Sweet Sixteen (Dramione) escrita por The Mudblood Malfoy


Capítulo 17
Capítulo Dezesseis - O Livro dos Desafortunados


Notas iniciais do capítulo

Sei que vocês querem me matar, mas aqui está! Uma pequena intervenção de Dumbledore nesse capítulo, adorei descreve-lo! Espero que aproveitem!
*Ah, mais uma coisa, em uma das frases dele, eu usei aquela linda e melancólica frase de As Vantagens de Ser Invisível. Nossa, melhor livro né gente! Sem mencionar o filme, com a Emma!!



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Hermione correu e correu, sem saber onde estava indo, como as lágrimas cobriam parcialmente sua visão. Apenas correu, até parar em frente a uma porta estranha de carvalho, e entrou curiosa. Encontrou uma linda e ampla sala de estudos, com lareira, uma mesa central e diversas estantes de livros. Sentou-se em uma poltrona e abraçando os joelhos, encarou o chão, os pensamentos a mil por hora. Precisava se vingar, não poderia deixar aquela humilhação passar despercebida. Pensou então, que precisava de algo, alguma referência. Antes mesmo de se dar conta, percebeu um livro de capa dura, grosso e de folhas amareladas jogado ao pé de uma das poltronas. Hermione se levantou lentamente e pegou o livro, sentando-se novamente.

                Na capa, lia-se: “O Livro dos Desafortunados”. Virou o livro e leu a sinopse. Parecia ser muito interessante, contando a história de um casal que não conseguia ficar junto por causa do destino. Muitos bruxos acreditavam em destino. Hermione não. Mas, mesmo assim, ela começou a ler o livro, porque poderia acabar sendo útil.

                Descobriu então, que história maravilhosa estava lendo. Cheia de humor e tragédia. O casal realmente não conseguia ficar junto. Ou era uma xícara mágica de chá voadora, ou mesmo uma poção que fazia crescer cabelos no pé. Mas ao final do livro, Hermione acabou tendo uma ótima ideia. Não era muito de sua personalidade, mas muito, muito vingativa.

                Olhou pela janela e percebeu que estava chovendo, e ao notar as gotas de chuva encharcar a vidraça, reparou que não havia realmente chorado. Apenas algumas lágrimas lhe impediram a visão nos primeiros minutos depois do ocorrido no Salão Principal. Ela sentia raiva, ódio, no entanto, no fundo, no fundo, seu coração estava quebrado.

                Precisava revidar as coisas não podiam ficar daquele jeito. Uma grande onda de lembranças inundou sua mente e ela sentiu ímpetos de chorar, mas não chorou. Ele não merecia as lágrimas dela, e não deixaria barato.

                Levantou-se, sem delongas, e saiu às pressas da Sala Precisa. Ainda bem que foi correndo, porque depois de ver seu relógio, percebeu que já havia tocado o toque de recolher fazia tempo. Mas foi só deitar, que desmaiou em sono profundo.

              

Na aula de Transfigurações, Hermione fez dupla com Ben.

                - Ei, percebi que seremos monitores-chefes juntos! – Hermione exclamou depois de se cumprimentarem. Esse era seu plano A. Ben sorriu, abrindo o livro de Transfiguração.

                - Legal, não é? – ele olhou com carinho para o seu distintivo de monitor da Corvinal. Hermione sorriu radiante e sussurrou:

                - Vem cá, você podia fazer um favor para mim, hoje à noite? – os olhos cor de mel de Ben escureceram, enquanto seu sorriso se desfazia.

                - Depende, Hermione. Do que você está falando?

                - Não é nada do que você está pensando, é só um pequeno favor que apenas um monitor-chefe pode fazer! – ela sussurrou com urgência, fazendo biquinho, o que era muito raro, mas enfim.

                -Certo. – ele concordou. Então Hermione explicou-lhe o plano, durante a aula da Prof. McGonagall. Ben prestou atenção e fez as perguntas certas. Plano A completo, Hermione concluiu orgulhosa. Não era de seu feitio ser má daquela forma, mas era preciso, se fosse para lidar com Draco Malfoy. Depois de a sineta tocar, seguiu para a aula de Feitiços.

                Passou-se a aula de Flitwick, em que Hermione colocou o papo em dia com Harry e Ron. Parecia que haviam passado séculos desde que eles não conversavam. Ela ficou realmente feliz de terem realmente conversado.

