Sweet Sixteen (Dramione) escrita por The Mudblood Malfoy


Capítulo 9
Capítulo Oito - Lucky Ones


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei para postar, mas também demorei dois dias para escrever esse capítulo! Gostaria de dedicá-lo a The Angel of Fire e à gabrielafanfics, por terem feito ótimas recomendações! Amo vocês!!!
*Recado: Tem uma parte desse capítulo que tem o trecho da música Lucky Ones da Lana Del Rey, se você quiser ver a letra inteira, a música é muito fofinha!
Espero que gostem desse capítulo assim como eu gostei.



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      - Juro para você que vamos
prender cada Comensal que chamou você de Sangue-Ruim, Mione. – Disse Fred, no
café da manhã, dois dias depois da chegada de Draco, Hermione e Dobby. Os
planos eram mera especulação, mas a base era: prender os Comensais da Morte.

      Haviam se passado dois dias, mas
Hermione já estava abalada com as notícias: Sirius havia sido morto. Pior: por
Bellatriz.

      - Como assim? Quero dizer, ela
estava me torturando todas essas duas semanas, ela não pode aparecer em dois
lugares ao mesmo tempo! – Hermione protestou, segurando a mão de Harry,
consolando-o – o que deixou Draco muito irritado.

      - Tia Bella não ficou as duas
semanas somente na Mansão, Hermione. – Ele esclareceu, omitindo apenas que ele
também havia sido torturado. E pela própria família!

      O tempo passava, e as ‘crianças’
nunca estavam devidamente informadas do que a Ordem estava planejando. Graças
às Orelhas Extensíveis das Gemialidades Weasley em pessoa, sabiam pelo menos de
alguma coisa.

      - Eles têm um espião duplo...
Acho que é o Snape... Ele os informou sobre alguma nova tentativa de invasão ao
Ministério da Magia, o que, em minha opinião... Espera! Eles vão usar essa
invasão como armadilha... – Informava Fred ou Jorge, usando as Orelhas
Extensíveis.

      As semanas voavam, e a cada dia,
Draco tentava passar cada instante ao lado de Hermione, porque, de alguma
forma, temia que quando tudo aquilo acabasse, ela o deixaria, e ele ia ficar se
culpando, porque na realidade, a culpa realmente era dele.

      Era culpado por ter se apaixonado
por ela.

      Às vezes, contentava-se com as
pequenas coisas; um beijo de Hermione em sua bochecha, um abraço forte que ela
dava, ou uma simples risada de uma de suas piadinhas.

      À noite, quando ela chorava, ele
a abraçava e ficava satisfeito por ela não querer soltá-lo. Perguntava-se o porquê
das lágrimas, mas não tinha coragem de lhe perguntar, com medo de que ela
dissesse que era por causa dele.

      Uma noite, em especial, meio
tempestuosa, cheia de raios e trovões, Draco estava se preparando para se
deitar, e Hermione também. A garota tremia a cada trovoada, e a cada uma, Draco
tinha que se segurar para não rir.

      Porém, em certo raio, Hermione
levou um susto tão grande que gritou, sobressaltada e Draco não conseguiu se
conter. Depois de alguns segundos se recompondo, Hermione também caiu na
risada. Os dois começaram a rolar de rir e ficar sem ar.

      Quando estavam quase pegando no
sono, dez minutos depois, outro raio caiu, e Hermione pulou e gritou do seu
sofá. Draco deu uma risadinha e abraçou Hermione por trás, aproveitando a
oportunidade. Ele ouviu a garota suspirar em seus braços e adormecer. Ele
sorriu satisfeito.

      Em outra noite, quando os tempos
estavam mais adoráveis, Hermione não apareceu para dormir, e Draco estranhou.  Apenas em imaginar Hermione com o Weasley ou
Potter, ele sentia uma espécie de indigestão, raiva e repugnância misturados. Às
vezes ela dormia no quarto da garota Weasley, Draco deduzia que era coisa de
meninas. Mas, ao ver a ruiva bebendo um copo d’água na cozinha, alguns minutos
depois, enquanto ele a procurava, ela lhe disse que Hermione havia saído.

      No outro dia, Draco viu Hermione
no café da manhã, e se atreveu a perguntar aonde tinha ido. Ela o ignorou o
café inteiro e quando ele estava prestes a perguntar novamente, ela, prevendo a
pergunta, respondeu rispidamente:

      - Deixe-me em paz, Malfoy! Não é
da sua conta pra onde eu fui! Agora, com licença! – E sumiu de vista deixando
Draco pipocando de perguntas.

