Spirit escrita por Kaniminashi


Capítulo 19
Capítulo 19 - Terror em Pessoa




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Anabeth Sintoria, 19 anos, uma aluna transferida de Canaban, para aliança militar. Chegou aqui hoje e só vai voltar daqui a uma semana. Serei sua tutora até lá, portanto não poderei organizar os preparativos para o festival na escola. Faltam 5 dias até lá, então está tudo corrido.

-Bem-vinda a Scallet, meu nome é Carrynne e serei sua tutora no seu período de transferência. Seu quarto será o de número 117, e a sala de aula número 12. Suas aulas começam as 6:30 da manhã e acabam as 12:15. O horário de almoço é as 12:30 e acaba as uma. O toque de recolher escolar é dez horas e... – Eu ergo a cabeça e ela nem está prestando atenção. – Anabeth...

-Ah, desculpe, Sou Anabeth Sintoria. Prazer, Carina!

-Carrynne...

-Ah, que seja! – Ela é mais ignorante do que eu pensei.

-Então, vamos para a sala?

-Ah, pode ser. – Ela me irrita com sua futilidade. Quase dei um tapa nela, mas que se dane, não posso fazer isso, se não começaria uma guerra.

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Estamos já no final das aulas, e ela continua repugnante, em minha opinião. Zero chega na metade da aula, problemas a resolver. Anabeth fez uma cara estranha, porém maliciosa quando o viu, e isso me irritou mais.

Fomos para o pátio, para tomarmos um sol. Zero se apresenta, e ela finge desinteresse. Ele encosta no ombro dela tentando chamar a sua atenção, mas nada disso acaba bem.

Anabeth começa a atacar Zero, que tenta fugir em vão. Grandark está encostado na parede, Zero estava sentado comigo ali pouco antes de Anabeth descer as escadas da escola. Não posso usar magia para defendê-lo, pois estamos na escola, e existem regras a serem cumpridas.

Eu chego separando os dois, e logo Anabeth me empurra, me jogando no chão. Eu levanto irritada, ela já estava me provocando desde o início das aulas. Meu corpo se move sozinho, eu a imobilizo, e a jogo no chão. Não o controlei. Será que Makkai assumiu o controle, ou eu que me subestimei e me limitei errado.  Nós começamos a nos estapear.

A diretora aparece já irritada comigo por brigar com a novata, e com ela por me provocar. A diretora sabe o que aconteceu naquela salinha com Kaniminashi, e não quer que isso aconteça novamente.

-Senhorita Merlier, Senhorita Sintoria! Mas que confusão é essa no meio do pátio? – A diretora é, também, bilíngue, só que é nativa daqui. – As duas parem de brigar! Merier, não deveria ter derrubado ela no chão, e Sintoria, por tudo que é sagrado, não provoque Spirit! Ah, pelos Deuses! Duas encrenqueiras! – Ela se retira, reclamando em linguagem nativa da ilha no ouvido de seu ajudante.

Eu vou ver se zero está bem, pois para mim ele é mais valioso do que minha própria vida. Ou seria exagero de minha parte pensar assim?

Não.

Sou tola por dizer isso, porém é a verdade. Não consigo mais ficar longe dele. Eu realmente o amo. Seria falsidade dizer o contrário.

Seria falsidade dizer que eu não vi uma granada na mochila de Anabeth. Ela realmente é pacífica ou agressiva? Só vendo pra crer.

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Está de tarde, umas seis horas. O pôr-do-sol ilumina meu rosto, eu me pego pensando em Zero. Estou no quarto lendo um livro, em cima da cama. Estou desorientada. Nunca foi tão forte. Aquela noite deve ter deixado vestígios.

-Carrynne – Zero entra no quarto, eu me assusto – que horas amanhã você vai arrumar o colégio? Hoje teve aula, e nem era pra ter.

-N-n-não teve e-e-exatamente aula, fi-fi-fizemos preparativos a m-m-manhã toda.

-Ah... Porque você está gaguejando?

-N-N-Não é n-nada... Eh, eu acho que...

-Descanse um pouco, Carrynne, vai te fazer bem.

-Ah, ok, obrigada. – Eu já estou mais calma – Você vai subir amanhã? Eu vou, infelizmente, os preparativos não se aprontam sozinhos e...

-Carrynne, não se esforce tanto, procure relaxar a cada hora.

-Relaxar, como? Aquela maldita da Sintoria fica me irritando o dia inteiro! Eu me voluntariei para ajudar ela, e é assim que ela faz? Ah, que raiva! Essa garota me irrita! E eu não aguento mais recortar e colar correntes de papel para o Festival, minha cabeça está explodindo, estou chegando ao meu limite!

-Carrynne, se acalma, isso vai acabar, não falta tanto.

-Ah, desculpa, explodi, mas isso me fez bem, bom, terminando aqui eu vou dormir. Boa noite.

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Já está de noite, acabei minhas tarefas e fui dormir. Pouco tempo depois sinto uma presença a mais. Alguém invadiu meu dormitório. Eu finjo dormir para tal não me notar. A pessoa percebe que eu não estou em sono profundo, e se apressa. Aquele perfume, eu o reconheço. Senti seu cheiro o dia inteiro.

Anabeth.

O que ela estaria fazendo ali? Eu me levanto, mas ela já está longe. Eu abro a porta e corro atrás dela, porém ela consegue escapar. Sendo militar ela deve ter aprendido o truque de abrir trancas com clipes de papel. Eu volto para o quarto, acendo uma vela, e me deparo com a minha pasta escolar bagunçada. Eu revisto tudo, e percebo que poucas coisas sumiram. Meu caderno, livros e as entradas para o Festival das Flores. Ah, que maravilha, ela me roubou! Mas o que ela não sabe, quem ajudou a organizar entra sem necessitar do ingresso. Há! Por essa ela não esperava!

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Meu despertador toca, e eu acordo na hora, parece que eu nem dormi, estou disposta. Zero não quer levantar, então eu tenho que pular em cima dele. Apesar de  que eu gosto de ficar perto dele o máximo possível, mas enfim, eu preciso contar o que Anabeth fez o quanto antes, se não ele vai cair na dela.

-Zero, a Anabeth invadiu aqui ontem, e levou nossos ingressos. Hoje de tarde eu vou entrar no dormitório dela e pegar eles de volta. Ela também levou meus livros e meu caderno.

-Tá, mas qual é o motivo dessa euforia toda? – Zero não quer acordar, de jeito algum!

-Eu acordei muito agitada, e o despertador já tocou, enquanto você acorda totalmente, eu vou tomar um banho. Mas acorda logo se não eu vou jogar agua fria em você!

-Gah, já levantei! – Zero levanta e vai arrumar as suas coisas enquanto eu tomo banho, para podermos ir tomar o café da manhã. Ah, esse dia vai ser longo, vou voltar acabada! Maldita Anabeth Sintoria!


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