Amor E Inocência escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 15
Capítulo 15 - Propostas


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela a demora.... Tava sem ideia >.< Mais hoje me espirei bastante!!Espero que gostem, boa leitura!!



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Mesmo que a Sra. Tsukiyomi estivesse ao meu lado, parada no meio da porta, por um momento, senti que todos me encaravam.

A pele morena de qual estou tão acostumada de ver em Ikuto, estava sendo substituída por uma cor pálida. Parecia que ele era o que mais estava surpreso com tudo aquilo que estava acontecendo ao seu redor. A mulher mais velha que estava ao meu lado, com a sua mão esquerda - já que a outra  segurava um saco de papel com algumas verduras – pós sob a sua boca, estava tão chocada ao ver a menina no qual ela se aproximava, ao ponto de estar emocionada com a sua presença. A abraçou.

— Utau, minha filha. - Disse entre lágrimas de felicidade ao vê-la.

Aquela cena era tão linda de se ver, que me enchia de saudades da minha mãe. Por tanto, aquilo parecia não afetar em nada nos três rapazes que ainda me cercavam com os olhares. Não demorou muito para que duas silhuetas aparecessem atrás de mim. Um era o Sr. Tsukiyomi, bem mais alto que eu, seus cabelos negros que nem o céu à noite e seus olhos safiras, Aruto pousou suas duas grandes mãos em meus ombros, me fazendoeu levantar a cabeça para olhar o seu rosto e sorriso simpático.

— Amu, que bom te ver novamente aqui! – Me cumprimentou enquanto empurrava-me para dentro de sua casa. - Vamos, entre. Visitas como você não pode ficar na entrada da casa.

— Sim... - Sorri sem jeito em resposta. 

Logo atrás dele, o pequeno rapazinho de cabelos também escuros e como sempre bagunçados e olhos bem dourados, entrava com uma expressão um tanto espantosa. Revezando seu olhar para mim e para os amigos de Ikuto.

O homem mais velho percebeu que a sua esposa abraçava a garota nomeada Utau, o deixando feliz e indo ao encontro de ambas, as envolvendo em um caloroso abraço.

— Amu, - Chamou-me a mulher mais velha. - Esta é a minha filha, Utau.

— Ahn... Hum... Prazer em te conhecer! - Sorrir.

— Digo o mesmo. - Respondeu ela me olhando de baixo pra cima.

Cof... Então... Amu, o que você está fazendo aqui? - Perguntou Yoru olha para os garotos e depois para mim.

— Ahn... Uma visita. - Levantei a minha cesta. - Trouxe bolo e uns doces. Ah, e eu comprei margaridas também. Então, acho que agora temos um motivo para comemorarmos.

— Um bolo? - Disse o senhor Tsukiyomi aproximando-se de mim com um sorriso enorme pegando o cesto que estava em minhas mãos.

— Querido, seja um pouco mais educado. - repreendeu a sua mulher. 

Eu estava tão nervosa com aquele clima no qual parecia que só eu estava percebendo, que eu tive que sorrir para disfarçar o nervosismo. Ikuto em nenhum momento dirigiu uma única palavra para comigo. Ouvir ele falar que voltaria logo para seus pais, antes que ele e seus companheiros saíssem pela a porta que estava atrás de mim, ele apenas me sorriu fraco e prosseguiu o seu trajeto para fora do chalé.

[...]

Os três rapazes se encontravam atrás da casa, onde tinha algumas coisas espalhadas com duas galinhas que ciscavam o chão. Ikuto estava encostado no tronco no qual tinha um arame com alguns lençóis e roupas estendidas. Os outros dois garotos estavam a sua frente de braços cruzados enquanto o encaravam.

— Você mentiu pra gente! - Acusou Henry, de cabelos castanhos claros e olhos castanhos escuros, o primeiro mais velho da gangue dos ladrões. - Porque fez isso? 

O moreno de olhos safiras apenas virou o rosto, não esperava que tivesse essa conversa logo agora. Não queria que a sua amada fosse envolvida naquilo, mas ambos assumiram o que sentiam um para o outro. Não tinha pra onde ir.

