CAPÍTULO 1

POV BELLA

DIM DONG

-Eu atendo. – Gritou Renné.

-Bella, você está linda nesse vestido. – Falou Melissa, conheci Mel na escola e tínhamos quase todas as aulas juntas, estávamos no 3º ano do Ensino Médio, ela era bem legal, e ficamos amigas já no início.

-Obrigado Mel, bem que eu queria ir nesse baile. – Falei.

-E porque você não vai? – Perguntou.

-Por que provavelmente eu daqui uma ou duas semanas já vou ter mudado de cidade. – Falei indo ao banheiro, troquei de roupa, e guardei o vestido no meu closet. Voltei para o quarto.

-Você vai se mudar? –Perguntou.

-Minha mãe talvez vá se decepcionar com o “namorado” dela e vamos se mudar, como sempre foi.

-Mas quem sabe você não fique?

-Quem sabe? – Sorri.

-Se você for, vou sentir saudades.

-Eu também. – Nos abraçamos e ela se despediu, Mel tinha que ir a algum lugar.

POV RENNÉ

A campanhia tocou e avisei que iria atender, estava com o bolo na mão, tinha acabado de fazer para Phil, ele conseguiu o emprego que queria, e eu quis fazer uma surpresa para comemorar. Abri a porta e dou de cara com o próprio.

-Oi amor. – Falei e dei um selinho nele.

-Oi Renné, eu queria falar com você.

-Pode falar.

-Bom, eu não sei bem como falar isso, mas... Eu quero terminar. – Falou.

-O que?

-É que eu encontrei a mulher da minha vida, e eu vou ficar com ela.

-É a sua nova secretária né, é a Victoria.

-É... mais eu juro que não vou esquecer você, agente pode ser ainda amigos. – Falou sorrindo.

-Amigos é uma coisa que agente nunca mais vai ser. – Falei e joguei o bolo no rosto dele, fecho a porta. Não acredito que isso aconteceu de novo.

POV BELLA

Estava escutando a conversa da minha mãe com Phil na porta que dava para a sala, fiquei com raiva dele por fazer isso com ela, Maggie minha irmã de sete anos estava do meu lado e perguntou:

-Vamos nos mudar de novo né Bella? – Falou baixinho.

-Sim Meg, nos vamos.

-Que pena, estava fazendo várias amigas na minha escola.

-Eu também flor, mas você também vai fazer novos amigos na próxima escola. – Falei sorrindo, mas por dentro estava que nem ela, triste, não agüentava mais essas mudanças, e da minha mãe com o coração despedaçado.

-Pra onde nos vamos agora? – Perguntei saindo da porta e indo me sentar no sofá ao lado de minha mãe, Meg sentou no meu colo.

-Vou ver um emprego com uma amiga minha, e nos vamos para o Brooklin.

-Quando vamos nos mudar?

-Pretendo ainda essa semana, já podem arrumar suas coisas, pra não atrasar muito.

-Ok, vamos lá Meg, vou te ajudar a tomar banho.

-Ta bom.

Depois do banho de Meg, eu fui ler uma história para ela dormir, já era 22h00min, e estava no horário dela.

-Eu quero a “Bela e a Fera”.

-Mas já li essa história para você, e foi semana passada.

-Eu sei, é que eu gosto dessa, e posso dizer até que acho você parecida com a Bela da história.

-Meg, eu não tenho nada do que a Bela tem.

-Pra mim você tem, agora lê pra mim.

-Ta, ta, chatinha.

-Ei.

-Silencio, vou começar. – Ela revirou os olhos. – “Era uma vez...” – Li até ela dormir, o que não demorou muito, ela estava cansada. Dei um beijo na testa dela e fui à cozinha, mamãe estava lá e com os olhos vermelhos.

-Mãe, porque você esta chorando? – A resposta é meio obvia, mas deixa pra lá, e além do mais, ela precisa desabafar, e sempre assim, alguém da um fora nela e eu a consolo.

-Porque tem que dar tudo errado na minha vida? Poxa eu e o Phil estávamos dando tão certo. – Falou voltando a chorar.

-Ele só não era o cara certo para você.

-Mas até agora não achei nenhum homem pra mim, um homem que preste, mas ai aparece ele e acaba comigo.

-Calma mãe, quem sabe você não ache um homem legal lá?

-Obrigado filha, sempre você me ajudando. – Falou parando de chorar e me abraçando.

-De nada e a cima de tudo você é minha mãe, e nos sempre cuidamos uma da outra.

-Sempre, agora vá deitar, já está tarde. – Falou e me deu um beijo na bochecha.

-Ok, boa noite mãe.

-Boa noite meu anjo.

Fui para o meu quarto, tomei um banho e me deitei. Eu iria sentir saudades daqui, me apeguei a esse lugar, mesmo estando aqui apenas três meses. Mas iria começar uma nova vida, como todas as outras vezes.