Got A Secret, Can You Keep It? escrita por GossipGirl, Gaby Weasley Malfoy


Capítulo 19
Capitulo 19 - Toquei no verde a sorte é minha


Notas iniciais do capítulo

Sei que demoramos, mas eu e a Gaby estamos no ensino médio e vocês sabem como é a pressão no ensino médio, né? Mas enfim, espero que gostem do capítulo.

xoxo Gossip Girl



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Essa era o quarto patrono que eu mandava. Dessa vez eu queria mata-lo. Sim, queria enfiar uma porra de uma faca bem no meio da cabeça dele. Faz uma semana que tenho tentado falar com Draco mas ele simplesmente me ignora. Se ele não queria ir pro primeiro exame do próprio filho, então ele que se foda.

– É o seguinte, Draco. Esse é o último patrono que eu mando. Se você não quiser vir, pelo menos mande uma porra de uma resposta! - Falei pra cobra prateada que me mostrou sua língua. Eu revirei os olhos e respirei fundo. - Desculpa, são os hormônios. Eu realmente queria que você fosse, é importante pra mim. Mas qualquer que seja a resposta mande ela de volta. Eu te a... Te espero lá.

E então a cobra desapareceu. Olhei novamente para a carta de Dumbledore que falava que ele próprio tinha marcado uma consulta no St. Mungus para ver como o bebê estava. Passei a mão na minha barriga e ouvi que alguém estava se aproximando.

– Lily, já está tudo preparado. - Harry apareceu no meu campo de visão. Assenti e o acompanhei até a lareira da casa dos Weasley. Entrei na mesma junto com o meu irmão e os pais de Rony e depois de todos gritarem "St. Mungus!" senti a comum sensação de ser puxada pelo meu umbigo e paramos no hospital.

Como em qualquer hospital, a cor branca predominava. Olhei em volta procurando por um par de olhos cinza, mesmo sabendo que era em vão.

– Você sabe que ele não vem. - Harry sussurrou ao meu ouvido. Olhei para ele e seus olhos verdes me encaravam como se dissessem "eu avisei".

– A esperança é a única que morre. - Disse. Assim que acabei de falar ouvi chamarem meu nome. Olhei para a Sra. Weasley e ela me acompanhou.

Entramos numa salinha branca, claro, e uma senhora, de no máximo 37 anos, estava sentada numa mesa sorrindo para mim, mas logo que apareci ela ficou com um olhar confuso. Engoli em seco e senti minha garganta protestar. Provavelmente ela deveria estar pensando "porque uma garota tão nova quanto ela está grávida". Tenho que arcar com as consequências.

– Bom dia, senhoritas! Sou a Dr. Louise Lightwood- Disse a mulher enquanto eu a Sra. Weasley nos sentávamos numa cadeira em frente à mesa da doutora.

– Dia. - Falei sem muita empolgação.

– Então, o que traz as senhoritas aqui? - Sra. Lightwood perguntou. - Bom, a minha... Sobrinha - Disse a senhora Weasley - engravidou, então estamos querendo saber se está tudo bem.

– Como é o sue nome, querida?

– Lily, Lillian Potter. - Quando disse meu nome à médica subitamente arregalou os olhos, e logo depois abaixou a cabeça.

– Bom, acredito que não tenha mais do que 17 anos, não é, senhorita... Potter? - Ela perguntou

– Tenho 15, na verdade, faço dezesseis semana que vem. - Disse sustentando o olhar da moça de cabelos pretos e olhos azuis.

– Bom - Ela disse enquanto sua pena se mexia numa folha de papel não mais em branco - vou passar um exame para ver como o bebê está ai dentro vou marcar uma consulta com uma nutricionista, para que sua alimentação não prejudique o bebê.

– Erm... - A Sra. Weasley começou a dizer - Haverá algum problema com Lily, doutora, já que ela é bastante nova...

– Bom, o fato de que o corpo de uma adolescente de 15 anos - Quase dezesseis, pensei - ainda não está completamente formado é um agravante na gravidez, e, sim, podem ocorrer alguns incômodos, mas nada de preocupante. Agora, você poderia ir para aquela maca e levantar a blusa só um pouquinho?