— Você está tendo algum tipo de caso com aquela... Hum... Como podemos chamá-la? - Castiel, o rapaz de cabelos negros e olhos azuis se perguntava com um sorriso debochado. – Bom, se ela vai casar com o Lorde e, talvez, mais eu tenho certeza, que ela tem um caso com você, acho que vadia, cai muito bem nel... 

Ele nem pode terminar sua fala, apenas sentiu o seu rosto ser atingido por um soco em cheio de Ikuto. Os olhos do Tsukiyomi transmitiam raiva, seus tentes estavam cerrado, as mãos fechadas, aquilo tudo fazia o seu sangue ferver.

— Nunca mais a chame assim! - Falou ele.

— Então você tem mesmo um caso com ela... - Sorriu Henry. - Ikuto, você sabe, nós todos somos uma família, - O rapaz pôs o seu braço em volta do ombro dele. - E como você é o segundo líder, depois de mim, você criou aquela regra, lembra?

— Humf! Pensei que vocês não ligassem para regras. – Resmungou ele soltando-se do braço do outro.

— É. Você tem razão, mas só apenas uma que seguimos... - Sorriram Henry e Castiel ao terem em mente a mesma coisa. - Seguimos aquela regra vinda de você: O que é seu é meu, e o que é meu é seu.

— Você sabe o que significa, não é?. – Perguntou Castiel limpando o sangue no canto de sua boca.

— Não. Não sei o que isso significa! – Disse ele os encarando cada vez mais com raiva.

— Oras, não precisa levar ao pé da letra. A garota é sua, amigão. Sem problema enquanto a isso. Porém, você terá que dividir tudo o que ela lhe dará. – Explicava Henry suspirando, ainda não acreditava que depois de tanto tempo de companheirismo, um amigo seu lhe traiu por um rabo de saia. - Ela ficará mais rica ao se casar com o sobrinho da Condessa e você como já é o amante dela, com certeza, ela não te deixará na misera.

— Como vocês têm tanta certeza em relação a isso? - Perguntou Ikuto arqueando uma sobrancelha.

— Por quê? Você não quer isso? - Perguntou Castiel

[...]

— Então seu nome é Amu? - Perguntou-me a loira sentando-se ao meu lado, bem próxima a mim.

— Sim... – Respondi um tanto desconfortável com a repentina aproximação da moça me encarando fixamente.

— Utau, assim você está assustando a garota. – Repreendeu Yoru ajudando a sua mãe a pôr os pratos na mesa.

— O que você é de Ikuto? - Perguntou-me a menina.

— Bem... eu... Hm... – Abaixei o olhar envergonhada, lembrando-me dos beijos.

— Amu porque você não vai chamar Ikuto e os outros garotos para comermos o bolo que você trouxe? - Pediu-me a mulher mais velha. 

Confirmei rapidamente com a cabeça, me levantando e afastando-me o mais longe possível da loira de marias-chiquinhas e suas perguntas. Cada vez mais que me aproximava dos fundos da casa, eu ouvia as vozes dos rapazes. Apenas pegando o finalzinho da conversa. Não fazia a mínima idéia do que se tratava.

Por quê? Você não quer isso? 

— Ahn... Com licença. - Perdi enquanto me aproximava. – Sra. Tsukiyomi os chamam.

— Já estou indo. - Respondeu ele olhando para mim com um sorriso gentil. - Só tô me despedindo dos meus amigos.

— Então, até Ikuto. Pense no que conversamos. - Falou o rapaz de cabelos castanhos. 

Os companheiros do moreno aproximaram-se de mim. O de olhos castanhos fez questão de dar mais um passo, parando bem a minha frente, sorriu.

— Ainda não formos apresentados. Chamo-me Henry, e o outro é Castiel. – Ele fez uma pequena reverencia estendendo a sua mão direita, por com educação, eu pouso a minha direita sob a dele. – Desculpe nos por sairmos assim e não conversarmos direito. Mas foi um prazer em conhecê-la. – Depositou um leve e demorado beijo em minha mão. –  Espero vê-la novamente.

Enquanto ele tomava a postura ereta, ele tinha continuava com um sorriso em seu lábios finos enquanto olhava para Ikuto fazendo apenas um aceno de cabeça, o moreno cerrou seus olhos safiras com a ousadia de seu amigo. Depois disto Henry e Castiel deram as costas e foram embora, nos deixando as sós. O Tsukiyomi ainda os encarava, só se aproximou de mim quando não mais os viram ao nosso redor. Ikuto segurou meu rosto com as suas grandes mãos geladas, fez com que eu o olhasse nos olhos. Os seus estavam preocupados... Seu beijo em minha testa, foi o que me confortou em meio daquilo tudo.

