Alice chegou ao refeitório rápido. Avistou Percy e seus amigos mas seu pensamento tava focado em outra pessoa. (E não, não era em Nico) Em Léo Valdez. 

Léo parecia ser o tipo de irmão marrento que conseguia tudo o que queria e que tinha que ser tudo do seu jeito.

Sentado ao chão, no canto do refeitório arrumando uma espécie de relógio, Alice encontra Léo. Ela queria pelo menos uma vez na vida se dar bem com seu irmão.

Alice então resolveu se aproximar. Mas sem se sentar porque não queria levar um soco ou algo do tipo provocado pelo mal-humor de Léo. Então, ficou em pé.

 – E então? O que temos pra hoje? Um prato de mal-humor, de ódio exalando, de raiva ou o que?  – Disse Alice encarando o irmão.

 – HA HA HA HA HA. Muito engraçada você. Tão engraçada que meu pai poderia te colocar na TV.

 – Será que a TV Hefesto me aceitaria?  – Disse Alice sorrindo

 – Não não, você é engraçada demais pra isso.

 – Ah tudo bem então, eu supero. 

 – Bom mesmo.

 – E então, fique calmo. Eu não sou um E.T que veio em guerra.  – Alice sorriu.

 – Bom, é praticamente isso.  – Léo abriu um sorriso que logo se fechou.

 – Se me insultar te faz sorrir, pode continuar.

 – Ah, quer que eu comece por onde?

 – Se bem que é melhor esquecer essa história de poder me insultar.

 – Você que sabe.

 – Mas e então, como vão com as namoradinhas?  – Alice sorriu.

 – Não me faça lembrar disso. A unica e ultima garota pelo qual me apaixonei não deve mais gostar de mim. Mas tenho esperança de que ela volte. – Léo abaixou a cabeça.

–  E qual era o nome dela?

–  Letícia. Mas era um amor proibido. Ela é filha de Poseidon e então tinhamos que namorar escondidos. Esses deuses são uns chatos. AHH PERDÃO DEUSES EU AMO VOCÊS. – Léo fez uma careta

– Ah mas o que aconteceu pra vocês não estarem mais juntos?

– Bom, ela saiu numa missão e... – Léo suspirou –  E nunca mais apareceu.

– Ah meus deuses! Sinto muito. 

– É, eu também sinto.

– Ah mas não precisa ficar assim. Ela vai voltar, sei que vai. – Alice tentou sorrir encorajadamente

– Que os deuses lhe ouçam.

Alice pôde ver Nico andando do lado de fora do refeitório e não pensou duas vezes.

– Ahn.. eu tenho que ir. Foi bom falar com você sem ser agredida verbalmente muitas vezes. Espero que continuemos nesse ritmo.

– Não se acostume com isso.

Alice sorriu e saiu em direção a Nico.

– NICO! NICO! 

O garoto olhou pra trás e abriu um sorriso.

– Alice!

– E então, não quero que pareça perseguição. Mas é que eu realmente gosto de falar contigo. – Ela se sentiu corada.

–  Eu também gosto muito de falar contigo Alice. – Nico também se corou. 

– Só dei uma passadinha aqui pra ver como você tá. Eu tenho que voltar pro refeitório pra resolver umas coisas. Espero que não se importe.

– Ah tudo bem. Nos falamos depois então. Eu adoraria. – Nico sorriu.

Alice se inclinou e lhe deu um beijo. E dessa vez não foi perto, nem no canto, foi na boca. 

Parecia que o mundo estava soltando fogos de artifícios pros dois naquele momento.

E então Alice saiu correndo e deixou Nico ali, sorrindo.

Ela ainda vermelha chegou pra Percy no refeitório.

– Percy, precisamos conversar.

– Alice porque tá tão vermelha e trêmula? Aconteceu algo?

– Não não, eu só corri demais. 

Alice era mestre em dar as desculpas mais retardadas que se possa imaginar.

– Enfim Percy o que temos que conversar é sério.

– Sobre o que?

– Sobre aquela profecia que mencionaram no meu sonho. Aconteceu uma coisa estranha essa noite e eu preciso da sua ajuda.