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-  Jonny! Jonny! – Gritou o moreno. – Simulador de número 6! Agora! – Gritou, enquanto corria para avisar o maior, que estava bebendo alguma coisa.

- Huh? O que aconteceu agora, Mathews? – Perguntou o maior.

- Lindsay! A Lindsay voltou! – Respondeu, ofegante.

- É o que? – O mais alto ficou tão assustado com a notícia, que cuspiu todo o Milk shake que tinha em sua boca. – Mas ela já chegou?!

- Sim! Ficou adiantada esse meio período, ela quem buscou a maioria dos veteranos!

- Mas como ela... Olha, eu vou ver como estão os outros alunos que acabaram de chegar, e você fale com a Lindsay! – Respondeu seco.

- Mas por que? Justo eu? Cara ela me odeia! – Tentou criar motivos para não ver a loira novamente.

- Por isso mesmo! – O moreno sorriu, com ironia.

***

- Bem... – Começou Jonny. – Da mesma maneira que eu fiz ontem, irei fazer hoje... Olá!

Os outros alunos, que estavam no simulador, fixaram o olhar no tutor. Ele sorria torto “Cara... Odeio meu trabalho” Pensava.

- Muito bem, meu nome é Jonny! Minha habilidade é controlar os 4 elementos, e fazer eles terem forma de alguma coisa... No meu nível, que ainda é o 6/10, eu já consigo fazer eles moverem-se da maneira que eu desejar. – Apresentou-se. – Agora, vocês!

- Meu nome é Elena Folks... Prazer. – Apresentou-se uma menina. Ela tinha os cabelos castanhos, com um pequeno toque de caramelo nas pontas. Os olhos castanhos, e não esbanjava nenhuma expressão no olhar.

- E qual a sua habilidade, Senhorita Folks? – Perguntou Jonny, com desinteresse.

- Posso tocar no seu braço? – Ela perguntou. O maior, com um pouco de vergonha do pedido inusitado feito, deixou, sem falar nada. Quando ela tocou no braço do rapaz, começou a falar. – Eu vejo que você tem um sério distúrbio mental, em relação a família, e amigos. Seu pai é o diretor desse colégio, e sua mãe já não está entre nós, eu ainda vejo que seu coração é frio, e esconde isso atrás desta sua máscara irônica, fria, e fals-

- Ehr, já está bom, Senhorita! – O maior soltou-se do braço da menina, e pediu para que ela voltasse ao seu lugar. – Mais alguma coisa, Folks?

- Consigo prever o futuro e manipular suas lembranças...

- E usa a luva para não ler os pensamentos dos outros? – Jonny questionou.

- Exato! – Confirmou.

- Bem... Outro por favor?

- Sou Holly Kay Evans. – Obteve a atenção dos outros uma moça de cabelos curtos, em um tom de loiro misturado com o castanho claro, com a pele alva.

- E qual sua habilidade, Senhorita Evans?

- Da mesma forma que a Folks, eu consigo ler a mente das pessoas. Mas não irei ler a sua, talvez eu não goste do que eu veja... Eu também posso voar, e criar o controle sobre o gelo.

- Ora, prove! – O maior indagou, com interesse no talento da menor. - Obsignandi Facultate Occultus Aqua! – Dito as palavras em latim, grandes linhas de água saíram das mãos de Jonny, indo em direção a menor. Que apenas para proteger o próprio rosto, colocou a costa das mãos no mesmo. Assim, ventos frios saíram de suas mãos, congelando a água lançada em si, e depois a transformando em lindos flocos de neve, que encheram o simulador. – Que impressionante, Senhorita Evans...

- Obrigada... – Ela suspirou.

- Com licença, Jonny!  Jonny! – O maior ouviu uma voz familiar de uma menina.

- Ora, ora! Quem é vivo sempre aparece, não é Bárbara? – Brincou.

A mulher, de 18 anos, tinha os olhos castanhos claros, quase verdes. Os cabelos negros, com mechas loiras.

- Como está, Jonny? – Bárbara perguntou.

- Estou bem... Isso foi um termo relativo, já que nosso querido Diretor quer que eu ensine os calouros. – Indagou, sorrindo travesso. – O que aprendeu, Spider?

A mulher, sem negar, com alguns movimentos com as mãos pegou a metade da neve, que havia ali, e as transformou em vapor, logo depois em água, e após isso em novos e macios flocos de neve.

- Nossa! Evoluiu bastante! – Indagou o maior, e ela respondeu com um “obrigada”.

- Hey, Jonny! Ficou sabendo que a Lindsay voltou? – Perguntou.

- Sim, eu fiquei sabendo pelo Mathews...

- E o que vai falar para ela? – Questionou.

- Se-gre-do. – Ele sorriu. A maior deixou o local, com um sorriso no rosto, e satisfeita por ter conseguindo impressionar uma pessoa tão poderosa, tal como Jonny. – Enfim... Alguém mais?

- Meu nome é Sebastian Huttenlocher. – Um deles falou, com um frio, tanto no olhar, quanto na voz. Ele tinha o cabelo loiro, e olhos azuis. – E meus poderes são inerentes, variam entre superforça, até poderes telepáticos e telecinéticos...

- Mostre-me um pouco dessa sua superforça. – O tutor mandou, lançando uma grande pedra de terra contra o menino, sem falar nenhuma palavra.

O rapaz apenas segurou  o objeto, com a mão direita. E com um pouco de esforço, quebrou-a no meio, dando um sorriso irônico no final.

