Sweet Sixteen (Dramione) escrita por The Mudblood Malfoy


Capítulo 4
Capítulo Três - Beijo


Notas iniciais do capítulo

Do ponto de vista de Hermione, esse capítulo conta o primeiro beijo do casal, mesmo não sendo narrado diretamente por ela.



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Hermione estava se sentindo acima de tudo confusa. Primeiro
não conseguiu decifrar a expressão de Malfoy no trem, depois, experimentou o
primeiro sintoma do ciúme na aula de poções, e então, Draco diz que precisa
falar com ela e some pelo resto do dia. O que era tudo aquilo? O que estava
acontecendo? Nunca sentira esse ciúme, via Draco com Pansy o dia inteiro e
nunca havia sentido aquilo. Ciúme era apenas aquele sentimento que você tem
quando não quer perder uma pessoa que você ama, mas ela não amava Malfoy. Ou
amava?

Naquele momento de reflexão no seu dormitório na hora do jantar, Hermione percebeu que o que acontecera no trem havia tocado-a profundamente. No momento em que ela percebeu o quanto Draco era bonito, novos sentimentos haviam desabrochado nela. Hermione cobriu o rosto com o travesseiro e gritou de frustração.

Ninguém a ouviu porque todos estavam jantando. Queria entender os seus sentimentos, e só havia uma pessoa que podia explica-los a ela, e esse alguém era o causador deles: Draco Malfoy.

Levantou-se de um pulo e saiu do seu dormitório, atravessou a sala comunal deserta e se dirigiu pra o Grande Salão, onde provavelmente estaria jantando.

Passou os olhos pelos alunos da Sonserina, entusiasmada, mas tão rápido quanto veio, o entusiasmo passou, pois não o achou em lugar algum.

Virou-se para voltar para o dormitório, desanimada. Arrastou-se pelos corredores desatenta a tudo, com vontade de chorar, de tanta frustração, até que enroscou o pé esquerdo em um degrau falso e se desequilibrou, ficando de quatro no chão gelado.

Suspirou aliviada por não ter se machucado e se levantou.

Quando olhou para cima, contudo, quase caiu de novo ao ver o rosto pálido de Malfoy, iluminado apenas pelo lampião bruxuleante do corredor.

-Pelas Barbas de Merlin, Malfoy, você quase me matou de susto! - Ela gritou, com o coração na boca.

-Desculpe Granger, não tive a intenção... O que está fazendo aqui? – Draco perguntou, franzindo as sobrancelhas louras.

– Por que você está aqui e não com os outros no Grande Salão? – Hermione rebateu.

- Você é que me deve uma resposta. – Ele respondeu, erguendo as sobrancelhas.

- Não é da sua conta o que eu estou fazendo aqui. – Ela disse
automaticamente. – Você é que deveria me dizer umas coisas. – Hermione
sussurrou apontando o dedo para o peito dele. Draco fez uma cara de impaciência
insegura e disse: Que coisas? Não devo nada a você.

- Claro que deve! Deve respostas! – Ela deixou escapar, tamanho o seu desespero. – Quero dizer, você queria falar comigo na aula de Aritmancia... E acabou não falando nada. – Draco ficou rosado, e Hermione percebeu.

-Ah, aquilo. – Ele suspirou, com uma displicência fingida. – Eu... Eu precisava falar sobre.... Sobreaquelahoranotrem. - Ele falou rapidamente, ficando muito vermelho.

Pronto. Assunto delicado. Exatamente aquele que Hermione queria conversar.

- Certo. – Ela se atreveu a dizer. – Mas não acha que deveríamos falar sobre... Isso em outro... Lugar? – Ela arriscou olhando para os lados.

- Exatamente o que eu ia falar. – Ele murmurou.

Andaram por um tempo em silencio até Hermione avistar uma porta destrancada semiaberta e eles entrarem.

Draco trancou a porta com um feitiço e falou depois de respirar fundo e abrir e fechar a boca repetidamente: Estou me sentindo muito confuso depois daquela hora no trem.

-Que hora? – Hermione hesitou. A cor do rosto de Malfoy sumiu e ele gaguejou: M-momento... Aquele momento n-no trem em q-que nós nos... Encaramos, sabe?

