Amor E Inocência escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 17
Capítulo 17 - Nosso Cantinho




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— Eu, Ikuto...

— Eu, Amu...

— Nessa tarde... – Continuou ele. - Juro que todas as minhas alegrias... E todas as minhas tristezas... Serão compartilhadas.

— Eu prometo. - Respondi.

— Em vida e na morte... - Prosseguia ele, virando-se para mim. Olhando-me nos olhos intensamente.

— Em vida e na morte... – Repeti a mesma frase um pouco corada.

— ... Juramos estar juntos eternamente. - falamos juntos.

 Minha felicidade estava estampada em meu rosto. Toda vez que o olhava, eu mostrava o mias belo de meus sorrisos e ele correspondia igualmente. Foi algo pequeno que nós fizemos, porém, foi uma grande decisão que tomamos para nós dois. Agora nossa vida pertencia um ao outro.

Depois do pequenino matrimonio, voltamos a caminhar. Eu novamente estava sentada no cavalo e Ikuto logo atrás de mim, guiando o animal pelas correias. Sim, nós já estávamos ficando cansado de não encontrar algum lugar para que pudéssemos ficar, sem que ninguém nos olhasse estranho, mas não queríamos desistir disso tudo tão facilmente, foi ai que o destino sorriu para nós dois. Ikuto desceu do animal, optando a caminhar a pé enquanto puxava as guias.

— Parece que mais a frente tem uma vila. - Disse ele forçando sua visão.

— Parece que não tem habitantes. - comentei olhando.

— Podemos descansar em uma das casas. Vamos dá uma olhada? – O moreno virou-se porá poder me olhar.

Assim que confirmei com a cabeça, o Tsukiyomi novamente puxou as correias, para que o cavalo voltasse a andar. Em alguns minutos, já nos víamos dentro da pequena vila abandonada. Não havia muitas casas e, as que tinham, nem todas estavam em perfeitas condições, algumas das casas tinha sua própria horta sem plantação. Mostrando que realmente não havia ninguém naquele local.

Cautelosamente, ele entrou em uma das casas. Assim que explorou todo o lugar da casa, o moreno abriu uma janela, a qual onde me podia ver amarrar as cordas do cavalo em um pedaço de madeira.

Aproximei da porta de entrada para poder ver o meu marido. Na casinha havia um forno feito de tijolos, próximo do mesmo, no chão tinha algumas panelas, uma cama de casal velha com lençóis sujos de poeira e com resto de madeiras. Olhei para cima e vi o telhado acabado, a origem daquela sujeira em cima da cama.

— Ikuto?

— Pelo menos ficaremos protegidos do vento e da chuva. - Falou ele virando-se para poder me olhar. - Embora  seja um lugar sem nada para a nossa lua-de-mel.

— Não, eu gostei. - Falei corada. - Tem cozinha, cama... - Falei enquanto passava novamente meus olhos por todos os lugares, depois voltei com a minha atenção para o moreno, eu ainda continuava corada. - E eu tenho você. 

Dei mais um passo, podendo entrar por completo naquele lugarzinho. Fiquei a sua frente, o sorrindo e olhando naqueles olhos safiras que tanto amava. O rapaz sorriu pelo o que tinha dito e me olhou carinhosamente.

— Precisamos fazer uma limpeza antes! - exclamei

— Verdade. - Confirmou ele.

Rapidamente entrei em um cômodo, enquanto os olhos safiras do meu amado observavam tudo o que eu fazia. Assim que adentrei naquele lugar, pude perceber que era um quarto, olhei todo o meu arredor e avistei um baú que no qual eu abri e vi que ali era onde os antigos moradores guardavam suas roupas. Mostrei a Ikuto uma que eu tinha encontrado.

— Olha o que achei. - Levantei a roupa. - Posso me trocar?

— É... Sim. –Respondeu ele ficando de costas para mim com os olhos fechados.

