me contar, eu posso trazê-la novamente.

— Tudo bem... - Ele engoliu o resto da comida que mastigava, e puxou o ar com o nariz. - Ontem, uma mulher bem vestida, veio falar com ela. Depois que a mulher foi embora, a Senhorita Amu me pediu segredo para não contar sobre ela a você... E a noite ela pediu um cavalo... Só é isso que sei. Eu juro!

— Uma... Mulher...? – O moreno levantou-se, pensando. Seus punhos se fecharam e seus dentes serraram. - Miller! Obrigado Pirralho, com certeza a Amu vai estar aqui novamente!

[...]

Meu corpo estava pesado, minha cabeça latejava. Eu estava indisposta. Consequência de uma noite mal dormida. Acordei cedo como os horários da Senhora Miller pediam, arrumei-me e comi pouco no café da manhã. Passei a maior parte da manhã na biblioteca, evitando o máximo a mulher.

Depois resolvi outras coisas do casamento. Tive que entrar em contado com várias pessoas, para dar a minha opinião nas decorações. Já de tardezinha, uma empregada avisou-me sobre a chegada do sobrinho da Condessa, assim abriu espaço na porta para que o rapaz loiro entrasse. E o mesmo me recebeu com um largo sorriso.

Com um sorriso fraco, o correspondi. Ele aproximou-se em passos largos, porem devagar, assim que estava próximo o suficiente, segurou a minha mão, e depositou um beijo suave.

— Como senti a sua falta. – Ele soltou a minha mão. – Que idéia repentina fora esta de passar uma temporada na antiga cidade que morava. Nem me mandou uma mensagem, para alivia a minha preocupação.

— Desculpe-me.

— Como foi de viajem?

— Cansativa. - Disse suspirando. – Soube que a data do casamento foi adiada.

— Naturalmente. Foi a sua própria tia que quis assim. – Sorriu sem graça. – Ela contou-me que você estava ciente de todos os fatos e, que concordara com todas as mudanças.

— Ela te disse isso? - Eu arqueei uma sobrancelha.

— E claro, a pedido dela e de minha tia, eu vim aqui novamente para entregá-la o seu anel, com o novo pedido de casamento. – O rapaz ajoelhou-se, retirou novamente a caixinha de seu bolso e a abriu. – Amu Hinamori, você aceita se casar comigo?

— Sim... – Sorri, porém meus olhos com lágrimas demonstravam tudo o que sentia de verdade.

Com um sorriso incrivelmente maravilhoso, Tadase Hotori retirou seu anel de brilhantes e pôs no meu dedo, sua futura esposa. Levantou-se ao concluir a sua tarefa abraçou-me carinhosamente, e no qual eu tive que retribuir aos caprichos da minha Tia.

[...]

Os galopes do cavalo negro cessaram ao pararem na Mansão Suarck, amarrou rapidamente as guias em um canto, deixou sua educação esquecida e adentrou a casa sem permissão.

Naquela tarde, Lady Temari não se encontrava, estava ocupada com as documentações para o seu sobrinho. Miller que saiu de um cômodo próximo a entrada, encarou raivosa para o intruso.

— O que faz aqui? - Perguntou

— Onde está a Amu?! - Perguntou ele procurando a sua amada pelos os cantos.

— Seu sujeito de sangue ruim, saia daqui!

— Não tem vergonha do que está fazendo não? - Ele a encara com raiva. – Você ta obrigando-a a casa-se! E para quê? Para desfrutar do dinheiro que irá ganhar nas custas dela.

— Olha como fala comigo, seu desordeiro! Ela veio por conta própria. Ela escolheu a realidade, e não conto de sonhos.

— Eu quero falar com ela. - Disse ele ignorando o comentário.

— Se não acredita, venha, eu lhe mostrarei.

Miller virou-se e fez sinal para que o rapaz a seguisse, andou em um curto corredor, parando de frente a uma porta de carvalho, com cuidado a mulher a abriu sem que fizesse barulho, afastou-se para que o rapaz moreno, e de olhos safiras observasse a cena pela a brecha.

— Amu Hinamori, você aceita se casar comigo?

— Sim... – Respondeu a garota sorrindo com a mão estendida, com lágrimas em seus olhos cor de ouro.

— Viu? - Miller fecha a porta. - Entenda meu rapaz, ela não pertence ao seu mundo. Por mais quanto tempo você acha que ela conseguiria viver naquele lugar, distante de tudo que faz parte da vida real dela? Se você a ama, deixa-a em paz!

