POV Jade

No dia seguinte, Beck acordou com certa indiferença comigo, não gostei disso, mas não posso fazer nada e creio que isso passe logo, pego Hermione no colo e caminho com ela até a cozinha:

– Não se esqueceu da vacina, certo? – eu pergunto olhando um Beck todo sem emoção, sentado bebendo um café.

– Vamos. – ele diz friamente.

Coloquei Hermione no chão:

– Qual é o seu problema? – perguntei de uma vez, visivelmente irritada.

– Nenhum, Jade, mas talvez possa ser o fato de que minha namorada está doente e não quer admitir. – ele falou com ironia e sarcasmo na voz, eu odiei isso.

– Como? – falei não acreditando no que ouvir.

Mas ele não respondeu, só ficou calado e bebendo seu café.

– Não estou doente. – falei convicta disso.

– Está sim e não quer admiti, vou te internar. – suas palavras foram como um choque pra mim.

– Acho que não ouvi direito. – falei e fiquei pasma.

– Ouviu sim! – ele diz já se estressando.

– Não vou me internar, isso é loucura. – falei com os olhos bem abertos.

– Estava olhando aqui nesse jornal, e vi que tem uma local que se chama Alcoólicos Anônimos, é ótimo pra você. – ele diz mostrando o jornal.

– NÃO! BECK PARE COM ISSO. – gritei, Hermione se assustou e peguei-a do chão.

– Você assustou ela, vem vamos logo. – ele diz pegando meu braço e me arrastando para fora de casa.

– Porque você está agindo assim? – perguntei desorientada.

Eu ainda estou em choque.

– Estou normal, Jade. – ele diz olhando em meus olhos e para comprovar seu dito ele me beija, um beijo necessitado e urgente e que quase me machucou.

Depois disso ele me olhou novamente e eu o olhei sem entender nada, mas nada mesmo! Falei pra mim mesma que se ele me internar eu mato ele.

– Em qual posto é? – ele diz olhando para as estradas.

– O mais próximo daqui. – eu falei e ele assentiu e pisou no acelerador.

Hermione estava só observando os movimentos, nós três percorremos o trajeto todo em silencio, e minha cabeça latejava ao lembra as palavras dele, INTERNAR VOCÊ, isso não pode, nunca vou deixar me internarem, mas nunca mesmo.

– Ei Jade, cheguemos. – Beck me tira de meus pensamentos.

Ele pega a filha no colo e me espera sai do carro, logo em seguida o carro é fechado e entremos no posto de saúde, uma mulher veio falar com a gente, e nós informou a sala onde a vacina é dada.

– Ela não chora? – a enfermeira estranhou o fato de ela está enfiando uma agulha na pele de Hermione e ela só fez uma cara feia que me causou risos.

– É acho que nossa filha gosta de injeções. – Beck diz olhando para a mesma sem nenhuma emoção na voz.

– Não diga isso, olhe. – eu falei e ele olhou, Hermione estava quase chorando.

Ele acalmou a filha e ela ficou me olhando, depois terminou e ela ficou abusando, então eu e Beck e Mione entramos no carro, pra assim poder voltar pra casa.

– Agora pronto, ela não vai para de abusar. – falei colocando ela em uma posição confortável, ela está lagrimejando.

– Apenas tenha paciência com ela. – Beck diz focado de mais na estrada para olha para mim, seu tom de voz continua o mesmo.

– Porque está agindo assim? Tão estranho. – eu quis saber.

Ele me olha rápido.

– Já te falei que estou normal, não estou diferente. –ele tentou ser convincente.

Depois não falei nada e cheguemos em casa e ele nem ao menos saiu do carro.

– Vou ter que trabalha. – ele diz.

– Mas as gravações do filme acabaram. – eu disse sem entender.

– Mas temos que fazer sessões de fotos, e divulgar o filme. – ele diz tranquilamente.

Assenti e deixei-o ir, hoje está sendo um dia confuso.

POV Tori

Beck chegou a minha casa tarde da noite, não entendi o motivo da visita, me sentei no sofá vermelho da minha casa, ao seu lado.

– O que aconteceu? – eu o olhei estranho.

– Preciso conversa com vocês. – ele diz me olhando serio.

– Vocês? – pergunto olhando para os lados.

– Cat e Robbie já estão chegando. – ele informa e eu assenti.

– Mas pra que essa mini reunião? – perguntei com certa curiosidade na voz.

– Você vai entender logo. – ele diz calmo.

– A Trina não precisa participar, né? – falei franzindo o cenho, ele ri de leve.

– Não, até porque ninguém gosta dela. – eu fiquei calada porque isso que ele disse é um fato indiscutível.

Liguei a TV e deixei em um seriado.

– Quer limonada rosa? – eu perguntei indo para a cozinha.

– Quero, e queria saber o porquê dela ser rosa, você nunca me contou. – fiz sinal pra ele fazer silencio.

– Segredo! – falei rindo.

Ele assentiu rindo também, Trina veio correndo de lá de cima.

– Beck? – ela para de uma vez e olha pra Beck.

– Oi Trina. –ele diz sem emoção.

Ela se senta ao lado dele e joga charme.

– Trina saia dai agora! Se não eu falo pra Jade. – ela me fuzila com um olhar e depois me obedece e vem até mim.

– O que ele tá fazendo aqui? – ela sussurra.

– Não te interessa. – ela fechou a cara.

– Chata. – ela diz se distanciando e indo para seu quarto.

Ignoro e pego os dois copos de limonada rosa, dou um para Beck e me sento no sofá, a campainha toca, suponho que seja os dois convidados que faltam.

– Oi galera. – Robbie diz entrando na casa e se sentam.

– Oi Cat. – eu digo já que ela ficou calada.

– Oi Tori! – ela me abraça, e depois cumprimenta Beck.

– Então fala ai Beck, o motivo da reunião. – eu falei e ele ficou nervoso.

Uns ficaram encarando o outro.