Emergency escrita por Lacrist


Capítulo 4
Capítulo 3 - Sequestro


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas tudo bem? Desculpem minha pequena demora! Aqui está o capítulo, não sei se ficou muito bom eu acho que poderia ter feito melhor mas tudo bem.
Boa leitura!



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Elena narrando:

Eu estava com um pressentimento ruim. Alguma coisa iria acontecer hoje e isso me afligia de uma forma que não deixava que eu me concentrasse no livro de história que eu estava lendo.

Meus amigos e eu, estávamos reunidos na casa da Caroline, tentando estudar para a prova de história que teríamos amanhã. Por mais que eu tentasse me concentrar, eu sentia que alguma coisa estava errada e isso me incomodava bastante.

Meu relacionamento com meus pais ia de mal a pior. Principalmente com meu pai. Com a minha mãe, eu ainda conversava um pouco mas decidi que não contaria para eles sobre a minha suposta irmã abandonada.

— Não aguento mais ler nada disso! - Bufou Matt, empurrando o livro para a frente.

— Nem eu, história é a matéria mais chata e entediante na minha opinião. - Respondeu Tyler, tirando os óculos escuros do rosto. Não sei como ele não tinha problemas em ler o livro com aquele óculos.

— Cadê a Carol? - Perguntei.

— Ela foi no mercado, você não lembra disso Elena? - Perguntou Bonnie me olhando estranho.

— Ah é, ela foi mesmo. Tinha me esquecido disso. - Dei um sorriso amarelo.

— O que houve? Você tá bem? - Matt perguntou preocupado e eu acabei corando um pouco com a intensidade do seu olhar.

— Tô sim, eu só estou com dor de cabeça de tanto ler. - Os três continuaram me encarando mas acabaram acreditando na minha mentira.

Não tinha necessidade de deixá-los preocupados à toa. Era idiotice dizer que eu estava sentindo que alguma coisa iria acontecer comigo no dia de hoje.
Confesso que as coisas que tem me acontecido ultimamente são estranhas demais. Principalmente a sensação de que estou sendo seguida. Sinto uma presença atrás de mim sempre que eu saio de casa ou até mesmo quando eu chego e isso é apavorante.

Será que eu estou ficando maluca?

 

Caroline narrando:

 

O mercado estava abarrotado de gente e eu estava para lá e para cá procurando o biscoito que o Matt pedira para eu trazer. Era um saco ficar andando pelo mercado e quase não sair do lugar porque tem um monte de morto de fome empacando o caminho!

Decidi que não ia comprar mais nada (que se dane o Matt) e dei a meia volta para me dirigir ao caixa quando esbarrei em um homem e derrubei uma pilha de sacos de biscoitos que estavam na prateleira.

Hoje definitivamente não era o meu dia! Olhei para o homem mas ele nem tinha saído do lugar. No fim das contas, a única que se deu mal foi eu.

Ele sorriu. Um sorriso bonito, mas que significava encrenca e confusão e no minuto que eu olhei no fundo dos seus olhos, senti que minha vida nunca mais seria a mesma.

Quem era aquele homem?

— Parece que você tem um problema, Sweet. - Ele ainda estava com aquele maldito sorriso no rosto.
Espera ai, ele me chamou de Sweet?

— Não é nada que eu não possa resolver. - Decidi responder a altura enquanto me abaixava para pegar os sacos de biscoitos.

Ninguém naquela droga de mercado me ajudava, apenas passavam direto o que me deixava mais fula da vida.

O homem que eu esbarrei se abaixou, me ajudando a pegar os sacos de biscoito que haviam caído e senti seu perfume bom impregnar as minhas narinas. Nos levantamos ao mesmo tempo, colocando os sacos de biscoito onde estavam.

— Obrigada. - Dei um meio sorriso para o loiro.

— Não tem de que. - Percebi que ele segurava um isqueiro preto com o desenho de uma estrela branca e que brincava com ele o tempo todo.

— Eu... tenho que ir pra fila. - Sibilei, me sentindo estranha quando olhei novamente nos olhos daquele homem.

— Tudo bem. Tenho a ligeira impressão de que nos veremos por aí mais vezes. - Ele deu um sorriso torto bem charmoso.

— Se você diz... - Sorri e tentei não dar muita trela pro que ele dizia. Afinal, eu mal conhecia o cara.

— Tchau, Sweet. - Porque ele insistia em me chamar assim?

