Sweet Sixteen (Dramione) escrita por The Mudblood Malfoy


Capítulo 8
Capítulo Sete - A Ordem da Fênix


Notas iniciais do capítulo

*Gostaria de dedicar esse capítulo a Larii Jean Benson, que fez uma recomendação maravilhosa da fic! Estou muito feliz, de verdade!!
*Recado: Os capítulos anteriores já tinham sido feitos no início do ano, e portanto eu os postei um seguido do outro. Mas, agora, eu vou ter que criá-los, então, o intervalo entre os próximos capítulos pode ser mais longo.
*Esse capítulo é contado pelo ponto de vista da Hermione, mas nos últimos parágrafos, é contado pela visão de Draco. :)



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Essa era a segunda vez que Hermione desmaiava em um lugar e
aparecia em outro. Porém, dessa vez, o lugar em que se encontrava não era tão
estranho – era a sala comunal da Grifinória.

Olhou em volta, esperando ver Harry e Ron acenarem, mas não havia um ser sequer ali. A não ser por Malfoy. E Dobby. Hermione apoiou-se nos cotovelos e se sentou.

- O que diab... – Ela começou a dizer, mas Malfoy a interrompeu.

- Shh, não vamos ficar aqui por muito tempo, só viemos para eu te explicar meu plano.

- Que plano? Eu não vou entrar nessa, Malfoy. Eu não confio mais em você. – Hermione disse em tom de finalização, a voz fria e a expressão mais indecifrável que
tentou usar. Ignorou a cara de Malfoy, e voltou-se para Dobby. – Dobby, muito
obrigada por me salvar! Eu realmente devo minha vida a você! Apenas não entendo
por que você trouxe o Malfoy junto. – Ela disse a última frase cheia de desdém.

Dobby, por sua vez, chorou de emoção por alguns segundos, e depois de dar um abraço em Hermione, disse:

- Dobby agradece Mione pelos gorros de lã! Dobby não quer que Mione dê sua vida pelos gorros de lã! Dobby está aqui por causa de Draco Malfoy! Dobby quer ver Harry
Potter!

Hermione ficou boquiaberta com tal descoberta por alguns momentos antes de interromper:

- O quê? Como assim, ‘Dobby está aqui por causa de Draco Malfoy’?

- Draco Malfoy chamou Dobby para salvar Mione! – Dobby disse alegremente, dando
pulinhos. Malfoy estava contendo o riso, mas não parecia inteiramente feliz. Hermione olhou para Malfoy para tentar entender a atitude do rapaz.

- Por que você me salvou? Por que me entregou pra sua tia? Você deve ter sérios
problemas mentais...

- Escuta, Hermione, eu te explico depois, aqui é muito arriscado. De qualquer forma, estamos sendo perseguidos pelos Comensais da Morte, eles acham que você
pode levá-los ao Potter, e por isso querem você viva no momento. E, portanto,
precisamos nos esconder em bom refúgio. Eu pensei de você levar Dobby com você
para a Ordem da Fênix. Eu... Eu me cuido sozinho, o que importa é você.

Hermione ficou com vontade de chorar. Não porque estava sendo perseguida por Comensais da Morte cruéis e vivera um pesadelo naquelas duas semanas, mas porque Draco ainda se importava com ela. Ela sentiu um aperto no coração, mas ia custar
confiar nele novamente, podia estar sendo enganada, afinal, Draco Malfoy ainda
era filho de um Comensal.

No entanto, seus instintos diziam que ela tinha que levar Malfoy com ela, de
alguma forma, ele iria ajudá-la.

- Não. Não vou deixar você à mercê daqueles psicopatas. – Ela disse com a voz firme,
tentando não demonstrar o que se passava em seu interior. Sentia que devia confiar nele. Por ora.

Draco deixou escapar um meio sorriso, aquele sorriso que deixava Hermione toda
derretida, porém, agora, depois de tantas Maldições Cruciatus, depois de tanto
sofrer, ela não sentiu nada. Uma frieza envolveu seu coração. Sentia que ainda
o amava, mas seria difícil confiar nele, e era nisso que Hermione acreditava
acima de todas as relações, amorosas ou não: confiança.

Malfoy teria que provar a ela que podia confiar nele, novamente.

Desaparataram.


Hermione segurava a mão de Dobby, que segurava a de Draco, quando desaparataram no primeiro degrau da porta da frente do numero doze do Largo Grimmauld. Estava chovendo, mas pela mágica da estranha casa, a chuva não os molhava.

Dobby se desequilibrou quando aterrissaram, e quase caiu do degrau. Hermione o
segurou, porque se saísse daquele degrau, aí estaria o segredo entregue. Estavam invisíveis, a garota sabia, mas apenas se estivessem naquele degrau.

Bateu a porta três vezes.

Silêncio incômodo.

