Um Necromante No Meu Quintal escrita por Mel Devas


Capítulo 9
Paródias Nada Normais


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA!!! Sei que fiquei um tempão sem postar, e que postei num horário horrível, mas é que minha escola anda me matando e só estou me ferrando HUSAHUSHAUSUA/parei
Então, vai ter alguns asteriscos de complemento nesse capítulo (e provavelmente no outro) pq estou fazendo muitas referências.
E ainda não revisei esse cap, mas quando tiver mais tempo eu reviso e coloco "revisado" (avá) no título XDD
Boa leitura!!



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– N-Não... – Respondi, receosa da resposta. Olhei para Adrian, como que perguntando se ele sabia, o mesmo jogou a cabeça pro lado, negando.

A hippie-benzedeira-cartomante nos encarou com as sobrancelhas erguidas e cara de mistério, dilatou as narinas, fazendo ela parecer um pouco uma mula ruiva.

- Tem certeza? – Ela murmurou à lá Chico Xavier. Irritante. No mínimo.

- Tenho, porcaria!! Fala logo o que significa isso!

- Também não sei... – Ela deu uma risada. – Certo, Acarajé*?

- Quá! – Fez algo.

Adrian arregalou os olhos ao ouvir o som, entusiasmado se levantou e olhou ao redor, procurando de onde vinha o “quá”. Agitado ele se sentou de novo, me pegou pelos ombros e começou a sacudir.

- O que é isso? De onde vem? O que é isso? De onde vem? – Beeeeeem, esse lado novo do Adrian também me irritou (assim como todos os outros, devo acrescentar). Felício *² - vulgo Adrian – estava com os olhos brilhantes.

- E eu vou saber? – Respondi, mal-humorada. – Vai perguntar pra charlatona ali!

- Eeeei!! – Ela reclamou. – Não sou charlatona, só não sei fazer essas coisas!!

- E fala que sabe, portanto, és uma charlatona, sim. – Continuei discutindo, até ser interrompida por Adrian, que tampou minha boca com as mãos.

- Então, moça, você tem um tartapato? Ou um patochorro? – Adrian, o amante de aberrações, estava em puro êxtase.

- Oi? Você é mesmo um servo do capiroto, né!! Falando palavras desconhecidas... Deve ser algum tipo de maldição!!!

Senti a mão de Adrian tremer, provavelmente estava quase chorando, falar de animais mexe muito com seu emocional, sabe... Tipo uma mulher de TPM, saca? Mas não cura com chocolate nem menstruação, então é mais complicado.

- Não, não... – Tentei explicar pra acalmar o moreno. – Ele quer ver seu bicho de estimação...

- Só isso? Então por quê ele não falou normalmente? – Ela estranhou.

- Porque esse é o normal dele. – Falei num muxoxo, pra ela não ouvir. A ruiva remexeu na bolsa e tirou um pato de lá. Sim, caro leitor, também me pergunto qual é a da bolsa dela.

- Esse aqui é o Acarajé. – Apresentou o pato. – É bem sensível, então cuidado.

- P-Posso pegar? – Perguntou Adrian com a sutileza de alguém que quer persuadir o professor a deixar você sentar ao lado do melhor amigo (apesar dos dois, ou três, contando com o amigo, saberem que vai dar merda).

A menina entregou Acarajé pra Adrian.

- A propósito, me chamo Florita, vou dormir aqui essa noite. Beijos me liga. – Ela saiu de perto e pulou pela minha janela, entrando no meu quarto.

- Adrian, ela proclamou o meu quarto como território próprio. – Comentei.

- Não tem problema. Nós temos o pato.


--x—


No fim, dormimos o tempo que restava naquela cova maligna que o Adrian chamava de casa, enquanto Florita – Deus salve essa alma – dormia no meu quarto. E eu nem reclamei, isso que me entristece.

Às 6 da manhã, fui pro meu quarto, tentando expulsar a menina antes da minha mãe acordar.

- Não acho que ela vá se importar. – Florita reclamou, se enrolando no meu cobertor Proteginator. Certo, minha mãe é tão louca que realmente pode não se importar, mas mesmo assim me incomodava.

- Saia!!!

- Não!

- Posso ver o Acarajé? – Adrian havia acabado de pular pela janela.

- Não, agora saia você também!! – Reclamei, empurrando-o pra fora de novo e trancando a janela.

- Putz, Adrian realmente não tem noção de nada, é um retardado. – Bufei.

