Amor E Inocência escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 12
Capítulo 12 - O Baile Da Rosa


Notas iniciais do capítulo

E chegou o capítulo que vocês TANTO queriam!! *0*
Espero ter favoritos :D



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Já era noite, uma noite magnífica no qual o famoso Baile da Rosa iria acontecer. O céu estava cheia de estrelas brilhantes que iluminava aquele céu escuro, com a ajuda da lua cheia que estava bem branquinha.

Eu estava na frente da mansão de Tia Miller observando o céu. Eu vestia um lindo vestido de gala longo em seda pura da cor rosa com branco cheio de babados, cabelos presos e cacheados nas pontas com uma presilha na forma de um “X” na cor preta em um lado da minha cabeça; Rima usava um lindo vestido de seda, também da cor rosa cheio de fitas e babados. Seus longos cabelos dourados estavam soltos e ondulados com uma tiara com uma rosa no lado direito.

Nagihiko chegou aqui na mansão nem sua carruagem preta e simples, me cumprimentou e depois estendeu a mão para que Rima a pegasse para assim ele acompanhá-la até o seu meio de transporte e a ajudou a subir no mesmo.

Eu só estava à espera da Senhora Miller para que forcemos para o Baile. Era impossível pensar na festa de gala sem que eu se lembrasse dele... Só de pensar que eu iria estar perto dele, dançando com ele, meu coração bateu um pouco rápido, provocando um friozinho na barriga. Eu estava nervosa por algum motivo.

 Depois de dois minutos, Tia Miller apareceu com um elegante vestido de gala na cor vermelho vinho, cabelos em um penteado simples, porém bonito, com um pequeno enfeite em sua cabeça combinado com o seu vestido. Nós duas formos até a nossa carruagem e entramos, logo em seguida o Senhor Miguel começou a guiar os cavalos para a Mansão Hotori, onde aconteceria o evento. Em alguns minutos chegamos de frente de uma belíssima mansão, no qual era um pouco maior que a da minha tia. Um jardim na entrada ampliava ainda mais a vista e deixava bem claro o quão rico era esta família. Com toda a certeza, as propriedades da família Hotori eram maior e mais linda que eu já vi em toda a minha vida.

Descemos e formos até a porta de entrada, onde um homem estava do lado da entrada principal, conforme nós duas se aproximava, ele abria a porta. A mais velha se virou para mim e esbanjou um sorriso, no qual fiquei surpresa, isso foi notável para ela.

— Amu, hoje você terá uma surpresa! – Disse ela com um estranho brilho em seus olhos.

Assim que adentramos no local, tivemos a vista completa de um enorme e elegante salão em cores pastel. Vários casais conversavam ou dançavam. Senhora Miller se distanciou após ter me dito que iria conversar com a Condessa Temari e algumas outras amigas.

Após ficar sozinha, passei meus grandes olhos dourados por todo o salão em busca dele. Minhas bochechas coradas e um mínimo sorriso nos lábios rosados eram notáveis no meu rosto com a empolgação que eu sentia.

Sentindo uma mão pousar por cima do meu ombro direito, fazendo com que eu me virasse e olhasse para a pessoa que estava atrás de mim. Era ele, o rapaz que eu procurava, o dono dos olhos safiras que me atraiam tanto. Ikuto trajado em um smoking preto simples e charmoso. Definitivamente preta é a cor que mais combina com ele. Como estava lindo. Com esses pensamentos, fiquei mais corada.

O Tsukiyomi estendeu a sua mão esquerda, fazendo com que eu pousasse uma das minhas sob a dele, e o mesmo me acompanhou até o meio do salão. Entendo que iríamos dançar uma valsa de abertura do Baile da Rosa. Ikuto colocou a  mão esquerda em volta da minha cintura e eu coloquei a minha direita em cima do seu ombro, enquanto a mão direita dele segurava delicadamente a minha outra mão. Segundos depois começamos a dançar no ritmo lento da música. Com um sorriso simples e bonito, ele me encarava com aqueles pares de safiras penetrantes que fazia o meu coração a bater num ritmo sem igual.

