Que dor de cabeça insuportavel  vai dormir pensando besteiras Elena, briga meu inconsciente, me levanto da cama, mais morta do que viva, ouço uma gritaria lá em baixo, desço as escadas correndo e vejo minha mãe e meu pai brigando, fiquei parada na escada boquiaberta, nunca tinha visto eles brigarem, minha mãe, nunca tinha visto ela gritar, em toda minha vida, ela sempre foi tão graciosa elegante e fina.
- Você não coloca mais os pés aqui Greyson. - o que?
- Mãe, pai, o que aconteceu?
- Pergunta ao seu pai Elena - minha mãe estava chorando.
- Pai?
- Elena, filha... - ele andou até mim e eu subi um degrau para me afastar.
- O que você fez?
- Ele me traiu Elena - minha mãe gritou soluçando.
- Você fez o que? - estou em choque.
- Elena... desculpa filha.
- Você acabou com a nossa familia. - meus olhos cheios de lagrimas, subi a escada e me tranquei no meu quarto. Ótimo, mais isso, já não basta eu estar sendo seguida, agora isso? não. Tomei um banho rapido, peguei uma calça jeans, e uma regata azul, uma sapatilha azul combinando com a blusa, peguei  minha bolça e desci as escadas, meu pai estava sentado no sofá, ele parecia atordodado.
- Elena, filha espera.
- Não sou mais sua filha, esquece que eu existo, você acabou com a nossa vida. - aquelas palavras doeram ao sair da minha boca, peguei as chaves do meu carro e sai de casa.
 Fui até a casa da Caroline, bati na porta ela abriu sorrindo, eu a abracei forte.
- Lena, o que foi?
- Meus pais... vão se separar.
- O que? porque?
- Car, eu quero sumir.
- Calma, calma - ela me abraçou forte e nós entramos.
 Não aguento mais chorar, Caroline está ao meu lado, ouço meu celular tocar, o pego e é um número desconhecido.
- Alô? - tento melhorar a voz e parar de soluçar.
- Elena, oi, o que foi? - uma voz preocupada e sedutora.
- Quem é?
- Damon. - me lembro da noite passada, da minha possivel descoberta - Ta tudo bem?
- Ta sim, Damon eu preciso muito falar com você, mas não pode ser por telefone.
- Tudo bem, vou na sua casa então.
- Não - grito - eu não vou estar em casa, a gente pode se encontrar no Starbucks perto da minha casa?
- Pode ser, que horas?
- As duas pode ser?
- Pode, então as duas no Starbucks.
- Certo, até lá.- desliguei.
 Fiquei pensando se ele pode ser mesmo DS, é dificil imaginar isso.
- Lena?
- Oi - balanço a cabeça voltanndo para a terra.
- O que foi? quem era?
- Car, lembra os bilhetes que eu falei? as rosas e tudo?
- Lembro, do tal DS misterioso.
- Eu acho que pode ser o  Damon, o moreno lindo.
- O que? - ela gritou - Se for ele, você tem muita sorte Elena.
- Caroline - rimos - Vamos, a gente tem que ir para a aula.
- É.
 Saimos de casa, e eu dei uma carona para ela, assim que chegamos Klaus e Rebekah vieram falar com a gente, enquanto eles falavam acho que não ouvi uma palavra, fiquei pensando o tempo todo no tal DS, que pode ser o Damon.
- Elena? - Klaus passou a mão na frente do meu rosto.
- Oi - balancei a cabeça e olhei pra ele.
- Elena o que ta acontecendo com você?
- Ela está apaixonada - Caroline fez um coração com a mão, Rebekah começou a rir.
- Por quem em Lena?.
- Por aquele cara - Caroline apontou para a rua e vi um carro preto estacionado e Damon encostado nele, um sorriso invadiu meu rosto.
- Aquele cara? - Klaus quase gritou - ele tem idade pra ser seu pai.
- Klaus, não é porque ele é amigo do meu pai, que tem a mesma idade, ja volto.
 Sai andando até ele, todo bad boy, com uma calça jeans justa, uma camisa preta e jaqueta de couro, aguenta coração.
- Oi - disse assim que me aproximei.
- Oi - ele deu um beijo no meu rosto, e deslizou a mão em minha cintura.
- O que você está fazendo aqui?
- Pra ser sincero, eu não sei - ele riu.
- Está num lugar e não sabe o porque?
- Isso - ele deu um sorriso de canto - Eu pensei em vir te convidar pra jantar comigo, hoje a noite.
- Seria uma boa idéia.
- Ok, mas ainda assim te vejo ás duas.
- Certo, até lá - dei um sorriso, e voltei para onde estava Caroline, Rebekah e Klaus, Caroline e Rebekah estavam quase pulando de alegria, e Klaus me fuzilando.
- Eu vou sair com ele, hoje a noite.
- Isso - Rebekah me abraçou e Caroline também.
- Fora que vamos nos encontrar as duas horas.
- Para que?
- Pra mim saber se ele é DS.
