Aurora Boreal escrita por Mr Ferazza


Capítulo 4
I. REENCONTRO




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I. REENCONTRO

Naquela manhã voltei à minha casa e peguei Nessie nos meus braços, agora ela já estava mais parecida com uma criança de seis anos pequena, ou com uma de cinco, grande. Já sabia espanhol, francês e italiano.

Renesmee tivera esse interesse por aprender idiomas porque ela adorava viajar; era completamente insaciável quando se tratava de sua curiosidade ou de aprender coisas novas. Nós viajávamos com frequência para os lugares que, recentemente, ela lera algo de interessante a respeito. Alguns dias antes, tínhamos ficado – Edward e eu – visivelmente relutantes com relação a um lugar em particular. Renesmee quisera ir até a Itália, pois achava fascinante conhecer cada cantinho do velho mundo e fazia questão disso. Fomos contra, no início de sua insistência, pois o lugar que ela escolhera era extraordinariamente próximo de onde não queríamos nem ouvir falar. No entanto, no fim, ela vencera. Edward, Jacob, Renesmee e eu fomos até a Itália. Ela ficara encantada com os lugares.

Agora ela insistia em outra viagem. Eu não tinha porque me opor a essa. Eu havia prometido a ela duas semanas atrás.

 Ela queria ir visitar Zafrina em breve, e eu também, - queria ter mais avanços com meu escudo - mas não tinha tanta disposição para aprender como ela, pois ficava trabalhando nele o dia todo, exceto quando ia visitar Charlie, ou Renée, que estava muito feliz morando em Miami, – Phill havia desistido de jogar baseball, estava trabalhando em um departamento de administração – eu havia tentado convencê-la a vir para Seattle, mas, parecia que tudo o que era úmido lhe causava repulsa, - como eu pensava há alguns anos atrás.

                Na véspera eu havia conseguido deixar Edward ler meus pensamentos por mais de uma hora, sem que o escudo voltasse a fazer parte de minha mente.

                - Parabéns Bella, mais um pouco e você já poderá deixar-me ler sua mente por um dia inteiro – Ele estava radiante, com o meu sorriso torto e preferido nos lábios.

- Nem pensar. Eu sei que isso o deixa feliz, mas não vou deixar você ficar lendo minha mente o tempo todo. – Eu disse – Eu sei que é um meio de comunicação muito eficiente, blá, blá, blá, blá, blá, blá, mas entenda, é meio constrangedor às vezes. – Ou na maioria delas.

Quando Renesmee acordou, mostrou-me o sonho que teve na noite passada; Sonhou que eu tinha o poder de ler os pensamentos dos outros, igual a Edward.

                - É claro que não Nessie — Eu disse sorrindo e beijando-lhe a testa.

Ela pôs a mão em meu rosto e me mostrou que seria muito divertido se isso acontecesse. – Assenti. Feliz com sua criatividade.

                O caminho até a casa principal foi rápido demais, as coisas sempre parecem andar mais depressa quando se está prestes a fazer algo desagradável.

Hoje tentaríamos convencer Nessie a comer comida humana, mas não seria fácil. Sequer o cheiro da comida lhe era agradável. Fracassaríamos, como em outras tentativas.

                Nesses momentos Jacob a salvava sempre - ele sempre faz a vontade de Nessie. Isso não deveria ser novidade, se tratando de um lobisomem imprinted.

Eu não podia culpá-lo, ela tinha todos em suas mãos. Não era necessário ter um imprinting para adorá-la como um fã que ama seu ídolo.

Rosalie, Jasper, Alice e eu a tentamos convencer, mas ela era parecida com Edward até demais. Teimosa igual a ele, - E igual a mim também, principalmente - essa luta já estava perdida, então, antes de começar. Era ineficaz tentar argumentar com Renesmee, ela sempre era convincente demais, parecia que o poder de Jasper não tinha efeito nenhum sobre ela.

Desistimos - De volta à sala -, já que era inútil tentar lutar contra a vontade de Renesmee.

Renesmee tocou meu rosto, perguntando: “vai sair?”, eu assenti.

- Preciso fazer compras– dei de ombros – Quer ir comigo?

- Não mamãe. Quero ficar e acabar de ler o meu livro – Um volume enorme de mais ou menos 890 páginas, que havia dois dias que ela começara a ler, e já estava no fim. – Renesmee era um gênio igual ao pai e ao avô

Renesmee sentia-se no paraíso quando entrava na biblioteca de Carlisle, como uma criança normal num parque de diversões.

- Está bem, Nessie, até logo!

Eu disparei para o carro e saí.

            Eu estava entediada com a velocidade que tinha de dirigir, seria melhor ir “correndo” – Mas era chamativo, claro -. Era perfeitamente compreensível para mim agora. Quando Edward e eu nos conhecemos ele ficava entediado ao ver-me dirigindo minha velha picape Chevy nos constantes 50 km/h. Agora os 220 km/h que me apavoravam não chegavam nem perto da velocidade que eu queria.

Tinha de me conformar, para não chamar a atenção. Manter o segredo escondido de todos os humanos. A lei mais importante dos vampiros. Sinceramente, os Volturi já estavam me cansando. Mas era estritamente necessário.

Pensar nesse nome fez-me lembrar daquele dia na clareira do baseball e dos recém-criados. – Lembrei-me de Aro tentando contornar sua Própria lei super sagrada só para mostrar que tinha razão. E para ter a chance de aumentar sua coleção de peças semi-vivas. – imaginei Benjamin, Kate, Zafrina ao lado dos anciãos e vestidos com os mantos escuros. Edward e eu com os olhos injetados de sague – Lembrei-me de Caius queimando Irina viva na frente dos demais Denali. Lembrei-me também do sorriso de Jane, achando que todos nós morreríamos. E de sua ira quando descobriu que seu maravilhoso dom não funcionava mais contra nós. Quando descobrira que seu dom devastador – que só tinha a mim com exceção –, pairara sobre todos nós mais inofensivo que uma criança mimada dando socos nas patas de um elefante e dezessete toneladas e meia.

Quando me dei conta, já estava quase no supermercado; parado ao meu lado havia um carro branco familiar. Angela Weber. Havia muito que eu não a via. Desde o meu casamento, mais especificamente. Certamente estava em Forks passando as férias da faculdade.

O sinal estava fechado. Então abri o vidro para falar com ela – Certamente lhe causaria algum espanto, mas não tanto como se estivesse em meu período de recém-criada – Agora meus olhos estavam dourado-escuros.

                - Oi Ang! Como vai? – cumprimentei-a

Pude sentir seu cheiro humano, limpo a atraente, mas eu não estava com sede; havia caçado há poucos dias. Para mim era sempre uma surpresa e uma enorme alegria perceber que poderia ficar perto de muitos humanos e não representar um perigo para eles.

Ela olhou confusa para o lado e depois me fitou.

                —Bella? – Perguntou ela, confusa, fitando meus estranhos olhos. – Oh, olá! Você esta tão...

Ela tomara um susto. Afastou-se ao mirar meus olhos.

                - Estranha? – Completei – É. Eu sei, é que...

                - Não! – Disse ela – Na verdade quis dizer elegante!

                — Ah, está bem, obrigada! – disse eu agradecida. – Mas conte-me. Como você está?

                — Estou bem, obrigada. – Disse ela – E você?

                - Estou ótima – É claro que não devia complementar que a imortalidade me caíra muito bem. – Como muitos me diziam.

O sinal abriu e fomos juntas ao supermercado.


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