— Pensei que você não viria. – Falei baixinho só para ele ouvir.

—Você acha mesmo que eu iria perder ver você pagar um mico? – Ele rir me girando. – Sem chance. E se dê, antes que eu vá, talvez eu pegue umas “lembrancinhas”. Se é que você me entende. – Falou o moreno olhando para os lados.

— Nem brinque com isso! – O repreendi rindo. 

Ikuto me girou novamente, fazendo com que eu parasse bem próximo ao seu corpo, sabendo que era proibido casais muitos jovens, ou, mulheres que não eram comprometidas dançarem muito perto de seus pares, eu tive que me afastar um pouco. Um passo pra lá, um passo pra cá. Era esse ritmo de dança lenta e clássica. Sorrir do nada, o que fez o rapaz a minha frente arquear  uma de suas sobrancelhas.

— Seria engraçado ver um homem de vestido e uma moça de calças. – Falei o que se passava em minha mente.

— Seria um pouco desconfortável usar um espartilho. E vestido é cheio desses babados e fluflu, acho que quando eu fosse andar com um eu tropeçaria. – Riu ele. – Mas seria engraçado mesmo ver você usar calças.

Depois de um tempo a música havia acabado e paramos com a valsa. Sem ter noção da minha ação, peguei na mão de Ikuto sem pensar e fui ao encontro das minhas amigas. Yaya, filha da Baronesa, ao me ver, logo se aproximou. Eu apresentei o rapaz do meu lado á ela e, rapidamente ela vez uma cara maliciosa, fazendo com que eu olhasse a mesma direção que ele, então percebendo que ainda segurava a mão do moreno, rapidamente a soltei, constrangida com a situação que nos envolvia. Logo mudamos de assunto, um menos embaraçador.  

 - Estou muito ansiosa para sabe que noticia vão dar! –Disse a ruiva empolgada.

— Noticia? Que noticia? – Perguntei sem entender.

— Vocês não sabem? Esse Baile foi feito para comemorar algo que ainda os convidados não sabem. - Explicou Yaya. – Este foi o assunto da semana. Por enquanto isso é uma surpresa.

— Bem que fiquei um pouco confuso com isso tudo. Afinal, o Baile da Rosa não é comemorado neste mês. – Comentou Ikuto como não queria nada.

Depois de conversarmos um pouco, deixei a ruiva energética com os seus petiscos enquanto fui ao encontro da tia Miller apresentar o meu amigo que eu tinha convidado. Já que eu havia prometido a ela sobre isso. Percebendo o bom comportamento de um cavaleiro vindo dele, senti que estava no momento de fazê-lo. Aproximei-me de três mulheres que conversavam sobre assuntos que nós jovens não entendíamos, cada uma bebericava a bebida refinada que estavam nas taças de cristais que cada uma tinha em suas mãos enluvadas, as mesmas estavam perto de uma grande escada.

— Senhora Miller. – Chamei. A ruiva com seus olhos dourados, virou-se me olhando. – Este é o meu amigo que falei que iria convidar.

— Prazer, Tsukiyomi. – Disse o rapaz de cabelos azulados estendendo uma de suas mãos. – Ikuto Tsukiyomi.

— Miller Suarcke.- Respondeu o encarando de cima a baixo, sem se importar com a mão estendia para si. Umas trombetas foram ouvidas. Fazendo ela sorrir com os olhos empolgados. – Nossa estar na hora! Venha Amu! – Ela pegou em minha mão. – Senhor Tsukiyomi, espere no salão. 

A senhora Miller sem avisos prévios, me puxou, fazendo com que eu quase tropeçasse em meus próprios pés. Subimos as escadas, Ficando próximas da pequena sacada que ligava na outra escada. A Milady Temari se encontrava com as mãos pousadas na mesma, olhado para seus convidados, Tadase estava ao lado de sua tia, com uma roupa elegante branca com alguns detalhes dourados que combinava bastante com a sua aparência juvenil. Eu e Tia Miller nos aproximamos um pouco, de longe olhei para baixo e pude ver que tinha bastante gente. Todos nos olhavam bem atentos e empolgados que até provocavam alguns cochichos.

