Sweet Sixteen (Dramione) escrita por The Mudblood Malfoy


Capítulo 18
Capítulo Dezessete - Bolhas




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/307671/chapter/18

Draco Malfoy estava chocado com a rapidez com que as informações se espalhavam em Hogwarts. Já anoitecia quando ouvira um grupo de alunos aos sussurros indagando se ele e Daphne Greengrass estavam juntos.  Bobeira. Ele decidiu nunca mais ficar perto dela, porque todo cuidado é pouco com sonserinos. E ainda por cima, logo depois que Hermione os viu juntos, recebeu um bilhete dela dizendo:

Vamos resolver tudo no banheiro dos monitores-chefes, à meia-noite,

A senha é sorvete de ruibarbo.

                Draco estranhou a mensagem, mas depois de ter sido agarrado por uma completa estranha queria desesperadamente perdoar Hermione, e que tudo voltasse ao normal. Colocou um de seus vários sobretudos pretos e se dirigiu cuidadosamente ao banheiro dos monitores-chefes, tentando evitar Filch.

                Sussurrou ‘sorvete de ruibarbo’ e entrou já devaneando um a Hermione linda e sorridente dizendo que tudo ficaria bem, mas percebeu que o banheiro estava escuro e silencioso. Ele apenas ouvia o barulho da água da banheira gigante no final do banheiro, mas daquele ângulo ele não conseguia enxergar direito.

                E se Hermione tivesse feito outra armação e o tivesse deixado sozinho para ser pego por Filch? Fazia muito sentido. Draco começou a se sentir desconfortável enquanto andava mais adentro do amplo banheiro. Percebeu que havia milhões de bolhas flutuando no ar, de diversos tamanhos e formas. Pensando bem, isso seria bem romântico, o que fez Draco ter uma pontinha de esperança.

                O quanto mais ele atravessava o banheiro em direção à banheira, mais espessas as bolhas ficavam, embaçando sua visão. Fez um esforço contínuo para desviar-se destas e finalmente conseguiu ver a banheira. A espuma branca era convidativa, e as bolhas dançavam sobre ela, deixando tudo embaçado. Mas mesmo com a visão turva, Draco conseguiu ver as silhuetas de Hermione e mais um rapaz, de cabelos negros, se beijando, apenas os troncos acima da água, agressivamente. Draco sentiu uma forte dor de cabeça, e a única coisa que lembrou que fez foi ter corrido para bem longe do banheiro dos monitores-chefes.

                - Ei, o que pensa que está fazendo fora da cama, moleque?! – uma voz fez Draco sair de seu torpor. Ele se virou e viu o rosto enrugado e velho de Filch berrando para ele.

                - Eu.. Eu estava... – ele estava tão chocado que não conseguia falar direito, as pernas ameaçando fraquejar a qualquer momento. Ele queria se esconder ficar sozinho, morrer, fugir, qualquer coisa que o fizesse sair daquele torpor.

                - Sem mais nem menos! Detenção! Na minha sala amanhã à noite! Agora volte pra cama, rapazinho! – Filch gritou e empurrou Draco para as escadas. Ele desceu e andou por diversos corredores até chegar às masmorras e se trancar em seu dormitório.

                Ele entrou e ficou deitado em sua cama, olhando para o teto. Quando Blásio e Theo chegaram no dormitório, ele fingiu que estava dormindo. Mas não conseguiu nem cochilar naquela noite. Como Hermione fizera aquilo com ele? Com quem ela estava? Será que já o havia esquecido? Ou seria apenas uma vingança? Depois dessa armação no banheiro dos monitores-chefes, ele não queria nem mais olhar para ela. Não teria mais coragem para nada. Portanto, no outro dia matou todas as aulas, e até as refeições – não que Pansy não tenha levando algo para ele se alimentar.

                Tirou o dia para descansar e tentar entrar em uma solução para os seus problemas, usando a desculpa que estava doente. Apenas saiu do dormitório para cumprir a detenção imposta por Filch.

                Seu castigo era arrumar em ordem alfabética arquivos de delações antigas, da época do Professor Snape, provavelmente. Ele encontrou o nome do pai de Harry Potter sendo citado diversas vezes também. Quando pareceu ter passado um século, Draco foi dispensado.

                Ele se escondeu dentro das cobertas, e tentou com muito esforço segurar todos os seus sentimentos para não explodir na frente de seus amigos. Ele queria desesperadamente se afogar, se jogar da torre de Astronomia, acabar com aquela dor.

                As únicas palavras que vinham à sua cabeça vieram da boca de Hermione, e eram doces como canela: Enquanto o mundo não perecer, estaremos sempre..., e ela nunca terminara a frase; fora num dia nublado de primavera, os dois estavam na biblioteca, e ele pediu para ela ler um trecho do livro que estava lendo. Ela começou a ler em voz alta, quando a sineta tocou e os interrompeu. Ele nunca soube o final daquela frase, mas sempre quis que acabasse com ‘juntos’ nos final, porque assim tudo faria sentido.

                Novamente, ao adormecer, relembrou o que havia acontecido no banheiro dos monitores, e acordou suado de madrugada. E isso aconteceu repetidamente, por dias e dias, consecutivamente. Sempre a mesma lembrança. E eles nãos se entreolharam nenhuma vez aquela semana. Nem uma.

Hermione se arrependera na hora em que Draco saiu do banheiro. Começou a chorar no peito de Ben quando sua silhueta sumiu dentre as bolhas. Tudo aquilo não passava de uma ilusão, naturalmente. Hermione nunca aceitaria beijar Ben de propósito. O favor que havia pedido era, na verdade, para ele ajudá-la no preparo da poção que fazia as bolhas da ilusão. Eles a beberam, cinco minutos antes da meia noite, e milhões de bolhas começaram a aparecer, do nada, e os cercaram.

                Quando ela viu o rosto de Draco se desfazer em desgosto, ela se arrependeu imediatamente. As palavras de Dumbledore ecoavam em sua cabeça. Precisamos sabiamente pensar nas consequências. Ela começou a chorar. Ben a abraçou e acariciou seus cabelos. Nosso tempo é precioso. Hermione se afastou e gritou, entre lágrimas:

                - Eu sou um monstro! – Ben saiu da piscina e pegou uma toalha para secar Hermione. Ele a enrolou na toalha, ela estava tremendo paralisada. Mas errar, Hermione apertou os dedos contra o pescoço de Ben, trêmula. Pode causar graves danos, Ben deixou que ela o abraçasse, pelo menos uma última vez. À nossa vida.

                E seu maior medo se realizara: perder Draco. E era culpa dela. Toda dela. Nem Ben poderia tomar parte da culpa. Lentamente, ele a guiou para sala comunal da Grifinória, onde ela murmurou a senha e entrou, deixando-o do lado de fora, depois de se despedirem.

                Ela se deitou e logo adormeceu, sabendo que nada mais em sua vida fazia sentido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sweet Sixteen (Dramione)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.