Tirei o vestido que eu estava e trajei-me com o que eu tinha encontrado. Ele tinha uma saia na cor amarelo claro, uma blusa de mangas longas de cor branca e um corpete marrom mascava a minha cintura.

 - Terminei. - Falei corada.

Ao dizer isso, Ikuto virou-se para poder ver como a nova roupa estava em mim. E ele estava um tanto corado, nunca tinha me visto com roupas que nem aquelas, e não pude sorrir de ver seu jeito meio nervoso

— Ficou ótimo em você, Amu. - Disse ele sorrindo.

Eu varria a casa enquanto ele arrumava ou retirava as madeiras que tinham no caminho e com algumas ele separava para usar como lenha. Passamos quase a metade ta tarde deixando aquela pequena casinha em um lugar mais aconchegante. Decidimos ir explorar as outras casas para ver o que poderíamos usar e acabamos encontrando algumas velas para clarear um pouco já que estava ficando escuro. Depois de ter arrumado tudo, sentamos na cama para descansarmos. Soltei um longo suspiro de cansaço enquanto deitava minha cabeça no ombro de Ikuto que estava ao meu lado. 

— Está cansada? - Me perguntou olhando de perfil.

— Um pouco. – Ele apoiou a sua cabeça sob a minha.

— Amu... Não sou a mesma pessoa de antes... - Disse ele um pouco sério. - Vou protegê-la de todas as tristezas. Você nunca mais precisará...

Senti-o afastar a sua cabeça, fazendo com que eu murmurasse contra aquele ato, eu estava dormindo, mas sentia seus calorosos olhos me observarem. Sorriu com o nariz e novamente encostou sua cabeça na minha.

— Durma bem, Amu.

Ele me arrumou na cama, apagou as velas e logo em seguida também se ajeitou ao meu lado. Dormimos vencidos pelo o cansaço dos dois dias que passamos para encontrar aquele lugar onde nos pertence.

O sol nascia trazendo consigo seus raios quentinhos e aconchegantes da manhã. Com maestria e atrevimento, os flashes dourados passavam pelas as brechas das janelas, fazendo carinho em meu rosto. Remexi-me um pouco, relutando para não acordar.  Vencida, abrir meus olhos e deparei com os de Ikuto me admirando.

— Não passou frio? - Perguntou ele baixinho.

— Não. Fazia tempo que não dormia tão bem assim. - Respondi sorrindo também o observando. Pousei a minha mão esquerda em sua bochecha direita. Ficamos assim por alguns segundos, até que decidimos finalmente nos levantarmos.

— Precisamos achar algo para comer... - Falou ele.

— Sim. 

Procuramos por todos os lugares naquela vila, e não encontrávamos nada. Desanimada, peguei um graveto e fiquei remexendo na hortinha da casa que havíamos escolhido como nossa. Eu remexia a terra pra ver se pelo menos eu encontrava algum tipo de semente.

— Não tem nada aqui... – Comentei.

Ikuto aproximou-se de mim, abaixando e observou o que estava fazendo. Pegou algo que se parecia com uma pedra pequena, no qual eu sequer dei muita importância. 

— Olha aqui. - Disse ele olhando de perto o que tinha pego. - Tem sim. Veja! Uma batata.

—  Que? – Eu aproximei-me mais para poder ver. - Uma batata? Pensei que fossem pedras...

— Sua bobinha.

— Isso é uma batata...? - Murmurei para mim mesma pegando uma para que eu pudesse ver melhor. Foi então que eu pude ouvir as risadas de Ikuto ao meu lado.

Enquanto eu catava mais daquelas batatinhas que parecia bem mais com pedras, o moreno foi atrás de mais lenha um pouco mais longe no qual acabou encontrando um riacho. Sabendo onde tinha água fresca, ficamos cada vez mais motivados sobre aquele lugar. Voltamos para a nossa casinha para que pudéssemos preparar algo com aquelas batatas.