— Peso a atenção de todos! – Falou Temari com a sua voz gentil e confiante. –  Amu, venha até aqui.

Aproximei-me dela um pouco de hesitação. Deixando a Condessa entre mim e o Tadase, o mesmo tinha um pequeno em seus lábios finos.

— Tenho um comunicado muito importante! E vocês como meus convidados, serão os primeiro a saberem. – Continuou ela. – Em primeiro lugar, quero agradecer á vocês que vieram hoje neste dia especial. E sei que vocês todos estão um pouco confusos sobre o Baile da Rosa ter acontecido neste mês. – Sorriu a senhora. – Mas o Baile foi adiado por causa desses dois maravilhosos jovens que estão ao meu lado. 

Por algum motivo, meu coração falhou uma pequena batida. Deixando-me um tanto nervosa com tudo que estava acontecendo. Eu não tinha costume de ser o principal motivo de um evento tão grande com este. Minhas mãos enluvadas começaram a soar um pouco com a situação que eu me encontrava.

Engolindo em seco, passei minha vista por todo o salão, encontrando Ikuto, que no qual ele não desviava sequer por um segundo seus olhos de mim, assim que ele percebeu que eu também o olhava, ele sorriu gentil, fazendo com que eu me acalmasse um pouco mais. O sorrir de volta.

— Essa linda garota ao meu lado, - Ela olhava para mim, carinhosamente. - Será a esposa do meu querido sobrinho, Tadase Hotori! E como o meu primeiro presente de noivado, assim que eles se casarem, Tadase receberá o titulo de Conde, e a senhorita Amu Hinamori será a mais nova Condessa da cidade! – Disse ela terminando o seu pequeno discurso com um largo sorriso de felicidade.

Após as palavras ditas da Lady Temari, eu fiquei imóvel. Sem reação nenhuma. Como isso tudo tinha chegado a este ponto sem o meu consentimento? Por quê? Eu não entendia. Não entendia o porquê de eu ser a escolhida para isso. Eu não o amava...

Correr. Eu o que eu queria fazer. Correr para o mais longe que eu poderia e onde as minhas pernas aguentassem. Por tanto, não conseguia me mover, senti meu corpo todo estremecer.

Apavorada com tudo, novamente olhei para Ikuto, e o mesmo retirou aquele belo sorriso de seus lábios, ele apenas me encarou sem nenhuma expressão em seu rosto, mas seus olhos diziam tudo. Ele estava triste.

Yaya estava com os lábios aberto, por um momento até pensei que sua boca iria cair ao chão; Rima chocada com a notícia, pôs suas mãos sob seus lábios.

Aos poucos aplausos foram ouvidos, assim quebrando aquele silencio que estava me torturando. E uma nova música, um pouco mais animada, estava começando a ser tocada. Tadase se aproximou de mim com um sorriso, parecia realmente feliz com aquilo tudo. Estendeu a sua mão, eu a encarei um pouco e olhei para a minha tia – que estava atrás de mim -, a mesma fez um sinal para que eu fosse com ele, ainda tentando organizar meus pensamentos, simplesmente fiz o que ela queria, posei a minha sobre a dele, e o mesmo  me levou até o meio do salão onde só eu e ele iria dançar um valsa.

Ficamos no meio de um grande circulo de pessoas. Ikuto também tentando entender o verdadeiro motivo daquilo tudo, olhou pra mim por alguns segundo e depois passou seus olhos no loiro que me conduzia na dança. Depois de uns paços e uma girada, vi apenas a cabeleira escura do moreno sumir naquele tumulto de pessoas que nos olhavam.

— Desculpa. Mas, eu já sabia disso. – Falou ele sorrindo para mim. – Era uma surpresa para você.

— Entendo... – Respondi, desviando o olhar para os lados. Fazendo-me perceber que aos poucos outros casais entravam na dança também. - Bom, eu preciso de... Ar fresco. Com a sua licença... – Eu disse após eu parar de dançar, fiz uma pequena reverencia. 