— Tchau. - Me virei, caminhando em direção a fila mas ainda pude sentir o peso de seu olhar sobre mim.

Me concentrei apenas em caminhar até a fila e ficar ali mas em meu íntimo, eu me segurava para não virar o pescoço e olhar na direção dele. Eu sabia que se eu fizesse isso, poderia me perder num caminho que não tinha volta.


Elena narrando:

— Cara, eu estou com fome! Cadê a Carol com as guloseimas? - Matt perguntou de um jeito afoito e não pude deixar de sorrir com isso.

— Calma aí, seu esfomeado! - Bonnie deu um tapa em seu ombro e eu fiquei rindo que nem tonta.

— Hey, Tyler, sai daí da janela! O que você tá vendo aí deve ser muito interessante para você estar ignorando a gente. - Disse Matt, chamando a atenção de Tyler que estava com um semblante preocupado enquanto olhava pela janela. - Ah qual é, aposto que é uma garota! - Prosseguiu Matt, mesmo que estivesse sendo ignorado pelo amigo.

— Deixa ele, Matt! - Bonnie o repreendeu.

Olhei para Tyler novamente e percebi que ele parecia alarmado com alguma coisa. Não desgrudava os olhos da janela e parecia tenso e preocupado. Me levantei e fui até ele, disposta a descobrir porque ele estava agindo daquele jeito.

— Hey, o que houve? - Pousei minha mão em seu ombro e ele relaxou um pouco.

— Nada, estava distraído. - Deu de ombros tentando parecer despreocupado. Mas não era assim que ele estava há 5 segundos atrás.

— Tem certeza de que está tudo bem? - Arqueei uma sombrancelha em sua direção, mostrando que eu estava desconfiada.

— Relaxa, Lena. Eu tô bem! - Tyler deu um sorriso forçado e se afastou da janela, mas eu sabia que alguma coisa estava acontecendo.
Voltei meu olhar para a janela, de onde eu podia ter uma visão privilegiada da rua e fiquei observando-a por alguns minutos. Não vi nada de anormal, apenas alguns carros estacionados e crianças andando de bicicleta para lá e para cá.

Fora isso, tudo parecia normal.

— Cheguei pessoal! - Ouvi a voz melódica de Caroline e me virei.

Tyler as vezes era esquisito demais então optei por esquecer o assunto.

— Até que enfim! Estamos morrendo de fome! - Matt se levantou tentando pegar as sacolas que Caroline segurava, mas ela se esquivou e ele acabou pegando o vento.

— Para a sua informação, não achei seu biscoito então trouxe umas batatinhas e refrigerante para que possamos dividir. - Caroline deu uma risada quando Matt fez cara de desapontado.

— E a dieta vai pro ralo né? - Provocou Bonnie.

— Hoje é um dia especial portanto, é uma excessão. - Declarou ela.
Me aproximei dos meus amigos, esperando que umas risadas fossem o suficiente para dissipar a nuvem negra que pairava em minha vida.


Damon narrando:

 

Klaus estava demorando tanto para chegar daquela droga de mercado que eu estava começando a achar que ele tinha ido comprar o mercado inteiro. Elena poderia sair de sua reunião infantil a qualquer momento e ele ainda não estava aqui.

O carro que eu usava estava parado no final da rua onde Elena se encontrava, e eu seria o responsável por imobilizar a garota e levá-la para dentro do carro. Klaus me ajudaria nessa parte enquanto Rebekah e Stefan (os mais lerdos) ficariam dentro do carro. Stefan no volante e Rebekah ao seu lado. Eu ficaria atrás, junto com Klaus. Katherine ficou no cativeiro, para dar as boas vindas a irmãzinha.

Confesso que a parte que mais me agradava era a que eu estava encarregado de fazer. Colocar terror, torturar e fazer maldades. Afinal, pra que fingir que o amor existe quando isso é uma coisa que quase nenhum de nós tem? Os que tem, fingem que amam e os que não tem, ficam numa busca desenfreada por algo que não existe e era por isso que eu não me importava com os outros.

— Demorei muito? - Klaus perguntou, batendo no vidro do carro.
Rebekah e Stefan estavam calados. Aposto que estavam se borrando de medo.

— Não... imagina! - Respondi irônicamente.

— Vamos, daqui a pouco escurece e a garota vai sair. - Saí do carro para que eu e Klaus pudéssemos nos aproximar um pouco da casa em que ela estava.

— E se ela não sair? - Perguntei.