                Na hora do almoço, porém, Hermione dedicou-se ao plano B. Sentou-se na escrivaninha do seu dormitório e escreveu um pequeno bilhete num pedaço de pergaminho novo e amarelado. Ela dobrou-o e guardou-o no bolso do casaco. Dirigiu-se então para o corujal.

                O ar estava frio e rascante, Hermione sentia os sintomas de chuva. Afinal, setembro era um mês sombrio, por isso mesmo que a garota odiava o dia do aniversário, que seria dali duas semanas. Ela subiu os três degraus que davam entrada para o corujal e tentou desviar das titicas de corujas que repousavam ali. Inúmeras delas estavam fazendo um estardalhaço, ou batendo suas asas e estalando os bicos, ou gritando umas com as outras. Hermione aproximou-se da mais silenciosa, uma coruja parda, com olhos amendoados e melancólicos, com leves traços de branco nas asas. Ela era linda. Hermione enrolou o pergaminho nas perninhas da coruja, e sussurrou:

                - Entregue para Draco Malfoy, ok?

                Estava se virando para voltar para o Grande Salão e finalmente almoçar, quando Dumbledore materializou-se na sua frente, impedindo-a de passar.

                - Bom-dia ou boa-tarde, Senhorita Granger? O que a senhorita diria em circunstâncias como esta? – ele perguntou, em tom de conversa, observando as corujas e o tempo lá fora. Hermione sentiu-se chocada por um momento.

                - Erm... Boa-tarde?

                - Pelas regras de etiqueta, quando você ainda não almoçou, é bom-dia, e depois, boa tarde. Então, boa tarde digo eu, e bom dia diz você. – ele deu um sorrisinho simpático e encarou Hermione por cima de seus óculos de meia-lua.

                -Hum.. Então, bom dia, Professor. – Dumbledore balançou-se pelos pés por um momento, como se estivesse pensando.

                - Hermione, tenho certeza que você se sentiria mais à vontade se conversássemos na Torre de Astronomia. – ele piscou.

                - Claro. – Hermione aceitou, e quando o professor ergueu o braço para ela segurar, ela o fez, e eles aparataram. A garota queria acreditar naquilo. – Co-como o senhor apa-aratou aqui, se Hogwarts t-tem feitiços de proteção que pro-oíbem aparata-tação?

                - Cara Srta. Granger, eu sou Alvo Dumbledore. – ele sorriu simpático, olhando por cima dos óculos. Virou-se para observar o céu cinza ao longe, e o lago negro, onde a Lula Gigante se refrescava e alguns terceiranistas jogavam água nela. – Bom, Srta. Granger, gostaria de falar com você. Você está se sentindo bem?

                Hermione estranhou a pergunta.

                - Sim, senhor professor. – ele suspirou e lançou um olhar sonhador para Hermione.

                - Muitas vezes nós aceitamos o amor nós pensamos que merecemos.* - ele parafraseou algum livro que Hermione havia lido, ela só não lembrava qual. Mas aquela frase fez muito efeito nela. O que estava acontecendo? Ela estava em uma briguinha boba com Malfoy. Ela o amava, e ele a amava, não era assim antes? Por que agora ficavam de pirraça? Hermione subitamente se sentiu arrependida por tudo, desde o Expresso de Hogwarts.

                “O que estou querendo dizer, Hermione, é que não podemos simplesmente aceitar nossa situação atual. Precisamos sabiamente pensar nas consequências. Nosso tempo é precioso. É claro que os erros nos fazem humanos, mas errar os mesmos conceitos pode causar graves danos à nossa memória. à nossa própria vida.”, ele soltou um suspiro profundo, e fitou Hermione por um bom tempo em silêncio, seus olhos azuis perfurando a pele da garota.

                - Mas somos humanos... – Hermione murmurou, e então entendeu tudo. Ela amava Draco. Não havia razão para executar o plano C. Não havia motivos para toda aquela baboseira. Ela sentiu que precisava pedir perdão, não importava quem tinha feito o quê.

                Então, de repente, a porta da Torre de Astronomia se abriu bruscamente, e Daphne Greengrass puxando um surpreso Draco Malfoy apareceu à porta, sugando os lábios do rapaz.

                Certo, Hermione pensou, desviando o olhar de Dumbledore, envergonhada, Plano C em ação.


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