P.O.V Annie

Ai! Que dor é essa, gente?! Tá doendo absolutamente tudo em mim, minha cabeça, meus braços, costas, pernas e até um lugar que eu estranhei, tipo, ele é entre as minhas pernas e é um lugar bem comprometedor, eu acho que vocês sabem aonde é, né? Mas o porque de tanta dor, eu não sabia.

Devagar, vou abrindo os meus olhos e percebo que havia dormido em um quarto desconhecido (ok, agora tô ficando um pouquinho assustada), começo a virar o meu rosto inspecionando o local e me deparo com um homem deitado ao meu lado todo esparramado e de bruços. Detalhe: ele estava pelado. Tá legal, agora estou assustada.

Dou um grito me levantando da cama o mais rápido que pude (já que estava um pouco debilitada ¬¬) levando o edredom comigo e me enrolando no mesmo. E sim, eu estou nua... Logo que fiz isso, o garoto que dormia ao meu lado cai em um susto da cama e o ouço balbuciar reclamações e alguns palavrões.

Ainda em estado de choque, consigo falar alguma coisa, mesmo que com dificuldade.

– Quem é você e onde estou? – me imprenso contra a janela daquele local quando o vejo levantando me dando clara visão de quem era.

– Como assim “ quem é você e onde estou”, Annie – diz ele emburrado passando as mãos sobre suas têmporas – vai dizer que não se lembra de ontem – acrescenta irônico e senta na cama, ainda nu, mas não parecia ligar. (pai do céu, que homem É AQUELE??!!)

– Como assim digo eu Jackson. Que lugar é esse e como vim parar aqui? – me altero e ele só faz ri da minha cara. Cachorro, isso que ele é.

– Bem, a gente tava na festa do Leo se agarrando na escada e você disse que queria ir pra outro lugar. Então te trouxe pra minha casa. – responde dando de ombro e se encostando as costas na cabeceira da cama.

Me sento na ponta da cama e encaro o seu rosto, que permanecia com um sorriso sapeca. Dou um longo suspiro e lhe pergunto:

– Tá bom Percy, mas a gente fez alguma coisa demais, digo... você sabe. – mesmo sabendo da resposta, não custava perguntar.

– Annie, nós estamos pelados na mesma cama e você ainda me pergunta isso?! – fala divertido.

– Ok, já saquei – reviro os olhos – mas pelo menos nos protegemos, né? – essa era uma coisa que eu estava realmente preocupada. Mesmo tomando a pílula, eu não queria me arriscar, além das doenças, né...

– Claro, Annie, não sou louco nem nada – foi a vez dele de revirar os olhos e dou um sorriso de alívio. – mas e então, por que não repetimos o que fizemos ontem – me manda um largo sorriso malicioso, se levanta da cama e se senta agora ao meu lado.

– Perseu, eu estou com uma dor de cabeça fodida, estou morrendo de fome, estou com hálito de vodka, estou com uma dor fodida no corpo e eu estou fodida, literalmente – nessa parte ele dá uma risada – então não. Não vamos “repetir o que fizemos ontem” – faço uma imitação de sua voz, que não foi uma das boas, o fazendo rir mais e me levanto da cama, agora sem me cobrir com o edredom – E então, vai me dizer onde é o banheiro ou não?

Ele encara o meu corpo por uns segundos (nem ligo mais, ele já me viu mesmo), mas logo aponta pra uma porta no canto do quarto. Cato as minhas roupas que estavam jogadas para todos os lados do quarto e entro no mesmo.

Tomo um banho gelada, pois me ajuda a tirar a tensão do meu corpo e vou me olhar no espelho enorme que aquele cômodo possuía. Veih, eu estava com marcas de mão nas minhas coxas, na minha bunda e com dois chupões no meu pescoço (foi o que deu pra ver em uma espeçam rápida), dou um gritinho de desespero, mas lembranças de ontem, que agora me recordo, me mostraram que valeu a pena. Ôh se valeu, rsrs.... Saio dos meus devaneios, visto minha roupa e escovo meus dentes com uma escova que, provavelmente, é a dele, mas não tem importância, seco meu cabelo na toalha e saio do banheiro.