      E, novamente, Hermione saíra à
noite, deixando um Draco preocupado e curioso dormindo sozinho. Ela voltava de
madrugada, caía no sofá e apagava. Draco imaginava todo tipo de situações e
lugares que Hermione supostamente estava frequentando. Pensou em boates, mas
não era do feitio da garota.

      Draco tinha tempo de sobra com
Hermione o dia inteiro. As ‘crianças’ do Largo Grimmauld 12 passavam o dia
juntos, mas Draco ao se conformava que não podia passar um tempo sozinho com a garota.

      E, além do mais, Snape havia
descoberto que Draco estava hospedado na sede da Ordem, e começara a fazer
visitinhas diárias para ele, o informando sobre sua família.

      A última coisa que Draco
precisava era de um psicólogo. Snape o torturava com lembranças do passado, e
gostava de ressaltar que a família estava prestes a matá-lo. Ele ficava em
estado de ebulição e começou a odiar as visitas praticamente diárias do
professor.

      E bem nesses tempos, em que as
visitas de seu padrinho ficavam cada vez mais chatas e desagradáveis, Hermione
começou a sair de tarde, para voltar de madrugada.

      Draco estava ficando seriamente
preocupado com Hermione. Ela não tocava nesse assunto, e nem o resto dos amigos.

      E, então, ela parou de sair. De repente.

      Draco aproveitou a oportunidade
para perguntar, finalmente a sós com a garota, aonde tinha ido, da maneira mais
adorável possível.

      A garota balançou a cabeça e
olhou para as mãos. Seus cabelos estavam atrapalhados, e usava o moletom marrom
e velho que Draco emprestara para ela (na verdade ela o pegara escondido).

      - Todas essas tardes...

      - E noites. – Draco interrompeu irritado. Hermione o encarou com uma expressão triste e ao mesmo tempo assassina no rosto. Seus olhos estavam vermelhos.

      - Todas essas tardes – e noites –
que eu estava ausente, eu estava vigiando a casa dos meus pais com a Tonks. –
Ela disse, desviando o olhar. – E, então, pressentimos os Comensais se
aproximando, e eu... Eu... Eu os obliviei. – Ela começou a chorar copiosamente
e Draco ficou espantado.

      Estava chocado.

      Todo aquele tempo, e ele achando
que Hermione estava dormindo com o pobretão, morrendo de ciúmes, e ela estava
arriscando sua vida para salvar seus pais de um possível ataque de Comensais da
Morte.

       Percebeu, naquele momento, com
certo orgulho de Hermione, e ao mesmo tempo, menosprezo por si próprio, que ele
era um covarde.

      E ela, valente.

      Ele não merecia pessoa tão corajosa como ela, uma verdadeira princesa da Grifinória.

      Hermione caiu de joelhos do sofá
para o colchão, e caiu nos braços de Malfoy. Ele ficou por um segundo sem
reação, mas então, a envolveu com seus braços, e ela o apertou tão forte que
até machucava.

      E naquele momento, Draco percebeu que podia não merecê-la, mas não podia viver sem ela.





~*~





      Hermione havia literalmente
perdido os pais – por uma boa causa -, e agora temia perder Draco Malfoy.

      Acabou confessando a ele que
estava tentando proteger seus pais todas aquelas tardes, mas omitiu que quando
aparatava com Tonks para a casa deles, a única coisa que passava por sua mente
era o rosto de Draco. Tiveram que lutar algumas vezes, e quando estavam
enfraquecendo, Hermione teve que obliviar seus pais. O momento em que realizou
o feitiço a desmanchou.

      Ligou aquela situação com sua
relação com Draco.

      E se ela o obliviasse? Será que
aguentaria viver sem ele? Será que aguentaria conviver sabendo que ele não se
lembrava dela?

      Por isso, não conseguiu segurar o
que tinha dentro de si. Todos os seus medos, todos os seus desejos. Ela
explodiu em lágrimas e abraçou Draco como nunca abraçara antes, e ele até ficou
espantado.

      Ela, na verdade, o abraçara daquele jeito porque não queria perdê-lo. Não mesmo.

      Ele a consolava, com palavras reconfortantes, mas Hermione não estava inteiramente prestando atenção.

      Depois que se afastaram, Hermione olhou para Malfoy e ele estava sorrindo.

      - Ei! Eu estou passando por uma
situação difícil e você está aí, sorrindo? – Hermione sentiu certo ódio pelo
rapaz, mas aquele sorriso a desequilibrava então, não sabia ao certo o que
fazer.

      Ele aumentou mais ainda o sorriso, e se levantou deixando Hermione sem palavras.

      Aquela casa era muito mágica,
cheia de feitiços anti-trouxas e coisas do tipo, mas Hermione ainda não
descobriu como Draco conseguiu sintonizar uma frequência trouxa.

