Dear Boss escrita por Bruna


Capítulo 10
Our weird relationship.


Notas iniciais do capítulo

Here we go! FINALMENTEEEEEEEEEEEE



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Se alguém me dissesse algumas semanas atrás que eu, algum dia, iria me deliciar com o meu trabalho de estar ao lado de Edward Cullen 24 horas por dia, eu provavelmente pediria para ela fazer uma visita ao psiquiatra mais próximo a ela.

Se alguém me dissesse a mesma coisa, hoje, eu iria provavelmente (e vergonhosamente) abrir um sorriso bobo e concordar veementemente.

Não, não sei como isso aconteceu. Sinceramente, não sei como o meu chefe odiado passou a ser a parte mais importante do meu dia. Só sei que era verdade.

-Bella! – Edward gritou, e eu suspirei em alívio. Finalmente.

-Boa sorte – Angela desejou, sorrindo de um jeito terno, sem saber que eu estava contando os minutos para que ele me chamasse.

Assenti e abri a porta, mas logo fui puxada para frente, e agarrada sem demora. Ri deliciada.

-Ei, ei, calma aí chefe – brinquei, me desviando dos seus selinhos.

Ele sorriu e acariciou os meus cabelos enquanto olhava bem fundo dos meus olhos, daquela forma que fazia todos os pelos do meu corpo se arrepiarem.

-Acho que você deveria mudar sua sala para dentro da minha. Não sei se agüento ficar tanto tempo longe de você – ele falou, muito á sério.

Dei uma risada gostosa, meio incrédula, meio feliz.

-Ah, claro. Dois minutos longe de mim deve ser uma eternidade. – ironizei, revirando os olhos.

Ele não respondeu. Olhou para mim por mais uns instantes, e, vagarosamente, foi passando a ponta da língua nos meus lábios. Fechei os olhos, aproveitando cada choque elétrico que vinha com o seu toque.

-Você não acredita que não consigo mais ficar longe de você. Mas é verdade.

Se tivesse algum jeito de uma pessoa se derreter através apenas de palavras, bem, eu estaria derretida. Na verdade, deve haver sim, porque sentia minhas pernas como geléias. Sobre a respiração, nem comento. É humilhante demais.

O telefone tocou justo no momento em que seus lábios estavam a poucos centímetros do meu, e Edward suspirou frustrado. Revirei os olhos, afastando-o um pouco para atender a ligação.

-Oi! – atendi, sem olhar quem era.

-Gata! Horário do almoço, sua liberdade! Onde você está? – Mike perguntou, parecendo tão feliz quanto eu.

Sorri ainda mais, porque Mike estava sempre feliz. Me afastei mais do Edward, para ter um pouco mais de privacidade, e ele me lançou um olhar estranho.

-Ainda presa no trabalho. Desculpa – respondi, e ouvi ele rir do outro lado da linha.

-Claro que está. Eu já esperava isso – outra risada- Mas hoje você não me escapa! Á noite, você me deve um boliche. Não aceito não como resposta.

-Mike...

-Tchau meu amor!

-AlO? Mike?

Mas ele tinha desligado. Claro que tinha. Estava enrolando a saída com os amigos desde que comecei a namorar escondido com o Edward, duas semanas atrás. Já estava na hora de sair um pouco da bolha.

Sem me virar, liguei para o Emmett rapidamente.

-Fala gata!

-Vamos sair para a noite do boliche hoje? Mike acabou de me ligar.

Ouvi um grito, movimentação, como se ele estivesse indo para algum lugar mais reservado, e logo depois a voz do Emmett, mais feliz que nunca.

-Eu não acredito! Você lembrou que ainda tem amigos?E vai sair conosco? Meu deus!

-Para com isso – dei risada, revirando os olhos – Vai ou não?

-Claro que sim! Não perderia isso por nada – respondeu em tom brincalhão, e depois a voz ficou mais séria – Estou feliz que você esteja dividindo o seu tempo. Não deixe seu chefe te monopolizar, Bella, por favor. Já te alertei quanto a isso, mas você não me escuta.

-Isso não é hora de sermão, Emmett. Vamos sair e pronto. Agora vou desligar antes que você me venha com outra lição de moral.

-Tá bom, sua teimosa. Te amo!

-Te amo mais.