Finalmente alguns minutos depois, os três ouviram o som de inúmeras fechaduras se abrindo, e logo, a porta estava entreaberta, o rosto de Remo Lupin semiescondido pelas
sombras.

O lobisomem olhou demoradamente para Malfoy, que estava branco como folha de
papel. Quando o ex-professor viu Hermione, escancarou a porta e abriu um
sorriso aliviado, embora preocupado.

- Hermione! Estávamos preocupados com você! Onde você estava? – Ele perguntou abrindo caminho para o estranho trio entrar. Lupin olhou de Malfoy para Hermione
confuso, e ela desenhou com os lábios as palavras: Explico depois.

Lupin trancou a porta e os convidou a juntar-se com os membros da Ordem, que estavam reunidos na cozinha. O ex-professor lobisomem guiou-os para dentro da cozinha
que Hermione estivera tantas vezes. E ver os rostos de todas aquelas pessoas –
todos os membros da Ordem – fez a garota sentir que um grande vazio estava
sendo preenchido.

Todos sorriram, a preocupação se desfazendo de seus rostos, e alguns se levantaram para cumprimentar Hermione.

- Por onde raios você se meteu, Mione? – Ron disse, sorrindo, parecendo aliviado.
Hermione abraçou a todos, sentindo-se enfim, em casa.

No entanto, Draco, que estivera discretamente esperando aquela movimentação se
acalmar um pouco atrás da porta, como se não fosse bem-vindo, deu um passo à frente, e todos – literalmente – pararam subitamente o que faziam.

- O que ele está fazendo aqui? – Algumas pessoas sussurraram sem nenhuma cerimônia. Draco mordeu o lábio inferior, timidamente, e deu outro passo à frente.

- Eu... Eu... Eu trouxe Hermione aqui porque estamos sendo perseguidos... – Ele começou a dizer nervosamente. Algumas pessoas reprimiram gritinhos, e outras olharam
entediadas, como se já soubessem disso há muito tempo.

- ...Perseguidos pelos Comensais da Morte. – Quando ele proferiu aquelas
palavras, algumas pessoas o olharam com descrença. Outras murmuraram coisas
como: “Mas como, se ele é filho de um?”. – Hermione precisa de segurança, pois
estão à sua procura. Pen-pensei que vocês pudessem protegê-la. – Ele terminou.

- Mas, - Hermione ressaltou, aumentando a voz, e todos silenciaram. – Malfoy também
precisa de proteção, se não se importam, - Ela completou, olhando para as pessoas com firmeza. – porque... Porque foi ele que me salvou. – Ela disse quase como um murmúrio.

- Explique essa história direito! – Mundungus Fletcher exclamou, no fundo da cozinha, passando as mãos nos cabelos sebosos. – Salvou de quê, exatamente?

Então, Draco explicou todo aquele horrível acontecimento, desde a hora em que Hermione desmaiou no baile (ele ocultou a parte romântica), até a hora em que
desaparataram com Dobby, na primeira vez.

As pessoas ali presentes escutaram em silêncio, e quando Draco terminou de contar,
todos começaram a falar de estratégias e tudo ao mesmo tempo.

Quando todos se acalmaram, Sra. Weasley mandou todos os jovens – pelas palavras dela, crianças – para cama. Já que Hermione e Draco chegaram depois, o único quarto
que sobrara era uma sala de estar, e arrumaram um colchão para Malfoy, enquanto
Hermione dormiria no sofá.

Dobby teve seu tempo com Harry, e voltou para Hogwarts com apenas um estalar de
dedos, e Hermione se sentiu mais feliz do que se sentira em semanas – porém um
pouco melancólica por Dobby ter partido tão rápido.

Quando se deitou, com um pijama emprestado (no outro dia Sra. Weasley contataria
Dumbledore e pediria as suas malas), Hermione se virou de costas para Malfoy, pois naquele momento estava muito confusa para falar com ele.

Draco se ajeitou no seu colchão - era muito confortável para um colchão normal – e viu
que Hermione estava deitada de costas para ele. Observou iludido os lindos cachos da garota e ficou ali, sonhando acordado. Contudo, no decorrer de alguns minutos, ouviu um som bem baixinho de alguém chorando. Naturalmente, percebeu vir de Hermione. Já que seu colchão estava logo ao lado do sofá, não foi difícil não fazer barulho e sentar-se onde ela estava deitada.

Ela se virou assustada, e limpou uma lágrima apressada, mas era muito tarde, Draco já
havia percebido. Ele se inclinou, deitou-se no sofá e abraçou Hermione, que apertou sua camiseta, e chorou em seu peito até adormecer.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada novamente à todos os leitores! Estou realmente muito empolgada!
*Recado: Eu postarei em breve, mas eu vou viajar sábado, 29, e voltarei apenas dia 6. Prometo que vou recompensá-los com um capítulo gigante, ok? Não me matem.