Coloquei aqueles pequenos legumes numa das panelas que tínhamos e joguei água dentro. Ikuto colocou um pouco mais de lenha no forno para que pudesse o manter acesso. Esperamos um pouco para que elas ficassem prontas, depois de cozinhadas, despejei-as numa bacia de madeira e a levei a te a mesa onde o moreno esperava sentado. Assim que sentei de frente para ele, ficamos encarando aquelas batatas queimadas. Senti um gota escorrer pela a minha cabeça, tentando imaginar como foi que eu queimei aquelas pequenas batatas!

— Desculpa...

— Que isso, parece estar delicioso! – Ele disse rapidamente.

Para demonstrar o que estava falando era a verdade, ele pegou uma pequena batata e a levou até a sua boca, mastigou rapidamente e tentou engolir. Com a ajuda da água, fez com que o alimento descesse. Não tinha jeito, aquele seria o nosso jantar.

Quando acabamos de comermos, Ikuto retirava os pratos que usamos e eu fui pegar o balde com água para que eu pudesse lavar o que estava sujo. Com muito esforço eu tentava carregar, já que eu não era nada acostumada a pegar em peso. Um passo de cada vez e devagar, eu tentava caminhar sem que eu derrubasse a liquido cristalino que tinha no recipiente. O rapaz virou-se para ver o que eu estava fazendo ele não pode deixar de rir da minha situação, até que decidiu me ajudar, fazendo com que eu o olhasse sem graça e sem que eu percebesse, eu tropecei na minha própria saia, ele rapidamente me segurou antes que eu realmente caísse no chão, porém, foi inútil pois ele também se desequilibrou e caiu, derramando a água que fiz tanto esforço para não derrubar uma única gota.

Não era tão diferente daquela cena na véspera de Natal. Estava se repetindo. Ikuto estava em cima de mim com o seu típico sorriso debochado me encarando intensamente, me fazendo cora. Senti seus dedos apertarem a minha cintura, mostrando os quão juntos nossos corpos estavam.

— Amu, agora que somos marido e mulher... – Ele começou a falar com  a sua voz rouca e extremamente provocativa. – E já temos o nosso lugar, não acha que já podemos ter a nossa lua-de-mel?

— O q-que?! - Fiquei violentamente vermelha. - M-M-Mas... Me solta, Ikuto... Isso é muito embaraçoso!   

Eu me remexia debaixo dele, tentando de tudo para me livrar de suas mãos que me envolviam. Foi então que o ouvir rir de mim e foi quando eu percebi que ele novamente apenas tinha me provocado. Ele levantou-se e estendeu a sua mão para que me ajudasse a ficar de pé também. Enquanto eu tentava limpar minhas roupas, ele foi até o quarto e segundo depois voltou com as mãos atrás de suas costas.

— Ei, Amu, quero te dá algo...

— E o que é? - Perguntei me virando para ele.

— Feche os olhos. - Disse ele.

Assim o obedeci, o senti ficando atrás de mim, colocando meus cabelos para frente, deixando meu pescoço completamente nu.  Senti um objeto frio ser depositado sob a minha pele.

— Pode abrir. - Disse ele. - Gostou?

— Ikuto, é lindo! - Falei enquanto olhava o colar na forma de um cadeado com um trevo de quatro folhas de cristal.

— Ele se chama Humpty Lock e eu tenho o Humpty Key. – Explicava ele retirando debaixo de sua blusa um cordão com uma chave dourada com um trevo de quatro folhas também feito de cristal.

— Eles fazem um par. - Sorrir.

— Bom, como não tivemos uma aliança... Então, pensei fazer com eles. - Ele sorriu sem graça.

— Obrigada! - Eu o abraço. Depois o encaro desconfiada. - Onde você os pegou?

— Herança de família. Era dos meus pais e, como filho mais velho o recebi, para que eu entregasse para a minha futura esposa.

— Ah, entendo. – Sorrir.


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Notas finais do capítulo

As imagem da casa e do vestido é a imagem do capítulo *--*



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