Desliguei o telefone tão contente que não cabia em mim. Agora estava tudo encaixado. O Edward, os meus amigos, a minha vida. Todos devidamente trancados dentro do meu coração, em cada segundo do meu dia. Duvidada que houvesse alguém mais feliz que eu agora.

-Para quem você estava dizendo eu te amo? – a voz do Edward foi um susto. Estava azeda, cortante, como ele fazia quando estava muito bravo.

-Para o emmett – respondi, me virando, e franzindo a sobrancelha para sua expressão. Ele estava bravo.

-Vai sair com ele hoje a noite?

-Sim. – me aproximei com cautela, e quando estava muito perto, ele se afastou, indo para a sua mesa.

-Eu tinha planos para nós dois hoje. Uma surpresa.

Fui para o seu lado novamente, irritando-me um pouco quando, novamente, ele se afastou.

-Me desculpa. Não pode ser outro dia?

-Se pudesse, eu não teria marcado hoje.

Fechei os olhos para me acalmar, tentando evitar que meu lado explosivo respondesse á altura.

-Por que está tão irritado, Edward? É só uma noite. – tentei acalmá-lo, pacientemente.

-Porque eu queria sair com você hoje.Só por isso.

-Mas hoje não dá. Tenho saído com você todas as noites há duas semanas. Preciso dos meus amigos também.

-Você precisa de mim. É disso que você precisa – ele rebateu, agora realmente furioso, olhando para mim com uma expressão fulminante.

-Bem, me desculpa se a minha vida não se resume a você! – gritei, sem conseguir me controlar.

-É uma pena não é? – a voz dele estava tão fria, que me deu calafrios, de um jeito ruim. De um jeito que me fez ficar furiosa.

-Você sempre tem que estragar tudo, não é? – saí batendo a porta da sala dele com força, tão irritada que não conseguia sequer respirar direito.

O que tinha acontecido? Era só uma noite! Uma maldita noite que eu iria me divertir com os meus amigos, e ele simplesmente não aceitava. Era sufocante de um jeito doentio.

Antes que ele pudesse me chamar de volta, me entupir de trabalho, e me deixar tão exausta que eu não pudesse sair á noite, levantei, gritei um “estou saindo!” e corri até o elevador. Imediatamente, ouvi o celular tocar e ignorei brilhantemente, deixando no silencioso. Dessa vez ele não ia vencer.

Andei para esfriar a cabeça, suspirando longamente. Meu horário de almoço, depois de todos, acabaria ainda mais tarde, e eu estava grata por isso. Não agüentaria ver o Edward com a quantidade de raiva que eu estava sentindo.

O tempo passou como uma torrente. Rápido e abruptamente. Eu estava ansiosa, do jeito que eu sempre ficava quando discutia com o Edward. Isso me deixava irritada. Eu deveria estar desejando que ele fosse pro inferno, no entanto, estou aqui, desejando que ele veja o quão idiota se comportou, me peça desculpa, e que continuemos felizes para sempre.

Ah, claro.

Peguei o celular para pedir ao Emmett que fosse me pegar, e quando vi o visor, comecei a engasgar. 49 chamadas perdidas. Que diabos? Guardei o celular no bolso e voltei correndo para o trabalho, repentinamente preocupada

-Angela? Aconteceu alguma coisa? – perguntei logo, sem fôlego.

Angela, ao me ver, soltou um suspiro de alívio.

-Meu deus, Bella, graças a Deus. Edward está furioso. Como você não estava, tive que assumir a sua função, e não tenho certeza se agüento mais cinco minutos com ele. – ela explicou, com olhos suplicantes – Me salva, por favor.

Sorri condescendente, e, antes que tivesse a chance de responder, a voz do Edward gritou

-Angela!

-Bella já está de volta! – ela gritou em resposta, quase caindo da cadeira.

Ouve um momento de silêncio, e ele irrompeu da sua sala. Ainda parecia estar irritado. Olhou para mim por um momento, e depois virou-se para Angela.

-E daí? Eu chamei VOCÊ e não Bella. Para a minha sala. – e entrou na sua sala novamente

Meu queixo caiu, assim como o da Angela. Ela olhou para mim em pânico, e eu suspirei.

-Acho melhor você entrar – encolhi os ombros, derrotada.

-Não! Eu não...Eu não posso! Por favor – ela implorou, os olhos atormentados – Em quinze minutos ele conseguiu me deixar tão estressada que estou á ponto de explodir.Por favor, Bella...

