De Repente Titanic escrita por Swann


Capítulo 2
Cumprindo com o papel, ou quase isso.


Notas iniciais do capítulo

Bom, está ai o 2º capitulo. Espero que gostem.



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Rose deixa de olhar para o navio e olha para Cal, apoiando a mão em seu chapéu.

 

- Eu não vejo por que tanta euforia, não me parece maior do que o Mauritânia.

- Você pode ser glaser sobre qualquer coisa Rose, mas não sobre o Titanic. Tem mais 33 metros que o Mauritânia e é bem mais luxuoso. – Ela o deixa falando sozinho e então sua mãe sai do carro. – Sua filha é difícil de se impressionar, poxa.

- Então esse é o navio que não naufraga! – Exclamou a senhora, caminhando.

- Ele não afunda, nem Deus conseguiria afundar esse navio.

- Ah, essa eu duvido! – Gritou Rukia, ops Rose, para Cal.

- O que disse?

- Nada, disse que estou com dor de ouvido. – Tentou confundi-lo colocando a mão em um dos ouvidos.

- Que estranho.

 

Eles entram no navio e perto dali estavam um grupo de rapazes fazendo apostas num jogo de cartas.

 

- Jack, você é um doido, aposta tudo que tem. – Disse Fabrício.

- Quando não se tem nada, não se perde nada. – Disse e depois começou a tossir. – “Droga de cigarro!” – Pensou.

 

Todos colocaram suas apostas na mesa e assim começaram a jogar.

 

- “Isso é ótimo para mim, eu não sei jogar essa porcaria!” – Pensou Ichigo ao trocar uma carta com o rapaz que ao seu lado está. Colocou outra na mesa e pegou mais uma.

– É hora da verdade, a vida de alguém está para mudar. – Todos mostraram suas cartas. – Dois pares, eu sinto muito Fabrício.

- Que sente? Ora, vai se danar, você apostou todo o nosso dinheiro.

 

 “Como ele é otário. Será que ele não percebe que isso acontece toda vez que alguém coloca a porcaria do filme para rolar?” – Pensou.

 

– Lamento que não vai ver sua filha de novo por muito tempo.

- Filha?

- Falei mãe, não limpou os ouvidos hoje? – Disse atrapalhado. – Por que vamos para América. – Continuou.

 

Eles comemoravam e os outros dois estavam tristes, até que perceberam que o navio estava para partir. Só lhe restavam cinco minutos.

 

- Vamos Fabrício, anda!

 

E os dois saíram correndo que nem uns loucos.

 

- Estou parecendo um idiota correndo dessa maneira, já sei que vou entrar naquela droga de navio. – Falou para si mesmo. – E se eu não entrar, eu pulo, isso não é um problema para mim.

 

Correndo e correndo eles conseguem entrar no navio.

 

- Somos os filhos da mãe de mais sorte no mundo, sabia disso? – Indagou Ichigo cumprindo sua parte no papel.

 

Eles foram dar adeus para as pessoas que ficavam para trás, no porto.

 

- Adeus! – Gritou Jack, acenando. – “Estou parecendo um retardado, ninguém me conhece” – Pensou.

- Conhece alguém?

- Claro que não, mas não me interessa. – Disse e depois voltou a acenar. – Adeus, vou sentir saudades. – Continuava a acenar.

 

“Sentiria se eu não morresse nessa droga de filme” – Pensava enquanto acenava.

 

O leme começou a funcionar e o navio a se locomover, se via muitos acenos e gritos de ambos os lugares.

Eles começam a procurar seu quarto até que o acham e cumprimentam os colegas.

 

- Por que pintou o cabelo com essa cor tão chamativa, Jack? – Indagou Fabrício.

- COR CHAMATIVA? – Gritou Ichigo e então se acalmou ao lembrar de Rukia. Ele estava ali por ela e não poderia botar tudo a perder. – Ah, pintei por que essa cor me lembra as cenouras, adoro cenouras, são muito saudáveis.

- Entendi! – Disse com uma cara de quem entendeu tudo e mesmo assim não entendeu nada.

 

No quarto de Rose, a mesma estava arrumando os quadros.

 

- Este? – Indagou a empregada.

- Não, tinha uma porção de rostos. – Disse procurando. – Ah, é este aqui! – Exclamou levantando-o.

- A senhorita quer que tire todos?

- Quero! Temos que alegrar este camarote. – Colocou o quadro no chão. 

 

“Impossível, só tem quadro horrível aqui, os meus desenhos são muito melhores do que esses rabiscos”.– Pensou Rukia.

 

Em seguida chega Cal com uma taça na mão, dizendo-lhe comentários sobre os quadros.

 

- Qual é o nome do artista? – Perguntou a empregada.

- Alguma coisa Picasso.

- Alguma coisa Picasso? Não vai ter sucesso.

 

 “Você que pensa, bobalhão!” – Pensou levando outro quadro para o outro cômodo.

 

O capitão passou a ordem para colocarem o navio a todo vapor e assim foi feito. Jack e Fabrício foram para a proa do navio e inclinaram a cabeça para ver como o navio cortava a água, até que viram golfinhos.

 

- Olha, olha, olha! – Exclamou Jack, apontando. – Ta vendo, tem outro, ta vendo? – Jack sobe no corrimão e começa a gritar. – Uhuuuu.

- Eu já estou vendo a estatua da liberdade, muito pequena, é claro!

 

 “Ai como esse cara é um idiota” – Pensou Ichigo com gota na cabeça.

 

- Eu sou o rei do mundo! – Gritou soltando os braços. –

 

“É eu quem está parecendo um idiota”

 

Depois de algum tempo Jack estava desenhando um senhor com uma criança nos braços, escorados à beirada do navio. Era um monte de rabiscos, claro, mas ninguém saberia mesmo. Rose chega e se escora no corrimão, acima dele, fazendo-o prender toda sua atenção nela, mesmo sabendo que era Rukia.

 

- Ah, esquece garoto. É mais fácil você ver um monte de anjos, do que se aproximar dela. – Ele não prestou atenção, só continuou a encará-la, até que ela o viu e acenou. O que, acenou?! – Meu Deus Jack, ela está acenando para você!

- Ai meu Senhor! – Disse batendo a mão na testa.

 

“Como ela é burra”

 

- Você o conhece? – Indagou Cal ao chegar.

 

Ao longe Ichigo, quero dizer, Jack, os via discutirem. E então depois, ela lhe deu uma ultima olhada e foi embora.

 

Continua...

 


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