Meu nome é Safira Manson, ou “Ira” que é o meu apelido. Tenho 22 anos e trabalho no New York Times, em New York. Moro sozinha com minha irmã, Alison que se julga ser modelo. Alison tenta arrumar algum serviço de modelo, mas ninguém a contrata. Eu não entendo, ela é mil vezes mais bonita que eu,é alta, esguia, loira, bonita, magra. Chega á ser estranho conviver com uma pessoa tão bonita enquanto eu sou assim, feiosa. Eu por outro lado sou baixa, com apenas uma curva no corpo que é a cintura, morena, e feia.

Mas uma coisa minha irmã inveja de mim. Meu trabalho, meu trabalho é muito surreal, afinal é o New York Times! Mas atualmente eu estou no cargo de revisora, que é checar as ortografias umas oitenta vezes por oito horas ao dia. Eu gosto de escrever, gosto de pegar meu notebook e escrever artigos. Nunca mostrei meu talento á ninguém, e acho que não pretendo.

Todos os dias são monótonos, e se não fosse por Rosalie minha linda colega de trabalho, os dias seriam chatos. Rosalie é muito querida, sempre quer conversar saber de tudo e vive tentando me empurrar para as baladas. Eu não vou á baladas e ponto final. Mas a Rose não parece entender esta simples regra. Eu tenho meus horários, não posso largar minha irmã sem comida. (Eu tenho que preparar a comida da minha irmã, ela não sabe cozinhar.), além disso baladas só são boas quando você está acompanhada de algum namorado.

Nunca tive muuuitos namorados, pois eles sempre acabavam perdendo o encanto sobre mim, eu não os culpo. Qualquer um perderia o encanto sobre mim, olha pra mim! Não tenho peitos, bunda, curvas e muito menos bom humor! E ainda querem que eu vá a baladas? Me poupe, desse sofrimento.

Meus pais não moram em New York, eles moram em New Jersey e são bem felizes lá. Eles me fazem ligar lá todos os dias, não por estarem preocupados com a casa, com a minha vida e sim se a Alison já arrumou emprego e como estava a minha renda salarial. Aqueles interesseiros.

Todos os dias são sempre os mesmos. Acordo cedo, tomo banho e vou me vestir. As roupas que eu normalmente uso são calça jeans, uma blusa, meu casaco vermelho e meu All Star preto. Diferentemente de Alison, eu não saio pela rua usando uma mini-saia e uma blusa que mais parece um top de ginástica. E o pior, eu sempre tenho que sair e entrar em casa com Alison porque ela perdeu a chave dela na casa do ex-namorado e ela teima em ir buscar. Ela é tão fútil e imbecil! Argh, odeio ela!

Esses dias, meu chefe supremo o Sr.Rogers me pediu que fizesse um artigo, eu não podia ficar mais feliz! O problema era que o artigo não era sobre política, saúde ou qualquer coisa que eu tenho experiência em escrever, tinha que ser sobre uma celebridade. Sempre que eu consigo algo bom outra coisa ainda me puxa pra baixo, preciso fazer esse tal de pilates que a Rosalie tanto fala, ela diz que tira o estresse. Eu duvido, só Deus tira isso de mim.

Hoje eu estava andando ao lado de Rosalie quando nos separamos na multidão, eu como sempre tinha mil coisas no braço: livro do Senhor dos Anéis, Agenda, Diário, Eclipse da Saga Crepúsculo e dois envelopes grandes com as revisões de ortografia que eu teria que adiantar em casa. Quando sem querer um rapaz que aparentava ser da minha idade, mesmo sendo muito mais alto que eu, tropeçou em mim. Todos os meus livros caíram no chão aos pés dele, e ele estava praticamente em cima de mim. Ele estava constrangido, não parecia um pervertido.

O que aconteceu foi que ele tropeçou em mim, e perdeu o equilíbrio e caiu em cima de mim. Depois de perceber o que estava acontecendo ele saiu de cima de mim e pegou meus livros, sorrindo timidamente.

“Você está bem?” – ele perguntou rindo.

“Sim.” – respondi seca.

“Robert Pattinson.” – disse estendendo sua mão em minha direção. Eu achei que iria morrer naquele momento, Robert Pattinson acabou de cair em cima de mim na Times Square!!!

“S-safira Manson.” – disse gaguejando sem cumprimentar sua mão, eu estava começando a ficar constrangida.

“Aqui seus livros.” – disse me entregando os livros.

“O- obrigada.”

“Quer tomar um café?”

“Claro.” – sorri dessa vez, tentando não fazer um cara de retardada.

Fomos á um Café bem próximo. Pedi um café expresso e ele um cappuccino. Eu ainda ria baixinho quando nossos cafés chegaram.

“Ainda não estou acreditando que Robert Pattinson tropeçou em mim na rua!”

“Não é culpa minha que você é pequena demais.”

Nós dois rimos.

“Então vai estrelar em algum filme novo?” – não sabia o que dizer, afinal era o cara mais lindo que eu já tinha visto, e agora estava ao meu lado.

“Vou dar uma parada, ainda estou meio...” – ele não quis continuar, fiquei imaginando o porque. Então lembrei da suposta traição de Kristen Stewart sua ex-namorada.

“Você a perdoou?”

“A Kristen?”

“Sim, mas se você não quiser não precisa falar. Sou uma estranha qualquer.” – baixei meus olhos para o meu café não querendo invadir sua privacidade.

“Safira, você não é uma estranha qualquer.” – disse tomando um gole de seu café.

“Não sou?” – perguntei curiosa, levantando a cabeça.

“Não, você parece ser uma pessoa legal. Me liga para combinarmos algo á noite.” – disse enquanto anotava seu número num guardanapo e me dava.

“Claro, eu adoraria. Minhas revisões estúpidas podem esperar.”

“Revisões?”

“Trabalho no New York Times, lá meu cargo é revisar a ortografia dos artigos.”

“Nossa que tédio!”

“Você se acostuma.”

Ficamos conversando por mais uns vinte minutos até que Alison ligou mandando eu ir logo pra casa, que ela precisa entrar. Robert Pattinson tropeçou em mim, Robert Pattinson recolheu meus livros, Robert Pattinson tomou um café comigo e Robert Pattinson me convidou para sair, acho que estou no paraíso e não percebi.