Vidas Cruzadas escrita por GrazyMendes


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo dá pra ir um pouquinho, pelo menos eu ri... Mas ele é triste também. :/
Boa leitura!



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Voltei para o colégio aos prantos. Eu estava encharcada por conta da chuva, mas aquilo não me importava, eu me sentia a pessoa mais suja daquele colégio, eu era a culpada, eu não devia ter colocado ele nessa sujeira.

-O que aconteceu? Você está toda molhada! – perguntou Sophia com um tom preocupado na voz, quando me viu entrar no quarto, molhada.

Só fiz pegar a primeira roupa e me trancar no banheiro. Não sei por quanto tempo passei lá dentro, a maior parte eu chorava e a Sophia batia desesperadamente na porta querendo saber o que realmente tinha acontecido, mas tudo o que eu queria era ficar sozinha e pensar. Quando me senti preparada para contar o que a ela o que havia acontecido, eu saí do banheiro.

-Sarah, pelo amor de Deus, fala o que está acontecendo! – Sophia falou vindo até mim

-O Nathan – comecei a falar, mas não me segurei e comecei a chorar novamente

-O Nathan, o que Sarah? Conta, pelo amor de Deus! – ela pediu desesperada me sentando numa das camas

-O Nathan foi expulso – falei chorando

-Expulso? – ela perguntou desacreditada

-Eu juro que não queria Sophia – falei colocando o rosto nas mãos e apoiando os cotovelos nos joelhos, ainda chorando.

-Sarah, calma. Vai ver você entendeu errado ou foi mais uma brincadeira de mau gosto dos meninos – ela falou tentando me animar

-Foi ele mesmo que me disse isso Sophia. A culpa é minha, eu não devia ter metido ele nessa minha confusão – falei me sentindo ainda mais culpada

-Não Sarah, a culpa não foi sua... É porque tinha de acontecer, se ele não fosse expulso assim, seria expulso de outro, o Max iria fazer isso depois da aproximação repentina de vocês. – ela falou e eu enxuguei minhas lágrimas na hora

-Max – falei me pondo de pé e indo até a porta

-O que vai fazer? – Sophia perguntou me segurando pela mão

-Procurar o Max – falei puxando a minha mãe e saí do quarto com a Sophia no meu encalço

-Sarah é melhor você esfriar a sua cabeça – ela gritava enquanto eu andava depressa nos corredores e eu não dava ouvidos.

Encontrei o Max rindo e brincando com a turma de sempre no salão principal e não perco tempo, fui até ele.

-Eu te odeio Max! – falei empurrando ele

-O que é isso garota? Ficou maluca de vez agora? – ele perguntou agressivo

-Você é um idiota Max, um canalha. Que preza pela desgraça dos outros pra ter a própria felicidade, de que adianta ter tanto dinheiro e ser pobre de espírito e de amizades verdadeiras? Hein? Eu nunca conheci em toda a minha vida, uma pessoa tão baixa, suja e repugnante como você, você é um verme Max. – falei com a voz trêmula e uma vontade de chorar enorme, mas eu não iria chorar não na frente dele.

-Você que é idiota garota, se coloca no teu lugar, quem pediu a sua opinião do que eu sou não? – ele falou dando as costas pra mim

-O que você fez com o Nathan vai ter troco Max e não adianta dizer “Está me ameaçando”, que eu não estou, é simplesmente a lei do retorno. – falei o obrigando a ficar de frente pra mim

-Ah! Então é por isso? Se você não tomar cuidado, a próxima será você – ele falou em tom ameaçador

-Ah! Então vai lá Max, corre pra o papaizinho e pede pra ele me expulsar também – falei dando espaço pra ele passar – Não é só assim que você consegue se feliz bonitão? Fazendo todos ao seu redor sofrer e passar por humilhação? Vamos lá, siga em frente – falei, mas ele não deu um passo – Você só sabe magoar os outros e não tem capacidade de amar alguém Max, homem de verdade não age como você não... Você é um fraco! – falei e ele acabou me dando um tapa no rosto, tão forte que me fez cair no chão.