Ao sair de lá, me deparo com um Percy de cueca box preta mexendo em seu computador (ai que decepção ¬¬’, quem vê um homem daqueles pelado, nunca mais vai se acostumar com ele de roupa. Só dou essa dica kkk). Vou andando até a cama e calço meus sapatos sendo observada por ele, que havia se virado em minha direção.

– Percy – me pronuncio me levantando da cama – você poderia me levar pra minha casa?

– Mas já? Ainda são 8 da manhã – diz se aproximando de mim, envolvendo minha cintura (aí eu percebo que ele também tem chupões no pescoço, menos mal, porque né?!), deposita um beijo em meu pescoço e sussurra ao pé de meu ouvido– Fica pelo menos pro café, vai?

– Não dá – falo enquanto ele volta à depositar beijos em meu pescoço – devem está preocupados comigo.

– Tá bem – ele dá um suspiro e se separa de mim relutante, se dando por vencido – me espera aqui que eu vou tomar um banho.

O mesmo se vira, me dando uma bela visão de seu bumbum lindo (ok, essa foi péssima, mas eu não resisti ;D), e de vários, repetindo, vários arranhões em suas costas, sério, aquilo está muito arranhado. Ainda bem que não sou a única que está acabada, né?!

Depois de um tempo, ele sai do banheiro de toalha enrolada na cintura e vai se vestir, e adivinha aonde?! Na minha frente. Ele deve está fazendo isso de propósito, aquele cachorro..., mas me contenho (não sei de onde eu tirei forças pra fazer isso) em apenas morder meus lábios, encara-lo e dar longos e constantes suspiros. Esse garoto ainda me paga (não que eu esteja reclamando).

– Vamos, Annie? – pergunta vendo a minha expressão com um grande sorriso no rosto.

– Vamos sim – ele pega a minha mão, ok, isso foi fofo, e descemos as escadas de sua casa.

Assim que chegamos no hall de sua casa, uma mulher muito linda e elegante estava conversando com uma empregada, presumo por suas vestis, mas se vira para nos encarar.

– Percy, meu anjo. Bom dia – diz a mesma e abraça o mesmo com um sorriso encantador no rosto – que milagre é esse, você acordando sedo em pleno sábado.

– Bom dia, mãe – fala Percy levemente corado – Pois é, cai da cama. – nessa parte olha pra mim e me seguro pra não rir.

– Como sempre desastrado, não? – ela se vira pra me encarar, me analisando com aquele mesmo sorriso, mas pude notar uma ponta de curiosidade – Não irá me apresentar à sua amiga?

– Oh sim. Essa é Annabeth Chase, mãe. Annie, essa é minha mãe, Sally Jackson.

– Prazer em conhecê-la, senhora Jackson. – digo abrindo um sorriso para ela.

– Igualmente, Annabeth – disse alargando mais o seu sorriso – mas pode me chamar de Sally. – assinto com a cabeça – Então, vamos tomar café da manhã?

– Não vai dar mãe, tenho que leva-la pra casa. – responde Percy

– Mas eu faço questão, não vou deixa-la ir para sua casa sem antes tomar café conosco.

– Ok, mãe – diz se dando por vencido – tem problema, Annie se você demorar mais um pouquinho?

– Eu acho que não.

– Então vamos. – Sally diz animada

–--x—

– Desculpa por aquilo – fala Percy estacionando em frente a minha casa.

– Não tem problema. Sua mãe foi um amor de pessoa comigo – digo sorrindo pra ele. – Bem, eu já vou indo. Torça por mim.

Ele ri comigo e, sem eu esperar por aquilo, me beija calmamente, como se fosse um beijo de despedida. E como sempre, maravilhoso.

– Vou sentir saudades, Annie. – disse ofegante com nossas testas encostadas uma na outra.

– Também vou sentir saudades, Percy – deposito um selinho em seus lábios e abro a porta do carro, saindo do mesmo – Tchau.

– Tchau – responde acelerando o carro em partida.

Suspiro por me ver longe dele e pra me preparar pro que me espera. Vou andando lentamente até minha casa. Quando abro a porta já vou ouvindo a voz do meu pai:

– Annabeth Mary Chase, venha já aqui!

É hoje que eu morro...