-Angela...

-Eu não sei como você agüenta...Mas não consigo! E preciso desse emprego! Por favor.

-Angela, não acho que seria uma boa idéia. Eu... – engasguei, sem poder continuar. Eu não podia explicar que nós tínhamos brigado, porque ela não podia saber sobre nós.

-Por favor. Você é a única que consegue controlar ele.

Arregalei os olhos, porque aquilo era uma grande mentira. Eu era a única com que ele se descontrolava ,isso sim. E nesse momento, só estava sendo um babaca com a Angela, porque queria me atingir.

-Eu não acredito que vou ter que pedir de novo! Você quer ser demitida? – Edward gritou da sala para Angela.

Ela me olhou uma última vez, e dei de ombros. Ela fez uma expressão infeliz e entrou na sala.

Esperei por alguns momentos, olhando para o vazio na cadeira de Angela, e temendo por ela. Como era uma pessoa muito doce, não deveria estar acostumada a este tipo de comportamento agressivo do Edward. Por que ele tinha que ser tão idiota ás vezes?

-NÃO! EU DISSE HOJE, ENTENDEU? HOJE! NA HORA QUE EU FALEI. NA PORRA DA HORA QUE EU FALEI – os gritos foram tão potentes, que levantei da cadeira imediatamente, sem pensar, indo automaticamente em defesa á Angela.

Abri a porta num rompante. O Edward estava em pé e apontava com o dedo para a Angela, que estava encolhida e parecendo prestes a chorar.

-O que está acontecendo aqui? – exigi saber, andando até a Angela, e segurando a sua mão.

Ela se encolheu, indo para trás de mim, e apertando a minha mão com força.

-Quem te deu permissão para entrar na minha sala? – ele continuou gritando, furioso.

Semicerrei os olhos, e numa performance digna de Oscar ignorei-o totalmente, me virando para a Angela.

-Volta para a sua sala. Pode pegar as suas coisas e ir para casa. Procura se acalmar, Ang. Vai ficar tudo bem, ok? – tranqüilizei-a, olhando bem fundo nos olhos dela.

Angela assentiu e saiu da sala o mais rápido que pode.

-você acha que pode mandar nos meus funcionários só porque deita comigo algumas noites? – a voz do Edward estava tão gelada, que fiquei na defensiva imediatamente.

-Preste atenção em como fala comigo – alertei, me virando – Não acha que está sendo um pouco ridículo?

-Cuidado com o que VOCÊ fala. Eu sou o chefe aqui.

-Vamos fingir que isso não se trata de você estando puto e completamente infantil, descontando em todos os outros? Sério mesmo? – ironizei, erguendo as sobrancelhas.

-Você fura uma das nossas noites e eu sou o infantil? O QUE? – Edward rebateu, fulminado-me com o olhar.

-Eu não vou viver em sua função, Edward. Tenho minha família, meus amigos. Não vou desistir deles por sua causa.

-Eu posso te dar o mundo, Isabella. – ele falou, andando em minha direção – Posso te dar tudo o que quiser, qualquer coisa, e só o que você precisa fazer é pedir. Posso ser o seu mundo. Eu quero ser o seu mundo. E quero que você seja o meu.

-Não é assim que as coisas funcionam, Edward.

-É assim que as coisas funcionam, sim. Como eu quero.

Foi nesse momento que eu me descontrolei.

Ele estava sendo tão possessivo, tão mandão, que não pude agüentar. Em um acesso de fúria e frustração, agarrei a cadeira mais próxima a mim e joguei longe, seguido de um grito. Edward olhou para mim assustado, e eu fui para cima dele.

-MERDA! Por que você é assim? POR QUE? – gritei, totalmente tomada pela fúria, dando socos em seu peitoral – Eu quero uma vida! UMA NOVA VIDA! Não só sua, não só dos meus amigos, mas com vocês juntos! Tudo estava perfeito na minha cabeça, e então você simplesmente – soco – simplesmente...- outro soco – ESTRAGA – soco – TUDO!

Edward estava pasmo, e agarrou as minhas duas mãos de forma que eu não pudesse mais socá-lo.

-Pare com isso!

-PARE COM ISSO VOCÊ! PARE DE SER TÃO ASSIM- fui interrompida no momento que sua boca invadiu os meus lábios, me acalmando instantaneamente. Ele me apertou ainda mais, para que eu não fugisse, mas era inútil. Uma vez que ele estava tão próximo a mim, não tinha nada que eu pudesse dizer, fazer ou pensar, a não ser ele. Porque ele tinha invadido cada célula do meu corpo estando assim tão perto.