-O que é isso Max? Ficou maluco cara? – gritou o Thomas ficando de frente pra ele e o empurrando pra trás

-Sarah? Você está bem? Vem vamos embora daqui – falou Sophia me levantando do chão

Levantei do chão com a mão no rosto, olhei pra eles e saí... Mas antes de sair de vez do salão principal, me desvencilhei da e fui falar com um menino que nunca vi na vida, cochichei algumas coisas no ouvido dele e ele concordou. Então retornei até onde o Max estava e na metade do caminho comecei a correr, quando eu estava bem próxima o menino me segurou por baixo dos meus braços me dando o impulso de dar uma voadora no Max. Depois do que fiz, pedi que o menino saísse, e eu fui até ele que estava caído no chão gemendo de dor.

-Nunca mais se meta com um amigo meu nunca mais! – falei e saí de lá deixando todos boquiabertos

-Não me pergunte como foi isso, que eu também não sei como foi – falei quando passei por Sophia

Eu fui para o quarto e Sophia foi até a biblioteca, não fui almoçar e passei a tarde inteira presa no quarto. No fim da tarde, antes que a Sophia voltasse da sua tarde estudos, fui até a diretoria.

-Boa tarde, senhor Colligan – falei entrando na sala dele, depois de bater na porta

-Boa tarde, senhorita. A que devo a honra? – ele perguntou

-Nathan Williams – falei

-O que você quer saber sobre ele, senhorita? O que te interessa nele? – ele perguntou

-O senhor já se apaixonou por alguém? Então é isso que me interessa nele, mas eu não vim falar desse assunto com o senhor, eu quero saber o motivo dele ter sido expulso, já que quem o colocou nessa fui eu, quem teve a ideia fui eu, então quem deveria ser expulsa era eu. – falei

-Pra começar, a senhorita tem princípios, educação e classe para não se envolver com esse rapaz, e bom, acho muito nobre da sua parte querer defender um ex-colega – o interrompo

-Amigo, ele é meu amigo – falei

-Continuando, o Nathan não só afetou o meu filho, como afetou um patrimônio escolar, eu não podia mantê-lo aqui, me causando tantos prejuízos e também expulsando o Nathan isso não faz diferença alguma, já a senhorita, seria um buraco em nossas contas. – ele falou

-Eu não acredito que estou ouvindo isso. – falei e ele deu de ombros – O senhor está cego pelo seu filho e isso vai custar muito caro depois – falei e saí

Quando estou voltando pensativa para o quarto, esbarro em Thomas no corredor e ele me para:

-Sarah, é... Desculpas pelo que aconteceu mais cedo com o Max e... Da hora aquela sua voadora hein – ele falou rindo sem jeito

-Quem me deve desculpas não é você, é o Max – falei séria

-Ah... Ok – ele falou sem graça e deu as costas para ir embora

-Você sabe o número do Nathan? – perguntei

-Ah, sei sim – ele falou e ele me passou o número

Fui para o meu quarto e a Sophia ainda não havia voltado e eu aproveitei para ligar para o Nathan. Liguei umas duas vezes, mas só dava na caixa postal e ainda assim deixei uma mensagem pra ele.

-Nathan? Ér... Oi? Aqui é a Sarah, tudo bem? Bom, eu não sei se você vai ouvir essa mensagem ou se vai ouvir até o final, mas... – comecei a falar e as lágrimas insistiram em cair, mas mesmo assim continuei – Mas, eu quero te pedir desculpas, nunca foi a minha intenção fazer com que você fosse expulso e eu não podia imaginar – falei e enxuguei as lágrimas – Hoje tive mais uma típica discussão com o Max, até levei uma bofetada no rosto, mas não ficou de graça não, dei uma voadora nele e não me pergunte como, eu não saberia responder – falei e dei uma risada fraca – Eu juro Nathan que eu nunca quis te magoar, que te expulsar nunca foi a minha intenção e Nathan, eu não estava mentindo quando disse que amava você. Tem alguma coisa que eu possa fazer por você, sei lá, eu posso falar com o meu pai, ele pode arrumar outra bolsa em outra escola pra você, ou matricular você aqui de novo. – falei ansiosa demais, como se ele tivesse me ouvindo – Bom, espero uma resposta sua Nathan... Ér... Vou desligar. Tchau – falei e desliguei a chamada

Eu estava abalada demais para sair para algum lugar, então preferi ficar quietinha no quarto, a Sophia não demorou muito pra cegar no quarto, trocarmos algumas palavras de consolo, me fazendo dormir. 

Continua... 


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Notas finais do capítulo

Reviews? Por favor :D Amanhã eu posto mais, e vai se passar um tempão depois de tudo isso que aconteceu... Vcs vão entender quando eu postar amanhã. :)
Até a próxima. Beijo :)



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