Chinese Dragon! Soul Of Kung Fu. escrita por Leandro Carvalho


Capítulo 6
Aquele que sente


Notas iniciais do capítulo

Roubar as ideias de uma pessoa...Plágio, de muitas...Pesquisa.
No final desse capítulo vocês terão uma surpresa *-*
Feliz ano novo ^^'
O meu foi paia ¬¬



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Depois de andar alguns minutos, chegamos até o mini templo, notei que Mioh Shia não estava em frente ao templo como da última vez.

"Ei, ela não deveria estar aqui em frente?" Perguntei.

"Não a essa hora, este local só é aberto a visitas até 17 horas da tarde, já são quase 19:30." Ele me respondeu.

"É... E porque nós viemos até aqui mesmo?" Eu perguntei meio confuso.

"Você não sabe mesmo, né?" Respondeu sorrindo.

"Esse Templo, como todos..." Antes que ele pudesse terminar a frase, escutamos um grito vindo lá de dentro do templo.

Ele correu para um canto próximo a entrada, eu fui logo em seguida e ele fez um sinal para eu parar e fazer silêncio. Ficamos escondidos ainda do lado de fora, atrás de uma rocha, até que passaram cinco homens sorrindo e conversando.

"Esses chineses idiotas!" Um deles disse, e depois começou a rir com os outros.

"Dinheiro fácil... Viver é realmente bom!" Outro disse.

"E agora, vamos para o chefe?" Um deles perguntou.


"Esses idiotas!" Eu falei com raiva.

"Calma... Eles são fortes, você só tem 15 anos não pode fazer nada." O garoto que estava comigo disse.

"Sim, eu sei... E agora o que nós vamos fazer?! Vamos deixar eles roubarem facilmente, e a polícia?!" Eu perguntei, com raiva dessa injustiça.

"A polícia é facilmente subornada, você nunca escutou sobre a máfia?" Ele perguntou já se levantando para entrar no templo.

"O quê? Esses caras são da máfia?" Perguntei assustado.

"Não exatamente..." Ele respondeu entrando lá, e eu o segui.

"Ei cara, afinal... Qual seu nome?" Perguntei.

"Zion Suki". Ele respondeu.

"Belo nome." Disse sorrindo.

"E o seu?" Ele perguntou.

"Harushi Leandro." Respondi.


Chegando ao templo notei que não tinha nada quebrado ou coisa do tipo, eles trabalham desta forma, só levando dinheiro sem bater ou quebrar nada, a não ser que o proprietário do local resista.

Mioh Shia estava sentada ao canto, ela nem olhou para a gente direito.

"Leve ela lá para fora, precisa pegar um ar... Eu vou subir aqui" Suki pediu.

"Tudo bem, você quer sair, Mioh Shia?" Perguntei a ela.

Sem nem responder ela saiu, segui ela até lá fora.

"Ei, porque você está triste?" Perguntei, pegando ela pelo o ombro para olhar em seu rosto.

Ela tirou minha mão do ombro dela, e não me respondeu.

"Por que você não luta com eles?" Perguntei sorrindo.

Ela se virou e começou a chorar.

"É serio... Vocês não podem deixar eles roubarem esse local... " Continuei tentando fazer ela dizer algo.

"Você não sabe como são as coisas aqui... Eles podem fazer o que quiserem, o que você acha que uma garota como eu pode fazer?"
Ela perguntou, parando de chorar...

"É... Não sei... Mas se você tentar..." Continuei, tentando dizer eu algo que nem eu sabia o que era...

"Olha, acho melhor você ir embora..." Ela disse já entrando.

"Ei, por favor, me explique melhor o que aconteceu aqui hoje, eu ainda não entendi nada." Disse isso segurando o braço dela.

Ela olhou para mim durante algum tempo e começou a andar para outro lado, e fez um sinal com a mão como se me pedisse para segui-la.

Chegamos a uma parte bonita a alguns metros do templo, onde havia um gramado em que você podia se sentar de frente para a pequena lagoa, e olhar pacificamente as estrelas, a gente se sentou lá.

"Minha mãe morreu há algum tempo." A Mioh Shia falou.

Eu fiquei meio sério e triste depois de escutar isso...

"Sabe quanto tempo?" Perguntei.

"Uns anos, acho que dois e meio." Ela respondeu.

"E quem é a mulher que cuida de você?! No templo..." Perguntei.

"É minha tia... Não é bem que ela cuide de mim, eu trabalho aqui para ela." Ela respondeu olhando para a água.

"Que chato... Você não gosta desse local?" Perguntei.

"Aqui é pacifico, é bom de se viver..." Ela disse.