— Ikuto... - Sussurrei 

— Amu, me escute... – Falava ele agora encarando meus olhos. - Não se aproxime daqueles dois rapazes.

— Ahn? Por quê? - Perguntei.

— Me prometa. Não quero você falando com eles. Tudo bem? 

— Hum... Tudo bem.

Sorriu de leve ao ouvir minha resposta, segurou uma de minhas mãos e me acompanhou para dentro de sua casinha. Comemos e conversávamos sobre tudo. E claro que a sua irmã Utau não parava de tagarelar sobre as suas aventuras mundo a fora e sem contar que ainda insistia em perguntar sobre eu e Ikuto.

Depois de passar uma ótima com aquela família, o moreno fez questão de me levar para a Mansão de Tia Miller, eu até tentei convencer o contrário, por tanto, ele fez questão de me acompanhar até lá. Assim que chegamos ao destino final do nosso dia, ficamos parados em frente a porta de entrada enquanto nos olhávamos durante a despedida.

— Amanhã nos vemos no lugar de sempre. – Falava ele pondo uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

— Claro. - Respondi sorrindo.

Ele abaixou-se um pouco, aproximando o seu rosto do meu, senti sua respiração quente tocar a minha pele, fazendo com que eu corasse com o que estava preste a acontecer entre nós novamente. Porém, nos separamos rapidamente assim que ouvimos a porta ser aberta.

— Amu?  

Uma voz gentil chamou meu nome, fazendo com que eu virasse e o visse. Tadase e Lady Temari nos encaravam. O loiro tinha um sorriso em seus lábios enquanto me olhava, a Condessa apenas se aproximou e me abraçou.

— Pensávamos que você não viria. - Disse Temari já se afastando. 

Eu apenas sorrir amarelo com resposta, fora um surpresa e tanto. Percebi que Ikuto encarava o sobrinho da senhora, enquanto o mesmo continuava a me olhar com aqueles olhos amigáveis tão brilhantes. Tia Miller rapidamente aproximou-se da porta.

— Amu, onde você... – Ela passou seu olhos para mim e depois para o rapaz ao meu lado. - estava...?

— Oras, então como você já chegou e ainda é cedo, podemos entrar e continuar a conversa! – Falou a Condessa animada.

— Ótima idéia. – Concordou Miller forçando um sorriso. - Você também pode participar da conversa rapaz. - Disse ela se referindo a Ikuto.

— Ahn... Mas eu... – O moreno tentou protestar.

— Vamos, entre, não tenha vergonha. - Senhora Miller incentivou.

Foi notável a troca de humor e as expressões faceais que a minha tia fez, e claro, apenas eu pude notar, já que eu convivo com ela todos os dias e a conheço muito bem. Ela nos guiou para a sala, pediu educadamente para que todos sentassem nas cadeiras e ou no sofá. Eu fiquei entre os dois rapazes, enquanto as duas senhoras sentaram-se a nossa frente.

— Eu lembro de você. És o amigo que fora convidado por Amu. – Começou Temari.

— Sim. – Respondeu Ikuto.

— Entendo. - Milady sorriu. - São amigos há muito tempo?

— Sim! - respondi rapidamente. - Há bastante tempo.

— Ótimo! – Ela junta as mãos.

— Então Tadase, porque você não faz aquela pergunta que queria para Amu? - incentivou Tia Miller.

— Ahn... Bom, claro. - O rapaz loiro se pós de joelhos em minha frente, segurando minha mão entre as suas. – Amu Hinamori, sei que pegamos você de surpresa no Baile da Rosa, então vim aqui fazer o pedido oficial. - Ele coloca a mão um de seus bolsos da calça, retirando uma caixinha de veludo vermelha abrindo em seguida, mostrando-me um lindo anel de ouro com um diamante embutido nele. - Este anel, só é o começo das diversas jóias que você irá ganhar ao se casar comigo. Além disso, terá mansões em qualquer lugar do mundo e varias empregadas ao seu dispor. Então, com esse simples anel, eu te pergunto: Casa comigo?

