Encontros e Desencontros escrita por Juubs
Gil Grissom:
Percorri o corredor, devagar e tranquilo. Até que escutei uma voz a me chamar.
LV: Gil.- Gritou, me fazendo virar para tras.- Precisamos conversar.- Me chamou com a mão. Eu o acompanhei, até a sala de interrogatorio. O mesmo abriu a porta, deixou passar a sua frente e a fechou. Se sentou a minha frente, me encarando.- Parece muito tranquilo, para uma pessoa que está sendo acusada e tendo o risco de perder toda a sua carreira, ver anos de estudos e esforços irem por agua abaixo por causa de uma mulher.- Falou baixo.
GG: Eu não tenho nada a temer, eu não o matei.- Falei no mesmo tom.
LV: Então, voce confirmar conhecer o Eddie?
GG: Voce sabe que sim.- Sorri ironico.
LV: Voce já bateu nele?
GG: Duas vezes.
LV: Por que?
GG: Porque ele bateu na Catherine, aquele covarde miseravel!
LV: Voce o ameaçou de morte?
GG: Duas vezes.
LV: Cumpriu com a promessa?
GG: Infelizmente, não.
LV: Voce admite que no dia da morte da vitima, voce estava lá?
GG: Horas antes do crime? Sim, eu estava. Eu sai da sala da Catherine, muito nervoso, a única coisa que eu pensei foi me vingar dele. Então, fui direto para lá, entrei batendo nele. O deixei caido no chão, completamente machucado, mas vivo.
LV: Viu seringa por perto?
GG: Não reparei.
LV: Não se demora muito para bater em uma pessoa, ainda mais quando está com raiva.- Se levantou, andando pela sala.- Que horas voce saiu de lá, exatamente?
GG: Antes das 11:30.
LV: Chegou aqui no departamento que horas?
GG: Por volta das 14:15.
LV: Por que essa demora?
GG: Porque eu parei para lanchar em uma lanchonete e abastecer meu carro.
LV: Então voce tem um alibi.
GG: Eu acho que sim.
LV: Me de o endereço dessa lanchonete.- Me deu a caneta e o seu bloquinho.
GG: Com todo o prazer.- Falei calmo, escrevendo no bloquinho.- Pronto. Teve uma garçonete, morena, ela estava reparando bastante em mim.
LV: Eu vou verificar isso.- Pegou o bloco da minha mão.- Voce tem resposta para tudo.
GG: Talvez sim.- Sorri.- E voce, onde estava?
LV: Como?- Falou surpreso, se sentando novamente.
GG: Onde voce estava quando o Eddie morreu?
LV: Trabalhando, em campo.
GG: Alguem pode confirmar isso?
LV: Claro... Espera ai, voce está tentando virar o jogo? O interrogatorio é para voce, não para mim!
GG: Qual é Vartan, eu sei que voce gosta da Catherine. Voce sabia do comportamento estranho que ela estava tendo ultimamente. É um detetive, pode ter me seguido sem eu perceber...
LV: Sim, eu gosto dela, gosto demais.- Me interrompeu.- Mas ela não me ve alem de amigo. E tambem, nenhuma mulher seria capaz de destruir tantos anos de carreira, ou seja, nem se eu estivesse muito nervoso, seria capaz de matar o Eddie por causa da Catherine. Pode parecer egoista, mas é a verdade.
GG: Eu sim, com toda a certeza. Se voce para protege-lá, eu faria sem pensar duas vezes... Mas, infelizmente, dessa vez, alguem chegou primeiro que eu.
LV: Sabe.. Eu acredito em voce.- Falou baixo.- Realmente acredito. Eu penso que se fosse voce o assassino, teria o maior prazer em confessar. Mas, não foi voce e isto te frusta. Voce fica aliviado por ele estar morto, mas com raiva de saber que não foi voce quem o matou.
GG: Talvez voce esteja certo.- Me levantei, seguindo em direção a porta.- Acabamos por aqui?
LV: Sim, acabamos.- Se virou para mim.- Ei Gil, quer um conselho? Vai para casa, não fica nesse departamento, para ver as fofocas rolarem. Vai para casa, volta só amanha.
GG: Ok, é isso que eu planejava fazer.- Sai, deixando a porta bater. Percorri o extenso corredor, até a saida do departamento. Fui para o estacionamento, peguei o meu carro e segui para casa.
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