- Interessante, Senhor Huttenlocher. – O moreno suspirou, fazendo negações com a cabeça. – Porém ainda precisa ficar mais concentrado... Ou o inimigo ataca pelas costas.  Quando o menino deu por si, estava com o rosto no chão, e com arranhões no mesmo, sentiu um peso em suas costas. – Bom trabalho, Mathews... Digo, cópia do Mathews.

O clone apenas deu um sorriso para o tutor, e sumiu.

- Entende agora, Sebastian? – Brincou o maior.

O garoto nada falou, levantou-se do chão, e voltou para seu lugar.

- Alguém mais?

- Meu nome é Hector Red Ford...  – Um rapaz com os fios de cabelo loiro, os olhos azulados, com o tom escuro da mesma forma que o mar em uma grande tempestade, os lábios vermelhos, alto, com o corpo de um verdadeiro militar, graças aos longos anos de treinamento, além de ter uma cicatriz no olho direito, que era tampada com um capo*.

- Qual seu poder, Senhor Red? – Perguntou o tutor.

- Consigo controlar o ar, além de ter duas asas negras escondidas em meu corpo.

- Mostre-me então essa sua primeira habilidade com o ar, aqui vai! – O professor uniu as duas mãos, deu um breve suspiro, e gritou. - Infernalis Genus! – Assim, uma grande lança de fogo saiu de suas mãos, indo em direção ao jovem, que defendeu colocando as próprias mãos contra o corpo, e gerando uma grande corrente de ar, o que fez a lança ir em direção ao professor. - Training Finis est hic! – Sussurrou em latim, o que fez a lança se desfazer.

- Como voc-

- Você também poderá despertar a habilidade de controlar o ar usando suas asas... – Murmurou o maior.

- Mas como? – O maior nada disse, apenas sorriu.

- Sou Jeffrey Taylor. – Um garoto do cabelo preto, que eram longos e iam até a costa, com alguns fios em seu rosto, quebrou o silêncio e o clima tenso. Ele também era extremamente pálido, alto, e magro.

- Habilidade?

- Consigo invocar armas brancas, tanto as já existentes, como as que eu mesmo desejar, imaginar, e criar. – Falou, com o tom frio.

- Prove.

- Por que eu deveria? Não quero te machucar, hehe. – Ele gargalhou irônico.

- Isso não é um pedido! – Se estressou o professor. – E que animal é esse? – Estranhou, olhando o pássaro do lado do rapaz.

- É apenas o Crow... Meu corvo de estimação. – O menor explicou-se, pegando o animal no ombro.

- Animais são altamente proibidos aqui na Academia. – Replicou.

- Hm... Então, pode ir Crow. – O menor sussurrou, e assim foi feito, o pássaro saiu voando, saindo do simulador. “Se pensa que eu vou deixar meu pequeno corvo longe de mim, está muito enganado, senhor.” Pensava.

- Ainda não mostrou sua habilidade! – Murmurou. –Imaginaria Hastam. – Sussurrou. Depois de dito as palavras, lanças em formas de vento foram atiradas contra Jeffrey, que começou a imaginar alguma coisa que poderia utilizar para se defender, e apareceu uma Katana em sua frente, defendendo alguns ataques gerados por Jonny. - Training Finis est hic! – Murmurou o maior, que fez as lanças sumirem.

O menor estava ofegante com aquilo, e cansado.

- Bom trabalho, senhor Taylor. – Sorriu de forma cruel. – Parece que não são poderes tão inúteis. – Ao terminar a frase, o sangue de Jeffrey ferveu, mas ele apenas voltou para onde estava, sem falar nada. – Já que não temos mais ninguém por aqui, eu vou ter que mostrar os quart-

- Jonny! Jonny! – Uma voz fina o chamou.

- Porra. – Suspirou. “E eu achando que o dia não poderia ficar pior...”.

- Como está, Jonny? – A figura baixa, de longos fios de cabelo loiro, branca e olhos pretos, abraçou o maior. – Pensei que nunca mais veria você, irmão!

- Lindsay, para de ser tão chata! – Ele empurrou a menina.

- Ah, eu senti saudades. Passo 3 anos fora, e você não diz nem um: “Seja bem vinda de volta, pequenina!”

- E não falo porcaria nenhuma, Lindsay! – ele murmurou, a menor ficou com tanto ódio, que saiu batendo os pés no chão, e murmurando palavras indescritíveis.

- Jonny? – Mathews chamou. – Ah, viu? A Lindsay não muda, não é?

- Não, e tenho certeza de que nunca vai mudar. – Riu de leve.

- Então, faremos testes nos novatos? Digo, o teste de força, e simulação?

- Sim, sim! Não só faremos, vamos observá-los também. – Sorriu irônico. – A simulação ocorrerá mais tarde, aqui mesmo.

Todos naquela sala ouviram a conversa, mas não demonstravam emoção, pelo fato de que não havia sido uma surpresa, mas também não fora a coisa mais previsível do mundo.

- Amanha! Amanha vocês lutarão um contra o outro! – Gritou Jonny, dando altas gargalhadas.

Quando todos saíram do simulador, indo para o pequeno quarto que o tutor havia criado com algumas gotas de sangue encostadas no chão, Jeffrey assoviou, e seu corvo, do qual se chamava Crow, foi junto com ele para o quarto, disfarçadamente para não ter sido notado nem pelos alunos, nem pelos tutores. “Falei que não ficaria assim!” Riu de  leve.

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