- Se for você não vai jantar com ele? - Klaus perguntou.
- Ta maluco? é claro que vou.
- Ele pode ser perigoso Elena.
- Klaus, tenho certeza que não. Vamos antes que o Sr. Saltzman não deixe a gente entrar.
 Fomos andando até a sala, eu e Car entramos na nossa, e cada um foi para a sua sala. Não consigo me concentrar na aula, só consigo pensar em como foi minha manhã, meu pai, não acredito que ele fez isso, e minha mãe, como será que ela está? ai.
- Elena? - Caroline me puxou para uma mesa na hora do intervalo.
- Car, o que foi?
- Hoje você vai me ajudar para organizar o baile de formatura né? - tinha me esquecido completamente.
- Car, eu vou sair com o Damon.
- Você ajuda até dar a hora.
- Ta bom Car.
 Ficamos nós duas no intervalo, Rebekah e Klaus ficaram com uns amigos dele. O restante das aulas passaram voando, já estava na hora de ajudar Caroline, e lá fomos nós. Fiquei ajudando Car por uma hora, quando me dei conta já era duas e quinze, droga estou atrasada.
- Caroline, estou atrasada, beijo.
 Larguei tudo o que eu estava fazendo peguei minhas coisas e fui correndo para o carro, ao entrar liguei para o Damon.
- Está atrasada - ele riu.
- Sei disso, mas eu estou chegando, em quinze minutos eu estou ai ok? me espere. - desliguei antes da resposta.
 Liguei o carro e fui até o Starbucks, em dezessete minutos eu cheguei, entrei ofegante pela porta e vi o moreno alto lindo sentado na ultima mesa, normalmente a que eu fico.
- Mais dois minutos atrásada.
- Desculpa - me sentei rindo - Já fez seu pedido?
- Não, eu estava esperando você.
- Vou querer só um capuccino.
- Dois então - ele se levantou e foi fazer nosso pedido.
 Resolvi mandar uma mensagem para minha mãe, pra dizer que ia demorar.

  Mãe, vou tomar um café com o Damon, assim que acabar eu vou pra casa, espero que você esteja bem, te amo. - Lena

 Me lembrei da minha terrivel manha, meus pais brigando, minha mãe chorando e gritando, tudo isso é novo pra mim, acho que nunca os vi brigar, em meus dezoito anos.
- Aqui - Damon coloca o capuccino na minha frente.
- Obrigada.
- Então, porque queria tanto me ver hoje?
- Damon, eu vou ser bem direta ok? não gosto de enrrolar.
- A vontade Srta. Gilbert.
- Alguns meses atrás eu recebi flores, rosas com um cartão assinado DS, depois do natal recebi um cartão exatamente aqui nessa mesa, também assinado como DS, e ontem recebi um buque de rosas e bombons, com um cartão assinado DS, e ontem quando meu pai te chamou pelo seu sobrenome, Salvatore, não me dei conta, mas quando fui dormir fiquei pensando, Damon Salvatore, DS, e por isso marquei esse café hoje, quero te perguntar e quero que me responda a verdade, você é DS? - ele parecia chocado, ficou me olhando, então abaixou o olhar sorrindo.
- Você é mais inteligente do que eu pensava. - ele ria - Sim Elena, eu sou DS.
 Isso é um alivio, mas porque todo aquele mistério? isso tenho que perguntar a ele.
- Mas porque todo aquele mistério?
- Porque gosto de jogos Elena.
- Então aquilo foi um jogo? - engoli em seco.
- Você entendeu errado, o que eu fiz era um jogo, o mistério era o jogo, não o que eu dizia a você nos cartões - suspirei de alivio.
- Eu estava pensando, você mandou flores antes de nos conhecermos na boate, aquele dia que você derrubou bebida em mim.
- Elena, eu conheço você a mais tempo do que você imagina.
- Porque nunca falou comigo antes então?
- Porque eu não mereço você. Elena, eu não sou tão bom quanto você pensa que eu sou.
- Ah não?  então como você é?
- Se eu disser você sai correndo e gritando por aquela porta.
- Você pode se surpreender Sr.Salvatore. - fiquei por alguns segundos olhando em seus lindos olhos azuis, quando meu celular tocou.
- Alô?
- Elena, seu pai ta te procurando.
- Não tenho mais pai Klaus.
- Elena, ele ta igual doido atras de você.
- Klaus, eu não quero saber do Greyson ok? eu vou desligar, depois passo ai na sua casa.
- Ok, beijos.
- Beijos.
 Que droga, o que o Greyson quer comigo? ele errou feio dessa vez, não vou conseguir perdoar.
- O que aconteceu com seu pai?
- Greyson, eu... não quero falar sobre isso Damon.
- Elena, desculpa. - ficamos em silencio por alguns segundos - Elena, eu preciso ir, acabou meu horario de folga.
- Claro. Gostei de descobrir que você é DS.
- Porque?
- Porque você é... Você é legal.
- Legal e muito gostoso né? - ele deu um sorriso malicioso.