"Mas... Então porque você estava triste?" Perguntei.

"É porque hoje em dia não é tão fácil ganhar dinheiro com essas coisas, nessa época do ano ajuda até... Só que esses homens, eles fazem essas coisas... E...”
Ela respondeu já fazendo uma cara de triste novamente.

"Eu sei... Isso é injusto né?!" Falei.

"Não é só isso... Também porque a gente tem muito esforço para montar tudo etc... E o pior de tudo é que a polícia quase nunca pode ajudar." Ela disse.

“... Esses homens..." Eu estava falando quando...

"Eu não quero conversar sobre isso." Ela me interrompeu.

Nós ficamos olhando o céu... Estava meio nublado, mesmo assim consegui achar a Lua.

"É linda, não é?" Perguntei.

"O quê?" Ele olhou para mim, sem entender a pergunta.

"A Lua, o céu e as estrelas em geral." Respondi.

"Ah sim... Hoje está nublado né?!..." Ela comentou.

"Quando eu era pequeno minha mãe dizia que isso acontecia quando uma pessoa tinha morrido." Falei isso é ri um pouco, ela continuou séria.

"Então todos os dias ficariam nublados... Sabe?! Às vezes eu sinto falta dela." Ela falou, jogando uma pedrinha na água, que bateu três vezes e depois afundou.

“... Claro, qual sua idade mesmo?!" Perguntei.

"15, quase 16..." Ela respondeu.

"Não quer saber minha idade?" Eu perguntei sorrindo.

"Para que?!" Ela respondeu.

"Ai ai... Sua mãe morreu como?" Perguntei meio desapontado.

"Um acidente... Acidente de carro." Ela respondeu.

"Depois disso você veio morar aqui... E seu pai?" Perguntei.

"Ele morreu pouco tempo depois do meu nascimento, só restou minha tia..." Ela respondeu, com os olhos cheios de lágrimas.

"Muito triste isso tudo... Olha, agora você tem a mim, e eu farei de tudo para te ver feliz!" Respondi sorrindo.

"Obrigada." Ela não parecia ligar muito para o que eu falava.

"Você se sente sozinha?" Perguntei.

"Não... Eu me sinto meio presa, pode ser também porque não tenho ninguém especial, ou pode ser porque tenho que ficar sempre aqui... Pelo menos eu tenho tempo para treinar kung fu às vezes, e isso é algo que eu gosto muito."

"Você ainda é jovem... Um dia você irá sair dessa gaiola, e vai se tornar uma ótima pessoa, eu acredito nisso!" Disse a ela.

"Eu já falei muito sobre mim, né?! E você, tem algo para contar?" Ela perguntou olhando para mim, já parecia mais feliz.

"Eu... Sei lá... Acho que não..." Eu respondi tentando lembrar de alguma coisa que pudesse dizer.

"É... Você morava no Brasil, né?! O que aconteceu para você vir morar aqui?" Ela perguntou.

"Acho que... Isso tudo é coisa do destino, né?! Até essa conversa, tudo deve ter um motivo especial..." Eu respondi, e sorri para ela.

"Cara... Já está tarde, acho melhor você voltar para sua casa." Ela lembrou.

"Tudo bem, obrigado por dizer tudo isso hoje." Agradeci me levantando.

"De nada... Tchau!" Ela disse.

"Tchau, outro dia apareço aqui" Me despedi dela.

Fui até a entrada do templo e lá estava Zion Suki, ele parecia que já estava lá há um tempo, e não queria atrapalhar a nossa conversa.

"Posso te acompanhar até sua casa?" Zion Suki perguntou.

"Claro... Claro." Respondi sorrindo.

Quando chegamos na minha casa já era praticamente 20:30.

"Depois te envio uma mensagem, até outro dia." Ele se despediu sorrindo.

"Até." Sorri para ele também.

Fui para o meu quarto e fiquei olhando para as estrelas, lembrando do que tinha conversado com Mioh Shia, no final das contas ela era uma ótima garota, ela só tinha um passado triste, acho que a maioria das pessoas que são frias como ela, tem alguma tristeza por trás...

Novamente eu tive aqueles sonhos estranhos sobre dinastias... E senti como se meu quarto tentasse me dizer algo de novo, o que será que ele está tentando dizer? Realmente eu não consigo escutar.


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Notas finais do capítulo

Pronto! O/ A Liz fez a linda parte dela. >.<'
obrigado Liz.
Esse capítulo não está dos legais ):
E sim...Essa é a Mioh e esse é o Suki.(Nao lembra tanto o Sebby mas é lindo kk'.)