-Se eu mudasse, você não gostaria tanto de mim – ele falou, pertinho da minha boca.

Sorri, concordando.

-Se eu te soltar, posso ter esperanças de não ter meu escritório destruído? – Edward perguntou, ainda com braços firmes ao meu redor.

Dei risada e assenti, porque já estava mesmo calma.

-Desculpe. Acho que passei dos limites um pouco – me desculpei, respirando fundo.

-Só um pouco.

-Mas, Edward....

-Eu entendi.

Arregalei os olhos, surpresa.

-Entendeu?

-Eu tinha planejado um jantar na biblioteca da escola em que nos conhecemos. Demorei um pouco para organizar tudo, por isso fiquei tão irritado – ele respondeu, e meu queixo caiu. Ele tinha O QUE? Fechei os olhos em frustração, porque eu me sentia uma bipolar por estar odiando-o dois segundos atrás, e agora estar achando ele a pessoa mais romântica do mundo. Não acredito.

Ele interpretou mal minha frustração.

-Não, tudo bem. Você precisa dos seus amigos. Eu não posso ser seu dono, e tenho a mania de pensar assim das pessoas. Me desculpe, Isabella.

Abri os olhos, sorrindo fraco.

-Está perdoado.

-E então você ainda vai sair com os seus amigos?

Ri, agora realmente bem. Claro que ele ainda tinha esperanças que eu não furasse. Ele era Edward Cullen. Tinha tudo o que desejava.

Só não dessa vez.

-Vou, Edward. Eu sinto muito, mas quero mesmo ir para esse boliche.

-Bem, espero que você se divirta. – ele falou, resignado.

-E eu espero que você não desconte sua raiva nas outras funcionárias enquanto eu estiver fora.- respondi, antes de sair.

O boliche estava maravilhoso. Emmett estava ganhando todas, obviamente, e eu perdia tão feio que deveria estar envergonhada. E estaria mesmo se não estivesse acostumada a perder nesses tipos de jogos.

-Não acredito que você não conseguiu NENHUM strike! Nenhum, bella, nenhum! – Mike falou mais uma vez, rindo.

-Pode desistir, Mike. Sou péssima nesses jogos.

-É notável – Emmett zoou, piscando para mim.

-Vamos Bella, eu vou apostar em você. Pelo menos um strike até o fim da noite.

-Aposto 50 dólares que ela não consegue.- Emmett desafiou, brincalhão

-Tudo isso? – perguntei, ofendida.

Emmett assentiu, sorrindo malicioso.

Estretei os olhos, meu sangue fervendo com o desafio. Levantei, preparada.

-Desafio aceito. Vou fazer um strike.

-Assim que se fala – Mike levantou comigo, deliciado.

Quando me aproximei dos pinos, fiquei um pouco mais insegura. Como eu iria fazer um strike com uma coordenação motora ridícula como a minha?

-Mike, peço ajuda aos universitários. Não vou conseguir vencer sozinha – pedi ao Mike, que riu durante bons dois minutos.

-Bella, é bem fácil. Vou te ensinar.

Então ele segurou a minha mão, para que eu manuseasse a bola com mais habilidade. Então ficou atrás de mim.

-Segura firma a bola, Bella. Desse jeito – e apertou a minha mão – Agora mire bem no meio, dê um impulso para trás e pronto.

Assenti e me preparei, pronta para lançar a bola. Concentrada, olhei por alguns segundos o meu alvo, impulsionei para trás e joguei a bola. Observei o seu trajeto nervosamente, e quando fiz um strike, dei um grito que chamou a atenção de todo o salão.

-CONSEGUI! – falei, dando pulinhos com o Mike.

-Você conseguiu – Mike ecoou, sorrindo abertamente.

Olhei para trás e vi o Emmett engasgado com uma batata, com uma expressão incrédula no rosto. Ri ainda mais com isso.

-Obrigada! – agradeci ao Mike, dando-lhe um abraço de urso.

-De nada – ele respondeu, me levantando do chão.

-O que está acontecendo aqui? – uma nova voz perguntou, atrás de mim.

Reconheci imediatamente, e me virei, dando com um Edward parecendo não gostar do que via.

