Encontros e Desencontros escrita por Juubs


Capítulo 22
Interrogatório.




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Gil Grissom:

Percorri o corredor, devagar e tranquilo. Até que escutei uma voz a me chamar.

LV: Gil.- Gritou, me fazendo virar para tras.- Precisamos conversar.- Me chamou com a mão. Eu o acompanhei, até a sala de interrogatorio. O mesmo abriu a porta, deixou passar a sua frente e a fechou. Se sentou a minha frente, me encarando.- Parece muito tranquilo, para uma pessoa que está sendo acusada e tendo o risco de perder toda a sua carreira, ver anos de estudos e esforços irem por agua abaixo por causa de uma mulher.- Falou baixo.

GG: Eu não tenho nada a temer, eu não o matei.- Falei no mesmo tom.

LV: Então, voce confirmar conhecer o Eddie?

GG: Voce sabe que sim.- Sorri ironico.

LV: Voce já bateu nele?

GG: Duas vezes.

LV: Por que?

GG: Porque ele bateu na Catherine, aquele covarde miseravel!

LV: Voce o ameaçou de morte?

GG: Duas vezes.

LV: Cumpriu com a promessa?

GG: Infelizmente, não.

LV: Voce admite que no dia da morte da vitima, voce estava lá?

GG: Horas antes do crime? Sim, eu estava. Eu sai da sala da Catherine, muito nervoso, a única coisa que eu pensei foi me vingar dele. Então, fui direto para lá, entrei batendo nele. O deixei caido no chão, completamente machucado, mas vivo.

LV: Viu seringa por perto?

GG: Não reparei.

LV: Não se demora muito para bater em uma pessoa, ainda mais quando está com raiva.- Se levantou, andando pela sala.- Que horas voce saiu de lá, exatamente?

GG: Antes das 11:30.

LV: Chegou aqui no departamento que horas?

GG: Por volta das 14:15.

LV: Por que essa demora?

GG: Porque eu parei para lanchar em uma lanchonete e abastecer meu carro.

LV: Então voce tem um alibi.

GG: Eu acho que sim.

LV: Me de o endereço dessa lanchonete.- Me deu a caneta e o seu bloquinho.

GG: Com todo o prazer.- Falei calmo, escrevendo no bloquinho.- Pronto. Teve uma garçonete, morena, ela estava reparando bastante em mim.

LV: Eu vou verificar isso.- Pegou o bloco da minha mão.- Voce tem resposta para tudo.

GG: Talvez sim.- Sorri.- E voce, onde estava?

LV: Como?- Falou surpreso, se sentando novamente.

GG: Onde voce estava quando o Eddie morreu?

LV: Trabalhando, em campo.

GG: Alguem pode confirmar isso?

LV: Claro... Espera ai, voce está tentando virar o jogo? O interrogatorio é para voce, não para mim!

GG: Qual é Vartan, eu sei que voce gosta da Catherine. Voce sabia do comportamento estranho que ela estava tendo ultimamente. É um detetive, pode ter me seguido sem eu perceber...

LV: Sim, eu gosto dela, gosto demais.- Me interrompeu.- Mas ela não me ve alem de amigo. E tambem, nenhuma mulher seria capaz de destruir tantos anos de carreira, ou seja, nem se eu estivesse muito nervoso, seria capaz de matar o Eddie por causa da Catherine. Pode parecer egoista, mas é a verdade.

GG: Eu sim, com toda a certeza. Se voce para protege-lá, eu faria sem pensar duas vezes... Mas, infelizmente, dessa vez, alguem chegou primeiro que eu.

LV: Sabe.. Eu acredito em voce.- Falou baixo.- Realmente acredito. Eu penso que se fosse voce o assassino, teria o maior prazer em confessar. Mas, não foi voce e isto te frusta. Voce fica aliviado por ele estar morto, mas com raiva de saber que não foi voce quem o matou.

GG: Talvez voce esteja certo.- Me levantei, seguindo em direção a porta.- Acabamos por aqui?

LV: Sim, acabamos.- Se virou para mim.- Ei Gil, quer um conselho? Vai para casa, não fica nesse departamento, para ver as fofocas rolarem. Vai para casa, volta só amanha.

GG: Ok, é isso que eu planejava fazer.- Sai, deixando a porta bater. Percorri o extenso corredor, até a saida do departamento. Fui para o estacionamento, peguei o meu carro e segui para casa.


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