Sweet Sixteen (Dramione) escrita por The Mudblood Malfoy
Notas iniciais do capítulo
Capitulo contado pelo ponto de vista de Draco, sem ser narrado por ele.
– Não acredito que aquela megera
tirou tudo isso de pontos da Grifinória! – Draco sussurrou indignado, imitando
o mesmo tom de incredulidade de Hermione. A garota riu e deu um soco sem
realmente socar no braço de Draco. O rapaz riu mais ainda e tirou um cacho castanho
da testa de Hermione.
– Ela deu detenção pra ele
também! Duas semanas limpando os frascos de vermes do Snape. – Hermione
completou deixando Malfoy sem ar de tanto rir. Estavam deitados na grama,
embaixo de um salgueiro (não o lutador), e estavam, pela primeira vez naquele
ano, de bem com a vida. Draco procurou Hermione dois dias depois da aula de
Trato das Criaturas Mágicas, confuso e deprimido, tendo frequentes devaneios
sobre os seus maravilhosos lábios e seu beijos, e os dois acabaram concordando que
uma amizade não seria tão mal assim. E agora já fazia três meses que estavam
sendo amigos. Obviamente, Draco ainda tinha que controlar impulsos para não
acabar beijando-a, e ainda sonhava que os dois tinham encontros amorosos, mas
tudo isso ele guardava para si mesmo.
Aquela manhã, como em todas as
outras manhãs de sábado, Draco e Hermione deitaram-se à sombra do salgueiro à
beira do lago, e conversaram até a hora do almoço. Conversavam sobre diversos
assuntos e até discutiam sobre tolices. Para Draco era tão fácil puxar conversa
com Hermione, e as suas conversas fluíam facilmente, devido à sabedoria da
garota, e ao sarcasmo de Malfoy. Os dois de alguma forma pareciam... Combinar.
Levantaram-se depois de algumas
horas, famintos, e Hermione pediu que se encontrassem na biblioteca depois do
almoço.
Quando voltaram para o Grande Salão para o almoço, Pansy puxou Draco para longe de Hermione, e o interrogou com perguntas e comentários idiotas.
“Vocês estão saindo?”
“Então, estão namorando secretamente?”
“Você se esqueceu de que ela é Sangue-Ruim?”
“Meu Deus! Vocês se beijaram?”
“Vocês não combinam, em minha opinião, você deveria ficar mais comigo, sabe...”.
Malfoy negou tudo, não, eles não
estavam namorando secretamente, e não, ele não se esquecera de que ela era
Sangue-Ruim. Até Blásio, que estava na dele, almoçando, pediu generosamente
para Pansy calar a boca. Pansy revirou os olhos e virando-se para Draco,
guinchou:
– Você não pode falar com
Sangues-Ruins! – Ela piscou irresistivelmente e foi a vez de Draco de revirar
os olhos.
– Escute, Pans, eu não me importo
mais com esse negócio de Pureza de Sangue, Hermione mostrou que é muito legal e
divertida, mesmo sendo uma nascida-trouxa.
– Ele enfatizou, e sustentou o olhar de desprezo de Pansy.
– Hermione aqui, Hermione
ali... Desde quando ela é Hermione
pra você? – Pansy rosnou, com a voz carregada de desprezo.
– Desde sempre! – Malfoy disse em
tom de finalização para a discussão sem cabimento – na opinião dele – e se
levantou e mudou-se para o lugar mais distante possível de Pansy, para almoçar
em paz.
Quando Malfoy já estava terminando de almoçar, Umbridge começou a dar um comunicado:
– Atenção, alunos. Gostaria de informar que no último dia de aula, iremos organizar um baile, para comemorar mais um ano letivo! Apenas serão permitidos alunos da quarta série e acima. Obrigada! - E dizendo isso, voltou a se sentar.
Todos começaram a indagar sobre o súbito baile. Logo, algumas pessoas espalharam rumores de que o baile era uma desculpa para Umbridge poder trocar aquele casaquinho rosa brega, e outros diziam que ela queria ressaltar que Você-Sabe-Quem tinha morrido, e quem falasse o contrário, não poderia ir ao baile.
