Sweet Sixteen (Dramione) escrita por The Mudblood Malfoy


Capítulo 20
Capítulo Dezenove - Aceitando o Perdão


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo é narrado pelo ponto de vista de Draco Malfoy. Quando ele se refere à 'guerra', é a que ocorre no sétimo livro. E eu antecipei a morte de Dumbledore para o aniversário de Hermione para a sanidade do enredo. Espero que entendam.



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Draco teve uma semana para pensar se ia ou não no aniversário de Hermione. Quando recebeu uma carta de Snape, dizendo que teriam que fugir no dia do tão esperado baile, Draco resolveu ir, porque mesmo que estivesse com raiva de Hermione, ele tinha que vê-la uma última vez.

                Na carta, Snape previa uma guerra. Draco sentiu um calafrio só de pensar. E ele seria castigado. Mas ele tinha que o fazer. Ele não tinha escolha. Resolveu então, comparecer ao aniversário de Hermione, apenas para se despedir.

                No dia, ele acordou tarde, já era hora do almoço. Depois de almoçar, os professores fecharam o Salão Principal para os preparativos. Draco voltou para a sua sala comunal, sentindo-se nervoso. Snape mataria o diretor durante a festa, como ele podia estar tão calmo quanto a isso?

                Todos haviam feito pares, como no Baile de Inverno, à exceção de Draco, que optou por ir sozinho.

                Ele entrou, juntamente com Theo e Blásio, que levavam consigo Nancy Colin e Susana Bones. As paredes estavam cobertas por tecidos lilases, e o teto estava repleto de velas acesas, fazendo o lugar ficar de certo modo romântico. As mesas para seis estavam espalhadas pelo salão. E onde estaria a mesa da Sonserina, estava um grande tablado, onde As Esquisitonas afinavam seus instrumentos. A mesa da Lufa-Lufa continuava ali, cheia de comes e bebes e hora ou outra alguém beliscava algum salgadinho. Blásio e Theo ocupavam uma mesa para ocupar a todos, quando alguém puxou Draco para dentro dos tecidos lilases. Era como se estivessem invisíveis. Quem o puxara era Hermione, com o olhar urgente.

                Ela estava simplesmente brilhante. Com uma trança embutida, e um vestido azul de seda com apenas uma manga, e seus lábios estavam tentadores, cor de cereja.

                Hermione parecia estar se sentindo culpada, o que deixou Draco um pouco esperançoso.

                - Por favor, - ela começou, sussurrando, implorando. – me perdoe, eu tinha que fazer isso antes que eu morresse de culpa. – ela confessou. – aceite o meu perdão, estávamos sendo infantis, eu admito, e além do mais, aquilo fora apenas uma ilusão. Eu e Ben... nós fizemos uma poção. – Draco entendeu tudo.

                - Você estava tentando me deixar pra baixo? Você conseguiu! – ele sussurrou.

                - Eu sei, era minha intenção, mas eu não aguento mais essa nossa briga indireta, eu... eu te amo! Sempre te amei. – ela se declarou, e era como se um peso houvesse sido tirado das costas de Draco. Ele se sentiu aliviado, e queria abraçá-la. Ele acariciou o rosto de Hermione com a mão, que ela apertou. – espero que me perdoe.

                Eles saíram detrás das cortinas, e cada um foi para um lugar.

                Draco precisava provar que o sentimento era recíproco.

                Era como se de repente, ela tivesse clareado sua mente, assim, em um piscar de olhos.

                E ele tinha que aproveitar essa festa, talvez fosse a última vez que ele pudesse senti o seu cheiro, passar a mão em seus cabelos. Ele sentou-se ao lado de Susana Bones, que segurava afetivamente a mão de Theo, que contava como eles começaram o namoro. Tinha sido na aula de Herbologia, quando ele fez dupla com ela, e ele acabou derrubando um vaso no chão. Susana admitiu a culpa em vez dele, e ele a chamou para sair, para recompensar os pontos que perdera da Lufa Lufa.

                As Esquisitonas começaram finalmente a tocar, e os primeiros casais a se levantar e dançar foi o de Justino Finch-Fletchley e Anna Abbott. Depois, mais casais se apressaram em acompanhar a música. Pansy Parkinson puxou Theo para dançar com ela, e os únicos a ficarem na mesa foram Draco e Susana.

                Por um momento, ficaram em um silêncio constrangedor, ambos olhando para Hermione, que dançava graciosamente com o garoto monitor que ele vira com ela no banheiro dos monitores-chefes.

                - Ela gosta muito de você, a Hermione, sabe? – Susana comentou abruptamente.

                - Como você sabe? – Draco perguntou, ainda olhando para os dois.

                - Ela é minha amiga, e você a faz sofrer bastante. Quando uma pessoa é tão afetada por alguém, é porque essa pessoa gosta desse alguém. – agora, Susana olhava diretamente para Draco, erguendo uma sobrancelha. – Eu acho que você deveria enxergar que ela é muito valiosa, e se você demorar em conquistá-la, ela poderá se esvair de suas mãos como fumaça.

                Draco olhou para o sorriso bondoso demais do rapaz de cabelos negros cacheados, e as palavras de Susana ecoaram em sua cabeça: E se você demorar muito, ela poderá se esvair de suas mãos como fumaça.

                - Quem é esse sujeito dançando com ela? – Draco perguntou.

                - Ben, ele veio da Irlanda. Muito inteligente. Tem a nossa idade e também está a fim da Hermione. – Susana debruçou-se sobre a mesa e roubou um pãozinho esfolheado do prato de Blásio. – Ah, e ele é monitor-chefe. – Draco bufou. Não gostava desse rapaz. Mas não havia nada o que fazer. Já era tarde demais, e ele provavelmente nunca mais veria Hermione. Ele queria desesperadamente que tudo aquilo acabasse; a pressão, as dúvidas, inseguranças. Ele queria poder fugir com Hermione, e assim, talvez pudessem viver felizes para sempre. Quem dera eles vivessem em contos de fadas.

                Mas se ele sobrevivesse, ele voltaria para ela. Hermione seria sua âncora, para sempre. E nunca seria tarde demais. Eles formariam uma família, aniquilaria o preconceito e tentaria esquecer as amarguras do passado. Ele queria poder levá-la para passear de barco, viajar pelo mundo todo e passar cada momento restante de sua vida ao seu lado. E era isso o que diria a ela. Agora.

                Ele pediu licença para Susana e se levantou quando a música terminou e Hermione voltava para a sua mesa (ao lado de Ben). Algumas pessoas continuaram na pista, dançando as seguintes músicas. Draco colocou a mão no ombro nu de Hermione. Ela se virou, sentindo o olhar de Ben em seu encalço e se levantou, para dirigir palavra com Malfoy. Ele segurou sua mão, que estava macia e quente, e olhou diretamente em seus olhos cor de âmbar.

                - Vamos tomar um ar.


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Notas finais do capítulo

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