- E que tal... se a gente mudar isso? – Florita deu um sorrisinho malvado. Senti um começar no meu rosto também, mesmo não tendo a menor ideia do que ela ia fazer, ai, ai... Me arrependo.

--x—


Depois daquilo, simplificando, Florita saiu correndo do meu quarto e Adrian também foi pro espaço, então tive um café da manhã estranhamente quieto – ok, tem minha mãe gritando, mas já faz parte do dia-a-dia desde que eu era um fungo de gente.

Vesti meu uniforme, amarrei um laço na cabeça e fui pra escola, por mais uma tradicional e perigosa imitação de montanha russa (minha mãe dirigindo e desviando de guaxinins).

Chegando na escola, algo me puxou pro lado. Olhei era Florita, de uniforme, mas ainda com a bandana “chique” dela.

- O-o quê??? – Exclamei, mas fui sufocada quando ela me arrastou pela blusa, me enforcando com a gola do suéter. Me levou prum cantinho qualquer, daqueles que as pessoas têm até preguiça de procurar.

- Boa sorte. – Ela me empurrou e eu estatelei no chão feito girafinhas nascendo. (Nota da autora: Veja uma girafa nascendo, ela realmente estatela no chão)..

Me recuperei do tombo e olhei para cima. Um Adrian, sem camisa e cheinho de purpurina se aproximou de mim. *³

- Eu já matei pessoas, Bella. – Ele sussurrou ao meu encontro.

- Retardado!!! É Valente!!! – Ouvi Florita sussurrando de lugar nenhuma.

- Valente... – Continuou Adrian, impassível.

- Sai de perto de mim, assassino!!!! – Entrei na brincadeira e saí correndo.

O moreno purpurinado me agarrou pelo pulso e se virou pra mim.

- Não! – Ele falou, com um leve tom de irritação. – Agora você tem que dizer “Não importa!”.

- Por que eu faria isso?? Maníaco do parque maldito!!

- Fala logo, porra!! – Mais uma vez a ruiva sussurrou de lugar nenhum.

Virei os olhos e suspirei.

- Não importa. – Falei mecanicamente, como um robô.

- Mais emoção!!! – A cartomante acrescentou.

- Só em Marte!!

- Eu já quis matar você... – Adrian nos ignorou e continuou.

- Agora já chega! – Me virei de costas, querendo desesperadamente encontrar um pontinho azul – Laz – no meio da multidão.

- Mas não era, supostamente, para você cair de amores por mim? – O necromante me segurou pelo braço.

- Mas por quê diabos eu ficaria? Melhor ainda, pra quê você quer que eu caia de amores por você? – Adrian pareceu parar e refletir a última frase.

- É mesmo... Por quê eu quero? – Perguntou à Florita.

- Porque sim, parece que isso não funcionou, temos que tentar outra coisa.

- Como assim outra coisa?? – Perguntei, quem, nesse mundo, pode imaginar que tipo de bizarrice pode vir da mente daquela pessoa?

- Você não quer que o Adrian se porte mais como uma pessoa normal? Então, vamos usar livros, filmes e o que quer mais que eu achar de exemplo para fazer isso.

- Mas as pessoas normalmente NÃO se cobrem de purpurina nem ameaçam elas de morte.

- Ah, meros detalhes, vamos passar pra próxima, Adrian. – Eles fugiram.

Minha vida só se complica.



*a referência do nome é porque existe um anime (~le wilds desenhos japoneses), chamado Tsuritama (um bando de pescadores metrossexuais ♥) onde um personagem, um indiano chamado Akira (?) tem um pato chamado Tapioca.

*² Referência à Felícia, de Looney Tunes – a garota de cabelo vermelho que mata os animais de tanto abraçar eles.

*³ Referência, obviamente, à Crepúsculo (mais pelo filme), sim, sei que o diálogo dessa hora não é na hora que ele brilha, mas decidi misturar os dois, desculpa. No resto do texto você pode encontrar umas referências ao vídeo do Felipe Neto. NÃO TENHO NENHUM PROBLEMA COM A SÉRIE!!! Não planejo irritar ou magoar ninguém, é só pela comédia, por favor.



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Notas finais do capítulo

Sim, aquele desenho de novo, dessa vez eu pintei ele testando um tablet que desenterrei dos confins do buraco negro - meu quarto - e como ficou melhor do que o com lápis de cor, postei ele XDD Então, provavelmente vou demorar de novo com o próximo cap pq vou viajar (e perder aula) então vou ter que recuperar Ç.Ç É só, espero - MUITO u.u - que tenham gostado e estou aberta à qualquer crítica e opinião, claro >www