— Ela vai ter que sair. - Klaus deu um sorriso maléfico.

Definitivamente, ela vai sair.


Elena narrando:

 

Tínhamos acabado de comer e eu tinha que ir para a casa, pois começava a escurecer e eu estava a pé, já que meu pai confiscou as chaves do meu carro pela minha desobediência.

— Tô cheio! - Matt deu um sorrisinho enquanto batia na barriga.

— E eu tenho que ir embora. - Respondi, me levantando.

— Quer que eu vá com você? - Tyler perguntou.

— Não precisa, eu vou sozinha. - Dei um sorriso confiante.

— Tem certeza? - Insistiu ele.

— Sim. - Peguei minha bolsa, colocando meus livros dentro dela quase certa de que eu não tinha esquecido nada. - Gente, eu vou indo.

— Tudo bem amiga, até amanhã! - Disse Caroline quando me curvei para abraçá-la.

— Até, tchau!

— Tchau. - Responderam todos em uníssono.

Saí da casa com uma sensação totalmente estranha e inquietante. Um alarme dentro de minha cabeça apitava, dizendo que eu corria perigo mas repreendi o pensamento. Eu tinha que ir pra casa, meus pais me esperavam para mais uma maratona de segredos e fingimentos e se eu quisesse ter meu carro de volta, teria que andar na linha.

Tudo parecia tranquilo e eu andava pelo meio da rua, apreciando as árvores que entravam em meu campo de visão. Me distraí tanto que nem vi quando um braço envolveu a minha cintura e uma mão, tampou a minha boca.
Tentei soltar um grito, mas ele saiu abafado, pela mão que tampava a minha boca. Comecei a me debater na hora, com um pavor tão grande que a única coisa que eu pensava era que eu tinha que lutar e tentar me desvencilhar do homem que me segurava.

— Fica quieta garota!

Essa voz... eu conheço essa voz!

Mas... de onde?

Mordi sua mão com toda a força e ele largou minha boca. Dei um grito, talvez o maior grito que eu já dera em toda a minha vida e continuei me debatendo.

— Se você não vier por bem, vai vir por mal. - A voz sussurrou em meu ouvido e as lágrimas já ameaçavam sair. Ele era muito forte, mas eu não ia deixá-lo me levar.

Aproveitei que o homem me virou de frente, querendo ver seu rosto mas ele estava com uma máscara horrenda de um palhaço e segurava meus punhos. Dei uma joelhada em seus "documentos" e saí correndo e gritando feito uma louca.

Eu corri, mas continuei olhando para trás. O bandido continuava imóvel. Olhei para frente e trombei com outro homem mascarado, que me deu uma rasteira que me fez cair de cara no asfalto. Eu sentia o cimento arranhando minhas bochechas e fazendo meu rosto arder.

Tentei levantar, mas o homem golpeou fortemente a minha barriga e eu me curvei em posição fetal, sentindo o ar escapar de mim e me fazer ofegar de agonia.

O outro homem se aproximou, me pegando no colo e me levando para dentro do carro. Eu já não tinha mais forças para lutar e a minha barriga parecia que ter sido esmagada e parecia que tinha levado todo o meu ar junto.

O bandido me jogou no carro de qualquer jeito e percebi que eu estava entre os dois bandidos que me bateram. Na frente, tinha uma mulher loira muito bonita e um homem também loiro, que dirigia.

— Anda logo, Stefan! Mexe essa jeringonça! - Urrou o bandido que estava do meu lado direito, o que tinha a voz familiar.

O tal Stefan o atendeu, meio nervoso. Suas mãos suavam e ele parecia assustado. A mulher ao seu lado não estava diferente dele, pelo que eu percebi.

— O que vocês querem comigo? - Perguntei, sentindo as lágrimas presas em meus olhos.

— O que vocês querem comigo? - O bandido que me deu a rasteira imitou meu tom de voz, fazendo o outro rir enquanto empunhava uma arma na minha cabeça. Meu desespero aumentou nessa hora.

— Quero que fique quietinha se não quiser que eu te bata com essa arma. - Me ameaçou o homem da voz familiar.

Quem era ele? Eu tinha certeza absoluta de que conhecia aquele tom de voz. Será que o medo me fazia alucinar? O que será que eles iriam fazer comigo?

Me sequestrar, me bater, me violentar... ou me matar? Ou todas essas coisas? Será que pediriam resgate ao meu pai e me entregariam com vida?

