Draco Malfoy escrita por Ana Welling


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Capitulo triste. estamos chegando no final da história.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/30897/chapter/15

- Porque você está me perguntando isso, Draco? – Julie Davis apertava sua varinha, tentando escolher algum feitiço que pudesse fazê-la escapar de lá, sem machucá-lo.

- Por que, não posso perguntar?

E antes que ela pudesse responder, ele puxou-a, beijando. Ela teria ficado feliz de beijá-lo depois de tanto tempo longe se ele não parecesse querer dominá-la. Ele pressionava seus lábios contra os dela, machucando. Puxava seu corpo para junto dele tão forte que parecia que ia quebrar sua coluna. Julie entrou em pânico, empurrando-o:

- Draco, pare! O que há de errado com você?

Ele se descontrolou:

- Você é filha dos Trigger, certo? – ele segurava o cabelo dela, falando como um louco – Não tem como você ser uma sangue ruim!

- Para! – Julie empurrou com toda sua força, fazendo-o recuar dois passos.  – Tudo bem, vou contar a verdade.

Ele ficou pálido, mais pálido do que era possível com sua pele branca.

-O quê?

- Eu não queria mentir – as lágrimas saiam inevitáveis – Naquele dia em que você me confundiu com essa garota, e-eu juro que ia desfazer o mal entendido, mas acontece que as circunstâncias me levaram a continuar a mentira. Se eu soubesse que iria me apaixonar assim, eu nunca teria mentido pra você!Eu não quero te machucar Draco...

A expressão de ódio de Draco foi assustadora para ela, mas Julie já tinha se preparado. Draco puxou a varinha, mas antes que seu feitiço chegasse a atingir Julie, ela já tinha gritado “Protego!” e fez com que até mesmo ela tropeçasse e caísse, de tão forte que o escudo foi.

- COMO VOCÊ SE ATREVEU A MENTIR PARA MIM!  - bradou Draco, furioso – Sua...

- Sim, eu sou uma sangue ruim! – ela gritou ainda em lágrimas – Mas isso não significa que eu não possa te amar como eu amo. Aliás, isso nunca significou nada, Draco.

 - Não se atreva a me falar de sentimentos! – ele disse, num tom ameaçador -  Eu tenho vergonha de você. Nem ao menos sei quem é você, qual é o seu verdadeiro nome. Está tudo acabado. Nunca mais diga uma palavra sobre o que aconteceu para ninguém. Seria uma vergonha se essa história se espalhasse.

Julie ergueu a cabeça, o vendo virar as costas e sair com as lágrimas rolando.Ainda apontava a varinha, segurando o escudo. Respondeu “eu sou Julie Davis” num tom que ela não tinha certeza se ele ouviu.

Sabia que talvez, com o tempo, pudesse convencê-lo que ela realmente o amava. Sabia que ele não estava em seu juízo perfeito, e que se tivesse talvez a teria perdoado. Mas não queria mais discutir. As lágrimas não a deixavam pensar direito e seu bebê mexia desconfortavelmente, inquieto. De repente, ela sentiu uma dor aguda em seu útero. Foi tão forte que se ajoelhou, não agüentando a dor.

Draco ouviu o barulho do baque e virou-se, olhando ela se contorcer de dor. Ficou paralisado, sem entender nada.

Julie suava, tentando pensar como despistá-lo. Lembrou-se de uma criatura que poderia estar lá se ela chamasse. Sua voz ecoou pela torre, chamando “Dobby! Dobby!”, mas ele não poderia ir. Já não estava mais na cozinha, nem nesse mundo.

Malfoy saiu do seu estado de estupor, correndo para o lado dela. Por um momento, temeu tê-la machucado com sua magia involuntária. Sentou-se junto a ela, tentando fazê-la abrir os olhos.

- Acorde garota! O que há de errado com você?

Julie abriu os olhos sentindo a dor passar, mas ao mesmo tempo o sangue lhe escorria pelas pernas.

- Vai... Embora... – ela pediu lentamente, sabendo que a qualquer momento ele poderia perceber que sua barriga estava maior do que deveria estar.

Mas Draco não deu ouvidos, e a levantou, colocando-a no colo para levá-la pra enfermaria. Só ai que pode ver o sangue derramando.

Mais tarde na ala hospitalar, o dia já havia amanhecido e Julie dormia ainda na cama da enfermaria. Acordou devagar, cansada por causa da quantidade se sangue que havia perdido noite passada.

Esperava ver Draco, mas não havia ninguém do lado de sua cama. Ouviu uma discussão na sala de madame Pomfrey, na qual ela distinguiu a voz de Alicia e madame Pomfrey.

-... E terei que informar os pais dela! – madame Pomfrey dizia, indignada.

- ela é órfã, senhora. –alicia dizia, com um tom conformado.

- Tudo bem. Então me diga quem é o pai dessa criança!

- Não posso senhora, me desculpe. Se ela quiser lhe contar, ela vai. Agora me diga, o que há de errado com ela?

- Desculpe menina, mas só posso falar com o guardião dela.

- Eu sou sua guardiã! – Alicia dizia, frustrada – Não há ninguém que se preocupe mais...

Mas parou ao ver que ela já estava acordada.

-Julie! – Alicia veio ao seu encontro – Como você está?

Julie tentou sorriu para a amiga. -Estou melhor, Alicia. – e virou-se para madame Pomfrey: - o que há de errado com meu bebê?

Madame Pomfrey olhou-a com tristeza.

- ô menina, você parece tão cansada... Depois nós conversamos, agora você têm que repousar.

Julie puxou a manga das vestes de madame Pomfrey quando ela ia se retirando e disse:

- Não posso descansar enquanto a senhora não me dizer o que há de errado com meu bebê.

Madame Pomfrey suspirou. – Tudo bem, mas você tem que me prometer que descansará depois disso - respondeu.

- Prometo - ela disse, com uma voz fraca.

- Trigger, esse sangue todo... Não é do seu bebê, é seu! Você deveria ter feito um pré-natal, senhorita! Mesmo nas suas circunstâncias...

- tá, mas o que isso quer dizer?  - Julie tentou ignorar o conselho tardio – Meu bebê corre perigo?

- Não, não – Madame Pomfrey consertou – Mas você precisa repousar até o parto. Você tem uma condição delicada, que não acontece muito no mundo bruxo. Como vou explicar... É como se a magia do seu bebê e a sua não fossem compatíveis. Em situação de grande estresse a magia do seu bebê não pode ser controlada, e nem a sua, por isso ocorre esse sangramento.

Julie suspirou aliviada. Seu bebê ia ficar bem, e era só aquilo que importava no momento.

Madame Pomfrey virou-se para Julie, embaraçada:

- Já que a... enfim, já que tudo foi feito, a senhorita não gostaria de saber o sexo do seu bebê? – perguntou.

Julie sorriu, um sorriso tímido. – É uma menina.

- Como você sabe? – exclamou alicia, interrompendo a conversa.

Mas Julie já havia caído no sono de novo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!