— Que pedido lindo! - Elogiou Miller. 

— Ahn... Bem, eu... é... – Engoli em seco, passei o meu olhar em todos a minha volta. E então Ikuto levantou-se, forçando um sorriso.  

— Tenho de ir agora. Eu... Eu tenho uns assuntos para resolver. - Disse o moreno.

— Espere mais um pouco rapaz - Falou tia Miller. - Não quer ouvir a resposta?

— Não se preocupe. Depois ela irá me contar como foi. - Respondeu ele dando-nos as costa, Rima rapidamente o acompanhou até a porta.

 - Então Amu, qual é a sua resposta? - Perguntou Tadase um pouco nervoso.

— Eu... é.. Tadase, bom, sua oferta é muito boa... Por tanto, eu gostaria de pensar um pouco mais sobre isso. Tudo isso foi tão repentino, que eu não sei o que dizer neste momento. Garanto que você terá a sua resposta. – Sorrir sem graça.

— Claro. - Respondeu ele se levantando. – Pelo menos fique com o anel.

— Ahn... Não... Quero dizer... Fique com ele até eu ter uma resposta. - Me levantei. - Eu vou à cozinha beber água, já volto.

— Aqui já têm água. – Disse Senhora Miller me encarando.

— Eu quero água fresca. – Respondi indo em direção a cozinha.

Assim que eu cheguei ao local, soltei um longo e pesado suspiro. Fazendo com que a loira me olhasse preocupada pela a situação no qual eu novamente me encontrava.

— Onde ele está? - Perguntei me aproximando.

— No jardim dos fundos. – respondeu. 

Respirei fundo, tomando um pouco de coragem para vê-lo. Assim que sai pela porta da cozinha, o vi encostado na parede ao lado, seus braços estavam cruzados e o mesmo mantinha a cabeça baixa, fazendo com que sua franja cobrisse seu rosto.

— Você aceitou? - Perguntou ele.

— Não, e não vou. Não quero casar com ele! - respondi parando de frente a ele.

— Mas deveria, ele deu ótimas ofertas e um bom futuro. - Respondeu agora me olhando.

— Já disse, não quero nada daquilo. Ficar com você é suficiente. – Respondi, já com lagrimas ao redor dos olhos.

— Então, você fará uma coisa comigo... - Ele se desencosta da parede e se aproxima de mim,  enxugando as lagrimas com o seu polegar. Envolveu meu rosto com as suas mãos, e me olhos com aqueles pares de safiras que tanto adoro. - Vamos fugir.

— Fugir...?

— Sim. Para bem longe de tudo e todos! - Disse ele. - Assim você não se casará com ele, não irá mais morar com a sua tia...

— Mas e a Rima... Não posso deixá-la com a Senhora Miller.

— Meus pais podem cuidar dela. Iremos sair dessa cidade. 

— Tudo bem. – Concordei.

— Podemos partir amanha, antes do sol nascer. 

Em resposta, eu o beijei. Eu estava disposta a enfrenta tudo e a todos para viver com quem eu amava e ser feliz ao lado daquele que queria o mesmo. Ikuto queria mais do que fazer isso, eu podia sentir pelo o simples e caloroso beijo. Ele estava disposto a enfrentar Deus e ao mundo para que possamos ficar juntos.

Em uma época como esta, apenas e somente o dinheiro funciona. Sortudo eram aqueles pais que conseguiam que as suas queridas filhas casassem com um rapaz que tinha condições de sustentá-los. E pobres coitadas eram aquelas que não conseguiam e ficavam faladas por não “salvar” a família da miséria.  

Mas eu, estava disposta a deixar tudo para trás e viver do meu jeito. Com quem eu amava. Preferia isso mil vezes ao ter um casamento arranjado, no qual me faria viver com uma pessoa que não iria retribuir e compartilhar os mesmo sentimentos.

Eu iria deixar tudo para ficar com Tsukiyomi Ikuto. E ele, que não tinha quase nada, iria deixar para trás para viver comigo.


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Notas finais do capítulo

Comentários? *¬*Próximos capítulos de todas as fic, só depois da semana de provas!!! Que é depois deste feriadão TT^TT



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