Gerard caminhou, sem vontade e relutante, ao lado de Billie. Passou pela cela dos J's, a porta estava aberta. Estranho, eles não estavam lá. Billie fitou a porta escancarada também atônito.

-Espere aqui, Gerard...

Billie dirigiu-se aos telefones, do outro lado do corredor. O que havia acontecido? Passou a discar o número do centro de controle tecnológico, onde os dois trabalhavam diariamente. Se não estavam na cela, era lá que deviam estar.

Porém o telefone estava mudo. Tentou as outras cabines, todas em vão. Devia ser uma pane no sistema. Quando voltava para o lugar onde deixara Gerard, sentiu uma dor profunda fervilhar em sua nuca e apagou.

Frank arrastou o corpo de Billie Joe até o banheiro masculino, deixando-o em um bos boxes. Agora tinha de ver Gerard, encorajá-lo, ia dar tudo certo. Encontrou-o encostado na parede, casualmente olhando o chão, os braços cruzados atrás das costas. De início, ele não notou-o, mas alguma coisa, talvez uma visâo, atravessou amente do mais novo e fê-lo olhar direto para Frank, que aproximava-se sorridente e silencioso.

-Frank... Mas... Como...?

-Idéia dos J's... Vamos? Te explico no caminho.

Frank abaixou-se para que Gerard subisse em suas costas, os dois partiram em disparada.

-Jason consegui trazer um dos palm-tops do centro técnológico, onde trabalham, até a cela. Daí foi um passo para desativarem as trancas as pulseiras deles. Passarm na nossa cela há alguns segundos, me aisando. Agora seguiram para o centro, junto da batedora e dos guarda-costas. Eles pretendem dar pane total no sistema. Como? Não me pergunte, sabe que els são doidos.

-E os guardas?

-Jason acabou de passar um comunicado, supostamente via rádio, para os guardas, alegando um treinamento de praxe. Estão todos no pátio. Como eles tomaram o centro de controles, vão prendê-los lá. Mas eu não pretendo ir lá ver.

-Quanto menos eu.

Frank chegou a uma encruzilhada. Os J's e a batedora vinham de um corredor e os guarda-costas do pátio.

-Gee... Tudo bem com você? - assustou-se Jack.

-Sim... Jack.

-Então vamos, temos de sair o mais rápido possível.

As portas duplas do hall de entrada foram abertas pelos comandos de Jason em um laptop, que a batedora segurava. Mais mutantes haviam se unido ao grupo, durante o trajeto. A luz intensa cegou-os momentaneamente, Gerard enterrou o rosto na omoplata de Frank. Não estava certo... Não era pra isso acontecer. A visão que tomou sua mente...

-Frank...

-O que?

-Eu devia ter te contado...

Uma esquadrilha de aviões de grande porte, esverdeados, tomou a clareira em na qual a base havia sido montada. O pior de tudo era que os aviões traziam emblemas não do governo dos Estados Unidos, mas sim do brasileiro. Haviam descoberto o plano. Soldados armados até os dentes surgiam em aberturas nos helicópteros. Prontos para matar.

-Vai dar tudo certo... - suspirou Gerard. Sua voz alquebrada denotava o quanto estava cansado de tudo isso, mas um toque de coragem lá no fundo renovou as esperanças de Frank. Ele estava exausto, contudo ia lutar pela própria vida, pela de Frank, e das centenas de mutantes que agora aglomeravam-se ali.

-Tudo... Se estivermos juntos.

-Juntos.