Ele queria socar a parede mais próxima de si, mas não podia, iria interromper aquele momento. O sobrinho da Condessa tinha tudo o que ele não tinha. Abaixou a cabeça, fazendo a sua franja negra cobrir os seus olhos, a passos rápidos, Ikuto saiu daquela mansão. Deixando a sua amada sob os cuidados de quem ela realmente merecia.

[...]

Os três dias se passaram rapidamente, e cada hora que se passava, eu menos sentia disposta com as atividades e eventos que acontecia em minha vida.

Era o tão falado e esperado casamento do Lorde Tadase Hotori e da “sortuda garota” que conquistou-lhe o coração. Eu.

Eu estava na lindíssima carruagem branca, sendo puxada por dois cavalos belíssimos também de pelagem branca. Assim que o transporte parou, eu suspirei, havia chego a hora. Onde teria que entregar tudo para um homem no qual não amava. A porta foi aberta, e a mão do Sr. Miguel parou a minha frente, assim para me ajudar a descer.

Meu vestido de noiva e de saia incrivelmente cheia, era decorado por vários detalhes de pedrinhas nas bordas. Meu cabelo estava preso e um véu longo era segurado por uma coroa feita de diamantes brilhantes, minhas orelhas e pescoço estavam enfeitados por jóias nos quais eu ganhei da Condessa, Em minhas mãos enluvadas, havia um buquê de rosas de vários tons.

A musica do piano foi logo acompanhada por outros instrumentos, anunciando a minha chegada. Com passos lentos, no tapete vermelho que tinha estendido do altar até a entrada da Igreja. Dei alguns relances, olhando para os lados e pude reconhece uma pequena parte dos convidados. Voltei a minha atenção para o altar novamente, e pude ver Rima como a minha madrinha e aquele amigo de Ikuto, o tal de Henry... Como padrinhos de Tadase, estava o rapaz ruivo, Kukai Souma e a minha amiga Yaya Yuiki.

Assim que cheguei próxima ao noivo, que trajava um terno de tom cinza muito claro, com alguns riscos brancos e uma rosa branca presa ao peito do lado esquerdo. Entreguei o meu buquê para a loira, logo Tadase estendeu sua mão, me pondo de frente para o mesmo, no qual tinha um sorriso encantador. O Padre fingiu uma tossida antes de começar a falar sobre a união. E então, chegou a nossa vez de citar os juramentos.

— Eu Tadase Hotori, recebo-te como minha esposa, a ti Amu Hinamori, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.

— Eu Amu Hinamori, recebo-te como meu esposo, a ti Tadase Hotori, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.

— Agora o noivo pode beijar a noiva. - Disse o padre sorrindo.

Foi um beijo simples, no qual eu não fiz muito esforço para retribuir, que foi até confundido com timidez pelo o meu agora, marido. Assim que viramos para os convidados, todos se levantaram e nos aplaudiram, jogando pétalas de flores e grão de arroz. E foi então, que lá no canto da entrada da igreja, eu vi aqueles olhos no qual tanto amava, perder o seu brilho que tanto me encantava...

A festa de comemoração, por insistência da Condessa, seria na Mansão Hotori. Iríamos receber todos os convidados adequadamente, para que depois fossemos para a casa no qual Tadase comprou especialmente para nós dois vivêssemos.

— Oh, Rima! - a abracei, e pela primeira vez meu coração se encheu de felicidade, por finalmente vê-la.

— Amu, como senti a sua falta! – Falava a loira retribuído o abraço na mesma intensidade, depois se afastou. – Sinto muito pelo o que aconteceu... Ela finalmente conseguiu o que queria.

— Ela é perversa. - comentou Yaya cruzando os braços.

— Amu, você está se sentindo bem? - Perguntou Rima me olhando preocupada.

Coloquei a mão no espartilho no qual estava incrivelmente apertado, olhei ao redor e senti como se o mundo girasse. Abrir a boca por varias vezes, eu procurava ar onde não tinha. As vozes ao meu redor foram se perdendo em meu consciente e eu começa a me sentir tonta. Minha visão começou a ficar turva e meus olhos ficaram pesados, e a escuridão tomou conta...

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não me mantem!! *^*Tive que fazer isso e.e



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor E Inocência" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.