Spirit escrita por Kaniminashi


Capítulo 18
Capítulo 18 - Premonição do Festival




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Estamos perto do Festival das Flores, o colégio está fazendo muitos preparativos, por isso, não estamos tendo aula. Neste período de tempo, a Delta Kaniminashi veio trabalhar como gerenciadora de batalhas, aqui na cidade, e ela aparece muito na escola. Consegui fazer uma "amizade" com ela, por isso ela não me ataca. Eu também não ataco ela, já me acostumei com sua aura, e estou ajudando ela a preparar o Coliseu onde vão ser apresentados os eventos e as batalhas do dia do festival.

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Eu, Zero e Kiono viemos para Xênia, visitar o templo da vida. É uma tradição de Scallet, todos os membros de todas as famílias vem,rezar pelas deusas Ernasis, Lisnar e Armenias, e pelos deuses Guoko, Narakk e Pedro. Sinto algo nos observando, e um vulto grande passa por traz do templo. Uma alma estranha, quase imperceptível, um desconhecido, talvez maior do que eu o percebera. Eu acabo me cortando com uma parte pontuda do afiado mármore-branco, e a "coisa", por dar um rugido glacial, percebe o meu sangramento, ou acaba sentindo o cheiro do meu sangue.

-Ai...

-Carrynne? - Zero e Kiono falam ao mesmo tempo. No meio daquela penumbra amedrontadora, surge uma imagem impressionante, e, ao mesmo tempo, perturbadora: um basilisco de Elyos. Meu irmão e Zero se assustam, mais eu sinto conhecer aquela imagem. Meu colar está brilhando, outra vez, e sem pensar duas vezes, eu limpo o sangue, em vão, na saia da escola. Eu me viro para a besta assustadora, um basilisco gélido de Elyos, e para tentar espanta-lo, eu lhe jogo um galho encharcado com meu sangue. Para o meu espanto, o basilisco não recua, e onde o sangue tocou suas escamas brilham em prateado.

-Ah, pelos deuses! - Eu digo - Cordiel, não acredito que você está vivo! - O dragão fecha os olhos, recolhe as asas e abaixa a cabeça, como se fosse um cumprimento.

-Cordiel? Mas ele não estava morto? - Retruca meu irmão.

-Por um milagre, não. Acho que por termos enterrado ele na Floresta da Vida, Gaia deu uma chance a ele. Um milagre!

-Nós, por pura coincidência, também o enterramos perto daqui, deste templo, acho que os Deuses-Terra o encontraram e convocaram Gaia. - Kiono hesita com sua última frase, e é cômico vê-lo como os olhos brilhando de seu próprio orgulho.

-Ei, dois, eu vou voltar para Vermécia, e procurar a Elesis. Quero que ela participe deste evento, e preciso aprender a controlar uma montaria rebelde. - Eu sorrio - Zero, quer arriscar?

-Ei, quem é Elesis? - Pergunta meu irmão.

-Sim, eu arrisco, e Elesis é a filha de Elscud Sieghart, se você não conhece. – Responde Zero.

-Não me lembro de nenhum Sieghar... - Kiono se interrompe. - Ercnard Sieghart... O guerreiro imortal... O meu sonho é ser seu discípulo, me tornar o mestre das espadas.

-Ah, estou sem tempo! Zero você vem ou não?

-Claro... - Zero monta em Cordiel, e meu irmão continua fantasiando com seu "sonho improvável".

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Estamos em Canaban, agora preciso encontrar Elesis. Demoro apenas uma hora vindo com Cordiel, e três horas voando com minhas próprias asas. Sinto um pressentimento ruim, mesmo sendo o festival. Algo vai acontecer, e algo muito ruim.

Para encontrar Elesis agora será ruim. Não me lembro de como era sua aura. Sai por Canaban perguntando por ela, isso após eu esconder Cordiel na floresta. Achei uma pessoa que sabia, Gerard era o nome dele, e o mesmo me disse que ela se encontrava em uma guilda: Cavalheiros Vermelhos.

Obvio que fomos até lá, e a encontramos. Estava do mesmo jeito em relação a aparência, mas sua personalidade havia mudado. Ela estava mais firme, mais consistente em seus pensamentos, ela aparentemente estava dando ordens em uma pessoa. Ela estava de partida, e não se abateria por nada.

Ela iria viajar a procura de seu pai.

Ela percebe que eu estou na porta, e sorri, só que um sorriso meio arrogante, porem amigável.

-Carrynne, quanto tempo! Entre, estamos em uma reunião, e, como você me achou? – Pergunta Elesis, de uma forma desconfiada.

-Hm... Geraldo me contou... – Eu respondo.

-Gerard, você quis dizer. – Ela retruca.

-Para onde você vai?

-Vou viajar a procura de meu pai, me juntar a Grand Chase.

Zero esta totalmente fora dessa conversa, esta distraído observando a cidade, provavelmente nunca vira aqui, não ser daquela vez em que conhecemos Elesis.

-Esta cidade realmente é muito bonita – Elesis quebra o silencio, chamando a atenção de Zero -, Pena que eu não posso ficar mais.

-Nem mais um dia? – Eu pergunto – Queria te levar a um festival em Scallet.

-Ah, que pena, não posso. Talvez ano que-

Eu a interrompo.

-Um ano é muito tempo para se esperar, vamos, as flores mais bonitas vão florescer amanhã. Por favor! Seu comandante pode vir também!

-Eu realmente não posso Carrynne, tenho obrigações com ela. A Comandante está me esperando.

-Ah, eu tentei. Tchau! Zero você vai ficar aqui mesmo?

-Ah – Zero espanta-se -, não, eu vou com você.

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Voltamos para Scallet, eu meio que peguei pratica para pilotar Cordiel, só que é difícil faze-lo me obedecer e ficar quieto escondido. Estamos a seis dias do Festival, e a ansiedade é grande. Voltei para a escola para arrumar os preparativos do festival lá.

Em meio a essa bagunça, uma aluna de uma das escolas nobres de Canaban foi transferida para cá por causa de alianças escolares. O nome dela é Anabeth Sintoria, Uma ruiva de olhos azuis, bem ousada em relação as suas roupas. Seu uniforme é azul com um broche dourado do lado esquerdo, usa sapatos de salto marrons, e um decote bem aberto. Serei a tutora dela durante esse tempo, ela irá embora depois do festival. Ah, quem me dera ser que nem há 150 anos, em que todos usavam trajes como os dos festivais... Hoje, na parte nobre, usa-se vestidos elegantes e carros movidos a combustível, aqui na parte camponesa, usamos vestidos comuns e roupas importadas de Canaban e usamos carroças e carros movidos a corda. Ah, vida!


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