Afastando-me devagar, vi como se tudo ao meu redor girasse. Eu ainda me sentia nervosa com tudo que se passava, e sem pensar duas vezes, corri o mais longe que eu pude, parando apenas para descansar e  tentar controlar a minha respiração. Queria chorar. Me sentia frágil.

Quando me dei conta, vi que eu estava no jardim dos fundos, no qual tinha um labirinto de plantas, e eu me encontrava no que se parecia o meio, onde tinha uma fonte de mármore que jorrava água cristalina. Encostei-me a uma parede do labirinto, abaixando-me enquanto juntava os meus os agarrando, com a cabeça entre meus braços, eu me pus a chorar. Depois de alguns longos segundos, comecei a ouvir passos em minha direção, fazendo com que eu levantasse a minha cabeça para ver quem era. E era ele.

— O que faz aqui? – Perguntei com o rosto todo molhado.

— Eu a vi saindo correndo. Então te segui. – Respondeu Ikuto. – Posso saber o porquê de você estar em um lugar desses chorando?

— Eu não quero me casar com o Pamonha... Digo Tadase! Eu não o amo...

— Não? Bom, mas ele é um ótimo candidato para você. – Falou ele colocando as mãos nos bolsos de sua calça. Suspirou. – Você é uma garota bonita e de classe alta e ele será o próximo Conde e... – Eu o interrompo.

— Você acha que eu quero dinheiro? – Quase gritei. Fazendo com que mais lágrimas escorriam dos meus olhos. – A vida não é só riquezas ou títulos da Nobreza! E-Eu não quero isso...

Abaixei a cabeça novamente, soluçando. Eu pude ouvir um murmuro de Ikuto no qual não entendi, mas parecia um xingamento proferido a si mesmo. Olhando para a sua sombra que era formada pela a grande lua que estava sob nós dois, vi ela  suspirando novamente enquanto. Senti a sua mão em cima de meu braço, me puxando para que eu ficasse de pé. Eu agora estava entre ele e a parede de plantas, com a outra mão livre, ele se apóia no muro que estava atrás de mim. Ele encarava fixamente meus olhos.

— Pare de chorar sua idiota!

— Eu não quero! Mesmo que eu quisesse... – Eu soluço. – Não consigo seu imbecil!

— Humf! – suspirou o rapaz. 

Soltando meu braço, Ikuto segurou o meu queixo e o apertou um pouco, mas não machucou, seu toque era cuidadoso. Aproximou o seu rosto do meu, fazendo meu coração bater cada vez mais rápido com a repentina aproximação, puxando levemente minha cabeça fez com que os poucos centímetros entre nós acabassem e, assim selado os nossos lábios. Senti a língua de Ikuto explorar cada canto de minha boca inexperiente. Meus olhos molhados ainda estavam abertos com a tamanha surpresa.

O mesmo separou os nossos lábios me encarando, o seu rosto ainda estava um pouco perto do meu. 

— Olha aí... Você parou de chorar. – Disse ele.

— I-Ikuto... – Sussurrei 

Afastando-se mais um pouco, ele deu as costas para mim, abaixando a sua cabeça, fazendo a franja cobrisse um pouco de seu rosto.

— Enxugue suas lágrimas e volte para o Baile de seu noivado. – Falou ele indiferente, como se nada tivesse acontecido.

O Tsukiyomi pôs suas mãos novamente dentro dos bolsos da calça social preta, e voltou a caminha para a mesma direção que o troce até aqui. Ainda estava parada o encarando sumir do campo da minha visão. Toquei levemente os meus lábios, sentindo os seus lábios nos meus, e então senti minhas pernas correm para fora daquele labirinto de plantas.

Voltando para o salão, algumas pessoas vieram ao meu encontro me parabenizar pelo o noivado ou fazer elogios. Eu tentava passar por aquelas mulheres que falavam comigo, mas era inútil e eu só pude seguir Ikuto com o olhar, o vendo abrir a porta e saindo da Mansão Hotori, me deixando para trás.


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