- E muito convencido.
- Um pouco, você está de carro?
- To sim, eu vou pagar a conta e saber o que o Greyson quer.
- Quero falar com você - meu pai apareceu do nada e estava em pé atrás em pé ao meu lado - Não achei que te encontraria aqui com ele.
- Somos amigos.
- Apenas amigos - Damon se levantou - Eu vou deixar vocês conversarem, vou deixar a conta paga Elena, até a noite, te pego as oito.
- Ok, obrigada pelo café, até a noite - me levantei e ele deu um beijo no meu rosto e saiu andando.
- Você vai sair com ele? - meu pai ergueu as sombrancelhas.
- Pelo menos eu não sou casada.
- Elena, filha, foi apenas uma vez, e eu me arrependi muito.
- Claro, mas na hora de ir para a cama com uma vagabunda... - ele não me deixou continuar.
- Ela não é vagabunda Elena.
- Vai defender a vaca agora?
- Não estou defendendo filha - ele fez uma cara triste - Sua mãe já pediu ao advogado os papéis do divórcio.
- É pra valer? - lagrimas invadiram meus olhos - Parabéns, você conseguiu, agora, com licença, porque a minha mãe, precisa de mim - me levantei e sai.
 Entrei no meu carro e liguei o radio, droga, fui dirigindo até em casa, e em dez minutos já tinha chego. Assim que abri a porta, vi minha mãe sentada no chão, com o rosto inchado, e olhos vermelhos, não aguento ver minha mãe assim.
- Mãe - me joguei ao lado dela e a abracei forte - Não fica assim por favor.
- Filha, eu vou ficar bem. Como foi seu dia?
- Mãe - fiz bico e a ajudei a levantar - Bom, tirando a manhã terrivel, o resto foi bom.
- Quer falar sobre isso?
- Mãe, o Damon, nós tomamos café juntos agora pouco, e vamos jantar juntos. Não sei se falei para você, dos cartões que eu ando recebendo, de um tal de DS, isso faz alguns meses, e é ele.
- Mas vocês não se conheceram a alguns dias?
- É, mas ele já tinha me visto antes. Bom, mãe vou dormir um pouco, eu estou muito cansada, você vai ficar bem?
- Vou querida.
- Te amo mãe, pode contar comigo para o que você precisar - dei um beijo no rosto dela e fui para o meu quarto.
 Subi rapido e me joguei na cama, logo peguei no sono. Acordei com uma maluca pulando em cima de mim.
- Acorda Lena, vai.
- Deixa eu dormir - coloquei o travesseiro no rosto.
- Vai Elena, levanta.
- Rebekah Mikaelson, você é muito chata - me sentei na cama - O que você quer?
- Saber como foi o seu café com o bonitão.
- Ele é DS. - ela começou a pular na cama de joelhos e gritar.
- Ah meu deus, não acredito nisso. Se deu muito bem Elena.
- Que horas são Rebekah?
- Seis e meia.
- Droga - me levanto rapido - Preciso me arrumar.
- Vai sair com quem?
- Damon.
- Não acredito. Você tem que estar linda, vou te ajudar.
- Bekah, vou tomar banho, fique a vontade.
- Como sempre né? - rimos.
- Sua casa já baby.
 Entrei no banheiro, tirei minha roupa e entrei de baixo do chuveiro, tomei um banho não muito demorado, sai enrrolada na toalha e vesti meu roupão, fui até o closet, e lá estava Rebekah, com vários vestidos nas mãos.
- Escolhe um.
- Hum.
 Olhei um por um, e por mim escolhi um de alsinha lilas, fofo, o vesti e depois escolhi uma sandalia bem delicada preta, Rebekah resolveu me maquiar, passou uma sombra preta com lilas que ela conseguiu fazer ficar linda, e o delineador bem fino, sequei meu cabelo e fiz chapinha o deixando mais liso, peguei minha bolça e fui descendo as escadas, Rebekah saltitava ao meu lado, minha mãe me olhou sorrindo, quando vi a porta abrir e Caroline me fuzilar.
- Que horas você ia me contar que vai sair com o bonitão?
- Caroline, eu não ia falar nem pra Rebekah, mas ela veio aqui, eu ia contar amanhã, depois de tudo.
- Sei - ela fez cara feia - Você está linda Lena, vai arrasar.
- Obrigada.
- Está linda mesmo querida - minha mãe já parecia melhor, Caroline sentou ao lado dela no sofá.
- Obrigada. Ei já que o papai não vai voltar para cá, Car fica aqui fazendo compania pra minha mãe, ai quando eu voltar conto tudo.
- Ei, eu também quero.
- Pode ficar também Rebekah - diz minha mãe sorrindo.
- Obrigada tia - ela sorriu e se sentou ao lado da minha mãe.
 Quando ouvi a campainha, meu coração acelerou, meu sangue ferveu, sorri e fui até a porta, quando a abri lá estava o moreno lindo, com aqueles olhos hipnotizantes.