— Por favor... vamos negociar... - Pedi com a voz chorosa.

— CALADA! - Pulei de susto com o grito do bandido que estava do meu lado direito e obedeci imediatamente.

No instante seguinte, senti um capuz preto ser colocado na minha cabeça e eu senti que teria um infarto naquele instante. Temi pela minha vida.
O carro diminuiu a velocidade até parar e me senti ser puxada para fora do carro por um dos homens. Eu andava totalmente às cegas, apenas com a orientação de um dos bandidos. Ouvi o barulho de madeira rangendo e uma porta batendo ao fundo. O bandido me empurrou para que eu andasse mais rápido e acabei tropeçando algumas vezes pelo caminho.

Outra porta foi aberta (ou fechada não sabia direito) e me colocaram sentada em uma cadeira mas não tiraram o capuz da minha cabeça.
Eu quase podia ouvir o som do meu coração batendo descompassado de medo. Pensei que eles me executariam ali mesmo, sentada naquela cadeira. Uma morte rápida. Mas enquanto eu pensava nisso, senti que tiravam o capuz da minha cabeça e os dois homens tiraram suas máscaras, revelando as suas identidades.

O primeiro homem (aquele que me deu uma rasteira), era loiro, alto e charmoso e o que estava com a máscara de palhaço... ERA O HOMEM DO BAR! Aquele que adivinhou várias coisas sobre mim e que eu comparei com a noite. Aquele em que eu senti a maldade e agora mais do que nunca, eu sabia porque. Minhas sensações nunca se enganam!

— Está surpresa? - O moreno de olhos azuis tão hipnotizantes quanto sua maldade, perguntou.

— Não, eu já esperava que você fosse mesmo um monstro. - Todos naquela sala riram, inclusive ele.

— A garotinha tem uma língua ferina... - O loiro deu um passo a frente, pegando no meu queixo e me forçando a olhar para ele. - Vamos ver se ainda continuará assim depois que sair dessa sala. - Tendo dito isso, ele deu um tapa forte no meu rosto e as lágrimas que estavam presas, rolaram pelas minhas bochechas.

— Não chore querida. A festa está apenas começando. - Estremeci.

A loira e o tal do Stefan não estavam mais ali. Tinham me deixado sozinha com aqueles dois monstros. O pânico me preencheu totalmente e mais lágrimas saíram do meu rosto quando ele deu mais um tapa na minha face.

O que eu tinha feito para merecer aquilo? Eu nem os conhecia!
Senti que a noite seria longa para mim. Principalmente porque aqueles dois homens na minha frente tinham o coração escuro demais para se importar.

Caroline narrando:

 

Um tempo depois de Elena ter saído da casa de Caroline...

 

— Vocês ouviram isso? - Perguntei.

Eu podia jurar que tinha ouvido alguém gritar e parecia o grito de Elena.

— Eu ouvi! - Tyler se levantou rapidamente ao ouvir que mais gritos ecoaram pela casa mas durou apenas alguns segundos.

Fui atrás dele e Matt e Bonnie nos seguiram, mas apenas vimos um carro preto no final da rua que andava descontrolado. Andei por toda a rua, olhando ao redor, quando vi um objeto brilhando próximo ao meu pé.

Me abaixei para pegá-lo, e vi que era um isqueiro. Um isqueiro preto com uma estrela. Quem tinha um isqueiro assim?

— Acho que não foi nada. - Disse Bonnie chegando ao meu lado com Tyler e Matt.

Não a respondi e a vi acompanhar meus amigos para dentro de minha casa, mas continuei imóvel.

Por mais que eu quisesse, não conseguia me lembrar de quem pertencia aquele isqueiro. A única coisa que eu sabia, é que o isqueiro me era familiar. O guardei no bolso da calça, tendo a certeza que aquilo poderia me servir para alguma coisa.

Alguma coisa realmente importante.

 


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Notas finais do capítulo

Elena foi sequestrada e agora as coisas vão começar a acontecer! Ela vai sofrer um pouco no início mas é assim que ela e o Damon vão se conhecer melhor. No próx. capítulo, vcs verão mais a Rebekah e o Stefan também!
Perceberam que a Caroline achou o isqueiro do Klaus né? hahahaha vai feder isso KKKKK
O que vcs acham de essa fiic ter um dia fixo de postagem? Se vcs concordarem, toda a quinta ela será atualizada, ao menos que ocorra algum imprevisto.
Comentem por favor meninas!
Tenham uma boa noite