-Edward? O que você está fazendo aqui? – perguntei, exasperada.

-O que parece? Jogando boliche.

-Neste boliche? Entre tantos milhares em Londres, logo ESTE? – perguntei, desconfiada.

- O mundo é muito pequeno.

Mike se mexeu desconfortavelmente do meu lado.

-Senhor Masen? Quer...quer sentar conosco? A nossa mesa é logo ali – ofereceu, educado.

Edward sorriu, pronto para aceitar, mas segurei o seu braço.

-Deixa eu falar com você um instante.  – pedi, arrastando-o para fora.

Quando estávamos fora do boliche,em um lugar mais ou menos reservado, virei para ele.

-Edward,  não acredito que fez isso.

-Fiz o que?

-Veio aqui só para não me deixar curtir com os meus amigos!

-O que? Olha, princesa, o mundo não gira em torno de você não.

-Claro que não! Gira em torno de você e é por isso que você está aqui! – rebati, um pouco irritada.

-Ei, ei! Eu não vim para brigar!

-Então para que você veio?

-Para passar mais tempo com o outro lado da sua vida. Não quero monopolizar você, Bella, mas quero estar contigo em todos os momentos. Inclusive os que você passa com seus amigos.

Me derreti imediatamente.

-Como você consegue ir de insuportavelmente chato para irritantemente doce?

Ele deu de ombros, me puxando para os seus braços.

-Você não sabe ainda, mas você é meu ponto de equilibro – falou, beijando o alto da minha cabeça – O que me deixa em paz, o que me impede de pender para o outro lado é você. Nunca esqueça isso.

-Eu prefiro os seus momentos doces – falei, apertando-o mais perto de mim.

Ele deu uma risada.

-Pois eu prefiro você. De qualquer forma. Irritada, cansada, alegre, muito alegre, desconfiada, quebrando as cadeiras do meu escritório...Prefiro você inteira. Exatamente do jeito que você é.

 Olhei para ele, surpresa por ele estar mostrando tanto os seus sentimentos.

-Por que você está falando assim? – perguntei, e completei, quando ele franziu as sobrancelhas – Eu estou amando,óbvio, mas não é comum você mostrar tanto de si.

Ele assentiu, compreensivo.

-Ás vezes, não tenho certeza se você sabe o quão importante é para mim. Então quis deixar claro.

Fiquei na ponta dos pés para dar um beijo de agradecimento, mas o meu telefone tocou, me interrompendo.

-Seu celular é um pé no saco – Edward resmungou, e eu ri, enquanto atendia.

O mundo parou. Não era brincadeira. Não era alucinação. Á medida que o meu sorriso murchava, cada laço que me prendia ao boliche, á Londres, ao mundo, foi desfiando-se, mudando, saindo de foco. A cada palavra que eu ouvia, sentia pedaços de mim quebrando, desmontando, caindo. Eu precisava de um apoio, mas me sentia perdida. Não consegui respirar.

Desliguei o telefone e tive a vaga impressão que caía, assim como senti longe as mãos do Edward ao meu redor, e os seus gritos. Eu não conseguia ouvir. Nem acalmar o Edward. Eu não conseguia fazer nada. Estava paralisada de medo e terror. O pânico era tão forte que senti nas minhas entranhas todo o pesadelo se formar.

-Bella! Bella, o que aconteceu? – Emmett perguntou, segurando meu queixo de forma que eu olhasse diretamente em seus olhos.

A minha voz estava muito estranha. Um sussurro desesperado, como uma pessoa que queria muito falar, mas não conseguia.

-Meu pai....Meu pai sofreu um grave acidente. Ele está em coma.

A última coisa que percebi foram os gritos desesperados do Edward e do Emmett.

Depois eu apaguei.


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Notas finais do capítulo

Não tenho nada a dizer sobre esse capítulo a não ser que não estou exatamente orgulhosa dele. Se tiver algum erro ortográfico, ou algo assim, me desculpa! Não tive tempo de revisar, e mal estou tendo tempo de escrever! Mas espero que vocês não me abandonem ): Então, vou ficar algum tempo ( MUITO tempo) sem postar, provavelmente uns dois meses, porque a escola está muuuito corrida. Ano de vestibular, já viu. Me desculpem :/ Sempre que posso vejo os comentários de vocês e não to respondendo porque estou sem tempo, mas vejo sim! Então comentem MESMO!