Hermione viu que Draco estava fora de si. Ele batia o pé no chão e mexia nas mãos histericamente enquanto falava. Seria até engraçado se Hermione não estivesse sentindo a mesma coisa que ele.

-E eu não consigo explicar o que estou sentindo desde então. – ele finalmente completou com um suspiro.

-Eu sinto a mesma coisa. – Hermione concordou. – Também não consigo entender, e achei que você entenderia... – Ela confessou. De repente Malfoy teve um impulso e a puxou para mais perto suavemente.

-Talvez... – Ele começou, mas Hermione não o deixou terminar. Vislumbrar aqueles olhos de aço a fez se derreter inteira, e deixando se levar pelo desejo, lhe beijou com toda a sua determinação.

Draco apertou os dedos em volta de sua nuca e deslizou a outra mão para a sua cintura, e retribuiu o beijo como se estivesse desesperado por aquilo. Hermione passou a mão pelos seus cabelos, e com a outra, puxou sua gravata para fazê-lo ficar mais perto dela. Cada partícula de seu corpo estava concentrada naquele beijo. Os lábios de Draco eram como uma droga: doces e venenosos, viciantes e hipnotizantes.

Quando a magia se desfez, e os dois se afastaram, Malfoy olhou para todos os lados menos para Hermione. Ele parecia tenso quando murmurou:

-Talvez seja melhor sermos amigos... – E deixou a frase no ar, fugindo de seus lábios e quebrando o coração de Hermione. Ele saiu daquela sala vazia, deixando Hermione sozinha,
com as esperanças e o coração partidos.



A garota tocou involuntariamente os lábios no dia seguinte, quase a todo instante. As lembranças da noite passada faziam-na ter arrepios, embora registrara tudo em seu novo diário. Depois desse beijo, os sentimentos de Hermione pareciam ter se enrolado mais e
a ultima frase da noite a incomodou profundamente.

Hermione se dirigiu desanimadamente para a cabana de Hagrid para a aula de Trato Das Criaturas Mágicas. Quando viu Draco sussurrando com seus amigos, a garota arquejou e se escondeu atrás de Ron.

-O que foi Mione? – Ele perguntou avoado, trocando olhares com Harry. – Aqueles vermes ali não mordem. Pelo menos eu acho que não... – Ron disse apontando para a caixa cheia de vermes nas mãos de Hagrid. Hermione usou a desculpa para tentar esquecer Draco, mas ninguém estava realmente interessado em vermes.

-Por que você não foi jantar ontem, Mione? – Harry mudou de assunto.

-Porque...

-Vamos começar a aula agora, turma! – Bradou Hagrid interrompendo Hermione, para seu alivio.

A aula foi chata e maçante,
Malfoy nem olhou para a garota, que por sua vez, ficou emburrada toda a aula.
Quando, porem, a aula terminou, e todos já tinham subido o longo caminho para
voltar ao castelo, Draco e Hermione ficaram por ultimo.

Malfoy tentou evitar o olhar acusador de Hermione, mas ela não desistiu. Aproximou-se de Draco e o cutucou nas costas. Ele parou de arrumar a mochila e virou-se relutante para a garota.
Ele estava muito pálido, e deu um sorriso amarelo para ela, que sustentou o olhar com uma expressão fechada.

- Oi, amigo. – Ela disse lentamente, com ênfase na ultima palavra.
Draco se endireitou e se desculpou pelo beijo, desculpou-se por ter fugido da
situação e desculpou-se por tudo o que fizera que a deixara triste. E ele disse
tudo isso em seu olhar. Tudo o que disse com a boca foi:

-Olá, Granger. – Hermione já o
tinha perdoado, mas queria uma explicação. Contudo, tanto quanto ela, Draco
também queria uma explicação.

-Por que v-você fez aq-quilo
ontem? – Hermione gaguejou. Os dois olharam para as mãos, constrangidos. Draco
mordeu os lábios e murmurou: Desculpe, Hermione.

Então saiu em direção ao castelo
sem olhar para trás. E ela não o impediu.


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Notas finais do capítulo

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