Draco teve um devaneio involuntário dele dançando com Hermione, mas balançou a cabeça para esquecê-lo, porque ele e a garota eram apenas amigos.
Depois desse contratempo, Draco se dirigiu para a biblioteca para esperar Hermione, e enquanto ela não chegava, ele pegou um pedaço de pergaminho e fez uns rascunhos de seu rosto, de sua
expressão, a mesma que vira no trem.
– Olá, Draco! O que está fazendo? – Hermione perguntou, olhando por cima do ombro de Draco. O rapaz se sobressaltou e escondeu o pergaminho embaixo de uns livros, com as mãos trêmulas. Ele se
virou e a encarou com um sorriso amarelo. A garota o olhou desconfiada, mas se virou e começou a procurar um livro que Draco não prestou atenção no nome.
– Você vai me ajudar a achar A Teoria do Vento ou não? – Hermione se
virou novamente, ao ver que Malfoy estava olhando para suas costas com o olhar
vago, o lado esquerdo do quadril apoiado na mesa onde estava desenhando
anteriormente.
Draco se ajeitou e marchou para a outra estante, e começou a procurar pelo livro. Hermione pareceu convencida e virou-se para outra estante. O rapaz deu uma risadinha e tentou achar A Teoria do Vento.
O tempo estava ótimo para a partida de quadribol entre Sonserina e Lufa-Lufa. Mas a única coisa que Draco procurava era a garota de cabelos cheios e castanhos, que tinha pegado emprestado o seu cachecol da Sonserina, que nesse momento estava na plateia, esperando o inicio do jogo.
E ele a achou, sorrindo e acenando, radiante, um raio de sol iluminando mais ainda o seu sorriso. Isso foi uma injeção de entusiasmo em Draco e ele sobrevoou todo o estádio com
aquela alegria contagiante e percebeu que queria que aquela garota, Hermione, fosse
feliz, e se não pudesse ser ao seu lado, como uma namorada, seria como amiga.
O jogo transcorreu-se como uma
piscada de olhos. Decorridos dez minutos de jogo, Malfoy avistou o pomo de ouro
e voou com toda rapidez possível para pegá-lo. Sentir a frieza do pomo em suas
mãos o deixou mais feliz ainda.
Quando as pessoas já saiam das
arquibancadas, e os jogadores se arrumavam nos vestiários, Hermione entrou e
deu uma risada vitoriosa. Draco sorriu de imediato.
– Meu campeão! – Ela sussurrou,
para não atrapalhar os outros jogadores da Sonserina, que há essa hora já
estavam achando que Hermione estava delirando. E, sem se preocupar com esses
olhares inquisidores, a garota jogou os braços em volta do pescoço de Draco e o
abraçou com muita força.
O tempo pareceu parar para os
dois, e Malfoy tentou absorver o perfume de cachoeira de Hermione, tentou
sentir a suavidade de seus cachos em seu rosto, sua risada. Tudo. E naquele
momento, Draco não conseguiu segurar seus impulsos, e sem se importar
momentaneamente com os sonserinos puros-sangues encarando a ambos, ele a
beijou.
Beijou como nunca beijara antes. Sentiu o gosto dos lábios de Hermione novamente, o gosto de menta e balinhas de hortelã, o cheiro de sua pele macia, de pergaminho novo, e esmagou seu corpo
contra o dela, sua mente embaçada, sem conseguir ver ou ouvir nada ao seu
redor, a não ser Hermione. A garota retribuiu o beijo apaixonada, e tocou seu
rosto com os dedos finos e macios. Ele deslizou as mãos pelas costas dela, e se
sentiu hipnotizado pelo seu perfume. Até os dois se afastarem, ao
ouvirem os guinchos de Pansy Parkinson, que aparecera ali de repente.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Cabe ao leitor, deixar ou não sua opinião. Obrigada.