Assenti enquanto me levantava e me posicionava adequadamente na maca. Assim que a médica apontou a varinha para a minha barriga, foi como se ela desaparecesse. Sem brincadeiras, dava pra ver tudo dentro da minha barriga, inclusive Jonathan, que mais parecia um feijãozinho de todos os sabores.

– O seu bebê tem 9 semanas, senhorita Potter. - Disse Sra. Lightwood. - Bom, e agora vocês vão ouvir o batimento do bebê.

E a sala se encheu com pulsações fortes, rápidas e precisas. Era o coraçãozinho do meu bebê, do meu Jonathan. Lágrimas se formaram nos meus olhos e não pude deixar de solta-las. Se alguém me perguntasse qual foi o momento mais feliz da minha vida, eu diria com toda certeza de que era esse.

Ouvir os batimentos cardíacos do meu filho era a prova concreta de que eu, na verdade, o tinha. Não era algo superficial, sabe? Algo que, até então, só existia no meu subconsciente. Digamos que "a ficha caiu" quando ouvi o coração do meu menininho.

– Bom, senhorita Potter, está tudo ótimo com o bebê, gostaria de ter uma foto? - A doutora perguntou.

– Três, por favor. - Respondi empolgada. Ela riu e foi imprimir as fotos. Quando voltou, me entregou as fotos e todos nós nos sentamos onde estávamos antes de começar o exame.

– Bom, algumas dicas antes de você ir embora. - Ela disse, ainda deixando a pena rabiscar no papel - Tenho que lhe informar que a presença dos familiares vai ser muito bem vinda, tanto pra você quanto para o bebê. Como você é muito nova, existem grandes chances de você ter uma depressão pós-parto, portanto a presença do parceiro, ou melhor, o pai da criança é essencial.

Essencial... Depois que ela falou isso, nada mais fez sentido na minha cabeça. Essencial... Como eu iria dar conta sem um parceiro? Pai da criança... Como eu iria dar conta sem Draco? Depressão pós-parto...

– Chega! - Sussurrei com lágrimas no meu rosto.

– Há algo de errado, querida? - Molly perguntou

– Quero ir pra casa. - Disse limpando as lágrimas.

– Bom, eu já estava as dispensando de qualquer forma. - A doutora disse finalmente entregando o papel com anotações. - Tenham um bom dia, senhoritas, e sua próxima consulta será daqui a uma mês, ok, senhorita Potter?

Apenas assenti fracamente e sai daquela sala mais branca que as paredes daquele hospital.

***

– Lily... - Ouvi alguém me chamar. Mas que desgraça, será que uma mulher grávida não podia dormir em paz? - Lily?

Abri os olhos e vi que o meu irmão estava do meu lado segurando um cupcake com duas velinhas em cima. Cocei os meus olhos ainda não entendendo nada daquela encenação.

– Mas o q...

– Feliz aniversário, Lily! - Ele disse antes que eu pudesse terminar a frase. Foi como se tudo na minha mente clareasse ao ponto de meus olhos lacrimejarem. Mas eu não sabia se era pelos hormônios ou pelo fato de que alguém tinha acabado de me acordar do meu sono de beleza.

– Feliz aniversário, Harry! - Disse o dando um abraço. E, em como todos os aniversário que tínhamos, apagamos as velas juntos. Sorri para o meu irmão gêmeo e ele fez o mesmo. Ele pegou algo no bolso e vi que era uma caixinha.

– Tenho um presente pra você!

– Harry...

– É sério, quero que isso fique guardado com você pra sempre - Ele disse tirando uma aliança dourada da pequena caixinha.

– O que foi, tá me pedindo em casamento? - Disse rindo, ele me imitou e balançou a cabeça negativamente.

– É a aliança de casamento dos nossos pais. - Ele disse enquanto botava o anel no meu dedo. Olhei espantada para o menino de olhos verdes.

– Como conseguiu?

– Dumbledore! - Ele disse simplesmente. Percebi que ele tinha outra provavelmente a aliança do nosso pai.

