Eles estavam quase na Philadelphia e nenhum guarda havia parada eles. Darcy escrevia no caderno rosa, Jenny lia enquanto Henry dirigia.

Darcy segurou o pingente do colar que estava no pescoço e deu um leve sorriso voltando a escrever.

Querido Diário.

Estamos quase na Philadelphia. Continuo sonhando com um sol em uma caverna. Estranho eu sei.

Apesar de não demonstrar estou um pouco chateada. Sinto que eles não gostam de muito de mim, deve ser pelo fato de eu acreditar no amor verdadeiro. Mas que culpa eu tenho se eles acham que isso não existe? E o fato da Jenny e do Henry descordarem e discutirem por tudo é um pouco irritante, mas estou tentando me acostumar.

Já estava escuro e Darcy estava ficando com sono. Então ela fechou o diário e acabou dormindo.

Ela estava em um lugar muito bonito e um pouco escondido. Não sabia ao certo onde estava nem para onde estava indo. Até que depois de andar bastante achou uma caverna. Estava ficando frio então resolveu entrar. Por toda caverna tinha símbolo do sol. Quanto mais andava, mais clara a caverna ficava. Foi se aproximando do interior da caverna e lá apareceu um sol gigante. Assim que a claridade abaixou viu uma mulher ruiva de costas. Quando a mulher virou Darcy se surpreendeu.

– Mãe?

– Oi filha. - Disse Afrodite.

– O que faz aqui? E por que eu sempre venho para esse lugar?

– Eu sempre te trago para cá. Aqui você terá que tomar uma grande decisão.

– Sobre o que, mãe?

– Quando encontrar essa caverna irá saber. Mas agora é melhor acordar Darcy. E lembre-se sempre estarei olhando você.

Aos poucos Afrodite sumiu. No canto da caverna viu uma pessoa deitada. E Darcy acordou.

– Perdi muita coisa? - Perguntou Darcy à Henry.

– Só o fato de que já amanheceu. - Ele respondeu.

– Vocês estão com fome? - Darcy perguntou aos dois.

– Eu estou. - Respondeu Henry.

– Jenny, pega a minha mochila, por favor. - Disse Darcy.

Darcy pegou duas barras de chocolate para cada um.

– Não é nenhum café da manhã. Mas dá pra encher a barriga. - Disse Darcy.

Assim que comeram passaram no posto para colocar gasolina no carro.

Henry ficou colocando a gasolina e as meninas entraram na lojinha que tinha no posto para pegar uma garrafa de água.

– Darcy você está bem? - Perguntou Jenny.

– Sim, estou ótima. - Ela respondeu.

– Darcy, eu sei que não amigas, nem nada. Mas eu acho que deveríamos tentar ser amigas. Estamos numa missão e a não ser que queira conversar com o cabeça de alga ali, seria bom ter alguém para conversar.

– É... Acho que devíamos tentar... Só tem que me prometer uma coisa. Não é porque sou filha de Afrodite que eu sou fútil igual muitas de minhas irmãs. Então se vamos ser amigas terá que parar com essa ideia de que sou fútil.

– Ok. - Ela sorriu. - Eu prometo. Você está me surpreendendo pra ser sincera. E eu não te acho fútil. Acho que você pode me ajudar a fazer um plano para essa missão.

– Claro. Seria uma honra trabalhar com você em um projeto. Mas acho que devemos ir. O Henry está ficando irritado com a nossa demora. - Disse Darcy.

Elas voltaram para o carro. Assim que entraram no carro um policial parou eles.

– Posso ver a identidade de vocês? - Perguntou o guarda.

Henry e Jenny olharam para Darcy.

– Moça, você está bem? - Perguntou o guarda à Darcy.

– Não... Parece que está tudo girando. - Ela desmaiou, como a porta estava aberta ela ficou metade pra fora do carro.

– Ah meu deus. Darcy. - Jenny disse saindo do carro para tentar colocar ela no carro.

– Senhor, onde fica o hospital mais próximo? - Perguntou Henry ao guarda.

– Vire a direita e segue reto, você vai achar. Vai rápida essa garota está muito mal.

– Obrigado seu guarda. - Henry agradeceu.
Esperou a Jenny arrumar a Darcy no lugar e entrar no carro.

Ele ligou o carro e foi na direção que o guarda tinha falado.

Depois de alguns minutos não se via nem a sombra do guarda.

– Posso abrir os olhos já? - Perguntou Darcy sem se mexer.

– Você está bem? - Perguntaram os outros dois surpresos.

– Claro né. Vocês acham que eu ia deixar o guarda prender a gente?

– Você é boa. Eu nem desconfiei que você estava fingindo. - Disse Jenny.

– É para eu ir ao hospital ou não? - Perguntou o Henry em dúvida.

– Não né. Jenny para onde vamos agora? - Perguntou Darcy.

– Vamos virar aqui. - Ela disse indicando uma estrada de terra. - Duvido que algum policial nos pare aqui.

Ela estava certa, eles conseguiram ganhar velocidade e tempo nessa estradinha de terra.

Depois de terem passado alguns quilômetros, Darcy começou a reconhecer o lugar. Até que ela viu a caverna.

– Parem. - Ela gritou. - Parem, por favor.

Henry obedeceu e parou o carro. Darcy saiu e entrou na caverna.

– Ela está louca de entrar nesse lugar sozinha? - Perguntou Henry.

– Não sei, mas é melhor irmos atrás dela. - Respondeu Jenny.

Estava tudo escuro na caverna. Mas como no sonho ia se clareando a medida que se aproximava do centro.

Quando começou a ficar mais claro, ela viu o sol na parede.

– Não é possível. - Ela disse. - Era real.

– Darcy espera. - Gritou Jenny.

Eles alcançaram ela.

– O que faz aqui? - Perguntou Henry.

– Faz alguns dias que tenho sonhado com essa caverna. E no ultimo sonho que tive, vi minha mãe aqui falando comigo.

– O que ela disse? - Perguntou Jenny.

– Que eu teria que tomar uma decisão quando chegasse aqui.

– O que ela quer dizer com isso. - Perguntou Jenny.

– Olhem. - disse Henry. - Tem algo se mexendo ali.

Eles se aproximaram para ver o que era. Se assustaram quando viram que era um garoto, aparentemente da idade deles e muito bonito por sinal.

Depois de algumas tentativas conseguiram acordar o garoto. Ele abriu os olhos e quando viu os três ficou assustado.

– Quem são vocês? - Perguntou o garoto.

– Quem é você? - Perguntou Darcy sem conseguir desviar dos olhos dele. Olhos tão lindos e tão profundos. Ela s sentia mergulhando em um lago ao olhar naqueles olhos.

– Eu sou Finn. - Respondeu o garoto.