      Uma canção trouxa e lenta estava tocando, suave e romântica.

      Draco estendeu a mão para Hermione, que depois de hesitar alguns segundos, a segurou e levantou-se.

      Ele apertou as mãos em volta de sua cintura, e ela colocou os braços em volta de seu pescoço.

      Hermione deitou a cabeça no ombro do rapaz e prestou atenção na letra da música.



                Every now and then the stars align



                Boy and girl meet by the great design



               Could it be that you and me are the lucky ones?



                Everybody told me love was blind



                Then I saw your face and you blew my mind



                Finally, you and me are the lucky ones this time.



      A música terminou, mas Draco e Hermione continuaram abraçados, dançando lentamente ao ritmo do silêncio.

      De repente, alguém bateu a porta, e os dois se afastaram imediatamente.

      O rosto de Harry apareceu no vão da porta, e ele sorriu amarelo, ao perceber que havia interrompido alguma coisa.

      Draco desligou o radio e Harry falou timidamente:

      - Hm... Er... Malfoy? Snape está aqui, ele quer falar com você... Ele pode entrar? – Malfoy bufou e cruzou os braços.

      - Se não tenho escolha... – Ele grunhiu. Hermione olhou de Harry para Draco tentando entender o que estava acontecendo. Saiu do quarto com Harry a tempo de ver a capa esvoaçante de Snape passar pela porta e o professor bater a porta na cara deles.

      Harry e Hermione se entreolharam, e com um olhar de compreensão, seguiram para o quarto onde Bicuço ficava.

      Depois de uma breve reverencia, ambos sentaram-se em dois banquinhos de três pernas, encostados na parede, ao lado do hipogrifo, que comia algumas doninhas.

      - Desde quando Snape vem aqui falar com Draco? – Hermione foi direto ao assunto.

      - De alguma forma, ele ficou sabendo, e começou a vir quando você... Você estava ausente. – Harry disse, escolhendo as palavras com cautela.

      - E sobre o que eles conversam? Quero dizer, você ouve? – Hermione perguntou, tentando esconder a curiosidade.

      - Bom, Fred e Jorge usam as
Orelhas Extensíveis às vezes, mas nem é mais preciso. Dá pra ouvir os gritos de
Malfoy daqui. Parece que as visitas de Snape deixam ele de mau humor. Eles
estão sempre brigando. Snape fala sobre o passado, coisas assim, o que deixa
Malfoy exasperado. – Harry explicou.

      - Sobre o quê, exatamente?

      - Sei lá... Uma vez ele mencionou uns nomes esquisitos, como Anne, Libby, Carol... – Hermione sentiu suas faces queimarem. Por que eram apenas nomes de garotas?
As entranhas da garota se retorceram e ela se levantou subitamente.

      - Então, vamos descobrir agora. – Ela saiu a passos largos para o quarto onde Snape e Draco estavam brigando. Harry correu atrás dela.

      - Ei! Hermione! – Ele parou ao
chegar perto dela, e lhe entregou um fio cor de carne. – Vai precisar disto. A
garota pegou as Orelhas Extensíveis e colocou uma ponta embaixo da porta e a
outra na orelha. Harry abaixou ao seu lado.

      Subitamente, as vozes de Draco e Snape ficaram nítidas e bem claras.

      - ... E eles estão atrás de você... E da sangue-ru... – A voz de Snape disse baixa e firme.

      - Não se atreva a chamá-la de sangue-ruim! – Draco interrompeu, em tom de raiva reprimida.

      - Como é? Apaixonou-se novamente
por uma sangue-ruim? – A voz de Snape soou debochada e sarcástica, típica do
professor.

      Espere, Hermione pensou, Como assim novamente?

      Ela ouviu os grunhidos cheios de raiva de Malfoy e então, sua voz:

      - Eu não quero falar sobre isso! – Hermione podia até imaginar o sorriso se crispando no rosto de Snape.

      - Você vai cometer o mesmo erro novamente, Draco? – A voz do professor soou fria e ríspida.

      - Não é da sua conta por quem eu me apaixono! – O rapaz gritou. – Saia daqui! Não quero ouvir mais suas histórias! – Hermione ouviu a risada seca de Snape e passos se aproximando da porta. Ela enrijeceu e preparou-se para sair dali. Mas os passos pararam e a voz de Snape sussurrou:

      - Mas eu te avisei, Draco. – E a
maçaneta girou. Hermione e Harry levantaram de imediato e se apressaram em
descer as escadas.

      Quando Hermione voltou para se deitar, Draco nem olhou para ela.


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Notas finais do capítulo

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