LILY’S POV.

Minha boca não conseguia abrir e minha voz não conseguia sair. Medo? Não, não. Digamos que eu sou travada. Draco pareceu notar isso.

– Amm… Eu pedi que ela viesse porque… - Draco começou.

– Porqueeee…. – Madame Pomfrey continuou.

– Porque eu pedisse que ela trouxesse a minha varinha! – Draco disse de um vez só. Ela nos olhou desconfiada, mas depois sorriu.

– Como eu sou uma boa pessoa, eu vou deixar isso despercebido! – A enfermeira falou.

– Amm… - Uma tentativa fracassada minha de falar algo – Você… Poderia não falar com ninguém sobre isso?

– Sobre o que? - Ela sorriu - Só não acorde nenhum paciente! – Ela disse sorrindo e piscou pra mim, e saiu da enfermaria.

E foi ai que a bomba caiu sobre mim.

Bom, antes eu não estava em sã consiência, mas agora a ficha caiu. Digo, eu não deveria estar aqui, não deveria ter quase bei…. Oh, Merlin! EU QUASE BEIJEI – de novo – DRACO MALFOY! Olhei pra ele que tinha aquele típico sorriso desdenhoso.

– O que foi? – Ele perguntou

– É melhor eu ir embora.

– Por que?

– Por que eu nem deveria estar aqui! – Falei rápido e com o intúito de sair, mas ele foi mais rápido e segurou meu braço.

– Ficou com medo? – Ele disse desdenhoso

– Medo? – Disse indignada – Não, não. Nojo? Sim, talvez essa é a palavra certa!

– Então por que você não sai daqui Potter? – Ele disse com indiferença

– Era o que eu devia ter feito – Me virei pra ir embora, mas logo me virei e o encarei – Ou melhor, nem deveria ter vindo. – E, enfim, sai da enfermaria voltando para o dormitório.

Mas que doninha irritante, prepotente, machista, egoísta, lindo e opa… Ele pode ser tudo, menos lindo. Ok, sem mentiras, vamos combinar que ele é bem gostosinho.

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Acordei com mal humor, morrendo de fome e querendo um dia de paz, afinal, ultimamente nada anda as mil maravilhas. Bom, pelo menos eu não estou lutando contra Voldemort. Cheguei no salão principal querendo dar uma de Rony e comer tudo o que viesse na frente.

– Viu ele ontem? – Harry perguntou.

– Viu? Ele? Quem? Ontem? – Falei desesperada

– Hagrid, oras, você o viu?

– Ah – Respirei fundo, aliviada – Eu o vi sim! – Olhei para a mesa dos professores e vi o guarda-caça acenando pra mim. Sorri e acenei de volta, fazendo com que Harry pensasse que eu realmente fui à casa dele. Mas olhar para a mesa dos professores foi uma idéia muito arriscada. Porque assim que virei minha cabeça para voltar ao meu foco de antes, meus olhos focaram-se em duas imensidões cinzas que eu nunca, realmente, deveria ter tido contado algum. Eu juro que eu tentei abaixar a cabeça e não apreciar aqueles musculos, graças ao quadribol e a Merlin, mas eu simplesmente não consegui parar de olhar. Era como um imã.

– Quem é que você tá olhando? – Rony perguntou

– Deixa ela Ron! – Hermione disse acariciando seu braço. Opa…

– Desculpa! – Rony disse. Ok, tem alguma coisa muito errada. Olhei pra Harry no mesmo segundo em que ele olhou pra mim. Bom, pelo menos eu não era a única pessoa que pensava que alguma coisa tava errada.

– O que aconteceu? – Perguntei

– Nada! – Disse Hermione sorrindo.

– Nada? – Harry perguntou desconfiado

– Nada, cara! – Rony disse. Ok, é melhor eu nem saber mesmo.

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Eu não estava filando aula. Não mesmo, eu só estava dando um descanso para o meu cérebro! E vamos concordar que o melhor lugar para fazer isso é nos jardins em frente ao lago da lula gigante. Eu estava quase dormindo quando senti pingos de água no meu rosto. Ah lula, por favor, me deixe descansar!

Mais pingos de água…

Abri meus olhos e dei de cara com um buldogue. Não, não um buldogue de verdade, mas uma menina com cara de buldogue. Dou 30 galeões pra quem acertar quem é!

Oh, sim. Pansy Parkinson.

– O que você quer, buldogue? – Perguntei feixando os meus olhos de novo. – Tá babando na minha cara ou pegou a água do lago?

– Haha, muito engraçada Potter! – Ela jogou mais água em mim. Mais um pouquinho e ela conseguiria me irritar pra valer. – Toda Hogwarts tá falando de você Potter.

– Me conte a novidade agora! – Disse me sentando e ficando de cara com ela.

– Toda Hogwarts está falando de você com Draco! – Ela disse fazendo uma careta. Oh, droga. – É o seguinte, quero que você fique longe dele.

– Ok, mãe! Opa, esqueci, eu não tenho uma mãe, então vasa e não tente me falar com quem eu posso ou não ficar. – Disse me deitando de novo e feixando os meus olhos.

– Fique longe dele ou eu conto a todo mundo daquela conversinha que a gente teve no terceiro ano.

– O QUE? – Disse me levantando rapidamente. Ela sorriu e ficou de pé

– Recado dado! – Ela sorriu e entrou no castelo.