– Obrigada, Harry. - Disse já chorando - sei que tenho sido a pior irmã possível, mas eu prometo que vou me esforçar, Harry. Tenho sido egoísta o suficiente pra não prestar a atenção devida ao meu próprio irmão!

– Lily...

– É verdade, Harry! - Disse limpando as lágrimas - E o que faz me sentir menor que uma formiga é que, mesmo eu sendo uma puta insensível, você é o melhor irmão do mundo.

– Você não é a pior irmã possível, muito menos uma puta insensível! - Ele disse - Só é um pouquinho rebelde demais.

Eu ri com o seu comentário.

– Saiba que eu vou estar aqui com você, do seu lado, quando tudo acontecer. E se aquele idiota do Malfoy tentar, sequer, encostar um dedo em você de novo, eu juro por Merlin que quero ele com só uma pancada. - Ele continuou.

– Harry! - Disse rindo - Ele é o pai do meu filho!

– Eu sei, eu sei...

– Dá pra vocês calarem a boca e irem dormir? - Ouvi a voz rouca da Gina do outro lado do quarto. Eu e o meu irmão rimos antes dele se deitar do meu lado e se aconchegar em mim.

– Eu te amo, Lily. - ele falou

– Eu te amo muito mais, Harry.

E assim dormimos serenamente, como irmão e irmã que nunca iriam se separar. Selados por uma aliança, não só presente no anel que estava em nosso dedo, mas num vínculo de sangue que duraria eternamente, até nós dois estarmos numa sepultura, lacrados para um fim distante, ou talvez esse fim esteja perto, não sei. A única coisa que realmente sei, é que Harry é a minha família, a família que nunca tive, que eu sempre quis ter e a família que tive, e nunca percebi.

***

Minhas mãos estavam tremendo terrivelmente. Como pode alguém estar com tanto medo de enviar uma carta? Bom, eu estava. Dentro daquela carta estava o meu mundo inteiro, e só a pessoa certa poderia abrir aquele envelope.

Olhei mais uma vez a foto do bebê e coloquei mais uma vez no envelope. As letras J.P.M chamavam atenção.

Olhei para a coruja branca e suspirei.

– Ed, só entregue a carta para o Draco, tudo bem? Nada de Narcisa ou Lucius, apenas Draco, ouviu? - Disse para Edwiges. Ela simplesmente bicou a minha mão e voou. Assim que ela desapareceu da minha visão, uma medo se instalou no meu peito. Ou Draco é a pessoa quem vai abrir a carta, ou eu e o meu filho morremos.

***

Dois dias. Mas que porra de mania é essa de deixar as pessoas esperando? Ou talvez ele não tenha aberto a carta ainda, talvez ainda não tenha escrito a resposta ainda, ou talvez... outra pessoa tenha aberto a carta.

Meu coração martelou na ideia de alguém além de Draco abrir essa carta.

Estava encostada na árvore do jardim dos Weasley tomando um ar fresco e nada mais me passava na cabeça a não ser essa maldita carta que eu nunca deveria ter mandado.

Mexi na aliança da minha mãe e percebi que tinha algo escrito nela. Allways.

Depois de alguns minutos, uma coruja branca pousou em meus ombros.

– Ed! - Falei empolgada - Trouxe uma resposta?

Ela bicou meu dedo e peguei o pergaminho dos pés da coruja.

Abri o envelope com o coração querendo sair pela boca e reconheci a letra de certo loiro platinado.

"Bom saber que o nosso menino está bem. Tenho que falar pouco, mas está aqui um presente, espero que goste.

Amo vocês.

PS: Feliz aniversário atrasado.

D.M"

Chorando, abri um pacotinho que tinha vindo junto com a carta e, como se nenhum presente na vida tivesse mais valor que esse, vi um par de sapatinhos verdes. Por acaso Draco acha que o meu filho iria para a Sonserina? Bom, não que isso importasse, não é mesmo?

Peguei os sapatinhos, que eram menores que as minha mãos e os apertei junto ao meu peito, tendo um vestígio de esperança de que aquela imagem que eu vi quando estava com a minha mãe se tornasse realidade.


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Notas finais do capítulo

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